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Aula 12 – Cupins.

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1 Aula 12 – Cupins

2 Cenário CUPINS Cornitermes cumulans e Syntermes spp. O cupim de montículo, Cornitermes cumulans, pode ser encontrado infestando pastagens em diversas regiões do Brasil. Muito embora haja uma grande demanda no que se refere a medidas de controle, há controvérsias quanto aos danos que, possivelmente, estariam causando.

3 Cenário Os cupins são conhecidos por devorar a madeira, e também são associados a danos a plantas cultivadas e a construções, tanto no meio rural quanto no urbano. Vivem em colônias, numa sociedade organizada em castas, nos quais os principais são reprodutores, ou rei e rainha.  Vários são os tipos de cupins, no mundo são catalogadas cerca de espécies. Os mais conhecidos são os de solo, que abrem galerias a partir do ninho até alcançar a madeira, chegando a corroer concreto e alumínio, e os cupins-de-madeira seca, que se alimentam da madeira e a utilizam como abrigo.

4 Cenário Dentre as demais espécies de importância encontradas nas pastagens brasileiras, temos o C. bequaerti, C. silvestrii e Syntermes spp. Os cupins C. bequaerti diferenciam dos C. cumulans, principalmente por construírem aberturas para o exterior, lembrando “chaminés” e pelo fato do núcleo ser localizado mais profundo no solo. Já o C. silvestrii não possuí núcleo em seus ninhos, sendo estes de forma achatada, crescendo mais em largura do que em altura, esta espécie possui ninho composto.

5 Cenário De acordo com Valério (2005), os Syntermes spp., são diferentes das demais espécies que forrageiam folhas mortas das pastagens. Este gênero forrageia cortando folhas verdes, lembrando formigas cortadeiras. Os cupinzeiros das espécies pertencentes a este gênero não tem uma camada celulósica definida, seus ninhos podem ser classificados em três tipos: 1) completamente subterrâneo; 2) subterrâneo, com um montículo formado por um amontoado de terra solta na superfície; 3) subterrâneo, com um montículo resistente e duro, aflorando a superfície. Para forragearem estes cupins saem do ninho através de pequenos orifícios na superfície, e ao término, entram no ninho e obstruem os orifícios com solo.

6 Cornitermes cumulans (cupim de montículo)
Identificação Cornitermes cumulans (cupim de montículo)

7 Cornitermes cumulans (cupim de montículo)
Identificação Cornitermes cumulans (cupim de montículo)

8 Cornitermes cumulans (cupim de montículo)
Identificação Cornitermes cumulans (cupim de montículo)

9 Cornitermes cumulans (cupim de montículo)
Identificação Cornitermes cumulans (cupim de montículo)

10 Identificação CUPIM FORMIGA Os cupins possuem antenas retas, enquanto as formigas apresentam antenas dobradas em “cotovelo”. Além disso, todas formigas apresentam constrição em forma de “cintura”, separando o abdômen do resto do corpo. No caso dos cupins, esta constrição não existe.

11 Identificação O cupim é um inseto pequeno, delicado, as patas minúsculas são finas, assim como as curtas antenas da cabeça grande. O comprimento total é no máximo 2,5 cm e às vezes menos de 5,5 mm. Alguns são claros, com a cabeça e as mandíbulas marrom-avermelhadas. De modo geral, os operários de cupins apresentam corpo muito esbranquiçado e frágil, enquanto as formigas têm um aspecto bem mais resistente, com o corpo melhor protegido por uma cutícula mais consistente.

12 Identificação Os cupins são animais da ordem Isoptera e, como indicam os registros fósseis, estes animais habitam o nosso planeta há pelo menos 250 milhões de anos. São representados por 3000 espécies de cupins no mundo, 290 registradas no Brasil, e somente 4 destas potencialmente sinantrópicas, ou seja, vivendo próximas de moradias humanas. São insetos de organização social com papel importante como decompositores, reciclando matéria orgânica e aerando o solo quando constroem galerias. Alguns cupins, no entanto, pelo hábito de comer madeira e se alimentarem das raízes das plantas de interesse do homem, podem causar problemas na produtividade das plantações e nas construções civis. São popularmente conhecidos por siriris ou aleluias.

13 Biologia Como as abelhas e as formigas, o cupim é gregário.  Organizou-se em uma sociedade de castas, com base na função que cada indivíduo desempenha, como buscar alimento, reprodução, botar ovos, defender o ninho, e outras. A especialização faz os indivíduos de uma colônia possuírem diferentes formas (morfologia diferenciada, polimorfismo), devidamente adaptadas à função que irão desempenhar. Desta maneira, um indivíduo especializado desempenha apenas um tipo de tarefa, fazendo com que exista uma completa interdependência entre os indivíduos de diferentes funções para a sobrevivência da colônia.

14 Biologia Ao contrário da rainha do formigueiro, que se acasala uma vez só, e nunca mais vê o companheiro, a rainha dos cupins vive com o rei e põe aproximadamente 84 mil ovos por dia.  Quando nascem, os cupins já se apresentam com a mesma forma do inseto adulto e o crescimento se dá por sucessivas trocas de pele. Em relação à longevidade dos cupins, o rei e a rainha podem viver até 30 anos. Durante todo o período de vida, a rainha irá colocar ovos e, para isso, necessita de acasalamento frequente do rei. A colônia como um todo, no entanto, pode viver para sempre uma vez que se o rei ou a rainha morrerem ou adoecerem, são prontamente substituídos.

15 Biologia Exitem castas não fixas e castas fixas.  As castas não fixas são os estágios em desenvolvimento, ninfas, que servem como trabalhadores e, eventualmente, podem sofrer mudas para uma das castas fixas (operárias, soldados, reprodutores primários ou reprodutores secundários).  Os membros das castas fixas não sofrem mudas adicionais. Operários e soldados podem ser vistos como imaturos ou como adultos estéreis.  Os operários são devotados à construção do ninho, alimentação das larvas, alimentação do rei e da rainha e forrageamento de matéria vegetal.  Os soldados protegem a colônia de ataques de invasores. Suas cabeças modificadas são usadas para segurar os inimigos com as grandes mandíbulas (soldados mandibulados) ou esguichar substâncias nocivas ou pegajosas de uma glândula na frente da cabeça (soldados nasutos).  Em algumas espécies, os soldados podem fazer as duas coisas. 

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17 Soldado de Syntermes (menor) e de Cornitermes (maior)
Biologia Soldado de Syntermes (menor) e de Cornitermes (maior)

18 Biologia As mandíbulas dos soldados são tão grandes que precisam ser alimentados pelos operários. Porém, essas mandíbulas são muito eficientes. Algumas espécies possuem mandíbulas tão cortantes que são capazes de rasgar a cabeça de um inseto intruso, outras batem uma mandíbula na outra para fazer barulho.

19 Soldado nasutos , que expelem substâncias nocivas ou pegajosas
Biologia Soldado nasutos , que expelem substâncias nocivas ou pegajosas

20 Biologia Como possuem exoesqueleto rígido de quitina e proteínas, os insetos sofrem ecdise, o que significa que constroem um novo exoesqueleto maior e descartam o antigo, menor para poderem crescer e aumentar de tamanho. Alimentação A principal fonte de alimentação dos cupins é a celulose, que pode ser proveniente de produtos vegetais vivos, mortos, transformados naturalmente ou industrializados pelo homem. Por isso, encontramos espécies que atacam mudas de plantas vivas. Temos, também, espécies que atacam madeira morta ou serrada.

21 Biologia A troca de alimentos também é feita através da boca, os operários, responsáveis pela alimentação, produzem um líquido claro, bastante nutritivo, que é passado aos reprodutores e soldados, com o objetivo de alimentá-los. Outro importante hábito observado entre os cupins é o “grooming”, que consiste no fato de que constantemente os cupins lambem-se uns aos outros. Tal procedimento é fundamental na eliminação de microrganismos que possam causar doenças nas colônias.

22 Rainha no termiteiro sendo alimentada pelas ninfas
Biologia Rainha no termiteiro sendo alimentada pelas ninfas

23 Rainha no termiteiro sendo alimentada pelas ninfas
Biologia Rainha no termiteiro sendo alimentada pelas ninfas

24 Biologia  Rainha com 15cm de comprimento e cerca de seis mil vezes mais pesada que seu companheiro ou subordinados bota milhares de ovos por dia.

25 Biologia Após a cópula, a rainha põe os ovos. O desenvolvimento embrionário de novos indivíduos possui uma grande variação de tempo, entre 24 e 90 dias. Logo após a eclosão os primeiros indivíduos são expostos, tais são parecidos com os adultos, porém, imaturos e sem coloração. Os cupins são paurometábolos, ou seja, apresentam metamorfose incompleta, assim, até seu desenvolvimento completo passaram por várias ecdises, processos de crescimento onde o exoesqueleto de quitina do inseto se solta do corpo permitindo o crescimento, podendo assim se diferenciar e formar novos membros da colônia.

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30 Prejuízo Segundo Gallo et al. (1988) e Valério (2005), os prejuízos causados pelos cupins em pastagens ainda não foram totalmente determinados, sendo considerados por muitos como sendo apenas uma questão de estética. A presença de cupins em um pasto está associado pelos produtores ao abandono de propriedade e é, portanto, responsável pela desvalorização da mesma. Ainda não existe um consenso entre pesquisadores para determinar os prejuízos causados pela área ocupada pelos seus ninhos numa pastagem, necessitando de mais estudos.

31 Prejuízo Porém os prejuízos indiretos também podem ser sentidos pela dificuldade nos tratos culturais, por abrigarem animais peçonhentos, além de poderem danificar mourões de cercas, cochos de madeiras, etc. No entanto os cupins do gênero Syntermes, conhecidos como cupins boiadeiros ou cupins subterrâneos, forrageiam, podendo causar danos diretos às pastagens, constituindo ameaça principalmente na formação das pastagens. As espécies de cupins mais encontradas nas pastagens brasileiras são pertencentes à Família Termitidae, sendo caracterizada por construir seus ninhos principalmente na forma de montículos. O termo cupim-de-montículo é associado quase que exclusivamente a espécie Cornitermes cumulans, pois esta é uma das espécies mais difundidas no Brasil.

32 Prejuízo O Cornitermes cumulans constrói seus ninhos de forma cônica, irregular, tomando a cor do terreno em que se encontram. A camada externa do cupinzeiro é constituída por terra cimentada com saliva, a parte interna é formada pelo endoécio ou núcleo, local onde vive a colônia. O núcleo é frágil e de origem orgânica (principalmente celulose e material fecal). Pode ocorrer de haver ninhos compostos, isto é, formado por unidades satélites, estas conectadas com o cupinzeiro original, dominadas por um único par real. Quanto ao hábito alimentar desta espécie ainda não se tem estudos suficientes para determinar sua preferência alimentar, porém, observações mostram que mesmo com grandes infestações não houve danos visíveis causados nas pastagens, o que sugere preferência por materiais vegetais mortos.

33 Prejuízo

34 Prejuízo

35 Ataque de cupins em loteamento urbanos (1) e plantio de eucalipto (2)
Prejuízo Ataque de cupins em loteamento urbanos (1) e plantio de eucalipto (2)

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37 Prejuízo Os cupinzeiros podem chegar a 9m de altura, muitas vezes com uma profundidade de 2 a 3m, e as colônias geralmente tem milhões de habitantes.

38 Prejuízo A remoção de qualquer resíduo celulósico seja de árvores, troncos, raízes ou restos de madeiras, antes de iniciar a construção é um processo importante na redução e controle de cupins. Os resíduos celulósicos servem como substrato e alimento para proliferação de colônias. Cuidados com o acabamento Após o termino da obra, frestas, rachaduras, vãos e possíveis ambientes devem ser cobertos com massa. A exposição deste tipo de ambiente é um agravante na presença ou não de cupins e outras pragas.

39 Prejuízo Uso de madeira tratada
Como previamente citado, o uso de madeira oriundo de reflorestamento previamente tratada com agente químicos impermeabilizantes é uma forma de dificultar o estabelecimento de novas colônias. O uso preventivo tem se mostrado eficaz na defesa contra pragas do tipo.

40 Ataque de cupins em plantio de arroz de sequeiro
Prejuízo Ataque de cupins em plantio de arroz de sequeiro

41 Controle Controle Mecânico: O controle mecânico foi uma das primeiras alternativas consideradas. Implementos acopláveis à tomada de força do trator, como a "broca cupinzeira", e, posteriormente, numa nova versão, a "demolidora de cupins”, chegaram a ser comercializados e deixaram de ser produzidos. No entanto, tentativas de se controlar mecanicamente colônias de C. cumulans, quebrando o cupinzeiro em apenas dois ou três pedaços, ou simplesmente tombando-o, em geral não funcionam. Há grande possibilidade de que seja reconstruído.

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47 Controle Armadilhas Novas estratégias para o controle e combate de cupins atualmente é o uso de “traps” (armadilhas) direcionadas para o comportamento social dos cupins, como trofalaxia, processo de alimentação em que um indivíduo transfere para outro o alimento que se encontra dentro do seu próprio corpo, e a limpeza. O “trap” segue o principio do “slow-acting” (ação-lenta), no qual os agentes químicos ou microbianos são transmitidos de cupim a cupim. A ação lenta dos inseticidas usados nas armadilhas permite que uma colônia inteira seja destruída, afetando, inicialmente apenas uma das sessões ou galerias. De acordo com Almeida & Alves 1995, as características de controle (ação lenta), torna viável o uso de fungos entomopatogênicos, microrganismos que causam doenças em insetos, como B. bassiana e M. anisopliae, pois além das condições favoráveis de temperatura e umidade que as colônias oferecem e do comportamento social, este fungo pode ser utilizado em armadilhas.

48 Controle Para o controle de cupins em pastagem o mesmo pode ser realizado através de uso de inseticidas químicos. Estes são introduzidos no cupinzeiro através de perfuração do cupinzeiro até que se passe da camada mais dura, atingindo uma camada de mais fácil penetração, o núcleo (C. Cumulans e C. Bequaerti), no caso deC. Silvestrii, cujo ninho não se observa um núcleo, recomenda-se que a perfuração seja feita numa profundidade que atinja sua altura. Valério (2005), recomenda para os Syntermes spp., onde não se constata facilmente um núcleo, aplicar o inseticida através de perfurações feitas nos cupinzeiros (uma perfuração por metro quadrado), penetrando a barra de ferro até atingir uns 20 cm abaixo do nível do solo. Existem também resultados experimentais utilizando fungos entomopatogênicos para o controle de cupins nos pastos.

49 Controle Muitos dos cupinzeiros nas pastagens podem estar abandonados pelos cupins, não tendo nenhum efeito a aplicação de inseticidas, o controle através de implementos acopláveis à tomada de força do trator, tem sido uma boa alternativa para o controle. Porém é bom lembrar que pastagens normalmente infestadas por cupins são pastagens mais velhas, degradadas ou em degradação, sendo, portanto passíveis de recuperação, podendo desta maneira receber uma mecanização para preparo de solo e completa destruição dos cupins, dependendo apenas de um diagnóstico de área para avaliar a melhor forma de controle dos cupins e de recuperação desta pastagem.

50 Controle O controle tem sido feito predominantemente através do uso de inseticidas químicos. Até 1985, os inseticidas clorados eram os mais usados, mas devido a sua proibição, inseticidas alternativos passaram a ser testados (Motta et al. 1987, Mariconi et al. 1990, Valério et al. 1994). Testaram-se fungos entomopatógenos (Fernandes & Alves 1991) e, mesmo método de controle alternativo, através da destruição mecânica (Ávila & Rumiatto 1995). Procurou-se adicionar informações sobre a eficiência de alguns produtos inseticidas, um deles testado em diferentes espécies de cupins de montículo, assim como de método mecânico.

51 Controle Trabalho científico: Controle químico e mecânico de cupins de montículo (Isoptera: Termitidae) em pastagens Chemical and mechanical control of mound-building termite species (Isoptera: Termitidae) in pastures    José R. ValérioI; Adão V. SantosI; Antônio P. SouzaI; Cláudio A.M. MacielI; Marlene C.M. OliveiraII IEMBRAPA/CNPGC, Caixa postal 154, , Campo Grande, MS  IIEMPAER/MS, Caixa postal 51, , Campo Grande, MS

52 Resultados e Discussão
Controle Resultados e Discussão Ensaio I. Os maiores percentuais de mortalidade foram conseguidos com dodecacloro, abamectina e com as três doses testadas de fipronil, sendo estes, respectivamente, 90, 100, 100, 100 e 100% (Tabela 1). Deltametrina e as iscas formicidas, uma à base de sulfluramida e a outra de clorpirifós, não exerceram controle eficiente, verificando-se mortalidade de no máximo 10%. A alta eficiência de dodecacloro, abamectina e fipronil estão em concordância com resultados obtidos em outros trabalhos. Motta et al. (1987) e Buainain-Alves et al. (1993) relataram mortalidades acima de 90% com dodecacloro. Mariconi et al. (1994) e Valério et al. (1994) constataram, igualmente, alta eficiência com abamectina. Em função disso, esses dois ingredientes ativos foram utilizados como tratamentos padrões ou testemunhas. Mariconi et al. (1994) registraram controle eficiente com fipronil com doses variando de 300 a 400 mg de ingrediente ativo por cupinzeiro. Ressalta-se que, 100% de mortalidade foi constatada com dose bem inferior, de apenas 25 mg por cupinzeiro.

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54 Resultados e Discussão
Controle Resultados e Discussão Ensaio I. A isca formicida com sulfluramida, que substituiu no mercado a isca à base de dodecacloro, mostrou-se ineficiente no controle de C. cumulans. Da mesma forma, a isca formicida à base de clorpirifós também demonstrou-se ineficiente nas doses testadas. Em outros trabalhos (Valério et al. 1994, Mariconi et al. 1989), com o mesmo ingrediente ativo na formulação CE, foram registrados resultados mais eficientes, porém, com doses mais elevadas. A inclusão destas iscas formicidas deu-se em função de que a formulação granulada apresenta a vantagem de dispensar a necessidade de diluição em água. Por fim, reveleram-se igualmente ineficientes, as duas doses de deltametrina, que foi avaliado na formulação pó seco, dispensando a necessidade de água. A baixa eficiência observada confirma dados obtidos por Buainain-Alves et al. (1993). Mariconi et al. (1989), no entanto, obtiveram alta mortalidade com este produto, porém usando formulação concentrado emulsionável, e em doses 50 vezes maiores que a dose mais alta de deltametrina testada neste ensaio.

55 Controle Resultados e Discussão Ensaio II. O inseticida fipronil mostrou-se altamente eficiente no controle de C. cumulans e C. bequaerti, determinando 100% de mortalidade (Tabela 2). O mesmo não ocorreu, no entanto, para Syntermes sp., onde a mortalidade após 30 dias da aplicação foi de 50%. Esta espécie não constrói ninhos com uma câmara interna à semelhança das duas outras espécies. Acredita-se que a concentração dos insetos nestas câmaras favoreça a ação do produto, até mesmo através da trofalaxia. Já para o caso de Syntermes sp., onde o produto foi colocado num ponto qualquer do ninho, a ação do produto esteve restrita, ficando na dependência da circulação dos cupins por aquele local. Mesmo a distribuição do produto via trofalaxia exigiria mais tempo. Neste caso, surege-se que a mortalidade nesta espécie venha a ser maior, caso a avaliação seja feita aguardando-se um tempo maior. Dos cinco cupinzeiros de Syntermes sp. encontrados vivos, quatro haviam sido tratados através de uma só perfuração, sugerindo que a aplicação num número maior de pontos por cupinzeiro possa resultar em maior eficiência.

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57 Controle Resultados e Discussão Ensaio III. Em ambos os locais, o tratamento abamectina + broca cupinzeira resultou em 100% de mortalidade dos ninhos de C. cumulans (Tabela 3). O uso da broca cupinzeira isoladamente determinou 100% de mortalidade no local 1 e 90% no local 2, mostrando-se eficaz como alternativa de controle, considerando as condições adotadas na presente avaliação, ou seja, completa penetração do implemento no solo e, quando necessário, mais do que uma perfuração por cupinzeiro. Um outro implemento ("de- molidor de cupinzeiros") foi avaliado por Ávila & Rumiatto (1994), com resultados igualmente promissores. Entretanto, por se tratarem de implementos novos, e por serem variáveis as condições dos campos infestados (espécie de cupim, tamanho do cupinzeiro, tipo de solo, nível de umidade do solo, tipo e declividade do terreno) só com a condução de mais estudos com estes equipamentos é que se poderá dispor de uma avaliação mais completa sobre esta alternativa de controle.

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59 Controle Controle Químico: O controle normalmente é feito através da aplicação de pesticidas no interior dos montículos. Para isso é necessário realizar um furo com o auxilio de uma barra com aproximadamente 80 centímetros de comprimento e 2,5 centímetros de diâmetro, além de uma marreta. O furo deve ser feito verticalmente até que seja atingida a chamada câmara celulósica, ou seja, até que não exista mais resistência à perfuração. Em seguida aplica-se o pesticida, podendo ser utilizadas pastilhas de fosfato de alumínio ou inseticida

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61 Aplicação de inseticida líquido no interior do cupinzeiro
Controle Aplicação de inseticida líquido no interior do cupinzeiro

62 Aplicação de inseticida em grânulos no interior do cupinzeiro.
Controle Aplicação de inseticida em grânulos no interior do cupinzeiro. Arranca-se a tampa do montículo, aplica-se e depois repõe a tampa.

63 Controle Controle Químico: Para o caso de cupinzeiros de Syntermes que afloram à superfície, onde não se constata facilmente um núcleo e, devido ao fato de que esses poderem ocupar áreas de vários metros quadrados, recomenda-se: medir a área ocupada pela porção do cupinzeiro que aflora à superfície (multiplicando-se o maior comprimento pela maior largura); b) aplicar o inseticida através de perfurações feitas no cupinzeiro (uma perfuração para cada metro quadrado). Deve-se penetrar a barra de ferro atravessando a camada de solo exposto, atingindo 20 cm abaixo do nível do solo.

64 Controle Controle Químico: Caso sejam encontrados os orifícios por onde transitam os cupins desse gênero, mesmo que já obstruídos, sugere-se desobstruí- los e, através deles, introduzir o produto. Embora não haja recomendação resultante de trabalho de pesquisa, sugere-se também que a aplicação seja feita na base de um orifício por metro quadrado. Os produtos a serem utilizados deverão ter registro para esse fim junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O princípio ativo Fipronil (Regent 20G), 5g/cupinzeiro, tem sido amplamente utilizado.

65 Controle Alguns produtos testados têm se mostrado eficientes através da termonebulização.

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67 Controle Controle Biológico: Resultados promissores também têm sido reportados com a utilização dos fungos entomopatogênicos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana. (3 a 6 g de conídios puros ou 12 a 16 g da formulação comercial por ninho, dependendo do tamanho);  São favorecidos pelo ambiente escuro e úmido no interior dos cupinzeiros, e pela disseminação corpo a corpo que os cupins promovem ao se lamberem. Benefícios como não uso de produtos químicos que permitem a reentrada imediata de animais e humanos aos locais tratados.

68 Controle Controle Biológico: Controle biológico feito com o fungo Beauveria bassiana. À concentração de 12 gramas, uma dose do fungo atinge 90% da colônia, incluindo a rainha. O cupim morre em três dias, e o ninho acaba em três meses. Essa dosagem é indicada para ninhos com até 50 centímetros de altura; se for maior que isso, pode-se dobrar a concentração. O fungo gruda no cupim, que morre por contato; quando o inseto morre, esse fungo frutifica, sai do corpo do inseto e contamina a colônia. O método biológico é seis vezes mais barato que o químico, mas é mais lento e menos eficiente. O controle químico elimina o ninho em 15 dias e tem eficiência de 90% a 100%, ante 70%a80% no método natural.

69 Controle É importante mencionar que, na maioria das vezes, pastagens altamente infestadas são, também, pastagens velhas e, portanto, passíveis de recuperação. Caso se planeje a recuperação da pastagem, recomenda-se, primeiro, que se efetuem os procedimentos de recuperação. A mecanização da área e a consequente destruição dos cupinzeiros reduzirão, em muito, a infestação. No caso de eventuais cupinzeiros remanescentes, estes ocorrerão, então, em menor número (e serão menores), facilitando o controle. É importante considerar que nas infestações por cupins de montículo, especialmente em pastagens mais velhas, boa parte dos cupinzeiros encontra-se abandonada.

70 Controle Este é um argumento adicional para que não se opte por controlar os cupins antes das práticas de recuperação da pastagem, pois muitos dos cupinzeiros seriam tratados sem necessidade. Cumpre ressaltar, no entanto, que estas informações referem-se a espécies do gênero Cornitermes. Atenção especial deve ser dada às espécies pertencentes ao gênero Syntermes, cujos ninhos, em sua maioria, são subterrâneos.

71 Controle Tais cupins são menos afetados por práticas agrícolas e as espécies tornam-se abundantes. Outro aspecto a ser considerado é que, em contraste com a alta taxa de ninhos abandonados de C. cumulans, mencionada anteriormente, todos os ninhos de Syntermes examinados estavam ativos. Assim, no caso do controle deste em áreas de pastagens a serem recuperadas, a aplicação de um inseticida é necessária, admitindo-se ser mais eficiente pelo menos 30 dias antes da mecanização do solo. Nessa ocasião, com a área ainda inalterada, a localização dos ninhos de Syntermes que afloraram à superfície será mais fácil. Estes cupins têm sido encontrados em maior número em pastagens de Brachiaria humidicola.

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