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PSICOSES E ESQUIZOFRENIA

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Apresentação em tema: "PSICOSES E ESQUIZOFRENIA"— Transcrição da apresentação:

1 PSICOSES E ESQUIZOFRENIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS – FTC SAÚDE MENTAL – ENFERMAGEM VI SEMESTRE PSICOSES E ESQUIZOFRENIA Discentes: Aparecida de Eça, Daianne Pales, Detiane Nery, Ionara Araújo, Jussiara Lima, Rosely Bispo.

2 PSICOSES Não é um diagnóstico, mas uma síndrome: amplo conjunto de sinais e sintomas requerendo um diagnóstico diferencial. Associado a loucura. Incapacidade para distinguir entre realidade e fantasia. O teste da realidade está comprometido, com criação de uma nova interpretação dos acontecimentos da vida real.

3 Conceito A psicose é um estado anormal de funcionamento psíquico, levando a um grau variável de desorganização da personalidade.

4 Sinais e sintomas Os sintomas da Psicose são agrupados dentro de cinco categorias principais da função cerebral: cognição, percepção, emoção, comportamento e socialização.

5 Tipos de transtornos psicóticos
Esquizofrenia Transtorno Esquizofreniforme Transtorno Esquizoafetivo Transtorno Delirante Transtorno Psicótico Breve Transtorno Psicótico compartilhado Transtorno Psicótico da demência Transtorno Bipolar na mania com Sintomas psicótico

6 ALGUNS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS QUE EVIDENCIAM SINTOMAS PSICÓTICOS (PSICOSE)
Esquizofrenia; Transtornos Afetivos com sintomas psicóticos; Psicose Breve e outros transtornos psicóticos; Intoxicação ou abstinência por álcool ou outras drogas; Traços ou Transtornos de Personalidade em desenvolvimento.

7 QUEIXAS COMUMENTES APRESENTADAS POR CLIENTES PSICÓTICOS
Audição de vozes não ouvidas pelas demais pessoas; Crenças, preocupações e medos estranhos, exagerados ou incongruentes com o meio social, cultural, religioso; Comportamento confuso e agitado, idéias incoerentes; Sentimento ou conduta apreensiva, desconfiada, arredia, imobilidade (catatonia)...

8 ALGUMAS CONDIÇÕES CLÍNICAS QUE PODEM MANIFESTAR SINTOMAS PSICÓTICOS
Epilepsia; Medicamentos (intoxicação): efedrina, propranolol, penicilina, metilfenidato... Doenças infecciosas ou febris; Doenças metabólicas, endócrinas, traumatismos de SNC... Quadros sindrômicos hereditários e outros transtornos neurológicos: sdr. Kleine-Levin, Huntington, enxaqueca...

9 ESQUIZOFRENIA Skhiz (dividida) Fren (mente).
Trata-se de um transtorno mental, que geralmente aparece no final da adolescência ou início da idade adulta (entre 15 e 25 anos). Decorrente de uma combinação variável de predisposição genética, disfunção bioquímica, fatores fisiológicos e estresse psicossocial. Dentre vários transtornos mentais que existem, é responsável por caos na vida familiar, afetiva, social, auto custo para o governo e indivíduos. Dentre os enigmas do transtorno está: ainda não há tratamento para a cura do distúrbio e trata-se do distúrbio mais incapacitante.

10 ESQUIZOFRENIA Mais freqüente das Psicoses (50%).
Os sintomas ocorrem mais precocemente em homens. Perda do Contato com a Realidade, da Afetividade e da Iniciativa. Afeta em torno de 1% da população, dos quais entre e são brasileiros.

11 ESQUIZOFRENIA O comportamento pré-mórbido indica geralmente um desajuste social e sexual e é com frequência um fator de predição no padrão de desenvolvimento da Esquizofrenia, que pode ser visto em quatro fases: Fase I: Personalidade Esquizóide; Fase II: Fase Prodrômica; Fase III: Esquizofrenia; Fase IV: Fase Residual.

12 Fase I: A Personalidade Esquizóide
Fase onde o indivíduo torna-se indiferente às relações sociais, tornando-se “isolado”, porém nem todo indivíduo nessa fase evolui para esquizofrenia.

13 Fase II: A Fase Prodrômica
Fase onde o indivíduo apresenta falta de iniciativa, de energia, de interesse em determinadas situações, idéias bizarras, distúrbios de comunicação, descuido da aparência ou do papel. Sendo uma fase de permanência variável até o estado esquizofrênico.

14 Fase III: Esquizofrenia
Fase ativa do distúrbio onde segue critérios diagnósticos para esquizofrenia. Sintomas Característicos: Delírios, alucinações, fala desorganizada, incoerência. Quando presente um ou mais deles por uma parte significativa de tempo. Comportamento Catatônico: desorganizado, sintomas negativos. Disfunção Social-Ocupacional: Perde-se o interesse por trabalho, acadêmica, relações interpessoais ou cuidados pessoais.

15 Fase IV: Fase Residual Se caracteriza por períodos de remissão ou exacerbação. A fase residual segue-se a uma fase ativa da doença.

16 Epidemiologia Incidência: 4/10000/ano Prevalência: 1,0%
Distribuição entre os sexos : igual entre homens e mulheres Idade de início: raramente antes da puberdade e depois dos cinquenta anos Homens: anos Mulheres: anos

17 Sintomas da Esquizofrenia
Sintomas fundamentais Distúrbios da associação Distúrbios da afetividade Ambivalência Autismo

18 Sintomas da Esquizofrenia
Sintomas acessórios Alucinações, Ilusões, Delírios, Sintomas Catatônicos

19 Fatores Predisponentes
As causas da esquizofrenia são uma combinação de influências incluindo fatores biológicos, psicológicos e ambientais.

20 FATORES BIOLÓGICOS 1) GENÉTICA: Estudos em Famílias: A esquizofrenia não é herdada, porém a probabilidade passa de 1% para 5% em familiares com diagnóstico do transtorno. Quanto mais próximo o grau de parentesco, maior o risco para desenvolvimento da esquizofrenia, podendo chegar a 13%, se um parente de primeiro grau é portador da doença. Estudos em Gêmeos: A frequência da esquizofrenia em gêmeos monozigóticos (idênticos) são quatro vezes aquela dos gêmeos dizigóticos (fraternos) e aproximadamente aquela da população em geral.

21 FATORES BIOLÓGICOS 1) GENÉTICA:
Estudos em Adotivos: Separam os efeitos genéticos dos ambientais. O indivíduo adotado recebe seus genes de uma família, mas a sua experiência de vida é como membro de outra. A freqüência do distúrbio nos filhos biológicos de pais esquizofrênicos é maior se comparada a freqüência em filhos biológicos de pais saudáveis, ambos adotados logo após o nascimento.

22 FATORES BIOLÓGICOS 2) INFLUÊNCIAS BIOQUÍMICAS: Hipótese Dopamínica: A esquizofrenia está relacionada com o excesso da atividade neuronal dependente da dopamina no cérebro (neurotransmissor que tem como função a atividade estimulante do SNC). Não se sabe se há excesso de dopamina ou de receptores para a substância, uma hipersensibilidade ao neurotransmissor ou uma combinação de todos esses fatores. Outras Hipóteses: Anormalidade nos neurotransmissores de norepinefrina, serotonina, acetilcolina, nos neurorreguladores como prostaglandinas e endorfinas.

23 FATORES BIOLÓGICOS 3) INFLUÊNCIAS FISIOLÓGICAS: Infecções Viróticas: Percebeu-se alterações degenerativas nos neurônios e um aumento das células gliais de sustentação de cérebros esquizofrênicos. Semelhantes as causadas por doenças inflamatórias infecciosas como encefalite virótica. Anormalidades Anatômicas: Anormalidades em Tomografias (TC) ocorrem em 40% dos casos esquizofrênicos. Achado mais importante é a dilatação ventricular, também são relatados alargamento dos sulcos e atrofia cerebelar. Em Ressonância (RM) explora-se anormalidades em amígdala, hipocampo, lobos temporais, gânglios da base em esquizofrênicos. Assimetria cerebral funcional ocorre no que diz respeito a compreensão da linguagem e produção da fala. Os esquizofrênicos apresentam uma reversão da assimetria anatômica normal.

24 FATORES BIOLÓGICOS 3) INFLUÊNCIAS FISIOLÓGICAS: Alterações Histológicas: Esquizofrênicos possuem uma “desorganização” ou desordem das células piramidais do hipocampo. Sugerem a hipótese de que alterações ocorrem durante o segundo trimestre da gravidez devido o vírus influenza. Por volta de 7 a 15% dos esquizofrênicos nascem no inverno, período em que ocorre a influenza epidêmica. Fetos expostos ao vírus da influenza A2, apresentavam risco mais elevado para esquizofrenia. Condição Física: Ligação entre esquizofrenia e as seguintes condições: epilepsia, coréia de Huntington, traumas de parto, lesões cranioencefálicas na idade adulta, abuso de álcool, tumores cerebrais, acidentes vasculares cerebrais, lúpus, parkinsonismo e doença de Wilson.

25 FATORES PSICOLÓGICOS 1) TEORIAS PSICANALÍTICAS: Interrupção do desenvolvimento do ego da criança, que ao se defrontar com o mundo real na adolescência ou início da idade adulta, era incapaz de lidar com as demandas e era forçada a se retirar para uma forma de pensamento característica do início da infância (pensamento primário). Processo de separação-individuação da criança em relação a figura materna. Extensão da mãe. Fixação nesse estágio pode ser fator desencadeante da esquizofrenia na fase adulta. Confiança X Desconfiança. A criança que é rejeitada e privada do cuidado e amor do prestador primário de cuidados está mais vulnerável a doenças mentais.

26 TEORIAS DE FAMÍLIA 1) SISTEMA FAMILIAR DISFUNCIONAL: Quando há uma relação conjugal conflituosa, muita ansiedade pode ser vivenciada no seio da família. Um dos pais pode se envolver de modo excessivo com a criança para diminuir a ansiedade. A criança pode se tornar dependente do pai/mãe até a idade adulta e é incapaz de responder as demandas de funcionamento adulto. 2) COMUNICAÇÃO DE DUPLO VÍNCULO: Comunicação contraditória, de duplo vínculo. Essas afirmações incompatíveis podem interferir no desenvolvimento do ego. Cria confusão no receptor, fazendo com que crie idéias falsas e desconfiança extrema. Ex. A mãe diz: “Estou muito contente por você está indo ao baile na escola hoje a noite. E eu vou ficar completamente sozinha aqui em casa.”

27 FATORES AMBIENTAIS 1) FATORES SOCIOCULTURAIS: Há um número maior de indivíduos com esquizofrenia nas classes mais baixas, isso decorre de acomodações domésticas congestionadas, nutrição inadequada, ausência de cuidados pré-natais, etc. 2) EVENTOS VITAIS ESTRESSANTES: Podem precipitar sintomas esquizofrênicos em indivíduos geneticamente predispostos.

28 ESQUIZOFRENIA Seis Formas Clínicas: Forma Desorganizada ou Hebefrênica
Forma Catatônica Forma Paranóide Forma Indiferenciada Forma Residual Forma Simples

29 Esquizofrenia Desorganizada
Esquizofrenia Hebefrênica; Início dos sintomas antes dos 25 anos e segue curso de doença crônica. Os sintomas afetivos e as alterações do pensamento são predominantes. As ideias delirantes, embora presentes, não são organizadas. Em alguns doentes pode ocorrer uma irritabilidade marcada associada a comportamentos agressivos. Existe um contato muito pobre com a realidade.

30 Esquizofrenia hebefrênica (ou desorganizada)
Delírios fugazes, pouco sistematizados Alucinações pouco proeminentes Comportamento desorganizado, inadequado Afeto superficial, inadequado Afrouxamento marcado dos nexos associativos Maior comprometimento da vontade início precoce (entre 15 e 25 anos)

31 Esquizofrenia Catatônica
É caracterizada pelo predomínio de sintomas motores (retardo psicomotor) e por alterações da atividade, que podem ir desde um estado de cansaço e acinético até a excitação.

32 Esquizofrenia Catatônica
É caracterizada por distúrbios psicomotores proeminentes que podem alternar entre extremos tais como hipercinesia e estupor, ou entre a obediência automática e o negativismo. Atitudes e posturas a que os pacientes foram compelidos a tomar podem ser mantidas por longos períodos. Um padrão marcante da afecção pode ser constituído por episódios de excitação violenta.

33 Esquizofrenia Paranóide
É a forma que mais facilmente é identificada com a doença, predominando os sintomas positivos. O quadro clínico é dominado por um delírio alucinatório. Os doentes com esquizofrenia paranóide são desconfiados, reservados, podendo ter comportamentos agressivos.

34 Esquizofrenia Paranóide
A esquizofrenia paranóide se caracteriza essencialmente pela presença de idéias delirantes relativamente estáveis, mais sistematizados freqüentemente de perseguição e de grandeza em geral acompanhadas de alucinações, particularmente auditivas e de perturbações das percepções.

35 Esquizofrenia Paranóide
As perturbações do afeto, da vontade, da linguagem e os sintomas catatônicos, estão ausentes, ou são relativamente discretos. Menor comprometimento do pensamento, afetividade e vontade Início tardio ( final dos 20, início dos 30)

36 Esquizofrenia Indiferenciada
Os sintomas não apresentam os critérios para nenhum dos subtipos ou pode apresentar critérios para mais de um subtipo. Apresenta habitualmente um desenvolvimento insidioso com um isolamento social marcado e uma diminuição no desempenho laboral e intelectual. Observa-se nestes doentes uma certa apatia e indiferença relativamente ao mundo exterior.

37 Esquizofrenia Residual
É usada quando o indivíduo tem uma história de pelo menos um episódio anterior de esquizofrenia, com proeminentes sintomas psicóticos. Existe um predomínio de sintomas negativos, os doentes apresentam um isolamento social marcado por um embotamento afetivo e uma pobreza ao nível do conteúdo do pensamento.

38 Esquizofrenia Residual
Estádio crônico da evolução de uma doença esquizofrênica, com uma progressão nítida de um estádio precoce para um estádio tardio, o qual se caracteriza pela presença persistente de sintomas “negativos” embora não forçosamente irreversíveis.

39 Esquizofrenia Residual
Sintomas: lentidão psicomotora; hipoatividade; embotamento afetivo; passividade e falta de iniciativa; pobreza da quantidade e do conteúdo do discurso; pouca comunicação não-verbal (expressão facial, contato ocular, modulação da voz e gestos), falta de cuidados pessoais e desempenho social medíocre.

40 Esquizofrenia Simples
Também é pouco freqüente. Aparece lentamente, normalmente começa na adolescência com emoções irregulares ou pouco apropriadas, pode ser seguida de um paulatino isolamento social, perda de amigos, poucas relações reais com a família e mudança de caráter, passando de sociável a anti-social e terminando em depressão. Nesta forma da esquizofrenia não se observam muitos surtos agudos.

41 Esquizofrenia Simples
Transtorno caracterizado pela ocorrência insidiosa e progressiva de excentricidade de comportamento, incapacidade de responder às exigências da sociedade, e um declínio global do desempenho. Os padrões negativos característicos da esquizofrenia residual (por exemplo: embotamento do afeto e perda da volição) se desenvolvem sem serem precedidos por quaisquer sintomas psicóticos manifestos.

42 Esquizofrenia Simples
Também é pouco freqüente. Normalmente começa na adolescência. Nesta forma da esquizofrenia não se observam muitos surtos agudos.

43 Outros Distúrbios Psicóticos

44 Distúrbio Esquizoafetivo
Se manifesta por comportamentos esquizofrênicos, com forte elemento de sintomatologia associada aos distúrbios afetivos, quer mania, quer depressão. Diagnóstico: presença de sintomas característicos da esquizofrenia. Prognóstico: é melhor do que para outros distúrbios esquizofrênicos, porém, pior do que para os distúrbios afetivos isoladamente.

45 Transtorno Esquizoafetivo
Essa doença tem características tanto da esquizofrenia quanto dos transtornos de humor. Em outras palavras, os pacientes que apresentam essa doença têm sintomas de esquizofrenia, "misturados" com sintomas de doença afetiva bipolar (antigamente conhecida como psicose maníaco-depressiva) ou de depressão. Esses sintomas podem apresentar-se juntos ou de maneira alternada.

46 Distúrbio Psicótico Breve
Início súbito de sintomas psicóticos após um grave fator de estresse psicossoacial. Esses sintomas duram pelo menos 1 dia, porém menos que 1 mês, e há finalmente o retorno pleno ao nível de funcionamento pré-mórbido.

47 Transtorno Psicótico Breve
A causa pode ser devida ou não a um importante fator desencadeante ambiental (morte de familiar significativo, importante mudança sócio- ocupacional, etc...) Ou com início no período pós-parto. Pode ter um quadro clínico muito parecido com a esquizofrenia ou com o transtorno esquizofreniforme, apresentando delírios, alucinações, linguagem ou comportamento desorganizado ou com o transtorno delirante.

48 Transtorno Esquizofreniforme
Os pacientes com este transtorno, apresentam um quadro clínico muito parecido com a esquizofrenia. A diferença deve-se ao tempo limitado em que os sintomas persistem, ou seja, os sintomas devem estar presentes por mais de um mês, porém os pacientes não devem ultrapassar seis meses com o quadro e não exige uma deterioração funcional tão acentuada quanto a esquizofrenia. O tratamento é similar ao da esquizofrenia.

49 Distúrbio Esquizofreniforme
As características são idênticas àquelas da esquizofrenia,com exceção de que a duração, incluindo as fases prodrômica, ativa e residual, é de pelo menos 1 mês, e menos de 6 meses. Diagnóstico: “provisório. Muda para esquizofrenia se o quadro clínico persistir por mais de 6 meses.

50 Distúrbio Delirante Presença de um ou mais delírios não bizarros persistindo por pelo menos 1 mês. O subtipo de distúrbio delirante se baseia no tema predominante do delírio. 1.Tipo Erotomaníaco 2.Tipo de Grandeza 3.Tipo de Ciúme 4.Tipo Somático

51 Distúrbio Psicótico Induzido
Se manifesta numa segunda pessoa em consequência de uma relação íntima com uma outra pessoa que já apresenta um distúrbio psicótico com delírios proeminentes. A pessoa com o distúrbio delirante principal é geralmente a pessoa dominante na relação e o pensamento delirante é imposto gradativamente ao parceiro mais passivo, geralmente mulheres. Curso geralmente crônico.

52 Transtorno Psicótico Compartilhado (folie à deux)
Trata-se de uma situação rara na qual uma pessoa começa a apresentar sintomas psicóticos (delírios), a partir da convivência próxima com um doente psicótico. Geralmente ocorre dentro de uma mesma família, entre cônjuges, pais e filhos ou entre irmãos. O tratamento consiste em separar as duas pessoas. Se houver persistência dos sintomas, pode ser necessário usar medicação antipsicótica. Psicoterapia e terapia familiar também ajudam no tratamento e prevenção.

53 Distúrbio Psicótico Devido a uma Condição Médica Geral
Alucinações e delírios proeminentes, que podem ser diretamente atribuídos a uma condição médica geral. O diagnóstico não é feito caso os sintomas ocorram durante a evolução de um estado confusional ou uma demência crônica e progressiva. Ex. de condições médicas que podem causar sintomas psicóticos: Neoplasia, AVC, Epilepsia, Infecções do SNC, Hipo ou Hipertireoidismo, Hipóxia, Lúpus, etc.

54 Distúrbio Psicótico Induzido por Drogas
Presença de alucinações e delírios proeminentes, que são considerados como podendo ser diretamente atribuídos aos efeitos fisiológicos de uma droga (droga de abuso, medicação ou exposição a uma toxina). Diagnóstico: ausência de juízo crítico, e quando a história, o exame físico e os exames laboratoriais indicarem o uso de drogas. Ex. de drogas indutoras de distúrbios psicóticos: álcool, alucinógenos, cocaína, ansiolíticos, corticosteróides, dióxido de carbono, etc.

55 Aplicação do Processo de Enfermagem

56 Avaliação Histórico – Coleta de Dados.
Identificação do problema e objetivos do cuidado. Para se fazer uma avaliação com precisão é necessário conhecer os distúrbios do comportamento.

57 Conteúdo do Pensamento
Delírios: São as falsas crenças pessoais. Delírios Persecutórios; Delírio de Grandeza; Delírio de Referência; Delírio de Controle ou Influência; Delírio Somático. Religiosidade: Demonstração excessiva de ideias ou comportamentos religiosos ou uma obsessão por isso. Paranóia: Extrema desconfiança dos outros e de suas ações ou intenções.

58 Forma do Pensamento Afrouxamento dos Nexos Associativos: Rapidez com que as ideias passam de um tema para outro. Neologismos:Invenção de palavras novas sem sentido. Pensamento Concreto: Interpretação literal do ambiente. Associações por Assonância: Escolha de palavras governadas por sons. Salada de Palavras: Grupo de palavras que são reunidas ao acaso, sem qualquer conexão lógica.

59 Forma do Pensamento Circunstancialidade: Demora a atingir o alvo da comunicação, devido a detalhes desnecessários e cansativos. Tangencialidade: Nunca chega a atingir o alvo da comunicação. Mutismo: Incapacidade ou recusa em falar. Perseveração: Repete persistentemente a mesma palavra ou ideia em resposta a perguntas diferentes.

60 Alucinações: Falsas percepções sensoriais.
Percepção Alucinações: Falsas percepções sensoriais. Auditivas; Visuais; Tatéis; Gustativas; Olfativas. Ilusões: Percepções ou interpretações errôneas.

61 Embotamento Afetivo: Carece de expressão franca de sentimentos.
Afetividade Incongruência Afetiva: Tônus emocional é incongruente as circunstâncias. Embotamento Afetivo: Carece de expressão franca de sentimentos. Apatia: Indiferença ou falta de interesse pelo ambiente.

62 Consciência do EU Ecolalia: Repetição de palavras ouvidas.
Ecopraxia: Imita deliberadamente movimentos executados por outros. Despersonalização: Sentimentos de irrealidade.

63 Volição Ambivalência Emocional: Emoções opostas em relação ao mesmo objeto, pessoa ou situação.

64 Distúrbio do Funcionamento Interpessoal e da Relação com o Mundo Externo
Autismo: Se volta internamente para um mundo de fantasia, distorcendo ou excluindo ao mesmo tempo o ambiente externo. Aparência Deteriorada: Cuidado com a aparência e com a pessoa diminuídas.

65 Comportamento Psicomotor
Anergia: Deficiência de energia. Flexibilidade Cérea: Abandona passivamente todas as partes móveis do corpo a quaisquer tentativas de colocá-las em certas possições. Postura Anormal: assume voluntariamente posturas inadequadas ou bizarras. Andar de um Lado para o Outro e Balançar.

66 Características Associadas
Anedonia: Incapacidade de vivenciar ou imaginar qualquer emoção agradável. Regressão: Retirada para um nível anterior de desenvolvimento.

67 Confundidos com depressão
Esquizofrenia Confundidos com depressão loucura Sintomas positivos: delírios, alucinações, distúrbios do pensamento, comportamento bizarro Sintomas negativos: isolamento social, achatamento das respostas emocionais, falta de motivação, diminuição da capacidade de falar Tem como finalidade dizer de maneira objetiva o estado do paciente, tendo como ponto de referência a normalidade.

68 Sintomas Positivos X Sintomas Negativos
Os sintomas positivos são aqueles que não deveriam estar presentes em pessoas normais. São estes sintomas que causam maior preocupação sendo, portanto, mais facilmente percebidos. Já os negativos são aqueles que deveriam estar presentes nas pessoas normais, mas estão ausentes nos esquizofrênicos, sendo esses os mais difíceis de se tratar. Muitos clientes apresentam uma mistura dos dois tipos de sintomas.

69 Sintomas Positivos Sintomas Negativos Alucinações Auditivas Visuais Olfativas Gustativas Tatéis Delírios Persecutórios De Grandeza De Referência Controle ou Influência Somáticos Pensamento/fala desorganizados Dissociação Incoerência Associações por Assonância Salada de Palavras Neologismos Pensamento Concreto Ecolalia Tangencialidade Circunstancialidade Comportamento Desorganizado Aparência Desalinhada Comportamento Sexual Inadequado Comportamento Inquieto, Agitado Pseudoflexibilidade Cérea Embotamento Afetivo Expressão Facial Inalterada Contato Ocular Deficiente Linguagem Corporal Reduzida Incongruência Afetiva Resposta Emocional Diminuída Alogia (pobreza da fala) Respostas Curtas e Vazias Menor Fluência da Fala Menor Conteúdo da Fala Abulia/Apatia Incapacidade de Iniciar Atividades Intencionais Pouco ou Nenhum Interesse por Atividades de Trabalho ou Sociais Alteração da Aparência/higiene Anedonia Ausência de prazer nas Atividades Sociais Diminuição da Intimidade / Interesse Sexual Isolamento Social

70 Diagnóstico e Cuidados de Enfermagem
Com base na análise dos dados da avaliação inicial são formulados diagnósticos de enfermagem apropriados para clientes psicóticos e seus familiares. A partir dos problemas é executado um planejamento preciso do cuidado de enfermagem.

71 D1: Alteração sensoperceptiva auditiva e visual relacionado a ansiedade de pânico, solidão extrema e retraimento para dentro de si mesmo, evidenciado por respostas inadequadas, distúrbio do curso do pensamento, oscilações rápidas do humor, dificuldade de concentração, desorientação. Prescrição de enfermagem: -Ajudar o cliente a compreender a ligação da ansiedade às alucinações. -Tentar distrair o cliente da alucinação. -Evitar tocar o paciente sem aviso. Justificativa: -Encorajar o cliente a compartilhar, é importante para evitar possíveis lesões ao cliente ou aos outros pelas alucinações imperativas. -Se o cliente puder aprender a interromper o aumento da ansiedade as alucinações podem ser evitadas.

72 D2:Isolamento social relacionado a incapacidade de confiar, ansiedade de pânico, fraco desenvolvimento do ego, pensamento delirante, regressão,evidenciado por retraimento, tristeza, embotamento afetivo, necessidade do medo, preocupação com os próprios pensamentos, expressão de sentimentos de rejeição ou de solidão imposta a outros. Prescrição de enfermagem: -Transmitir uma atitude de aceitação por meios de contatos breves e freqüentes. -Dar reconhecimento e reforço positivo as interações voluntárias do cliente com os outros. Justificativa: -A atitude de aceitação aumenta os sentimentos de dignidade pessoal e facilita a confiança. -O reforço positivo aumenta a auto-estima e encoraja a repetição de comportamentos aceitáveis.

73 D3: Ajuste familiar ineficaz, incapacitante relacionado a relações familiares muito ambivalentes, comunicação familiar alterada evidenciado por cuidado negligente do cliente em relação as necessidades humanas básicas ou ao tratamento da doença, negação extrema ou preocupação excessiva prolongada em relação a doença do cliente. Prescrição de enfermagem: Identificar o nível de funcionamento familiar. Avaliar os padrões de comunicação, relações interpessoais entre os membros, expectativas do papel, habilidades de resolução dos problemas. Fornecer informações a família sobre a doença do cliente, o que vai ser necessário no regime de tratamento e o prognóstico a longo prazo. Justificativa: -Esses fatores vão ajudar a identificar o grau de êxito que a família vai ter ao lidar com situações estressantes e avaliar onde é necessário auxílio. -O conhecimento e a compreensão pode facilitar a capacidade da família em integrar eficazmente o cliente ao sistema.

74 Modalidades de Tratamento para Esquizofrenia e Outros Distúrbios Psicóticos

75 TRATAMENTOS PSICOLÓGICOS
Psicoterapia Individual: Foco: Terapia orientada para a realidade, que visa refletir os esforços para diminuir a ansiedade e aumentar a confiança. Estabelecer uma relação muitas vezes é difícil, pois são pacientes extremamente solitários e podem se mostrar desconfiados, ansiosos, hostis ou regredidos se alguém tentar se aproximar deles. Uma intervenção bem sucedida pode ser obtida com honestidade, franqueza e simplicidade de maneira a respeitar a privacidade e dignidade humana do cliente. A psicoterapia é vista como um esforço a longo prazo, que exige do terapeuta extraordinária paciência e sacrifício da necessidade de se provar por efetuar alterações.

76 Terapia de Grupo: Alguns estudos da psicoterapia em grupo relatam resultados escassos, porém positivos, especialmente com pacientes ambulatoriais e em combinação ao tratamento farmacológico. A terapia em grupo tem sido mais útil na evolução a longo prazo da doença. A interação social, o sentido de coesão, identificação e juízo de realidade obtidos no contexto do grupo, mostraram-se processos altamente terapêuticos para esses clientes. A terapia de grupo em contextos hospitalares não é tão produtiva.

77 Terapia Comportamental:
A modificação do comportamento não é capaz de curar a esquizofrenia. Entretanto, tem êxito notável na redução da freqüência de comportamentos bizarros, perturbadores e desviantes e no aumento de comportamentos apropriados. A principal limitação desse tipo de terapia tem sido a incapacidade de alguns indivíduos em generalizar o que foi aprendido para o contexto da comunidade depois de ter tido alta hospitalar.

78 Treinamento de Capacidades Sociais:
Tornou-se uma das intervenções psicossociais mais amplamente usadas. A disfunção social é uma das características típicas da esquizofrenia. O progresso é voltado para as necessidades e limitações do cliente (contato olhos nos olhos, distância interpessoal, etc). O foco é em pequenas unidades do comportamento e o treinamento prossegue bem gradativamente.

79 TRATAMENTO SOCIAL Terapia do Meio: Alguns clínicos acham que essa terapia pode ser um tratamento apropriado para clientes com esquizofrenia. As pesquisas sugerem que a medicação psicotrópica é mais eficaz em todos os níveis do cuidado quando usada juntamente com a terapia do meio. A terapia do meio é intensificada por reuniões de grupo de clientes e membros da equipe, separada e conjuntamente, focalizando o funcionamento social e não a psicopatologia.

80 Terapia de Família: A esquizofrenia não é uma doença unicamente do cliente e sim de toda a família. A família deve ser um recurso e não um fator de estresse. A terapia de família consiste basicamente em um breve programa de orientação a respeito da esquizofrenia e um programa mais demorado de contato, visando reduzir as manifestações francas de conflito e alterar os padrões de comunicação e resolução de problemas da família. Em estudos o índice de redução de recidiva foi bem significativa: de 25 a 50% sem terapia e de 5 a 10% com terapia.

81 TRATAMENTO ORGÂNICO Psicofarmacologia :
São chamadas de neurolépticas ou drogas antipsicóticas. São eficazes no tratamento das manifestações agudas e crônicas da doença, assim como na terapia de manutenção para impedir a exacerbação dos sintomas esquizofrênicos. Ex. Flufenazina, Haldol, Clorpromazina, etc. Pode apresentar efeitos colaterais desagradáveis e até perigosos. As drogas antiparkinsonianas podem ser prescritas para combater os sintomas extrapiramidais associadas a uma medicação antipsicótica. Produz menos efeitos colaterais. Ex. Biperideno.

82 Para pacientes que não respondem as drogas antipsicóticas existem algumas outras opções como:
A Reserpina, mais comumente usada como anti-hipertensivo. O Carbonato de Lítio, pode melhorar os sintomas ou suprimir uma violência episódica. A Carbamazepina, melhora os sintomas em alguns pacientes resistentes ao tratamento.

83 Para pacientes que não respondem as drogas antipsicóticas existem algumas outras opções como:
O Válium ou Diazepan, em doses altas controla os sintomas psicóticos da esquizofrenia paranóide por até 4 semanas. Propranolol, controla explosões de temperamento em clientes psicóticos agressivos ou violentos.

84 Conclusão O papel ativo da família é essencial para o tratamento, reabilitação e reinserção social do cliente que sofre de transtorno mental. De todas os transtornos mentais a esquizofrenia sem dúvida é a que mais acarreta custos pessoais, emocionais e sociais. Ela constitui uma grande ameaça à vida e à felicidade, visto que é degenerativa. Continua sendo um enigma para a medicina.

85 Referência TOWNSEND, Mary C. Enfermagem Psiquiátrica: Conceitos e Cuidados. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.


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