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1
Há coisas que nunca se poderão
explicar por palavras. José Saramago
2
Por estas antigas ruelas,
quantas gerações já passaram?...
3
As paredes da centenária mansão, onde a menina agora brinca,...
4
...quantas lágrimas e risos, sonhos e desilusões testemunharam?
6
A semelhança entre os primeiros raios a anunciar
o despertar da manhã...
7
...e os derradeiros raios a proclamar o definhar de mais um dia.
8
Quantos dias ainda nos esperam?
Quem o saberá?
9
A única certeza é a brevidade
da vida terrena...
10
e a fragilidade de amanhã...
A fragilidade de ontem, e a fragilidade de amanhã...
11
Os dias se sucedem e não se repetem.
Cada dia, cada hora é única e preciosa.
12
O grande silêncio da alma das crianças,
e o grande silêncio da alma dos anciãos.
13
O Silêncio que tanto ensina àquele que se dispõe a ouvir.
15
A mãe e o filho.
16
As irmãs.
17
A atenção da irmã mais velha.
18
A alegria da irmã mais nova. A atenção da irmã mais velha.
19
Memórias poéticas que o tempo não apagará.
20
Vivemos meses, dias e anos...
21
E disso tudo, guardaremos com mais carinho os instantes que compõem a nossa memória poética.
22
Aquilo que a nossa alma registrou, que nos encantou, que nos comoveu,...
23
...o que dá beleza à nossa vida.
24
A cena imóvel, imperturbável, fora do tempo.
Memórias que não morrem jamais.
25
Instantes que passam a fazer parte de nossa alma.
26
a leve brisa, o sol da manhã...
As irmãs que brincam, a leve brisa, o sol da manhã...
28
Para uma mãe, o filho, mesmo quando adulto, é, e sempre será, a criança pequena que um dia foi.
29
As breves décadas de vida que separam as idades dos pais e dos filhos.
30
O que são trinta anos diante da eternidade?...
31
Para quem passou dos setenta, aquele que carrega quarenta
ainda é uma criança.
32
O inconsciente familiar, - histórias e memórias compartilhadas...
34
Os passos de alguém à procura de alguém.
35
Os passos daquele que carrega
o peso de muitos anos.
36
Educar as futuras gerações nas leis do Amor e da Bondade,
da Ternura e da Compaixão.
37
O suave sono dos inocentes.
A mãe que vela o sono da filha tão amada...
38
A infância que deve ser respeitada, amada e protegida
acima de todas as coisas.
39
Mesmo a ferida mais simples tem importância.
40
E em meio à agitação da vida moderna,
reservar um tempo para a reflexão.
41
Peregrinar por terras candentes e áridas,
a fim de descobrir o mar que jamais vimos e que por isso ainda não podemos compreender.
42
Acender a brasa interior da contemplação e da oração
diuturnamente para que nunca se apague.
43
A conscientização do valor do amor,
da compaixão e da importância da promoção da dignidade humana.
44
As horas fugazes da vida terrena,
e a vivência do mistério divino.
46
Ao fim da nossa caminhada terrena, levaremos conosco apenas o essencial.
47
As memórias poéticas que embelezam e dão sentido à vida.
48
A caridade, a bondade, a pureza de coração...
49
A brisa, o mar, a imensidão...
51
interpretado por Charles Aznavour
Tema musical: “Hier encore”, interpretado por Charles Aznavour Formatação:
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