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Como diagnosticar e quais exames são importantes no estadiamento.

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2 Como diagnosticar e quais exames são importantes no estadiamento.
O câncer do endométrio no consultório do ginecologista Como diagnosticar e quais exames são importantes no estadiamento. Etelvino S. Trindade 09 – Novembro 2012

3 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
Declaro não ter relações financeiras com: - nenhum produto comercial, - nenhuma empresa química e farmacêutica; Presto consultoria para o MS/INCA.

4 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
RASTREAMENTO A baixa prevalência na população (5:1.000 mulheres acima de 45 anos) torna o rastreamento populacional ineficiente. Dowdy SC, Mariani A, Lurain JR. Uterine cancer. In: Berek JS (ed). Berek & Novak’s gynecology. Fifteenth edition. Wolters Kluwer, Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia O ACOG e a Sociedade de Ginecologia Oncológica dos EUA não recomendam rastreamento para o carcinoma endometrial. American Cancer Society guidelines for the early detection of cancer. J Clin 2001; 51:38-75; quiz 77-80; erratum 51:150. ACOG Committee Opinion. Routine cancer screening. Obstet Gynecol 2006; 108:

5 RASTREAMENTO EM PACIENTES DE ALTO RISCO
O câncer do endométrio no consultório do ginecologista RASTREAMENTO EM PACIENTES DE ALTO RISCO Pacientes com alto risco devem ser rastreadas. Somente metade delas terão câncer. Guideline da American Cancer Society – Mulheres que devem ser rastreadas: a) na menopausa em uso de terapêutica estrogênica sem progestínicos, b) com história familiar de câncer cólon-retal não polipose, c) apresentando sangramento anormal na perimenopausa, d) anovulatórias crônicas e, e) obesas com sangramento anormal. Smith RA, Cokkinides V, von Eschenbach AC et al. American Cancer Society guidelines for the early detection of cancer. Cancer J. Clin 2002; 52:8-22. Hacker NF, Friedlander M. Uterine cancer. In: Berek JS, Hacker NF (ed). Berek & Hacker’s gynecologic oncology. Philadelphia. Fifth edition. Wolters Kluwer, Lippincott Williams & Wilkins

6 RASTREAMENTO EM PACIENTES DE ALTO RISCO
O câncer do endométrio no consultório do ginecologista RASTREAMENTO EM PACIENTES DE ALTO RISCO Fatores de Risco Risco relativo Idade avançada % a 8% Brancas % Status socioeconômico elevado ,3% História familiar de Ca. Endométrio % Diabetes mellitus % Colecistopatia calculosa ,7% Hipertensão arterial ,5% RT pélvica anterior % Reposição hormonal % a 12% Menarca precoce/menopausa tardia % Nuliparidade % a 3% Anovulação ND Tumores produtores de estrogênios ND Tamoxifeno ND Chu CS, Lin LL, Rubin S. Cancer of the utrerine body. In: De Vita VT, Lawrence TS, Rosenberg SA (ed). Cancer principles and practice of oncology. Eighth edition. Philadelphia. Lipppincott Williams & Wilkinsons, 2008.

7 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Clínica A maioria ocorre na 6ª e 7ª décadas da vida – Média aos 63 anos; 75% ocorre após os 50 anos de idade; 20% a 25% têm adenocarcinoma antes da menopausa. 5% têm adenocarcinoma antes do 40 anos. 90% das mulheres com câncer têm sangramento vaginal ou alguma descarga como sintoma único; Muitas mulheres reconhecem estar com problema de saúde e procuram médico dentro de 3 meses do aparecimento do sinal; Creasman WT, Miller DS. Adenocarcinoma od the uterine corpus. In: Di Saia PJ, Creasman WT (ed). Clinical gynecologic oncology. Eighth edition. Elsevier Saunders

8 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Clínica Algumas mulheres queixam de pressão pélvica ou desconforto; Mulheres mais idosas podem ter estenose do canal cervical – Não apresentam sangramento e podem ter hematometra ou piometra que extravasa como descarga purulenta; Menos de 5% das mulheres diagnosticadas com carcinoma de endométrio são assintomáticas. Creasman WT, Miller DS. Adenocarcinoma od the uterine corpus. In: Di Saia PJ, Creasman WT (ed). Clinical gynecologic oncology. Eighth edition. Elsevier Saunders

9 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Diagnóstico Na menopausa todo sangramento deve ser pesquisado, embora somente 20% dos casos sejam devidos a neoplasia. A idade é o maior fator de risco independente para a hiperplasia atípica e o adenocarcinoma. Acima de 70 anos o OR é 9,1. Se houver diagnóstico de hiperplasia atípica o OR sobe para 16. Se a idade for acima de 70 anos a chance de haver adenocarcinoma é de 50%. Se houver associação com nuliparidade e diabetes sobe para 87%. Feldman S, Cook EF, Harlow BL, Berkowitz RS. Predicting endometrial cancer amnog older women who present with abnormal vaginal bleeding. Gynecol Oncol 1995; 56:376.

10 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Diagnóstico O exame físico é fundamental – o sangramento pode ser de origem não endometrial: câncer de vulva, vagina e colo ulcerados são evidentes. Sangramento por trauma em vagina atrófica chega a 15% de todos os casos de sangramentos na menopausa – mesmo nesses casos é necessário descartar sangramento proveniente do endométrio. Mioma não deve ser aceito como causa de sangramento uterino em mulher após a menopausa. Hacker NF, Friedlander M. Uterine cancer. In: Berek JS (ed). Berek & Novak’s gynecology. Fifteenth edition. Wolters Kluwer, Lippincott Williams & Wilkins. Philadelphia

11 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Causas e frequências de sangramento uterino após a menopausa Causas Porcentagem Atrofia endometrial % a 80% Terapia estrogênica % a 25% Polipo endometrial % a 12% Hiperplasia endometrial 5% a 10% Câncer endometrial 10% In: Berek JS (ed). Berek & Novak’s gynecology. Fifteenth edition. Wolters Kluwer, Lippincott Williams & Wilkins,Philadelphia

12 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Diagnóstico Muitos casos de adenocarcinoma não são diagnosticados no período perimenopáusico porque o médico considera o sangramento anormal como componente desse período. O esperado nesse período é sangramento decrescente em quantidade e aumentando no espaçamento. Qualquer outro tipo de sangramento deve ser mantido sob observação e eventualmente ser pesquisado. Creasman WT, Miller DS. Adenocarcinoma od the uterine corpus. In: Di Saia PJ, Creasman WT (ed). Clinical gynecologic oncology. Eighth edition. Elsevier Saunders

13 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Diagnóstico Historicamente a curetagem uterina é o método para diagnóstico definitivo. Atualmente muitos têm realizado biopsia no consultório, evitando a internação e anestesia. A colpocitologia estará alterada em um terço até metade dos casos. A obtenção da citologia intrauterina provou ter quantidade de células suficientes para diagnóstico, porém o método de coleta é inadequado. Creasman WT, Miller DS. Adenocarcinoma od the uterine corpus. In: Di Saia PJ, Creasman WT (ed). Clinical gynecologic oncology. Eighth edition. Elsevier Saunders

14 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – Papanicolaou Para rastreamento não é adequado – Só 30% a 50% das pacientes com câncer do endométrio apresentam alteração no exame. Zucker PK, Kasdon EJ, Feldestein MI. He validity of Pap smear parameters as predictors of endometrial pathology In menopausal women. Cancer 1985; 56: Dowdy SC, Mariani A, Lurain JR. Uterine cancer. In: Berek JS (ed). Berek & Novak’s gynecology. Fifteenth edition. Wolters Kluwer, Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia Aproximadamente 50% das pacientes com câncer endometrial têm células malignas no exame colpocitológico. Gusberg SB, Milano C. Detection of endometrial carcinoma and its precursor. Cancer 1981; 47: Esses casos costumam ser de doença mais avançada. Du Beshter B, Warshal DP, Angel C et al. Endometrial carcinoma: the relevance of cervical cytology. Obstet Gynecol 1991; 77:

15 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – Encontro de células endometriais no Papanicolaou Há controvérsias sobre o significado. Estudo - 93 mulheres que recebiam reposição hormonal na menopausa, assintomáticas – 18 (19%) tiveram alterações: polipo (6), hiperplasias (10) e câncer endometrial (1). Montz FJ. Significance of “normal” endometrial cells in cervical cytology form asymptomatic postmenopausal women receiving hormone replacement therapy. Gynecol Oncol 2001; 81:33-9. Estudo – 790 citologias: 639 na premenopausa e 154 na menopausa: - 6 casos de adenocarcinoma do endométrio (3 na premenopausa). Browne TJ, Genest DR, Cibas ES. The clinical significance of benign-appearing endometrial cells on a Papanicolaou test in women 40 years or older. Am J Clin Pathol 2005; 124:834-7.

16 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – Encontro de células endometriais no Papanicolaou Na mulher antes da menopausa a presença de células endometriais normais raramente se associa a patologia endometrial, não sendo necessário avaliar. Beal HN, Stone J, Beckman MJ et al. Endometrial cells identified in cervical cytology in women > 40 years of age: criteria for appropriate endometrial evaluation. Am J Obstet Gynecol 2007; 196:568 e 1-5; discussion 568 e 5-6 O guideline Bethesda recomenda que a presença de células endometriais no esfregaço deve ser encaminhada para pesquisa. Estudo com citologia em base líquida: - 2,1% das citologias em mulheres assintomáticas na premenopausa tinham patologia endometrial significativa. Maroney JW, Zahn CM, Heaton RB et al. Normal endometrial cells in liquid-based cervical cytology specimens in women aged 40 or older. Gynecol Oncol 2007; 105: .

17 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – Citologia endometrial Não tem sensibilidade nem especificidade no rastreamento populacional. Dowdy SC, Mariani A, Lurain JR. Uterine cancer. In: Berek JS (ed). Berek & Novak’s gynecology. Fifteenth edition. Wolters Kluwer, Lippincott Williams & Wilkins,Philadelphia Estudo – Citologia endometrial em base líquida – N = 98: Acurácia = 93.5% - Sensibilidade = 92% - Especificidade = 95% - VPP = 73% - VPN = 99%. Todos carcinomas foram detectados. Conclusão: O exame pode ser considerado como primeira abordagem diagnóstica, principalmente se associado ao US transvaginal. Remondi C, Sesti F, Bonanno E et al. Diagnostic accuracy of liquid-based endometrial cytology in the evaluation of endometrial pathology in postmenopausal women. Cytopathlogy 2012; doi ?cyt [Epub ahead of print].

18 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – US transvaginal A ultrassonografia é ferramenta diagnóstica na avaliação de sangramento anormal na mulher, especialmente na menopausa. Muitos estudos demonstraram que se o endométrio for delgado não há necessidade de diagnóstico histológico porque é atrófico. Creasman WT, Miller DS. Adenocarcinoma od the uterine corpus. In: Di Saia PJ, Creasman WT (ed). Clinical gynecologic oncology. Eighth edition. Elsevier Saunders

19 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – US transvaginal Estudo – 205 mulheres com sangramento na menopausa: - Média de espessura = 17,7 mm. - 18 tinham adenocarcinoma – Nenhum caso com espessamento endometrial de até 8 mm. - Com cutt-of de 5 mm não houve nenhum falso-negativo. Com medida de 5 mm o VPP foi de 87%, especificidade de 96% e sensibilidade de 100% para identificação de anormalidades endometriais. Conclusão: o uso do US pode evitar uma grande quantidade de biopsias endometriais com economia de custos e menos desconforto para as pacientes. Granberg S, Wikland M, Karlson B, et al. Endometrial thickness as measured by endovaginal ultrasound for identifying endometrial abnormality. Am J Obstet Gynecol 1991; 164:47.

20 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – US transvaginal Estudo – Custoefetividade do diagnóstico inicial de sangramento uterino anormal na menopausa. Modelo levou em conta as ferramentas utilizadas na maioria dos serviços: - 12 estratégias diagnósticas para realização de biopsias, - US com cut-of de 4/5 mm de espessamento e - Histeroscopia. Comparando com nenhuma investigação inicial, o diagnóstico usando cut-of de 5 mm pela US foi o mais barato. Clark T, Barton P, Coomarasamy A, Gupta J, Khan K. Investigating postmenopausal bleeding for endometrial cancer: cost-effectiveness of initial diagnostic strategies. BJOG 2006; 113:

21 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – US transvaginal Estudo – custo-efetividade do diagnóstico inicial de sangramento uterino anormal na menopausa. O custo da biopsia inicial ou US utilizando cut-of de 4 mm foi mais caro que US com cut-of de 5 mm. O uso de combinação de métodos ou de histeroscopia no diagnóstico inicial não foi custo efetivo. Conclusão: mulher que apresenta sangramento endometrial pela primeira vez na menopausa deveria ser submetida a US ou a biopsia ambulatorial. Clark T, Barton P, Coomarasamy A, Gupta J, Khan K. Investigating postmenopausal bleeding for endometrial cancer: cost-effectiveness of initial diagnostic strategies. BJOG 2006; 113:

22 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – US transvaginal Ocorre diagnóstico de adenocarcinoma em endométrio com espessura menor que 5 mm. Estudo de revisão – 52 pacientes que tiveram diagnóstico de adenocarcinoma seroso papilar, de células claras e de alto grau: - 34 (65%) tinham espessura endometrial de 5 mm ou mais; - 9 (17%) tiveram o endométrio indistinto (muito fino). - Mulheres com endométrio não espessado apresentaram outras anormalidades como fluido intracavitário, massa miometrial e útero aumentado de volume. Wang J, Wieslander C, Hansen G, Cass I, Vasilev S, Holschneider CH. Thin endometrial echo complex on ultrasound does not reliably exclude type 2 endometrial cancers. Gynecol Oncol 2006; 101:120-7.

23 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – US transvaginal O Comitê de Práticas Ginecológicas do ACOG emitiu opinião sobre o papel da US transvaginal na avaliação do sangramento uterino na menopausa. Conclusão – a) essas mulheres podem ser avaliadas inicialmente por US transvaginal ou por biopsia ambulatorial, b) em espessura endometrial < ou = a 4 mm não é necessário realizar biopsia. American College of Obstetricians and Gynecologists. The role of transvaginal ultrasonography in the evaluation of postmenopausal bleeding. ACOG Committee Opinion No.440. Obstet Gynecol 2009; 114:409.

24 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – US transvaginal Consenso da Sociedade Americana de Radiologistas em US transvaginal como abordagem inicial de pacientes com sangramento uterino na menopausa. Limite de espessura do endométrio = 5 mm. Estudos para diminuir o limite para 4 mm: - não houve aumento da sensibilidade, - houve piora na especificidade pelo acréscimo de falsos positivos. Wiswanathan NA, Buttin BM, Kennedy AM. Oncodiagnosis panel: Ovarian, cervical, and endometrial cancer. Radiographics 2008; 28:

25 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – Histeroscopia Comparado com biopsia endometrial ambulatorial o exame detecta hiperplasia e carcinoma com sensibilidade de 100%. O método é aplicável para pacientes que têm risco aumentado e sangram ou para as que têm US alterado. Não se presta para rastreamento, mesmo em pacientes de alto risco. Lécuru F, le Frère Belda MA, Bats AS et al. Performance of office hysteroscopy and endometrial biopsy for detecting endometrial disease in women at risk of human non-polyposis colon cancer: a prospective study. Int J Gynecol Cancer 2008; 18:

26 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – Histeroscopia Vantagens: a) Avalia a extensão da doença, b) Realiza a biopsia sob visão direta, c) Diagnostica miomas e polipos, d) Realiza procedimentos ambulatoriais, e) Permite avaliação do canal cervical, O risco de disseminação do câncer pelo líquido injetado na cavidade uterina não foi evidenciado. Obermair O, Geramou M, Gücer F et al. Impact of hysteroscopy on disease free survival in clinically stage I endometrial cancer patients. Int J Gynecol Cancer 2000; 10:275-9. Creasman WT, Miller DS. Adenocarcinoma od the uterine corpus. In: Di Saia PJ, Creasman WT (ed). Clinical gynecologic oncology. Eighth edition. Elsevier Saunders

27 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – Histeroscopia Análise de 65 estudos de histeroscopia diagnóstica – N total > que exames. Todos por sangramento anormal na menopausa e antes da menopausa. Usado o resultado histológico positivo como aferidor do diagnóstico histeroscópico. 72% de concordâncias – O diagnóstico histológico negativo reduziu a probabilidade de erro a 0,6%. Acurácia foi maior em pacientes menopausadas. Conclusão: histeroscopia tem alta acurácia e deveria ser utilizada no diagnóstico do adenocarcinoma do endométrio em todas as pacientes com sangramento uterino anormal e suspeito . Clark TJ, Voit D, Gupta JK, et al. Accuracy of hysteroscopy in the diagnosis of endometrial cancer and hyperplasia: a systematic quantitative review. JAMA 2002; 288:

28 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – Biópsia ambulatorial A biópsia do endométrio é aceitável como primeiro passo na avaliação da paciente com sangramento uterino anormal ou na suspeita de neoplasia endometrial. Chambers JT, Chambers SK. Endometrial samplig: When? Where? Why? With what? Clin Obstet Gynecol 1992; 35:28-39. A acurácia da biópsia realizada em ambulatório por qualquer método é acima de 90% quando comparada com os encontros obtidos com a curetagem uterina e a histeroscopia. Dijkuizen FPHIJ, Mol BWJ, BrohmannHAM et al. The accuracy of endometrial sampling inthe diagnosisof patients with endometrial carcinoma and hyperplasia: a meta-analysis. Cancer 2000; 89:

29 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – Biópsia ambulatorial Pode ser realizada com diversos aparelhos: Pipelle, Gyno sampler, aspirador Vabra e curetas pequenas (Novak, Kevorkian). Causam desconforto para a paciente. Em 8% das vezes não é possível obter material devido estenose do canal cervical – 18% após os 70 anos. Koss LG, Schreider K, Oberlander SG et al. Screening of asymptomatic women for endometrial cancer. Obstet Gynecol 1981; 57: Em meta-análise Pipelle foi considerado o melhor instrumento. DijKhuizen FPH, Mol BWJ, Brolmann HAM et al. The accuracy of endometrial sampling in the diagnosis of a patients with endometrial carcinoma and hyperplasia. Cancer 2000; 89:

30 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – Biópsia ambulatorial A curetagem tem acurácia maior que Pipelle no diagnóstico do grau do tumor. Está demonstrado que que o laudo final histológico da peça operatória é 18% maior comparado com o laudo em espécime obtido por Pipelle e 9% maior em relação a curetagem semiótica. Em paciente sintomática com biopsia ambulatorial negativa é impositivo continuar a pesquisa (curetagem/histeroscopia). Leitao Jr MM, et al. Comparison of D&C and office endometrial biopsy accuracy in patients with FIGO grade endometrial adenocarcinoma. Gynecol Oncol 2009; 113:105.

31 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Exames – Biópsia ambulatorial Em decorrência de ser possível diagnosticar adenocarcinoma em consultório com biopsia muitos serviços, nos EUA, preferem seu uso como primeiro passo diagnóstico. Como há cerca de 10% de resultados falsos negativos em pacientes sintomáticas a continuação da pesquisa é impositiva. Diagnóstico de hiperplasia na biopsia não dispensa continuação da pesquisa na paciente sintomática. Obermair O, Geramou M, Gücer F et al. Impact of hysteroscopy on disease free survival in clinically stage I endometrial cancer patients. Int J Gynecol Cancer 2000; 10:275-9. Creasman WT, Miller DS. Adenocarcinoma od the uterine corpus. In: Di Saia PJ, Creasman WT (ed). Clinical gynecologic oncology. Eighth edition. Elsevier Saunders

32 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Mulheres em uso de tamoxifeno Tamoxifeno aumenta o risco de câncer endometrial em 3 a 4 vezes. Fisher B, Constantino JP, Redmond CK et al. Endometrial cancer in tamoxifen-treated breast cancer patients: findings from the National Surgical Adjuvant Breast and Bowel Project B-14. J Natl Cancer Inst 1994; 86: Foi demonstrado que mesmo utilizando cut-of de 9 mm para espessamento endometrial como VPP a presença de câncer foi somente de 1,4%. O uso de US em pacientes sob tratamento com tamoxifeno não é adequado porque tem baixa especificidade e baixo VPP. Fung MFK, Reid A, Faught W et al. Prospective longitudinal study of ultrasound screening for endometrial abnormalities in women with breast cancer receiving tamoxifen. Gynecol Oncol 2003; 91:154-9.

33 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Mulheres em uso de tamoxifeno Os valores de US não são aplicáveis. O endométrio dessas mulheres é consideravelmente mais espessado que nas não usuárias do fármaco. A avaliação histológica do endométrio mostra atrofia (maioria). Estudo – 103 mulheres assintomáticas na menopausa: 51 usavam tamoxifeno vs 52 controles. Realizado US, histeroscopia e histologia. Grupo tamoxifeno – 84% tinham espessamento endometrial > que 5 mm versus 19% nas não usuárias. Lahti E, Blanco G, Kauppila A et al. Endometrial changes in postmenopausal breast cancer patients receiving tamoxifen. Obstet Gynecol 1993; 81:

34 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Mulheres em uso de tamoxifeno Grupo tamoxifeno – 28% das histeroscopias demonstraram atrofia endometrial versus 87% no grupo controle. Grupo tamoxifeno – A histologia mostrou 60% de endométrio atrófico versus 79% nos controles. A grande diferença entre os grupos foi o encontro de polipos em 18% das usuárias de tamoxifeno versus nenhum caso nas não usuárias. Lahti E, Blanco G, Kauppila A et al. Endometrial changes in postmenopausal breast cancer patients receiving tamoxifen. Obstet Gynecol 1993; 81:660-4. Os estudos posteriores mostraram que espessamentos relatados no exame US de até 40 mm não é espessamento endometrial, mas o miométrio proximal subjacente.

35 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
COMO DIAGNOSTICAR Mulheres em uso de tamoxifeno Não se beneficiam do rastreamento com US transvaginal nem com biopsia ambulatorial. Gerber B, Krause A, Heiner M et al. Effects of adjuvant tamoxifen in postmenopausal women with breast cancer: a prospective long-term study using transvaginal ultrasound. J Clin Oncol 2000; 18: Barakat RR, Gilewski TA, Almadrones L et al. Effect of adjuvant tamoxifen on the endometrium in women with breast cancer: a prospective study using office endometrial biopsy.J Clin Oncol 2000; 18: Devem ser informadas do aumento de risco para câncer de endométrio. Qualquer sangramento (mesmo spot) deve ser investigado. Em estudo retrospectivo todos os casos de mulheres em uso de tamoxifeno, somente nas que apresentaram sangramento foi detectado câncer. Assikis VJ, Neven P, Jordan VC et al. A realistic clinical perspective on tamoxifen and endometrial carcinogenesis. Eur J Cancer 1996; 32ª:

36 EXAMES IMPORTANTES PARA ESTADIAMENTO
O câncer do endométrio no consultório do ginecologista EXAMES IMPORTANTES PARA ESTADIAMENTO Foi avaliado o US em comparação com a RM para avaliar invasão miometrial. Os achados não foram conclusivos. Gordon AN, Fleischer AC, Dudley BS, et al. Preoperative assessment of myometrial invasion of endometrial adenocarcinoma by ultrasound and MRI. Gynecol Oncol 1989; 34:175. A RM é mais sensível que US-3D para medir invasão profunda, enquanto o US-3D tem melhor especificidade. Saarelainen SK, Kööbi L, Järvenpää R et al. The preoperative assessment of deep myometrial invasion by three-dimensional ultrasound versus MRI in endometrial carcinoma. Acta Obstet Gynecol Scand 2012; 91:

37 EXAMES IMPORTANTES PARA ESTADIAMENTO
O câncer do endométrio no consultório do ginecologista EXAMES IMPORTANTES PARA ESTADIAMENTO A exclusão do comprometimento do canal cervical pela histeroscopia é mais confiável que a RM e a US. A RM é considerada a técnica mais segura para avaliar o envolvimento do canal. Assim, no preoperatório, a histeroscopia e a RM podem ser usadas no estadiamento e planejamento da estratégia cirúrgica mais correta. Cicinelli E, Marinaccio M, Barba B et al. Reliability of diagnostic fluid hysteroscopy in the assessment of cervical invasion by endometrial carcinoma: a comparative study with transvaginal sonography and MRI. Gynecol Oncol 2008; 111:55-61.

38 EXAMES IMPORTANTES PARA ESTADIAMENTO
O câncer do endométrio no consultório do ginecologista EXAMES IMPORTANTES PARA ESTADIAMENTO US tem 73% de acurácia diagnóstica para medir invasão do miométrio com sensibilidade de 62% e especificidade de 79%. O exame macroscópico intraoperatório da peça tem acurácia de 82,6%. A US, assim como o exame macroscópico da peça são simples, rápidos e seguros para predizer invasão miometrial em pacientes de baixo risco para metástase linfonodal. Berretta R, Merisio C, Piantelli G et al. Preoperative transvaginal ultrasonography and intraoperative gross examination for assessing myometrial invasion by endometrial cancer. J Ultrasound Med 2008; 27:

39 EXAMES IMPORTANTES PARA ESTADIAMENTO
O câncer do endométrio no consultório do ginecologista EXAMES IMPORTANTES PARA ESTADIAMENTO TC não oferece contraste tecidual satisfatório impossibilitando o estudo adequado da lesão endometrial, principalmente quando pequena. Nalaboff KM. Pallerito JS, Bem-Levi E. Imaging the endometrium: disease and normal variants. Radiographics 2001; 21: RM tem alta resolução e excelente contraste tecidual que permite estadiamento locorregional e abdominal global no câncer do endométrio. Lee EJ, Byun JY, Kim BS et al. Staging of early endometrial carcinoma: assessment with T2-weighted and godalinium-enhanced T1-weighted MR imaging. Radiographics 1999; 19:

40 EXAMES IMPORTANTES PARA ESTADIAMENTO
O câncer do endométrio no consultório do ginecologista EXAMES IMPORTANTES PARA ESTADIAMENTO Estudos mostram que a US pode diagnosticar invasão miometrial em 75% dos casos. Parece que essa conclusão é prematura, sendo preferível avaliar a invasão miometrial intraoperatoriamente, em corte de congelação. Creasman WT, Miller DS. Adenocarcinoma od the uterine corpus. In: Di Saia PJ, Creasman WT (ed). Clinical gynecologic oncology. Eighth edition. Elsevier Saunders

41 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
RESUMO Não se faz rastreamento populacional para carcinoma endometrial; Mulher de alto risco deve ser rastreada; Qualquer sangramento na menopausa deve ser pesquisado; Sangramento anormal na perimenopausa exige acompanhamento e se persistente ou se a mulher for de alto risco implica em ser pesquisado; Colpocitologia não se presta para diagnóstico, mas a presença de células endometriais em esfregaço implica em rastreamento endometrial; Citologia endometrial não tem custo benefício; se positiva não elimina a necessidade da biopsia e nem substitui a US;

42 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
RESUMO US ou biopsia ambulatorial são as abordagens mais aceitas, quando se inicia a pesquisa diagnóstica; Biopsia ambulatorial negativa implica em continuar a pesquisa; Curetagem uterina é o método tradicional para obtenção de material para diagnóstico; Histeroscopia é padrão ouro na pesquisa por permitir biopsia dirigida, realizar diagnósticos de outras patologias e ter menor perda diagnóstica de câncer; Mulher que usa tamoxifeno não deve ser pesquisada , exceto se apresentar sangramento uterino;

43 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
RESUMO US tem sido estudado para estadiamento preoperatório – invasão miometrial – ainda é pesquisa; Histeroscopia tem aplicação em estadiamento para avaliação do comprometimento do canal cervical – ainda não é utilizado rotineiramente com essa finalidade exclusiva; RM tem a melhor indicação no estadiamento preoperatório com intuito de planejamento terapêutico.

44 O câncer do endométrio no consultório do ginecologista
OBRIGADO!


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