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Capítulo 17 Entre o bem e o mal.

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1 Capítulo 17 Entre o bem e o mal

2 Valores Diante de pessoas, coisas e situações, estamos constantemente fazendo avaliações. Juízos de realidade – afirmações de qualidades ou defeitos de coisas existentes. Juízos de valor – qualidade que mobiliza nossa atração ou repulsa. Valores são herdados em um primeiro momento.

3 Moral e ética Moral – conjunto de regras que determinam o comportamento dos indivíduos em um grupo social. Ética – ou filosofia moral – é a reflexão sobre as noções e princípios que fundamentam a vida moral.

4 Caráter histórico e social da moral
A fim de garantir a sobrevivência, o ser humano age sobre a natureza transformando-a em cultura. Para uma vida coletiva saudável estabelecem-se regras que organizam as relações entre os indivíduos. Segundo Lévi-Strauss a passagem do reino animal para o reino humano é produzida pela instauração da lei, por meio da proibição do incesto.

5 A liberdade do sujeito moral
O ato só se torna propriamente moral se passar pelo crivo da aceitação pessoal da norma (interiorização). A partir da adolescência, o indivíduo desenvolve o pensamento abstrato e a reflexão crítica e tende a se questionar sobre os valores herdados. Quando criamos valores, não o fazemos para nós mesmos, mas como seres sociais que se relacionam com os outros.

6 Dever e liberdade O ato moral provoca efeitos não só na pessoa que age, mas naqueles que a cercam e na própria sociedade como um todo. Para ser moral um ato deve ser livre, consciente, intencional, mas também solidário. Responsável é a pessoa consciente e livre que assume a autoria do seu ato, reconhecendo-o como seu e respondendo pelas suas consequências.

7 Desejo e vontade O ato moral é um ato voluntário.
O desejo não resulta de escolha, já a vontade consiste no poder de reflexão que antecede a realização ou não do desejo. Seguir o impulso do desejo sempre que ele se manifesta é a negação da moral e da possibilidade de qualquer vida em sociedade.

8 A bússola e a balança Quando pesamos prós e contras de cada ação, o fazemos não apenas com a razão, mas também com a sensibilidade. Ao nos tornarmos mais maduros, partilhamos as alegrias e aflições das pessoas que nos cercam, não só as de nossa convivência próxima, mas de qualquer ser humano. A bússola - é o que norteia na direção do que é melhor para ser feito no plano moral.

9 A balança – geralmente em um prato da balança está o ponto de vista da moral ( o justo a se fazer ) e do outro está a vontade ( relação ou amizade ou outros ). Ninguém deve transgredir as leis humanas, mas e quando elas são injustas? Nesse caso, valem os movimentos de conscientização para que sejam mudadas.

10 Ética aplicada É um ramo recente da reflexão filosófica do qual pode-se destacar temas como bioética, ética ambiental e ética dos negócios. O que há de comum nesses três ramos de ética aplicada é o diálogo multidisciplinar (filosofia, medicina, biologia, direito, teologia, economia, sociologia, antropologia, política e psicologia).

11 A ética aplicada é um ramo contemporâneo da filosofia que nos coloca diante do desafio da deliberação sobre problemas práticos, que exigem conscientização dos riscos que nos ameaçam e a justificação racional das medidas a serem assumidas.

12 O filósofo Karl-Otto Apel (1922), ao considerar os efeitos da ciência aplicada em tecnologias que tem sido danosas ao ambiente, concluiu pela necessidade de desdobrar a reflexão ética em três níveis: a microesfera, a mesoesfera e a macroesfera. A microesfera trata das ações da esfera íntima, como família, matrimônio, vizinhança; a mesoesfera refere-se ao âmbito da política nacional; a macroesfera aborda o destino da humanidade.

13 Aprender a conviver O delicado tecido da moral diz respeito ao indivíduo no seu “foro íntimo”, ao mesmo tempo que o vincula às pessoas com as quais convive. Embora ética e política não se confundam, elas relacionam-se cada uma no seu campo específico, a política, ao estender a justiça social a todos, permite que os indivíduos tenham condições de melhor formação moral. A vida moral é importante no exercício da cidadania, para que os interesses egoístas não se sobreponham aos coletivos.


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