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Maria Lucia Fattorelli Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, 22 de setembro de 2015 O Sistema da Dívida no Brasil e na Grécia.

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1 Maria Lucia Fattorelli Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, 22 de setembro de 2015 O Sistema da Dívida no Brasil e na Grécia

2 BRASIL 2015 CONJUNTURA Aprofundamento da Crise Econômica seletiva: DESINDUSTRIALIZAÇÃO FINANCEIRIZAÇÃO Social Política Avanço das concessões ao Capital Elevação dos juros e dos lucros dos bancos Mecanismos financeiros, por exemplo “swap” Aceleração de privatizações e contra reformas Acordos internacionais feitos com EUA em 2015 Aumento de tributos para a classe média e pobre Crescimento acelerado da Dívida Pública Encolhimento do PIB

3 EVIDÊNCIA REVELADA PELA AUDITORIA CIDADÃ “Sistema da Dívida” Utilização do endividamento como mecanismo de subtração de recursos e não financiamento dos Estados Se reproduz internacionalmente e internamente, em âmbito dos estados e municípios: CRISE EM DIVERSOS ENTES FEDERADOS BRASILEIROS Dívidas sem contrapartida Maior beneficiário: Setor financeiro

4 “Sistema da Dívida” Como opera Modelo Econômico Privilégios Financeiros Sistema Legal Sistema Político Corrupção Grande Mídia Dominação financeira e graves consequências sociais Seminário Nacional em SP dias 30 e 31 de outubro 2015

5 SISTEMA DA DÍVIDA DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS Endividamento sem contrapartida: mecanismos financeiros Refinanciamento pela União Lei 9.496/97: Pacote Plano de Ajuste Fiscal Privatizações do patrimônio dos estados Assunção de passivos de bancos – PROES Endividamento com Banco Mundial e bancos privados internacionais para pagar à União Ilegalidades. Ilegitimidades. Abusos. Fraudes SACRIFÍCIO SOCIAL

6 MECANISMOS QUE GERAM DÍVIDA SEM CONTRAPARTIDA  Emissão de títulos da dívida para pagar juros  Estabelecimento de abusivas taxas de juros. SELIC subiu 30% desde as eleições, saltando de 11 para 14.25% a.a.  Juros sobre juros: ANATOCISMO  Operações de swap cambial realizadas pelo Banco Central: de setembro/2014 a julho/2015 os resultados negativos somaram R$158 bilhões  Operações “compromissadas” ou de “mercado aberto”: remuneração da sobra de caixa de bancos em cerca de R$ 1 trilhão  emissão de títulos da dívida interna para a compra de dólares (quando se encontrava em franca desvalorização), empregados na compra de títulos da dívida norte-americana, que não rendem quase nada ao país;  cobertura de bilionários prejuízos operacionais do BC, por exemplo, R$147,7 bilhões em 2009, R$ 48,5 bilhões em 2010, que, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal devem ser arcados pelo Tesouro Nacional;  Remanejamento estatístico de dívida interna para externa, gerando obrigação referente à variação cambial. A corrupção institucionalizada no Sistema da Dívida amarra o Brasil

7 POLÍTICA MONETÁRIA EQUIVOCADA RESPONSABILIDADE DO BANCO CENTRAL  Regime de Metas de Inflação  Juros elevados  Restrição da base monetária  Não controla o tipo de inflação existente no Brasil, decorrente de aumento de preços administrados e alimentos  Juros mais elevados do mundo impedem investimentos produtivos  Base monetária no Brasil inferior a 5%. China, Japão, Europa e Estados Unidos 40%. Emissão de títulos da dívida para pagar juros  Acabamos emitindo dívida, em vez de emitir moeda

8 PRIVILÉGIOS FINANCEIROS DO “SISTEMA DA DÍVIDA” Juros elevadíssimos mensais e cumulativos Atualização monetária mensal e cumulativa Política de Superávit Primário: cortes de gastos e investimentos sociais, contingenciamentos, congelamentos salariais etc., para priorizar o pagamento dos juros da dívida pública Lucros das estatais Resultado de privatizações DRU – Desvinculação das Receitas da União Desvinculação de recursos específicos de outras áreas (MP 435 e 450) Pagamentos de dívidas de Estados e Municípios à União Emissão de títulos para pagar juros (Desp. Corrente. Fere art. 167 CF) Emissão de títulos para cobrir prejuízos do BC (Direitos sociais NÃO) Ausência de limites para custo da política monetária (LRF não limita)

9 Orçamento Geral da União 2014 (Executado) Total = R$ 2,168 trilhão Fonte: SIAFIElaboração: AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA

10 Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional - SIAFI. Inclui a rolagem, ou “refinanciamento” da Dívida, pois a CPI da Dívida constatou que boa parte dos juros são contabilizados como tal. Juros e amortizações da dívida Previdência e Assistência Social Pessoal e Encargos Sociais Saúde e Saneamento Educação e Cultura Evolução de gastos selecionados - 1995 a 2014

11 Escandaloso crescimento do lucro dos bancos… Fonte: http://www4.bcb.gov.br/top50/port/top50.asphttp://www4.bcb.gov.br/top50/port/top50.asp

12 Fonte: Banco Central - Nota para a Imprensa - Setor Externo - Quadro 51 e Séries Temporais - BC Década de 70: dívida da ditadura Década de 80: Elevação ilegal das taxas de juros Estatização de dívidas privadas Pagamento antecipado ao FMI e resgates com ágio Década de 90: Plano Brady

13 Fonte: Banco Central - Nota para a Imprensa - Política Fiscal - Quadro 35. Graves indícios de ilegalidade identificados pela CPI: Juros sobre juros Conflito de interesses Falta de transparência

14 Dívida Externa US$ 554 bilhões ( R$ 1,476 trilhão, utilizando-se a cotação do dólar a R$2,66) Dívida Interna R$ 3,301 trilhões Dívida Brasileira R$ 4,777 trilhões 86,5% do PIB 2014 divulgado pelo IBGE, de R$ 5,52 trilhões Números da Dívida em 31/12/2014

15 PARADOXO BRASIL Estamos muito distantes do Brasil que queremos 7ª ECONOMIA MUNDIAL Pior distribuição de renda do mundo http://iepecdg.com.br/uploads/artigos/SSRN-id2479685.pdf COMPARADO COM GINI index | Data | Table http://iepecdg.com.br/uploads/artigos/SSRN-id2479685.pdfGINI index | Data | Table 79º no ranking de respeito aos Direitos Humanos – IDH Penúltimo no ranking da Educação (Índice Global de Habilidades Cognitivas e Realizações Educacionais ) 128 o no ranking do crescimento econômico

16 DÍVIDA: impede a vida digna e o atendimento aos direitos humanos De onde veio toda essa dívida pública? Quanto tomamos emprestado e quanto já pagamos? O que realmente devemos? Quem contraiu tantos empréstimos? Onde foram aplicados os recursos? Quem se beneficiou desse endividamento? Qual a responsabilidade dos credores e organismos internacionais nesse processo? Somente a AUDITORIA responderá essas questões

17 AUDITORIA DA DÍVIDA Prevista na Constituição Federal de 1988 Plebiscito popular ano 2000: mais de seis milhões de votos AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA www.auditoriacidada.org.br CPI da Dívida Pública Passo importante, mas ainda não significa o cumprimento da Constituição

18 CPI DA DÍVIDA – CÂMARA DOS DEPUTADOS Criada em Dez/2008 e Instalada em Ago/2009, por iniciativa do Dep. Ivan Valente (PSOL/SP) Concluída em 11 de maio de 2010 Identificação de graves indícios de ilegalidade da dívida pública Relatórios (oficial e alternativo) entregues ao Ministério Público Federal em maio/2010 Procedimentos Administrativos n o 1.00.000.005612/2010-13 1.00.000.003703/2012-86

19 EQUADOR: Lição de Ética e Soberania Comissão de Auditoria Oficial criada por Decreto  Em 2009: Proposta Soberana de reconhecimento de no máximo 30% da dívida externa representada pelos Bônus 2012 e 2030  95 % dos detentores aceitaram a proposta equatoriana, o que significou anulação de 70% dessa dívida com os bancos privados internacionais  Economia de US$ 7,7 bilhões nos próximos 20 anos  Aumento gastos sociais, principalmente Saúde e Educação

20 . 20 EQUADOR: Resultado da Auditoria

21 GRÉCIA

22 CONJUNTURA NA EUROPA 2008 Crise financeira localizada nos grandes bancos privados. Bolha: excesso de ativos “tóxicos” Decisão de países europeus de “salvar os bancos” Grandes mobilizações não foram capazes de barrar o processo Fevereiro de 2009 Reunião de Ministros baseada em documento secreto. Objetivo dos bancos: “Esquema de alívio de ativos” por meio de transferência para o setor público e para “bad banks” Discurso do presidente do BCE: “Já temos a solução, mas temos que construir a saída da crise” Diversos atos da Comissão Europeia referentes a “inconsistências” estatísticas e registros da dívida grega Maio de 2010: elevado déficit exige plano de socorro à Grécia Mesmo ato da Comissão Europeia: pacote Grécia e criação da EFSF Mesma data: BCE adota diversas medidas “fora de padrão”, sob a justificativa de turbulência financeira = socorro aos bancos

23 EFSF European Financial Stability Facility o Companhia sediada em Luxemburgo o Criada em 2010 por imposição do FMI, que destinou 250 bilhões de euros. Ilegalidade. o Sócios: 17 países europeus o Compromisso dos países com garantias para EFSF: 440 bilhões de euros em 2010, elevado para 780 bilhões em 2011 o Operada de fato pela Agência da Dívida Alemã o “Não é instituição financeira” o Emite instrumentos financeiros com garantia dos países o Realizou “empréstimos” para Grécia, Portugal e Irlanda

24 AUDITORIA DA DÍVIDA NA GRÉCIA Iniciativa do Parlamento: Comité da Verdade sobre a Dívida Pública para realizar AUDITORIA DA DÍVIDA Relatório Preliminar apresentado em 17 e 18/06/2015 Ilegalidades e Ilegitimidades Esquemas para beneficiar o setor financeiro privado. Grécia não recebe dinheiro vivo. Imensurável custo social: crise humanitária Referendo de 05/07/2015: “NÃO” Tsipras assina o acordo apesar do “NÃO” e renuncia em 20/08/2015

25 AUDITORIA DA DÍVIDA NA GRÉCIA Inauguração em 04/04/2015. Início dos trabalhos em 04/05/2015. Relatório preliminar apresentado em 17 e 18/06/2015. Trabalho preliminar: foco no período a partir de 2010 (Troika) Acordos analisados: o 2010 (conhecido como acordo “Bilateral”) o 2012 (acordo com EFSF, companhia não-financeira de Luxemburgo, Sociedade Anônima) GRÉCIA NÃO FOI BENEFICIADA. ILEGALIDADES E ILEGITIMIDADES. ESQUEMA PARA BENEFICIAR BANCOS PRIVADOS. Ver: Artigo “Tragédia Grega esconde segredo de bancos privados” http://www.ihu.unisinos.br/noticias/544075-tragedia-grega-esconde-segredo-de-bancos-privados

26 MAIORES CREDORES DA GRÉCIA

27 MECANISMOS DO SISTEMA DA DÍVIDA GREGA ACORDO DE 2010. Credores: 14 países europeus e o banco alemão KFW o Mecanismo escondido em um anexo: outro acordo o Permitia que se tornasse parte do acordo “bilateral” qualquer detentor de títulos da dívida grega, anteriormente existente o passaram a denominar-se “committed lenders” e foram os que de fato se beneficiaram dos empréstimos bilaterais o.O mecanismo utilizou uma conta aberta no Banco Central Europeu, destinada especialmente para processar todos os pagamentos relacionados ao acordo. o Na data em que se concentravam vencimentos de diversos títulos de dívida grega anteriores, a Comissão Europeia autorizava os países a desembolsar parte do empréstimo “recalculation date” o Os recursos desembolsados pelos países e pelo KFW nunca chegaram à Grécia, pois eram depositados na conta especial do Banco Central Europeu e, de lá, eram destinados aos detentores daqueles títulos anteriores. o Grécia não obteve nenhum benefício, mas arcou com onerosos custos, e está tendo que reembolsar em dinheiro ou patrimônio

28 MECANISMOS DO SISTEMA DA DÍVIDA GREGA ACORDOS DE 2012. Credora: EFSF Mecanismo 1: Programa de capitalização de instituições financeiras privadas o Utilizou o fundo privado Hellenic Financial Stability Fund (HFSF), criado por imposição da Troika. o Operação: o inicia com a emissão de instrumentos financeiros pela EFSF, que são em grande parte apenas registrados na Bolsa de Luxemburgo. o A EFSF desembolsa o empréstimo, enviando esses papéis para o HFSF, por intermédio do Banco Central da Grécia, que registra a dívida, ou seja a obrigação da Grécia para com a EFSF. o Em seguida, o HFSF utiliza esses papéis (vindos da EFSF, e que possuem garantia dos países sócios da referida S/A) para comprar papéis emitidos por bancos privados gregos, ativos tóxicos que não possuem garantia alguma. o Envolveu pelo menos 48,2 bilhões de euros até maio/2015, além da geração de obrigações paralelas, onerosos custos e encargos o Grécia não obteve nenhum benefício dos “empréstimos” da EFSF

29 AUDITORIA DA DÍVIDA NA GRÉCIA Completa modificação do perfil dos credores da dívida grega após os acordos de 2010 e 2012:

30 AUDITORIA DA DÍVIDA NA GRÉCIA CONSEQUENCIAS ECONÔMICAS E SOCIAIS Queda do PIB Queda do Orçamento Desemprego recorde Migração Fechamento de serviços públicos Redução de salários, aposentadorias e pensões Contra-Reformas da previdência e tributária Privatizações: O país está à venda no site do HRADF. Degradação social: famílias vivendo nas ruas, se alimentando de lixo Suicídios

31 Fonte: Εισηγητική Έκθεση Απολογισµού και Ισολογισµού 2013 – p. 90. Elaborado por Stavros Papaioannou.

32 AUDITORIA DA DÍVIDA NA GRÉCIA CONCLUSÕES: Poderio do sistema financeiro privado no comando do BCE e governos de países europeus Articulação desse poder nas instituições: Tróika (FMI, BCE e Comissão Europeia) Todos os acordos (2010 e 2012) foram preparados por essas instituições; não foram uma iniciativa da Grécia. ILEGALIDADES. ABUSOS. Novo acordo 2015: aprofundamento do processo, reciclagem de EFSF para ESM Troika comemorou a renúncia de Tsipras Dívida Pública Grega: muitas semelhanças com o processo de endividamento público de outros países europeus e latinoamericanos; o mesmo esquema; o mesmo “modus operandi”; o mesmo “Sistema da Dívida”

33 CONCLUSÃO

34 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO CONHECIMENTO DA REALIDADE MOBILIZAÇÃO SOCIAL CONSCIENTE AÇOES CONCRETAS Participar dos NÚCLEOS da Auditoria da Dívida Pública Reivindicar a AUDITORIA DA DÍVIDA COM PARTICIPAÇÃO CIDADÃ para desmascarar o “Sistema da Dívida” e redirecionar a aplicação dos recursos Construir o Seminário Nacional – 2015: “A Corrupção e o Sistema da Dívida” https://www.youtube.com/watch?v=rRQHG5kd-Q0 https://www.youtube.com/watch?v=rRQHG5kd-Q0

35 A Corrupção e o Sistema da Dívida 30 e 31/10/2015 São Paulo

36 PUBLICAÇÕES DIDÁTICAS WWW.INOVEEDITORA.COM.BR

37 Obrigada Maria Lucia Fattorelli www.auditoriacidada.org.br www.facebook.com/auditoriacidada.pagina “A emancipação dos oprimidos será obra deles mesmos.” Karl Marx


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