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PublicouMarcos Casqueira Van Der Vinne Alterado mais de 8 anos atrás
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ANTIPSICÓTICOS Altino Bessa Marques Filho
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TRATAMENTO PSICOFARMACOTERAPIA PSICOTERAPIA TERAPIA OCUPACIONAL
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PSICOSE delírios alucinações síndrome intoxicação e abstinência de substâncias condições médicas gerais outros transtornos psicóticos delírio compartilhado transtorno delirante depressão e mania (euforia) graves
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DELÍRIO Dá-se na esfera do juízo da realidade Juízo da realidade: capacidade de reconhecer a realidade como ela é julgando os fatos fazendo relações entre eles Principal alteração do juízo: delírio avaliação distorcida da realidade Paciente crê plenamente na fantasia que toma conta da sua mente mostrando-se irredutível à argumentação lógica
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ALUCINAÇÃO percepção sem objeto (Esquirol) auditivas visuais táteis olfativas gustativas cinestésicas cenestésicas
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ESQUIZOFRENIA demência precoce Kraepelin (popularização do termo) semelhanças com demência descuido pessoal queda do rendimento escolar/profissional desorganização da vida psíquica evolução: deterioração do psiquismo Alzheimer esquizofrenia divisão da mente Bleuler pensamento para um lado e emoção para outro
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FORMAS DE ESQUIZOFRENIA Paranóide Hebefrênica Catatônica Simples Residual
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Paranóide predomínio de idéias delirantes (sistematizadas) cunho persecutório místico sensual alucinações O paciente, sem motivo aparente, passa a acreditar que estão querendo prejudicá-lo, vítima de uma conspiração, onde podem estar envolvidos familiares, amigos ou vizinhos Diz que falam mal dele nas ruas, na tevê e no rádio, que fazem “macumba” ou que colocam aparelhos para vigiá-lo, como gravadores ou câmeras escondidas pela casa e nos locais que trabalha ou freqüenta.
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ESQUIZOFRENIA HEBEFRÊNICA deriva do nome da deusa grega da juventude HEBE acomete principalmente mulheres adolescentes tornam-se infantilizadas (regressão) com grande perturbação da vida psíquica pensamento muito desorganizado não conseguindo encadear suas idéias o que se pode perceber pelo discurso incoerente (desagregação do pensamento) e/ou criaçào de termos novos, inexistentes (neologismos) Relacionamento afetivo distante/desorganizado
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E. HEBEFRÊNICA Relacionamento afetivo distante e/ou desorganizado com reações emocionais inesperadas (paratimias) rindo perante estímulos neutros (risos imotivados) chorando perante fatos alegres indiferença por coisas tristes Delírios e alucinações podem ser notados, mas não tão freqüentes ou sistematizados Prognóstico reservado Evolução rápida
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ESQUIZOFRENIA CATATÔNICA predomínio de sintomas motores menos e/ou mais O paciente pode ficar imóvel durante horas, mesmo que assuma posturas extremamente incômodas, desconfortáveis (catalepsia). Não responde a estímulos. Em alguns casos, pode apresentar grande atividade motora, que pode transformar-se em agressividade.
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ESQUIZOFRENIA SIMPLES início vagaroso evolui lentamente podendo passar despercebida por muito tempo mesmo quando notada pode ser considerada “uma fase da vida” Caracteriza-se por um afastamento lento e gradual do convívio social Deixa de estudar, trabalhar, sair de casa, falar com amigos, e familiares e, às vezes, de cuidar da própria higiene.
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ESQUIZOFRENIA SIMPLES
Afirma não ter vontade de fazer nada e o relacionamento vai diminuindo até que se torne indiferente aos estímulos, alegres ou tristes Embotamento ou aplaimanento afetivo Diminuição da vontade (hipobulia) RESIDUAL
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TRATAMENTO Psicofarmacoterapia Psicoterapia
Terapia ocupacional/recreacional
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ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DE DOPAMINA: ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS
Alta afinidade para receptores de dopamina Antipsicóticos tradicionais – neurolépticos Tratamento: esquizofrenia/outros transtornos psicóticos Clorpromazina Tioridazina Flufenazina Haloperidol, etc
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EFEITOS ADVERSOS SEXUAIS
Perguntas específicas Efeitos sexuais perturbadores Incidência subestimada Antagonistas dos receptores de dopamina 50% homens disfunção erétil e ejaculatória sildenafil mulheres/homens anorgasmia/redução da libido
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CLORPROMAZINA Efeitos colaterais e reações adversas Mais comuns:
aumento dos níveis séricos da prolactina Menos comuns: amenorréia anorgasmia diminuição da libido ejaculação retardada ginecomastia impotência priapismo
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FLUFENAZINA (Anatensol, Flufenan)
Efeitos colaterais e reações adversas Menos comuns: amenorréia anorgasmia diminuição da libido ejaculação retardada ginecomastia impotência
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LEVOMEPROMAZINA (Neozine, Levozine) reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: amenorréia anorgasmia diminuição da libido ejaculação retardada impotência priapismo
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PERICIAZINA (Neuleptil) derivado piperidínico/grupo das fenotizazinas doses médias entre 15 e 30 mg, até acima de 75 mg metabolismo: CYP450 efeito ansiolítico - sem prejuízo da memória reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: amenorréia anorgasmia diminuição da libido ejaculação retardada ginecomastia hiperprolactinemia impotência priapismo
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PIPOTIAZINA (piportil, piportil L4) grupo das fenotiazinas piperazínicas dose oral média: 10 a 20 mg/dia forma de depósito éster palmítico pipotiazina: 100mg/mês reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: amenorréia anorgasmia diminuição da libido ejaculação retardada ginecomastia impotência priapismo
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TIORIDAZINA (Melleril) derivado piperidínico grupo das fenotiazinas 300 a 600 mg até 1000 a 1200 mg reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: diminuição da libido ejaculação retardada impotência priapismo obs: tratamento da amenorréia uso de outros antipsicóticos
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TIOTIXENE (navane) derivado tioxantênico propriedades semelhantes às fenotiazinas piperazínicas 6 mg a 60 mg reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: amenorréia anorgasmia diminuição da libido ejaculação retardad ginecomastia impotência
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TRIFLUOPERAZINA (stelazine) grupo das fenotiazinas piperazínicas 2 a 30 mg reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: amenorréia anorgasmia diminuição da libido ejaculação retardada ginecomastia impotência priapismo
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HALOPERIDOL (haldol, haloper) alta potência grupo dos butirofenonas reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: anorgasmia amenorréia diminuição da libido ejaculação retardada ginecomastia impotência
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PIMOZIDA (orap) classe das difenilbutilpiperidinas estrutura similar às butirofenonas meia-vida: 50 a 200 horas efetividade: 4 vezes e até 1 vez por semana reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: amenorréia anorgasmia diminuição da libido ejaculação retardada ginecomastia impotência irregularidades menstruais
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PENFLURIDOL (semap) classe das difenilbutilpiperidinas características semelhantes às butirofenonas meia-vida: + 1 semana comprimido: 20 mg dose semanal: 20 a 60 mg VO reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: amenorréia diminuição da libido ejaculação retardada impotência
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SULPIRIDA (Equilid, Dogmatil) grupo das benzamidas sintomas negativos pacientes com SEP – outros antipsicóticos 400 e 1800 mg – antipsicótica 50 a 150 mg – antidepressiva reações adversas e efeitos colaterais mais comuns: hiperprolactinemia menos comuns: amenorréia ejaculação retardada impotência
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ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS antagonistas de serotonina-dopamina risperidona olanzapina quetiapina clozapina ziprasidona aripiprazol (agonismo parcial de dopamina) amisulprida (antagonismo D2 e D3) risco menor de SEP positivos e negativos
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AMISULPRIDA (socian) antagonista dopaminérgico D2 e D3 classe das benzoamidas 100 a 300 mg/d (negativos) 600 a 1200 e até 2300 mg/d (positivos) reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: amenorréia frigidez ginecomastia hiperprolactinemia impotência
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ARIPIPRAZOL (abilify) grupo das quinolinonas meia vida: 75 a 94 horas metabolismo: citocromo P (CYP2D6 e CYP3A4) 15 a 30 mg reações adversas e efeitos colaterais sem interferência com sexualidade?
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CLOZAPINA (leponex) composto heterocíclico grupo das dibenzodiazepinas 12,5 a 900 mg/dia metabolização: CYP1A2, 2D6 e 3A4 reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: anorgasmia diminuição da libido ejaculação retardada impotência priapismo
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OLANZAPINA (zyprexa) classe dos tienobenzodiazepínicos metabolismo: CYP 1A2 10 a 20 mg/dia esquizofrenia e TBH reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: disfunção sexual hiperprolactinemia
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QUETIAPINA (seroquel) dibenzotiazepina metabolização: CYP 3A4 esquizofrenia e depressão de TBH mania? 25 até 800 mg/dia sem interferências na sexualidade?
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RISPERIDONA (risperdal, respidon, risperidon, zargus e viverdal) derivado benzisoxazoles metabolização: IID6 cuidados: doença renal e/ou hepática menos SEP esquizofrenia e TBH 1 a 10 mg/dia retirada lenta (abstinência, tiques, acatisia) reações adversas e efeitos colaterais mais comuns: disfunções sexuais ejaculação retrógrada menos comuns: amenorréia, anorgasmia diminuição da libido, impotência, inibição da ejaculação, hiperprolactinemia, priapismo
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ZIPRASIDONA (geodon) grupo dos benzisoxazólicos eficácia adicional: negativos 40 a 160 mg/d reações adversas e efeitos colaterais menos comuns: priapismo
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QUETIAPINA (seroquel) dibenzotiazepina metabolização: CYP 3A4 esquizofrenia e depressão de TBH mania? 25 até 800 mg/dia sem interferências na sexualidade?
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ARIPIPRAZOL (abilify) grupo das quinolinonas meia vida: 75 a 94 horas metabolismo: citocromo P (CYP2D6 e CYP3A4) 15 a 30 mg reações adversas e efeitos colaterais sem interferência com sexualidade?
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A dificuldade de contato social dos portadores de esquizofrenia dificulta que estabeleçam relações afetivas, tais como, namorar, encontrar companheiros(as), relacionar-se sexualmente? É possível ao familiar ajudá-los na busca desses objetivos?
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Apesar da dificuldade em manter contato social, alguns portadores da doença conseguem encontrar um(a) companheiro(a), estabelecer relacionamentos afetivos significativos e manter relacionamentos sexuais.
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Os familiares devem orientá-los na busca de um relacionamento que não venha a ser estressante e que possa desencadear recaídas.
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Tratando-se tais dificuldades, normalmente derivadas do isolamento social, a família pode ajudar incentivando a participação dos portadores nas mais diversas formas de atividades voltadas à ressocialização, tais como a freqüência a centros de convivência, lazer e cultura, grupos de auto-ajuda etc..
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Quanto ao relacionamento sexual, devem estar orientados sobre os cuidados para evitar doenças sexualmente transmissíveis (por exemplo, AIDS), principalmente o uso de camisinha. As mulheres devem ser acompanhadas também por ginecologista, que pode orientar quanto a métodos contraceptivos seguros, como remédios anticoncepcionais ou DIU.
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Quanto ao sexo, dizem que pessoas com esquizofrenia não têm interesse sexual. Entretanto, constata-se que apenas 20% delas tem inapetência sexual; portanto, os pacientes têm necessidades sexuais. Surviving Schizophrenia, a Family Manual. Torrey, Fuller, E. Harper & Row Publishers, New York., 1988.
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É claro que há casos extremos, como pacientes por exemplo, que apropriam-se da atividade sexual como sua maior forma de recreação (mas isso não é regra). É verdade também, que é complicado o relacionamento sexual com esquizofrênicos (pense-se nos delírios e alucinações). Surviving Schizophrenia, a Family Manual. Torrey, Fuller, E. Harper & Row Publishers, New York., 1988.
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Ocorre também o desejo de ter um filho, o que é quase inviável, pois uma criança implica em cuidados que nem sempre o esquizofrênico pode suprir. Além disso, há grandes chances de que o filho possa vir a ser também um doente.
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Em relação á atividade sexual, há controvérsias que colocam a falta de cuidados contraceptivos. Uma alternativa á anti-concepção seria a aplicação intra-muscular de anticoncepcionais que agem por três meses.
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Outra objeção é quanto á proteção de doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS, evitados pelo uso de preservativos que nem sempre os pacientes usam em detrimento de suas condições psíquicas, o grau de consciência e responsabilidade presente neles.
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