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O pensamento e suas alterações

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Apresentação em tema: "O pensamento e suas alterações"— Transcrição da apresentação:

1 O pensamento e suas alterações
Seminário Psicopatologia Geral I

2 1.0 – Definições Básicas O pensamento e suas alterações
Elementos constitutivos do pensamento Processo de pensar

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1.0 – Definições Básicas Elementos constitutivos do pensamento: - Conceito - Juízo - Raciocínio Processo de pensar: - Curso - Forma - Conteúdo

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2.0 - Conceitos 2.1- Conceitos Se formam a partir de representações Não apresentam elementos de sensorialidade Se formam a partir da: Eliminação de caracteres de sensorialidade Generalização

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2.0 - Conceitos 2.2 – Juízos Afirmação de uma relação entre dois conceitos Se expressam, geralmente, por frases ou proposições

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2.0 - Conceitos 2.3 – Raciocínio Função que relaciona os juízos

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2.0 - Conceitos 2.4 – Processo de pensar – Curso: Velocidade e ritmo de como o pensamento flui – Forma: Conteúdos e interesses – Conteúdo: Temas, o assunto em si

8 3.0 – Alterações dos elementos constitutivos do pensamento
O pensamento e suas alterações 3.0 – Alterações dos elementos constitutivos do pensamento 3.1 – Alterações dos conceitos Desintegração dos conceitos Mesma palavra passa a ter significados cada vez mais diversos Condensação dos conceitos Quando dois ou mais conceitos são fundidos

9 3.0 – Alterações dos elementos constitutivos do pensamento
O pensamento e suas alterações 3.0 – Alterações dos elementos constitutivos do pensamento 3.2 – Alterações dos juízos Juízo deficiente ou prejudicado A elaboração dos juízos é prejudicada por deficiência intelectual e pobreza cognitiva do indivíduo Juízo de realidade ou delírio Juízo deficiente ≠ Delírio

10 3.0 – Alterações dos elementos constitutivos do pensamento
O pensamento e suas alterações 3.0 – Alterações dos elementos constitutivos do pensamento 3.3 – Alterações do raciocínio e do estilo de pensar Pensamento normal Pensamento indutivo e dedutivo Viés de confirmação As pessoas tendem a distorcer os dados e as percepções da realidade para confirmar hipóteses previamente formuladas no início de um raciocínio”

11 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento Pensamento normal x Pensamento patológico Pensamentos associados a estados mentais alterados e transtornos psiquiátricos

12 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento 4.1 - Pensamento mágico - Adequação da realidade ao pensamento - Pressupõe uma relação puramente subjetiva de idéias que corresponda uma associação objetiva - Pode ocorrer em crianças e em transtornos da personalidade, quadros obsessivos-compulsivos, na esquizofrenia e histeria

13 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento 4.2 – Pensamento dereístico Distorção da realidade para adaptação aos seus anseios O pensamento só obdece à lógica e à realidade naquilo que lhe interessa Pode ocorrer nos trantornos da personalidade, na esquizofrenia, histeria e, eventualmente, em crianças e adolescentes “normais”

14 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento 4.3 – Pensamento concreto (ou concretismo) Não ocorre distinção entre as dimensões abstrata e concreta dos fatos Nível sensorial da experiência Deficiência mental, pacientes dementados e esquizofrênicos graves

15 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento 4.4 – Pensamento inibido O pensamento é lento, rarefeito e pouco produtivo ao decorrer do tempo Quadros demenciais e depressivos graves

16 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento 4.5 – Pensamento vago As relação entre os conceitos, a formação de juízos e o processo que desdobra estes em raciocínio são imprecisos Pensamento ambíguo Pode ser um sinal inicial de esquizofrenia ou ocorrer em quadros demenciais iniciais, transtornos da personalidade e neuroses graves

17 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento 4.6 – Pensamento prolixo Não consegue concluir um assunto, senão após muito tempo e esforço

18 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento 4.6 – Pensamento prolixo São tipos de pensamento prolixo: Pensamento tangencial: Nunca consegue atingir o ponto central da discussão Pensamento circunstancial: “Dá voltas” no tema, mas pode conseguir atingir o objetivo de seu raciocínio Esses tipos de pensamento são freqüentes em transtornos da personalidade, em indivíduos com lesões cerebrais, em deficientes mentais limítrofes, no início da esquizofrenia, e em alguns neuróticos graves.

19 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento 4.7 – Pensamento deficitário (ou oligofrênico) Remete a uma estrutura de pensamento pobre e simples, o que faz com que o indivíduo se detenha mais ao raciocínio concreto A memorização de determinados conteúdos ou temas pode ser muito ampla Ocorre freqüentemente em pacientes com deficiências mentais e autistas

20 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento 4.8 – Pensamento demencial Trata-se de um pensamento pobre, mas é heterogêneo A progressão da síndrome demencial acarreta numa diminuição do pensamento abstrato, predominando o pensamento pobre, concreto e desorganizado.

21 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento 4.9 – Pensamento confusional As alterações da consciência, de atenção e da memória imediata ocasionam uma dificuldade na articulação entre conceitos e juízos, o que impede a formação apropriada do raciocínio Ocorre principalmente em síndromes confusionais agudas

22 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento 4.10 – Pensamento desagregado Desajuste na relação entre conceitos e juízos Pensamento incoerente através de uma mistura aleatória de palavras Isso é comum em formas graves e avançadas de esquizofrenia

23 4.0 – Tipos alterados de pensamento
O pensamento e suas alterações 4.0 – Tipos alterados de pensamento 4.11 – Pensamento obsessivo Predominância de idéias ou representações com conteúdos absurdos ou repulsivos, que se impõem à consciência de modo inflexível e incontrolável Esse quadro é comum em pacientes gravemente obsessivos

24 5.0 – Alterações do processo de pensar
O pensamento e suas alterações 5.0 – Alterações do processo de pensar 5.1 – Alterações do curso do pensamento Aceleração: Uma idéia se sobrepõe a outra rapidamente, como é comum em casos de mania, na esquizofrenia, nos estados de ansiedade intensa, nas psicoses tóxicas e na depressão ansiosa Lentificação: Progresso lento e dificultoso do pensamento, com períodos de latência – o que acontece em depressões graves, em alguns casos de rebaixamento da consciência, em certas intoxicações e em determinados quadros psico-orgânicos.

25 5.0 – Alterações do processo de pensar
O pensamento e suas alterações 5.0 – Alterações do processo de pensar 5.1 – Alterações do curso do pensamento Bloqueio: O bloqueio ou interceptação do pensamento é o interrompimento brusco e repentino do mesmo, sem motivo aparente – alteração quase que exclusiva da esquizofrenia. Roubo: Tipo de vivência da influência, onde o indivíduo tem a sensação de que seu pensamento foi roubado por uma força externa. Alteração típica da esquizofrenia.

26 5.0 – Alterações do processo de pensar
O pensamento e suas alterações 5.0 – Alterações do processo de pensar 5.2 – Alterações da forma do pensamento Fuga de idéias: a velocidade do fluxo de idéias faz com que a associação entre as palavras deixem de seguir uma lógica do pensamento, passando a ocorrer por assonância. Comum em quadros maníacos. Dissociação do pensamento: decorre de uma articulação inadequada entre os juízos, fazendo com que o pensamento se torne desorganizado. É possível encontrar essa alteração em certas formas de esquizofrenia.

27 5.0 – Alterações do processo de pensar
O pensamento e suas alterações 5.0 – Alterações do processo de pensar 5.2 – Alterações da forma do pensamento Afrouxamento das associações: preserva certa coerência entre as idéias, mas os enlaces associativos já se mostram um tanto comprometidos. Isso se manifesta nas fases iniciais da esquizofrenia e em transtornos da personalidade. Descarrilhamento do pensamento: marcante distraibilidade de modo que o pensamento freqüentemente extravia-se do seu curso normal. É possível observar na esquizofrenia e, eventualmente, em transtornos maníacos. Desagregação do pensamento: profunda perda da coerência lógica do pensamento bem como de qualquer articulação racional – isso é visível em formas avançadas de esquizofrenia e em quadros demenciais.

28 5.0 – Alterações do processo de pensar
O pensamento e suas alterações 5.0 – Alterações do processo de pensar 5.3 – Alterações do conteúdo do pensamento Os conteúdos variam tanto quanto os temas de interesses ao ser humano. Pois, já que o conteúdo é o que preenche a estrutura do pensamento, ele corresponde à temática do pensamento.

29 5.0 – Alterações do processo de pensar
O pensamento e suas alterações 5.0 – Alterações do processo de pensar 5.3 – Alterações do conteúdo do pensamento A importância dos conteúdos está associada a constituição social e histórica do indivíduo. A observação clínica revela que os principais conteúdos que indicam sintomas psicopatológicos são os persecutórios, depreciativos, religiosos, sexuais, de poder, de ruína (ou culpa) e conteúdos hipocondríacos.

30 5.0 – Alterações do processo de pensar
O pensamento e suas alterações 5.0 – Alterações do processo de pensar 5.3 – Alterações do conteúdo do pensamento A persecutoriedade está relacionada à sobrevivência, pois a possibilidade de ser atacado e destruído é algo que afeta tanto biologicamente quanto da psicologicamente – os conteúdos de poder, riqueza, ruína e culpa estão associados a essa dimensão de sobrevivência. A sexualidade tem sua importância derivada de fatores instintivos-biológicos e psicológicos, pois o afeto sustentado nas relações promove também a erotização destas.

31 5.0 – Alterações do processo de pensar
O pensamento e suas alterações 5.0 – Alterações do processo de pensar 5.3 – Alterações do conteúdo do pensamento Os fatores religiosos e místicos são também comuns na psicopatologia visto que a religião possui um papel primordial em qualquer cultura ou grupo social humano. Os temas hipocondríacos remetem à importância do corpo nas vivências humanas, desdobrando uma série de outros temas como o narcisismo, o desejo do bem-estar físico, e os temores relacionados ao adoecimento físico.

32 O Juízo da realidade & suas alterações

33 O juízo de realidade e suas alterações
O pensamento e suas alterações O juízo de realidade e suas alterações 1-Definições psicológicas Ajuizar é produzir juízos, julgamentos; Alterações do juízo são alterações do pensamento. Erro simples X delírio O Erro simples é originado da ignorância, de um julgamento apressado com base em premissas falsas. Ocorre principalmente, quando: tomam-se coisas parecidas por iguais; atribui-se a coincidências as causas de um dado evento; e quando aceita-se a impressão dos nossos sentidos como verdades inquestionáveis.

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Os erros são psicologicamente compreensíveis, ao contrário dos delírios, cuja principal característica é a incompreensibilidade. Os tipos de erros mais comuns são: os preconceitos; as crenças culturalmente sancionadas, e as superstições. O delírio é um tipo de juízo falso determinado por transtorno mental.

35 Alterações patológicas do juízo
O pensamento e suas alterações Alterações patológicas do juízo Idéias prevalentes ou sobrevaloradas A idéia é sustentada com forte convicção; São egossintônicas; São associadas a alto grau de emoção; Geralmente se desenvolvem em personalidade alterada; Compreesíveis a partir de experiências passadas;

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Causam sofrimento ao indivíduo e às pessoas com quem ele convive; Podem progredir para delírio verdadeiro; O paciente não busca ajuda por conta dessas idéias; Assemelham-se a convicções religiosas, ou políticas apaixonadas.

37 Exemplos de idéias prevalentes
O pensamento e suas alterações Exemplos de idéias prevalentes Transtorno mental Idéia sobrevalorada típica Anorexia nervosa -> Hipocondtia -> Ciúmes patológico não- delirante -> “ Tenho uma forte sensação de que estou muito gorda “Estou convencido de que tenho câncer de estômago” “ Tenho certeza de que minha mulher está tendo um caso” (Veale apud Dalgalarrondo, 2008)

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O delírio São juízos patologicamente falsos; Erro de ajuizar proveniente de uma doença mental Exemplos de delírios: “ Tenho certeza que meus pais querem me envenenar” ; “ Meus amigos fizeram um plano para acabar comigo”.

39 Indícios externos para identificação do delírio
O pensamento e suas alterações Indícios externos para identificação do delírio Convicção extraordinário acerca da lógica do seu delírio; Impossibilidade de modificá-lo através da experiência objetiva ou por argumentos lógicos; É quase sempre um juízo falso, uma vez que, o seu conteúdo é impossível; É uma produção associal, ou seja, se trata de uma convicção individual e não partilhada com um grupo.

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Dimensões do delírio Grau de convicção caracteriza até onde o paciente está convencido da realidade de suas idéias delirantes; Extensão determina a extensão com que as idéias delirantes envolvem amplas áreas da vida do paciente; Bizarrice analisa o quanto o delírio se afasta da realidade consensual, do quão impossível ele é. A desorganização verifica a consistência interna dos delírios, sua lógica própria e o seu grau de sistematização.

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Delírios mais organizados são observados nos transtornos delirantes e em pacientes psicóticos, em contrapartida, delírios mais desorganizados são encontrados nos quadros demenciais e de retardo mental. Resposta afetiva avalia o quanto as crenças delirantes abalam o paciente. Comportamento desviante verifica o quanto o paciente age em função de seu delírio e a freqüência com que pratica atos estranhos, perigosos ou inconvenientes em virtude das suas idéias delirantes

42 Delírio primário ou idéias delirantes verdadeira
O pensamento e suas alterações Delírio primário ou idéias delirantes verdadeira Todo fenômeno primário é psicologicamente incompreensível. Trata-se de algo inteiramente novo. O verdadeiro delírio, dessa forma, produz uma quebra radical na biografia do sujeito, transformando qualitativamente toda a sua existência. Delírio Secundário e delírios compartilhados Se assemelham aos primários, diferem apenas por não se originarem de uma alteração primária do pensamento, mas de uma alteração em outra área, tal como a afetividade, a consciência etc. Os delírios podem acontecer em mais de uma pessoa. Esse tipo de delírio costuma ser chamado de delírio compartilhado. Como exemplo de delírio compartilhado, pode-se citar o caso de um líder delirante e um grupo sugestionável que compartilha das idéias e convicções desse líder.

43 Estrutura dos delírios
O pensamento e suas alterações Estrutura dos delírios Os delírios podem ser classificados em: simples ou monotemáticos; complexos ou pluritemáticos; não- sistematizados e sistematizados. Os Delírios simples se desenvolvem em torno de um só conteúdo, de um tema único – religioso, persecutório etc. Os Delírios complexos englobam uma série de temas ao mesmo tempo, podem envolver conteúdos de perseguição, místico- religioso, de reivindicação etc. Delírios não - sistematizados são um tipo de delírio que não apresenta encadeamento consistente. Seus conteúdos variam momento para momento e tendem a ser encontrados em indivíduos com baixo nível intelectual.

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Delírios sistematizados são bem organizados, com histórias cheias de detalhes, consistentes, bem encadeadas e que conseguem manter o mesmo conteúdo ao longo do tempo. Ocorre em indivíduos mais intelectualmente desenvolvidos. Nesses casos, a inteligência não é empregada para questionar ou criticar o delírio, é usada, contudo, para justificá-lo. Os delírios podem ainda ser classificados em congruentes e incongruentes com o humor. Nos transtornos de humor com características psicóticas, pode se afirmar que o delírio é do tipo conguente quando, por exemplo, na depressão, ele apresentar conteúdo de culpa, ruína ou ainda hipocondria. Já na mania, se ele se apresentar conteúdo de controle ou influência, se diz que é incongruente.

45 Surgimento e evolução do delírio
O pensamento e suas alterações Surgimento e evolução do delírio Klaus Konrad (apud Dalgallarondo, 2008) propôs um processo seqüencial no desenvolvimento do delírio que são os seguintes momentos: Trema : Trata-se da fase anterior ao surgimento das idéias delirantes, apresenta grande tensão, clima ameaçador e, o sujeito acredita que não pode escapar. Apofania: Essa fase remete a passagem da tensão acumulada para o delírio. O sujeito experimenta a sensação de viver uma verdadeira revelação, bem como, sente que tudo se voltou contra ele. Fase apocalíptica : Consiste em uma fase de desorganização do sujeito após a revelação do delírio inicial. Costuma ser associada a vivência de uma sensação de fim de mundo. Além disso, podem surgir sintomas catatônicos, excitação motora e psíquica e vivência de alteração do eu psíquico e corporal.

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Consolidação: Período de certa estabilização, no qual o delírio tende a se cristalizar, nesse processo também ocorre a elaboração intelectual em torno do delírio, que se dá através da fixação de elementos a partir da personalidade do sujeito. Fase de resíduo : Costuma se tratar da fase final do processo psicótico – delirante. Essa fase se caracteriza pela perda do impulso e da afetividade manifesta. O sujeito já não mais confia nos outros, bem como, não se relaciona calorosamente, em virtude disso, busca certo isolamento. Outro aspecto em relação aos delírios, se refere ao curso dos mesmos, que podem ser agudos ou crônicos. Os delírios agudos surgem de forma rápida, podendo desaparecer em pouco tempo. Os delírios crônicos, por sua vez, tendem a ser persistentes e de longa duração.

47 Mecanismos constitutivos do delírio
O pensamento e suas alterações Mecanismos constitutivos do delírio A formação do delírio se dá através de fatores cerebrais; afetivos; psicológicos;socioculturais, entre outros. Interpretação - Delírio interpretativo: A atividade interpretativa é um mecanismo, em geral, presente na base de todos os delírios. Em alguns delírios, porém, a sua formação se dá quase que exclusivamente devido uma distorção na interpretação dos fatos e das vivências. Intuição - Delírio Intuitivo: Nesse tipo de mecanismo, o indivíduo simplesmente intui o delírio de repente. Ele forma novo sentido para as coisas, bem como estabelece uma nova realidade. Do mesmo modo, ele não busca provas que certifiquem seu delírio, ele apenas intui a revelação delirante, ou seja, ele ‘sabe’ e isso é indiscutível para o mesmo.

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Imaginação - delírio Imaginativo: Se encontra na maior parte dos delírios, juntamente com o delírio interpretativo. Nesse mecanismo, o indivíduo imagina determinado episódio e, assim vai construindo seu delírio.  Afetividade - delírio catatímico: Quando o indivíduo experimenta estados afetivos intensos, como nas depressões graves e nos quadros de mania, o indivíduo passa a viver em um mundo marcado por tal estado afetivo – catatimia. Em um estado de depressão profunda, por exemplo, o indivíduo reorganiza o seu eu e o mundo com conteúdos depressivos. Memória - Delírio mnêmico: Nesse mecanismo, o delírio é construído através de recordações e elementos da memória do indivíduo. Cabe salientar que, o delírio poderá ser constituído de recordações verdadeiras ou de falsas memórias.

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Alteração da consciência - Delírio onírico: Esse tipo de formação de delírio está associada a quadros de turvação da consciência, repletos de vivências oníricas com alucinações cênicas, bem como, apresenta ansiedade e certa confusão do pensamento. Alterações sensoperceptivas - delírio alucinatório: Nesse mecanismo, o delírio é construído a partir de experiências alucinatórias ou pseudo-alucinatórias intensas. O indivíduo forma seu delírio através da experiência alucinatória que viveu. Na percepção delirante, o delírio surge a partir de uma percepção normal que recebe, logo em seguida, uma significação delirante. Um indivíduo vê um objeto em cima da mesa, por exemplo, e simultaneamente, através de um processo interpretativo, acredita que esse objeto faz parte de um plano de conspiração contra o mesmo. Tal sintoma é muito freqüente em casos de esquizofrenia.

50 Mecanismos de manutenção do delírio
O pensamento e suas alterações Mecanismos de manutenção do delírio Sims (apud Dalgalarrondo, 2008) propõe alguns fatores que visam explicar de que modo os delírios se estabilizam e permanecem ao longo do tempo. Inércia : Os delírios costumam apresentar uma inércia em relação à mudança das próprias idéias, bem como, uma necessidade de consistência das produções ideativas formadas ao longo do tempo. Pobreza na comunicação interpessoal: os indivíduos com idéias delirantes costumam não estabelecer contatos sociais satisfatórios. Comportamento agressivo: Indivíduos com delírios persecutórios costumam ser bastante agressivos. Esse comportamento, por sua vez, pode gerar mais rejeição por parte do meio social e, assim, reforçar os sentimentos paranóides e de hostilidade.

51 Tipos de delírio de acordo com seus conteúdos
O pensamento e suas alterações Tipos de delírio de acordo com seus conteúdos Conteúdos perspectutórios Delírio perspecutório. Delírio de referência (alusão ou auto-referência)- psicoses (transtornos delirantes e esquizofrenia). Delírio de relação Obs: os delírios perspecutório e de referência têm em comum nas suas formações o mecanismo de projeção. Delírio de influência ou controle- indícios de esquizofrenia. Delírio de reivindicação ou querelância.

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Conteúdos depressivos ou auto-depreciativos Delírio de ruína. Delírio de culpa- formas graves de depressão. Delírio de negação de órgãos/ Síndrome de Cottard (imortalidade, enormidade)- depressões graves, quadros psico-orgânicos crônicos e na esquizofrenia. Delírio hipocondríaco- transtornos delirantes e na esquizofrenia Obs: diferencia-se de idéias hipocondríacas não-delirantes devido à ausência de crítica. Delírio cenestopático- esquizofrenia e transtornos delirantes Delírio de infestação/ Síndrome de Ekbom- esquizofrenia, depressão, delirum tremens, intoxicação por cocaína ou alucinógenos e em indivíduos obcecados pela higiene corporal.

53 O pensamento e suas alterações
Conteúdos de grandeza Delírio de grandeza ou enormidade- quadros maníacos Delírio místico ou religioso- quase todas as formas de psicose, principalmente mania delirante e esquizofrenia Delírio de invenção ou descoberta- transtornos delirantes, esquizofrenia e mania Delírio fantástico ou mitomaníaco- parafrenia Delírio e reforma ou salvacionismo

54 O pensamento e suas alterações
Conteúdos sexuais Delírio erótico- sintoma isolado nos transtornos delirantes. Delírio de ciúmes ou infidelidade- todos os tipos de psicose, sendo mais comum no alcoolismo crônico e no transtorno delirante crônico.

55 Hipóteses causais e teorias etiológicas dos delírios
O pensamento e suas alterações Hipóteses causais e teorias etiológicas dos delírios Modelos psicanalíticos e psicodinâmicos Freud: processo de transformação de impulsos e desejos inaceitáveis ao sujeito em delírios perspecutórios. 1°-conteúdo inconsciente 2°- inversão afetiva inconsciente 3°-projeção de impulsos inconscientes sobre objetos externos ao eu

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Teoria da hostilidade: projeção inconsciente do ódio ou hostilidade intensos nos outros. Lacan: delírio como tentativa de autocura; a partir da eliminação de de elementos essenciais a construção do psiquismo, o sujeito tenta preencher o vazio através de construções delirantes.

57 O pensamento e suas alterações
Modelos existenciais: Transtorno fundamental da comunicação inter-humana; Modificação profunda da estrutura existencial do sujeito: decapitação existencial (privação de poder e liberdade existenciais); Perda da capacidade de comunicação lógica; Comunicação rígida, empobrecida, com idéias automatizadas e de uso comum.

58 O pensamento e suas alterações
Modelos cognitivos Modelo da experiência anômala: interpretação delirante de sujeitos que vivenciam experiências como ilusões e alucinações. Modelo do viés atencional: tendência, de dirigir a atenção de maneira seletiva para estímulos ameaçadores do ambiente, com lembrança frequente ,podendo fazer interpretações delirantes.

59 O pensamento e suas alterações
Modelo do viés atributivo: processos distorcidos de atribuição causal; vítima X perseguidores. Modelo como base no viés de salto- para-conclusões: apego a firmes conclusões sem evidências fatuais Modelo de déficit de teoria da mente: déficit na capacidade de inferir o estado mental, comportamento ou intenções de outras pessoas

60 O pensamento e suas alterações
Modelo neuropsicológico: disfunções em áreas cerebrais frontais. Surgimento de delírio em transtornos mentais orgânicos Remissão da atividade delirante com uso de antipsicóticos

61 O delírio e as áreas frontais
O pensamento e suas alterações O delírio e as áreas frontais Essas áreas seriam responsáveis por funções afetadas no delírio: auto-observação, auto-avaliação, monitoração e o teste de realidade.

62 Questões de diagnóstico diferencial do delírio
O pensamento e suas alterações Questões de diagnóstico diferencial do delírio Idéias prevalentes X idéias delirantes: diferenciam-se devido à convicção extraordinária, impossibilidade da modificação da idéia pela experiência, franca falsidade da idéia sustentada e caráter associal presentes no delírio. Idéias obsessivas X idéias delirantes: no delírio falta, de maneira geral, a crítica ao caráter absurdo do juízo em questão.

63 O pensamento e suas alterações
Delírio X alucinação: Alucinação é alteração da sensopercepção e delírio do juízo da realidade. Experiências sensoriais com caráter ideativo: delírio ou alucinação? Classificação por meio de elemento predominante.

64 Mitomania X idéias delirantes ( delírio fantástico):
O pensamento e suas alterações Mitomania X idéias delirantes ( delírio fantástico): Mitomania Tendência patológica a mentir e contar mitos de maneira mais ou menos voluntária; Presente em transtornos da personalidade;

65 Pseudologia fantástica X idéias delirantes:
O pensamento e suas alterações Pseudologia fantástica X idéias delirantes: Pseudologia fantástica: Mescla de fantasia intensa e penetrante com realidade em relatos com caráter grandioso extremos, nos quais o sujeito parece acreditar plenamente; Presença de ânsia pela estima dos outros, teatralidade e sugestinabilidade; Pode ser transitória ou passageira. Diferencia-se do delírio pela convicção absoluta e não modificável que este possui.

66 O pensamento e suas alterações
Mitomania X pseudologia fantástica: Ambas contêm mescla de mentira, manipulação, auto-engano, auto-sugestão e ânsia pela estima e reconhecimento dos outros; Na mitomania prevalece: mentira e manipilação; Na pseudologia prevalece:o auto-engano, a auto-sugestão e a busca pela estima alheia.

67 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DALGALARRONDO, P., Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2 ed. Porto Alegre: Artmed , pp , 2008. HENRIQUES, R.P., Guia didático de Psicopatologia. pp , 2010.

68 Obrigada!


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