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Ciência, Tecnologia e Sociedade: Aula 9 Professor Adalberto Azevedo

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Apresentação em tema: "Ciência, Tecnologia e Sociedade: Aula 9 Professor Adalberto Azevedo"— Transcrição da apresentação:

1 Ciência, Tecnologia e Sociedade: Aula 9 Professor Adalberto Azevedo
A teoria do ator-rede Professor Adalberto Azevedo Santo André, 20/03/2015

2 Reposição da aula Proposta: revisão de conteúdos para a P2
Data a ser marcada, sala a ser reservada (levantamento das preferências recolhido na última aula)

3 A teoria do ator-rede Objetivo: avaliação construtivista da tecnologia (ACT) Hipótese de interpretação/explicação (forma de descrever) o processo de desenvolvimento tecnológico: redes de atores que se comunicam e constroem artefatos, discursos, padrões Prescrições de como esse processo deve ocorrer (participação, transparência, compartilhamento de ideias, diversidade) Hipóteses: Desenvolvimento tecnológico resulta de decisões individuais de atores heterogêneos entre si: cientistas, engenheiros, usuários, financiadores de projetos, governo, etc. Atores negociam as configurações da nova tecnologia, que é definida consensualmente Escolhas tecnológicas não têm apenas implicações técnicas: implicam em algum grau de rearranjo social e econômico, e portanto, envolvem um debate político, cujo desfecho depende de relações de poder;

4 A teoria do ator-rede Hipóteses:
3. Escolhas tecnológicas tendem a ser irreversíveis: a adoção diminui as opções de escolha, que também são pré-determinadas pelas escolhas anteriores, que influenciam a decisão dos grupos interessados (infraestrutura, costume, poder financeiro/midiático) Grandes sistemas tecnológicos: energia, transportes, coleta tratamento de lixo, (...)

5 A teoria do ator-rede Prescrições (recomendação contida na teoria):
Assegurar que todos os atores envolvidos, especialmente não-especialistas e com menos recursos, sejam apropriadamente ouvidos durante a discussão das opções técnicas e no momento da tomada de decisões Manter “vivas” opções tecnológicas alternativas, para que se mantenha a possibilidade de escolha através do debate político 3. Evitar situações irreversíveis que excluem opções tecnológicas não apoiadas em um determinado período

6 A teoria do ator-rede: avanços
Etapas de projeto e adoção (modificações), não negligenciando a participação de fornecedores e consumidores Influência social sobre a escolha tecnológica: interesses estão mais claros, causalidades também. Inclui a dimensão cognitiva (o funcionamento da tecnologia em seu contexto é fundamental). Foca no momento da adoção e reconcepção (maior influência de fatores sociais) e não no momento da concepção (maior influência de fatores cognitivos) Processo de inovação: coletivo e adaptativo Modelo ator-rede: integra as fases tecnológicas do projeto e reprojeto/reconcepção (adotantes e fornecedores) Co-evolução: tecnologia e sociedade (por exemplo, tecnologias ambientais- dependem da percepção sobre os problemas) Natureza evolutiva das tecnologias: autoridades, regras, costumes, influenciando o desenvolvimento tecnológico

7 Elementos básicos do modelo ator-rede
Objetos técnicos: sujeitos a negociação nas etapas de concepção e difusão (características, processos de produção) Modificados com o tempo em função das forças atuantes e acordos entre os atores Mudanças dependem do grau de convergência ou divergência entre os pontos de vista dos atores participantes da negociação Exemplo: cientistas de computação, pesquisadores, equipe de marketing produção negociando características de um novo computador: grau de compatibilidade com modelos existentes, tamanho, características do microprocessador, adequação aos fornecedores, possibilidade de automatizar a produção, reciclabilidade, etc. Estabilização do projeto: acordo entre os atores Muitas vezes, forte influência externa (p. (exemplo: regulação ambiental)

8 Elementos básicos do modelo ator-rede
Atores: entidade individual ou coletiva que toma parte em negociações e contribui para atingir um acordo Visão própria do objeto técnico: por exemplo, uma equipe de marketing, o setor financeiro, o setor jurídico, de produção... Pessoas e que dão forma ao objeto técnico. Concepções, interesses e projetos mudarão à proporção que eles concordarem em abandonar algumas de suas exigências iniciais para levar em consideração aquelas de outro ator O resultado da negociação é a transformação, tanto dos objetos técnicos, como dos atores que os negociaram: co-evolução de objetos técnicos e atores “Recrutamento” de atores: influência sobre as opções de grupos (influenciadas por estruturas já existentes- lock in e path dependence)

9 Elementos básicos do modelo ator-rede
Em geral, os objetos técnicos são de natureza material, e os atores seres humanos (individuais ou coletivos), mas... Os projetos técnicos são híbridos, e podem incluir elementos humanos tratados como objetos técnicos (por exemplo, os operadores de um novo computador) e elementos materiais tratados como atores através de porta-vozes humanos (teorias científicas, concepções sobre objetos e materiais, impactos sociais e ambientais, etc)

10 Redes sociotécnicas Atores e objetos técnicos em conjunto: rede sociotécnica A concepção de um sistema tecnológico supõe uma rede de relações entre atores e objetos técnicos, com papéis e vínculos bem definidos: previsões sobre o comportamento dos atores Por exemplo, sistema de catracas do metrô: supõe usuários humanos que sabem usar bilhetes magnetizados, computadores centrais, sistemas anti-vandalismo, usuários que tentam burlar o sistema, (...) Rede sociotécnica: objeto de negociação, baseada na previsão do comportamento (papel) dos atores, objetos e de seus vínculos Por exemplo, a estação de metrô pode ser modificada ao se negociar o acesso de pessoas com necessidades especiais

11 Redes sociotécnicas Formato das redes depende do tipo de organização da discussão: diversidade de atores, procedimentos de participação Regras definem os atores relevantes e como serão suas intervenções Defensores de diferentes tipos de redes “representam” (porta-vozes) dos elementos que a compõem, e que podem ser trazidos à negociação Movimento (dinâmica) das redes: convergentes ou divergentes Um objeto técnico pode ser também um elemento de convergência/divergência (técnicas que “funcionam” ou não)

12 Redes sociotécnicas Consenso: convergência da rede de concepção, via “porta-vozes” dos atores e objetos técnicos, que usam elementos como estudos de mercado, testes piloto, pesquisas de opinião, artigos e pareceres científicos, etc. Rede de adoção: quando a tecnologia é adotada, o restante da rede entra em funcionamento, e pode convergir ou divergir (objetos técnicos, fornecedores, manufaturas, financiadores, órgãos de controle, assistência técnica, serviços associados, impactos, regulações, competidores, (...) Adoção pode levar a uma reconcepção da tecnologia (p. ex., recalls, melhoramentos técnicos, etc.) Rede é mutável (atores e objetos podem entrar ou sair, ou serem redefinidos): processo de inovação (radical ou incremental) Regras e convenções mudam simultaneamente: por ex., regulações ambientais, definição do ser humano, ética com cobaias, (...): Co-evolução da tecnologia e sociedade

13 Redes sociotécnicas: irreversibilidade
Estabilidade: depende da convergência entre atores, objetos técnicos, regras e convenções e destes entre si Redes convergentes: em geral geram normas e padrões técnicos (protocolos de procedimento). Por exemplo, motores a combustão interna e combustíveis (especificações bem definidas para não criar problemas para a rede) Redes divergentes: possibilidade de variação, desacordo sobre padrões (por exemplo, novos biocombustíveis) Elementos de convergência ou divergência: conhecimento científico envolvido; interesses econômicos; eficiência técnica; mudança (ou não) de regras; introdução de substitutos; (...) Irreversibilidade: redes estabelecidas tornam extremamente difícil a mudança de rumo (por exemplo, energias fósseis)

14 Conclusões Composição das redes de concepção: determinante da tecnologia e das redes sócio técnicas finais (redes de concepção, adoção, difusão, reconcepção) Forma de organização e tomada de decisão nessas redes também é determinante dos resultados (decisões a porta fechadas X participativas por exemplo, plataforma itec- Identificação (distinção) de atores humanos e objetos técnicos (intermediários): fundamental, determina quem terá protagonismo e quem será coadjuvante na negociação (concepção) e difusão Grau de irreversibilidade e convergência: consideração das alternativas tecnológicas e suas implicações Possibilidade de construir modelos de descrição e simulação, visando a intervenção nessas redes através de ações empresariais e/ou políticas públicas

15 Redes sociotécnicas: Exercício de fixação de conceitos
Quem são os atores? Quais são as diferenças dos “mundos sóciotécnicos” projetados pelos atores em caso da adoção da Usina de Incineração? Quais objetos técnicos (incluindo impactos) são defendidos pelos atores (porta vozes)? Quais são os elementos de convergência/divergência na rede que defende a adoção da usina? E na rede que defende a organização de coleta seletiva?

16 URE SBC: informações adicionais
Em 10/12/2010, foi realizada audiência pública sobre o assunto Prefeitura havia disponibilizado documento atestando a viabilidade do empreendimento Intervenções (perguntas, críticas): deveriam ser mandadas por escrito, antes da reunião ( ou carta) Inscrições para comparecimento também deveriam ser feitas antecipadamente, por , informando-se nome, RG e Associação da qual faz parte Não ficou claro o encaminhamento que seria dado às manifestações Já existe o consórcio de empresas que executará o empreendimento (SBC Valorização de Resíduos- Parceria Público-Privada envolvendo a Prefeitura de São Bernardo do Campo e as empresas Lara e Solvi- )

17 Diagrama: rede de construtores de arranha-céus em Londres (feito com o software Pajek)


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