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Raízes do Brasil O Homem Cordial

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Apresentação em tema: "Raízes do Brasil O Homem Cordial"— Transcrição da apresentação:

1 Raízes do Brasil O Homem Cordial
Sérgio Buarque de Holanda Daniel Oliveira Filipe Pontóglio Nathalia Diniz

2 Cap. 1 – Fronteiras da Europa
“ Toda cultura só absorve (...) os traços de outras culturas quando estes encontram uma possibilidade de ajuste aos seus quadros de vida” Tentativa de implantação da cultura Européia Fato dominante nas origens da sociedade Brasileira Brasil - Influência principal: Península Ibérica

3 Cap. 1 – Fronteiras da Europa
Península Ibérica, Rússia, Balcãs Territórios-ponte pelos quais a Europa se comunica com o mundo Zona de transição Menos carregadas da cultura Europeia Portugal e Espanha Até os grandes descobrimentos – Sociedade à margem das congêneres europeias

4 Cap. 1 – Fronteiras da Europa
Características da cultura Ibérica: Personalismo Importa mais os feitos de um homem do que sua origem Reduzida capacidade de organização social Elementos aristocráticos ainda presentes Feudalismo menos forte do que no restante da Europa Burguesia não precisou adotar novas escalas de valores ou outros modos de agir para ascender socialmente

5 Cap. 1 – Fronteiras da Europa
Características da cultura Ibérica: Aversão a teorias negadoras do livre-arbítrio Princípio unificador – Governo Organização política mantida por uma força exterior Em alguns casos a obediência cega era considerada grande virtude Absolutismo, ditaduras militares Repulsa a moral focada no culto ao trabalho “Ociosidade sempre pareceu mais excelente, e até mais nobilitante (...)”

6 Cap. 2 – Trabalho & Aventura
Formas de vida coletiva Aventureiro Trabalhador Ambas participam de combinações múltiplas nos indivíduos

7 Cap. 2 – Trabalho & Aventura
Aventureiro Objeto Final mais importante “Colher o fruto sem plantar a árvore” Ignora fronteiras Ambição Obstáculo – Trampolim “Espaços ilimitados, projetos vastos, horizontes distantes” Valor a esforços que se dirigem a uma recompensa Repulsa a estabilidade, paz, segurança pessoal

8 Cap. 2 – Trabalho & Aventura
Trabalhador “Enxerga primeiro a dificuldade a vencer, não o triunfo a alcançar” Esforço lento e persistente Mede desperdícios Proveito máximo do insignificante Parte maior que o todo “Valor às ações que sente ânimo de praticar” Repulsa as características do aventureiro: audácia, imprevisibilidade irresponsabilidade, vagabundagem

9 Cap. 2 – Trabalho & Aventura
Povos Ibéricos – “Espírito Aventureiro” “Aptidão para a caça de bens materiais em outros continentes” Colonização não foi metódica e racional Desleixo e certo abandono Papel do “trabalhador” - restrito

10 Cap. 2 – Trabalho & Aventura
Influências na vida nacional Portugueses aprenderam a dormir em redes “Onde lhes faltasse pão e trigo, aprendiam a comer o da terra” Plantações de cana – replicação de técnicas já utilizadas Negros escravos+ técnicas de produção em escala Métodos de agricultura rudimentares Agricultura não era a principal atividade econômica de Portugal Características naturais do Brasil Benefícios sem sacrifícios

11 Cap. 2 – Trabalho & Aventura
Influências na vida nacional Mistura racial – já presente na metrópole Relações dos negros com os donos: de dependentes à protegidos Ênfase nos latifúndios – desatenção com outras atividades produtoras Grêmios de oficiais mecânicos - Lima Dificuldades na organização dos ofícios Trabalho escravo Industria caseira Preconceitos com ofícios de baixa reputação social

12 Cap. 3 – Herança Rural A ABOLIÇÃO: MARCO DIVISÓRIO ENTRE DUAS ÉPOCAS.
INCOMPATIBILIDADE DO TRABALHO ESCRAVO COM A CIVILIZAÇÃO BURGUESA E O CAPITALISMO MODERNO. DA LEI EUSÉBIO À CRISE DE 64. O CASO DE MAUÁ. PATRIARCALISMO E ESPÍRITO DE FACÇÃO. CAUSAS DA POSIÇÃO SUPREMA CONFERIDA ÀS VIRTUDES DA IMAGINAÇÃO E DA INTELIGÊNCIA. CAIRU E SUAS IDEIAS. DECORO ARISTOCRÁTICO. DITADURA DOS DOMÍNIOS AGRÁRIOS. CONTRASTE ENTRE A PUJANÇA DAS TERRAS DE LAVOURA E A MESQUINHEZ DAS CIDADES NA ERA COLONIAL.

13 Cap. 3 – Herança Rural Sociedade colonial estruturada em meios rurais.
Civilização Agrícola vs. Civilização de Raízes Rurais. A abolição representa o marco divisório para a evolução nacional. Fazendeiros escravocratas dominavam o cenário econômico, político e social Alguns movimentos liberais surgiam da classe dos senhores, e minavam o próprio sistema. De 1851 a 1855: intenso período de reformas 1851: Banco do Brasil 1852: 1a linha telegráfica no RJ 1853: Banco Rural e Hipotecário 1854: 1a linha de estradas de ferro do país (Porto de Mauá – Estação Fragoso) 1855: 2a linha de estradas de ferro do país (Corte – Província de SP)

14 Banco Rural e Hipotecário de MG
Cap. 3 – Herança Rural Banco do Brasil Rua do Ouvidor Banco Rural e Hipotecário de MG Estrada de ferro: Mauá Estrada de ferro: Mauá

15 Cap. 3 – Herança Rural Organização e expansão do crédito:
Estímulo à iniciativa privada. Maior rapidez na circulação das notícias: Abreviação e incremento dos negócios. Estabelecimento de meios de transporte modernos. Ampliação da riqueza por meio de novos tipos de especulação estimuladas pelo surgimento desses novos meios. Período de desenvolvimento dos especuladores sem raízes rurais (burguesia). Supressão do tráfico negreiro: primeiro passo dado para a abolição da escravidão Interesses mercantis poderosos Paixões nacionais Prejuízos arraigados

16 Cap. 3 – Herança Rural Supressão do tráfico negreiro:
Repressão dos ingleses Preocupação com carência de mão de obra por parte dos partidários eternos do status quo da época Riqueza portuguesa vs. Nativismo lusófobo 1850: Lei Eusébio de Queirós Queda súbita da importação de negros Além da lei, ocorre também a intensificação da repressão por parte dos ingleses. 1851: Criação do Banco do Brasil Aproveitamento dos recursos que eram oriundos do extinto tráfico negreiro Facilidade de crédito estimulou o desenvolvimento

17 Cap. 3 – Herança Rural Fundamentos tradicionais:
Fazendeiros escravocratas Tráfico de escravos Raízes rurais Riqueza = posse de terras Tradicional; Corpóreo / Sensível; Regional / Paroquial Pós-Supressão do tráfico: Classe de especuladores financeiros (burguesia) Desenvolvimento do crédito Início da vida urbana Riqueza = ganho de capitais Racional; Abstrato; Citadino / Cosmopolita Mudanças nas ocupações existentes: Senhorios rurais  Atividade política, a burocracia, as profissões liberais

18 Cap. 3 – Herança Rural Concepção de filiação:
Indivíduo assume compromissos que não pode romper sem felonia Isso são princípios e ideias que a burguesia urbana tenderia a depreciar cada vez mais Constituição das facções: Semelhança das famílias de estilo patriarcal onde os indivíduos se acham associados por sentimentos e deveres e nunca por interesses ou ideias. “Enquanto perdurassem os padrões econômicos e sociais herdados da era colonial e expressos principalmente na grande lavoura servida pelo braço escravo, as transformações mais ousadas teriam de ser superficiais e artificiosas.”

19 Cap. 3 – Herança Rural Confronto entre trabalho manual e espiritual:
Visconde de Cairu: confusamente questiona se para a riqueza e prosperidade das nações o que contribui mais, a quantidade de trabalho ou a quantidade de inteligência? As cidades surgem com elementos estreitamente vinculados ao velho sistema senhorial e com baixa representatividade comparado aos centros de produção agrícola. Os senhores de terras estavam fortemente presentes nos meios urbanos. A mentalidade de “casa-grande” estava presente nas cidades, conquistando todas as profissões. “O predomínio do ruralismo foi antes um fenômeno típico do esforço dos nossos colonizadores do que uma imposição do meio.”

20 Cap. 4 – O Semeador e o Ladrilhador
A FUNDAÇÃO DE CIDADES COMO INSTRUMENTO DE DOMINAÇÃO. ZELO URBANÍSTICO DOS CASTELHANOS: O TRIUNFO COMPLETO DA LINHA RETA. MARINHA E INTERIOR. A ROTINA CONTRA A RAZÃO ABSTRATA. O ESPÍRITO DA EXPANSÃO PORTUGUESA. A NOBREZA NOVA DO QUINHENTOS. O REALISMO LUSITANO. PAPEL DA IGREJA.

21 Cap. 4 – O Semeador e o Ladrilhador
O espírito da dominação portuguesa está associado com a forma de vida rural, que se desenvolveu no país. Cuidaram menos em construir, planejar ou plantar alicerces, do que feitorizar uma riqueza fácil e quase ao alcance da mão. Comparado ao dos castelhanos, o esforço dos portugueses distingue-se principalmente pela predominância de seu caráter de exploração comercial. O trabalho realizado pelos portugueses no Brasil teve um caráter mais acentuado de feitorização do que de colonização.

22 Cap. 4 – O Semeador e o Ladrilhador
Colonização portuguesa: litorânea e tropical. Criavam dificuldades às entradas terra a dentro, receosos de que com isso se despovoasse a marinha. Colonização espanhola: permite aos europeus desfrutar um clima semelhante ao que lhes é habitual em seu país. Princípio norteador dos portugueses: rotina e não a razão para a atividade colonizadora. Cidade criada sem nenhum rigor, nenhum método, nenhuma previdência, significativo abandono, desleixo. Visão espanhola: “As ruas não se deixam modelar pela sinuosidade e pelas asperezas do solo; impõem-lhes antes o acento voluntário da linha reta.”

23 Cap. 4 – O Semeador e o Ladrilhador

24 Cap. 5 – O Homem Cordial Família X Estado
Pertencem a ordens diferentes em essência Transgressão da ordem doméstica e familiar – Estado Estado – Noção Abstrata e impessoal X Família - Tangível

25 Cap. 5 – O Homem Cordial “Em todas as culturas o processo pelo qual a lei geral suplanta a lei particular faz se acompanhar de crises (...) que podem afetar profundamente a estrutura da sociedade” Separação e libertação da comunidade doméstica para adaptação à“vida prática”

26 Cap. 5 – O Homem Cordial Artesanato X Sistema Industrial
Artesanato – Familiar Proximidade entre os membros Relações diretas Hierarquia Natural Membros partilham das mesmas privações e confortos Sistema Industrial Distância entre o proprietário e o trabalhador Ausência de relação humana Sentimento de irresponsabilidade, dos que dirigem, pela vida dos dirigidos Antagonismos de classe

27 Cap. 5 – O Homem Cordial Educação
Obediência cega X Adoção de valores e regras Educação para o Estado “Adoção a opiniões e valores que a criança reconheça como formulados por adultos e tenha experiência nos terrenos em que ela ingressa” Desobediência nos pontos em que os pais falham

28 Cap. 5 – O Homem Cordial Educação
Estudante universitário “Arrancados de seus meios provinciais” Aprender a “viver por si” Personalidade particularista x Novas relações sociais Revisão de valores, atitudes e crenças Em nossa política e em nossa sociedade, são os órfãos, os abandonados que triunfam

29 Cap. 5 – O Homem Cordial Brasil – Família Patriarcal
Urbanização e desenvolvimento dos meios de comunicação Desequilíbrio social Gestão Pública Confusão entre o público e o privado Contratação de funcionários por confiança, não por capacidades Sistema administrativo norteado e fundado por interesses objetivos - Exceção

30 Cap. 5 – O Homem Cordial Brasileiro – Homem Cordial
“Expressões de um fundo emotivo extremamente rico” Máscara : “Libertação do pavor em viver consigo mesmo” “Expansão para com os outros reduz o indivíduo” Aversão a ritualismos

31 Cap. 5 – O Homem Cordial Dificuldade de reverência prolongada diante de um superior Desejo de adquirir intimidade Emprego de diminutivos Familiarizar-se mais Omissão do nome de família “Abolir psicologicamente as barreiras determinadas pelo fato de existirem famílias diferentes e independentes

32 Cap. 5 – O Homem Cordial Convívio ditado por fundo emotivo
Para conquistar um freguês é necessário fazer um amigo Sentimento religioso mais humano e singelo Culto amável e fraterno Oposição ao Deus “palaciano” Aversão ao ritualismo Religiosidade de superfície Horror as distâncias

33 Cap. 5 – O Homem Cordial Reação natural ao meio não é uma reação de defesa Vida íntima nem muito coesa nem muito disciplinada Liberdade para abandonar e assimilar idéias, gestos e formas

34 Cap. 6 – Novos Tempos Brasileiros possuem apego ao recinto doméstico e são avessos à superindividualidade e às atividades morosas e monótonas. Buscam a própria satisfação no trabalho. Não se limitam a serem homens de sua profissão e estão sempre almejando cargos mais altos e rendosos. Bacharelado era muito almejado por representar prestígio na sociedade colonial urbana, possuindo forte inclinação pelas profissões liberais. Ansiedade pelos meios de vida definitivos, que dão segurança, estabilidade, exigem um mínimo esforço pessoal, como sucede a alguns empregos públicos. Amor pelas formas fixas e pelas leis genéricas. Dispensa qualquer trabalho mental aturado e fatigante.

35 Cap. 6 – Novos Tempos Positivismo: sucesso no Brasil, Chile e México.
Ideias racionais e difíceis de serem postas em dúvida. Prosperaram no Brasil devido à crença no poder das ideias em um período difícil da adolescência política e social do país. Liberalismo democrático: nunca se adaptou ao Brasil Horror do brasileiro às hierarquias. Tratamento familiar aos governantes. “A democracia no Brasil foi sempre um lamentável mal-entendido.” Foi importada e adaptada de acordo com os privilégios para a aristocracia semifeudal. Apenas uma fachada. As reformas partiram quase sempre de cima para baixo, com inspiração intelectual, como nossa independência, as conquistas liberais, a proclamação da república. O povo recebeu as reformas com hostilidade, surpreso e sem conhecer o que significava.

36 Cap. 7 – Nossa Revolução Abolição: marca o fim do predomínio agrário e a nova composição social do país. Início de uma lenta revolução  verdadeira revolução. Centros urbanos: início de um novo sistema 2 movimentos simultâneos e convergentes: tendência a aumentar a ação das comunidades urbanas restrição à influência dos centros rurais, transformados em apenas fontes abastecedoras, em colônias das cidades. Outras revoluções foram apenas agitações do período republicano que desviaram a trajetória da vida política legal do Estado. Revolução deve ser boa, honesta e plácida, trazendo a tona elementos mais vigorosos e destruindo para sempre os velhos e incapazes.

37 Cap. 7 – Nossa Revolução Diminuição da importância da lavoura do açúcar e sua substituição pelo café. Oeste da província de São Paulo: cafezais adquiriram seu caráter próprio e a terra de lavoura se tornou fonte de renda e riqueza ao senhor de engenho, deixando de ser um local para a economia de subsistência. Desenvolvimento das linhas férreas: zonas produtoras de café. Abolição da escravidão: catástrofe agrária na plantação de cana e queda dos preços do açúcar no mercado mundial.

38 Cap. 7 – Nossa Revolução “Nada há mais parecido com um saquarema do que um luzia no poder” (Holanda Cavalcânti). Reflete a semelhança dos partidos, em que quase nada os distinguia, exceto os rótulos. Ausência de verdadeiros partidos: sintoma da inadaptação do país ao regime legitimamente democrático. Brasil: país pacífico e brando. Bons regulamentos refletem uma apurada educação política, alfabetização e aquisição de hábitos civilizados. Perfeição dos povos e governos dependem da sabedoria e da coerência das leis.

39 OBRIGADO!


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