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PublicouNeuza Regina Cortês Carvalho Alterado mais de 8 anos atrás
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Introdução à Epidemiologia Descritiva
José Ailton da Silva Danielle Ferreira de Magalhães
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OBJETO DA EPIDEMIOLOGIA
Estuda a distribuição e os determinantes do processo saúde/doença como fenômeno populacional visando a prevenção, o controle ou a erradicação.
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Epidemiologia Vê a doença como integrante de uma estrutura social, e não apenas o indivíduo doente. Doença não ocorre ao acaso. Relação com uma rede de outros eventos que devem ser identificados e estudados.
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Método Populacional Distribuição Determinante Epidemiologia: Interface
Ciências biológicas Ciências agrárias Ciências econômicas Ciências exatas Ciências humanas
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“O quê? Onde? Como? Quando? Quanto?”
Epidemiologia Descritiva Descrição (distribuição) do processo saúde/doença em relação ao lugar (espaço) tempo e população. Gera hipóteses sobre os determinantes (causas) do processo saúde/doença. Trabalha com: “O quê? Onde? Como? Quando? Quanto?”
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Epidemiologia Analítica
Testa hipóteses sobre os determinantes (causas) do processo saúde/doença Trabalho com: “por quê”
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Coeficientes ou taxas de uso em Saúde Humana e Animal
Coeficiente de Morbidade: Mede o risco de adoecer por uma determinada doença, em determinada época, área e população.
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1 - Coeficiente de Morbidade
1.1 – Coeficiente de incidência: Freqüência de casos novos de uma doença ou problema de saúde, de uma população sob risco de adoecer, em um intervalo de tempo. CI = Número de casos novos x 100, 1000, n População exposta ao risco (ajustada para o meio do período) Casos novos = incidentes
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1.1 - Coeficiente de Incidência
Medida dinâmica = filme - mudança de estado Período de tempo: Freqüentemente 1 ano. Doenças transmissíveis – semana ou mês. Índice do estado atual de saúde. A partir dele se reconhece a presença de uma epidemia, seu curso e seu controle.
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1.1 - Coeficiente de Incidência
População = 200 1 2 3 4 CI do 1º período = = 0,02 x = 2% 198
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1.1 - Coeficiente de Incidência
População = 200 1 2 3 4 CI do 2º período = 2 194 = 0,01 x = 1%
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1.2 – Coeficiente de Prevalência
Freqüência de casos existentes de uma determinada doença em uma determinada população, em um dado momento. Número de casos novos e antigos existentes em um dado momento CP = Número total de casos (novos + antigos) no instante do intervalo x 10n População para o mesmo período
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1.2 – Coeficiente de Prevalência
Observa os indivíduos uma única vez = estática = fotografia Usada para o estudo de doenças crônicas, longa duração Ex: Tuberculose, nefrite crônica, lepra, câncer Intervalo de tempo: curto o suficiente prevalência não se altere e longo para observar todos os indivíduos
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Tipos de taxas de prevalência
Pontual Tem asma nesse momento? Tem tido asma durante os últimos anos? De Período Tem tido asma em algum momento da sua vida? Decorrer da vida
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1.2 - Coeficiente de Prevalência
População = 200 1 2 3 4 CP do 1º Período = 6 = 0,03 x 102 = 3% 200
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1.2 - Coeficiente de Prevalência
População = 200 1 2 3 4 CI do 2º período = 4 200 = 0,02 x = 2%
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Início do seguimento N = 200
Como contar o numerador de uma taxa: ? ? + ? + ? Início do seguimento N = 200 Tempo Final do seguimento = câncer + = morte
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Como contar o numerador de uma taxa:
? ? + ? + ? Tempo Casos prevalentes: 5 6 4 Casos incidentes acumulados: 5 Nº. de mortes: 2
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Início do seguimento N = 200
Como contar o numerador de uma taxa: ? ? + ? + ? Início do seguimento N = 200 Tempo Prevalência pontual? 5 6 4 4 / 198=2,02% Inc.= 5 / 200= 2,5% Mort. = 2 / 200 = 1% Let. Casos incidentes= 2 / 5 = 40%
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A reserva da prevalência (Adaptado de Gordis, 1996)
Casos prevalentes: nível base Casos incidentes Reserva de prevalência aumentada Casos prevalentes: nível base
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Reserva de casos prevalentes de base
Reserva de casos prevalentes diminuída Mortes, curas
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Casos incidentes Casos prevalentes: nível base Mortes, curas
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Prevalência do Diabetes Mellitus na população de 30 a 69 anos, segundo grupos etários, em algumas capitais brasileiras, 1986 a 1988. Entre 30 e 39 anos, a cada 100 examidados = 3 (2,7) tinham diabetes Entre 60 e 69 anos, de cada 100, 17 (17,43) eram diabéticas.
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Incidência alta, duração curta (ex. resfriado)
Prevalência pontual baixa Incidência baixa, duração longa (ex. diabetes) Prevalência pontual elevada
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Usos do coeficiente de prevalência
Conhecer a doença naquela região Propor medidas para seu controle Planejar ações e administrar os serviços de saúde
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PERCENTUAL DE POSITIVIDADE DE LVC EM BELO HORIZONTE, 1999 A 2004.
Ex: Leishmanioses Leishmaniose visceral e tegumentar -Prevalência estimada: 12 milhões -2 milhões de casos novos/ano Davies et al., BMJ, 2003 , PERCENTUAL DE POSITIVIDADE DE LVC EM BELO HORIZONTE, A 2004. PBH, 2006
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1.3 – Coeficiente de Ataque
Taxa de incidência utilizada: Populações perfeitamente definidas Observadas por períodos especificados de tempo Maior aplicação: Epidemias Utilizadas em propriedades Ex: Surto de intoxicação alimentar Taxa de morbidade durante um surto epidêmico TA = Total de casos em um surto localizado x 100, População efetivamente exposta ao risco
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1.4 –Coeficiente de Ataque Secundário
Taxa de incidência exclusivamente para doenças transmissíveis. Determina o poder de difusibilidade de uma doença. TAS = Número de casos secundários x 100, 1000,... População exposta aos casos primários
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Caso Índice: Caso Primário: Caso Co-primário: Caso Secundário:
- Primeiro diagnosticado e registrado - Marco inicial Caso Primário: - Primeiro diagnosticado numa determinada área. Caso Co-primário: - Surge imediatamente após o primário, antes de decorrido o período mínimo de incubação Caso Secundário: - Aparecer após o período mínimo de incubação - Ter tido contato com o primário no período infectante - Mesmo agente do primário
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2 – Coeficiente de Mortalidade
Número de mortes em um grupo durante um período de tempo determinado. Mede o risco de morrer de uma doença, em determinada área, período e população TM = número de mortes x 100, 1000, ... População sujeita a adoecer Ajustada para o meio do período
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3 - Coeficiente de Letalidade
Mede a gravidade ou letalidade da doença Caso particular de taxa específica de mortalidade TL = Mortes x 100 Doentes Raiva = 100% letal Influenza aviária de alta patogenicidade TL = 55,4% em humanos Letalidade variável entre aves domésticas e silvestres
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Indicadores de Saúde Usados para avaliar a situação de saúde e
bem-estar das populações Indicadores positivos Indicadores “negativos”
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Saúde Humana Completo bem-estar físico, social e mental
Não somente ausência de doença
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Dificuldades em mensurar a saúde de uma população
Quantificar e descrever a ocorrência de agravos à saúde, doença e morte Ausência de saúde = lado negativo Coeficientes de mortalidade (universal)
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Indicadores globais de saúde:
Coeficiente de mortalidade geral Índice de Swaroop e Uemura Esperança de vida Indicadores específicos: Coeficiente de mortalidade infantil Mortalidade materna Mortalidade por doenças transmissíveis
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Taxa bruta: Taxa específica: Toda a população no denominador.
Numerador: Mortes por uma só causa ou conjunto de causas relacionadas. Ex: Mortalidade bruta por difteria. Mortalidade bruta por acidentes de trânsito. Taxa específica: Considera um grupo da população, discriminando o restante por alguma característica: Sexo, idade, profissão, local de residência, etc.
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a) Taxa de mortalidade geral:
Óbitos de todas as causas x 100, 1000, ... População Vantagens: Dados mais fidedignos, relaciona diferentes áreas Problemas: Subnotificação e estimativa incorreta.
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Taxas médias de mortalidade geral, por 1000 habitantes,
Brasil e regiões, CMG = entre 6 e 12 óbitos/1000 hab. Ministério da Saúde = 6/1000 hab. Valores < - pouca fidedignidade dos dados
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b) Taxa de mortalidade infantil:
Óbitos de menores de 1 ano x 100, 1000, ... População de nascidos vivos Indicador muito sensível à situação de saúde e vida precária faixa etária mais vulnerável Padrão: 20 óbitos/1000 nascidos vivos = baixo 20 a 49 = intermediária > 50 = elevado
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PAÍS 1970 1991 Japão 13 5 Suécia 11 6 Portugal 56 Argentina 52 25
Estimativas da Taxa de Mortalidade Infantil (por 1000 nascidos vivos) segundo diferentes países em 1970 e 1991. PAÍS 1970 1991 Japão 13 5 Suécia 11 6 Portugal 56 Argentina 52 25 México 72 36 BRASIL 95 58 Índia 137 90 Etiópia 158 130 Moçambique 171 149 Fonte: World Bank, 1993.
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c) Índice de Swaroop e Uemura
(Razão de mortalidade proporcional) “Proporção de óbitos de indivíduos com 50 anos ou mais, em relação ao total de óbitos” Óbitos de 50 anos e mais x 100, 1000, ... Total de óbitos Níveis: 1º- RMP > ou igual a 75% = Países desenvolvidos 2º - RMP entre 50% e 74% = Regular 3º - RMP entre 25% e 49% = Atrasado 4º - RMP < 25% = Alto grau de subdesenvolvimento
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d)Taxas de mortalidade proporcional por idade:
Óbitos por grupo de idade x 100, 1000, ... Total de óbitos em geral Grupos de idade do numerador: Menores de 1 ano 1 a 4 anos - pré-escolar 5 a 19 anos - crianças e adolescentes 20 a 49 anos - adultos jovens 50 anos ou mais - adultos de meia idade e idosos
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I II III IV Níveis de saúde - mortalidade proporcional: Muito baixo
< >50 Baixo II < >50 Regular III < >50 Elevado IV < >50
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Óbitos registrados e Mortalidade Proporcional segundo
grupo de causas, Minas Gerais e Brasil, 2002.
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Óbitos por sexo, segundo grupo de causas, Brasil, 2002.
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Esperança de Vida ao Nascer e Taxa de Mortalidade Infantil, por Sexo e Taxa Global de Fecundidade, 1980/2020 1980 2000 2020
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Saúde animal Estado em que se obtém a otimização da produção
Ecologicamente sustentável Socialmente ético
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Indicadores de saúde e produção animal
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Principais indicadores de saúde e produção em
Suinocultura, Brasil, 2003. Fonte: Anualpec 2003
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Efeito do período de serviço e gestação sobre o intervalo entre partos e a taxa de nascimento em bovinos. Fonte: Anualpec 2003
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Indicadores de reprodução bovina: números atuais e ideais a curto e longo prazos.
Fonte: Anualpec
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Conclusões Qualquer que seja a medida de freqüência utilizada, ela deve ser referida às dimensões do tempo, espaço e população. Importância dos sistemas de informação como fonte de dados para a construção de indicadores de saúde
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