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HIV/AIDS NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR Profa. Grasiele Busnello

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Apresentação em tema: "HIV/AIDS NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR Profa. Grasiele Busnello"— Transcrição da apresentação:

1 HIV/AIDS NA INTERNAÇÃO HOSPITALAR Profa. Grasiele Busnello

2 HISTÓRICO BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008 1930
Um dos principais estudos sobre a aids aponta que nesse ano ocorreu a primeira transmissão dos macacos para o ser humano. Mas não existe consenso entre os cientistas. Alguns até acreditam que o primeiro contato do homem com o vírus aconteceu séculos antes 1980 O primeiro caso de AIDS foi identificado no Brasil em 1980, tornando-a doença de notificação compulsória a partir de 1986. 1981 A aids é reconhecida como doença. Surgem vários relatos de sintomas em homossexuais nos Estados Unidos. Também em 1981 morre o chamado "paciente zero" naquele país: um comissário de bordo que espalhou a doença em suas viagens 1983 Pesquisadores isolam o vírus da aids pela primeira vez. Dois anos depois, aparece o teste que identifica a presença de anticorpos no sangue. O nome HIV, porém, só surge em A primeira droga para ajudar no tratamento da doença, o AZT, só é criada em 1987 BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008

3 HIV HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.  BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008

4 A AIDS é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico.
Como o vírus HIV ataca as células de defesa, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado. Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo.   AIDS BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008

5 Diagnóstico da infecção pelo HIV
Os testes clássicos para identificar o vírus HIV no Brasil são disponíveis gratuitamente na rede pública, por intermédio dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA): Elisa Western Blot *Os dois exames são considerados testes indiretos, porque detectam não o vírus diretamente, mas os anticorpos produzidos contra ele (se o organismo produziu anticorpos é porque foi infectado) Laboratório particulares também realizam estes exames sem pedido médico VARELA e JARDIM, 2009

6 ELISA É um exame relativamente rápido, barato e de alta sensibilidade. Se houver anticorpos na amostra, eles serão inevitavelmente detectados. Resultado negativo indica ausência de infecção pelo HIV, exceto quando realizado durante o período denominado janela imunológica. Outro problema surge quando o resultado é positivo, O exame é tão sensível que às vezes detecta no sangue proteínas semelhantes aos anticorpos anti –HIV, que na verdade nada têm a ver com o vírus. A existência de resultados falsos-positivos torna necessária a repetição do exame para confirmá-lo Se o segundo Elisa também for positivo, é obrigatório fazer o Western Blot para ter certeza de que realmente existe infecção pelo HIV. VARELA e JARDIM, 2009

7 WESTERN BLOT Emprega uma técnica mais complexa e dispendiosa para detectar os anticorpos contra o HIV. É um exame confirmatório que só deve ser utilizado nos casos em que o Elisa for positivo. Dois testes Elisa positivos confirmados por um Western Blot positivo significa infecção pelo HIV Um ou dois Elisas positivos seguidos de um Wester Blot negativo afastam possibilidade de infecção Porque não fazer logo o Western Blot, se é ele que dá certeza da infecção? Porque o Elisa é um exame mais rápido e prático e tão sensível que afasta a possibilidade de infecção sempre que o resultado for negativo (salvo se estiver na janela imunológica). A confirmação do Western Blot deve ser feita apenas nos casos em que o exame Elisa for positivo (par afastar os falsos-positivos) VARELA e JARDIM, 2009

8 TESTES RÁPIDOS Para abreviar a angústia de esperar o resultado, foram desenvolvidos testes Elisa que permitam obter a resposta em 20, no máximo 30 minutos. Esses exames são confiáveis, mas têm as mesmas limitações dos outros: resultado negativo significa ausência de infecção; resultado positivo precisa ser confirmado pelo Western Blot. VARELA e JARDIM, 2009

9 CARGA VIRAL O teste de carga viral é importante no acompanhamento dos portadores de HIV, tanto na fase assintomática como quando a Aids já está instalada, para avaliar a eficácia do tratamento antirretroviral e a evolução da enfermidade. A medição da carga viral é tão importante ainda para esclarecer: Adultos que acabaram de ser infectados mas seu organismo ainda não teve tempo de fabricar anticorpos detectáveis pelo Elisa (janela imunológica); crianças recém-nascidas, em que os anticorpos detectados pelo Elisa podem ter sido recebido passivamente pela mãe HIV-positiva, sem que esses bebês estejam de fato infectados pelo vírus. VARELA e JARDIM, 2009

10 QUEM DEVE FAZER O TESTE Todas as pessoas que:
Mantiverem contato sexual com penetração sem usar preservativo; Compartilharam seringas e agulhas; Submeteram-se a transfusões de sangue e derivados antes de 1985; Tenham nascido de mães HIV-positivas VARELA e JARDIM, 2009

11 ONDE FAZER O TESTE Você pode fazer o teste HIV em um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) ou nas diversas unidades das redes públicas de saúde. Ele pode ser feito de forma anônima e é gratuito. Ligue para o Disque Saúde (136) ou consulte a lista de unidades das redes públicas de saúde e veja o melhor local para você fazer o teste. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008

12 MAIOR VULNERABILIDADE
Jovens entre 17 e 21 anos; HSH (homens que fazem sexo com homens) jovens; UD (usuários de drogas); PS (mulheres profissionais do sexo); A população menos escolarizada tem sido mais atingida; Esta população apresenta maior prevalência de infecção pelo HIV quando comparadas à população geral. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013

13 JANELA IMUNOLÓGICA Janela imunológica é período que compreende o instante da infecção à produção de anticorpos anti-HIV, detectados pelos exames. A janela imunológica representa a única possibilidade de resultados falso-negativo no exame Elisa. Em média, esse período dura de 2 a 8 semanas. Porém, com os testes atuais, mais sensíveis, esse tempo pode ser reduzido para 2 a 4 semanas. Se um teste Elisa apresentar resultado negativo ao ser feito logo após contato sexual com uma pessoa infectada, ele deve ser repetido cerca de 8 semanas após contato. Se permanecer negativo depois desse período, não há necessidade de repeti-lo. Durante a janela imunológica, o vírus se encontra em fase de multiplicação rápida, período em que atinge concentrações muito altas no esperma e nas secreções vaginais. Nessa fase, sem que a pessoa infectada se dê conta, ela se torna altamente infectante colocando em risco seus parceiros sexuais. VARELA e JARDIM, 2009

14 SISTEMA IMUNOLÓGICO O corpo reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros microorganismos, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças. Entre as células de defesa estão os linfócitos T CD4+, principais alvos do vírus HIV. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante dos agressores. Produzidos na glândula timo, aprendem a memorizar, reconhecer e destruir os micro-organismos estranhos que entram no corpo humano. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008

15 SISTEMA IMUNOLÓGICO O HIV liga-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começa a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem aids. Esse momento geralmente marca o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008

16 INFECÇÃO PELO HIV A infecção pelo HIV é silenciosa. A Aids só se manifesta muitos anos após. Esse longo processo infeccioso causado pelo HIV costuma ser dividido em 4 fases: Infecção aguda Fase assintomática ou de latência clínica Fase sintomática inicial Aids VARELA e JARDIM, 2009

17 Infecção Aguda Caracterizada pelo aparecimento de sinais e sintomas infecciosos, que costumam surgir de 2 a 4 semanas depois da exposição ao vírus. Os sintomas são muito variáveis: algumas pessoas permanecem de cama, enquanto outras sentem um pequeno mal-estar ou nem isso. VARELA e JARDIM, 2009

18 Fase sintomática inicial
A medida que os linfócitos CD4 caem abaixo de 300 ou 350, iniciam os primeiros sintomas. Inicialmente leves: cansaço no final da tarde, pequena diminuição do apetite, indisposições passageiras e alterações digestivas. Manifestações gerais: -Cansaço, perda de apetite e emagrecimento, sudorese noturna, diarréia, febre, linfonodos aumentados; queda do número de plaquetas; - Infecções oportunistas: candidíase oral, vaginal ou peniana; leucoplasia oral; aftas; problemas nas gengivas e nos dentes; herpes simples; herpes zoster; sinusites; diarréia crônica VARELA e JARDIM, 2009

19 FASE MAIS AVANÇADA DA INFECÇÃO: AIDS
A infecção pelo HIV chega à fase da AIDS em 8 a 10 anos, em média, contados a partir do momento da contaminação Esse período é muito variável, nos piores casos a Aids pode se instalar em 3 ou 4 anos, nos mais favoráveis pode ocorrer 20 anos após a infecção. Quando a Aids se manifesta, a contagem de células CD4 costuma estar abaixo de 200. Além disso, o que caracteriza a Aids é a sucessão de infecções oportunistas e a incidência de determinadas neoplasias malignas. VARELA e JARDIM, 2009

20 FASE MAIS AVANÇADA DA INFECÇÃO: AIDS
Manifestações: Infecções bacterianas: tuberculose, pneumonias, micobacteriose, salmonelose, angiomatose; Infecções virais: herpes simples, citomegalovírus, herpes virais, HPV; Infecções por fungos: candidíase, pneumonia por pneumocystis carini, meningite por criptococo, coccidioidomicose, histoplasmose; Infecções por protozoários: toxoplasmose, criptosporidiose, giardíase; Tumores malignos: sarcoma de kaposi, linfoma não-hodgkin

21 TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL
O tratamento tem como finalidade retardar o enfraquecimento do sistema imunológico e reparar os danos provocados pelo vírus Quando iniciá-lo: para decidir quando prescrever, os médicos levam em consideração 3 parâmetros: 1 Contagem de células CD4 2 Carga viral 3 Aparecimento das primeiras manifestações. VARELA e JARDIM, 2009

22 TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL
A terapia inicial deve conter 3 medicamentos. Esquemas que empregam apenas 2 drogas são considerados inconvenientes, porque evoluem mais rapidamente para falha terapêutica, tornam-se incapazes de conter a multiplicação do vírus. O esquema ideal é aquele que aumenta o número de células CD4 e torna a carga viral indetectável na circulação. ATENÇÃO: No caso de falta de um dos 3 medicamentos do esquema, ou de intolerância a qualquer um deles, não se deve continuar tomando apenas os outros 2 (o vírus se torna resistente com mais facilidade). Se for preciso é melhor interromper o tratamento e voltar a tomá-los ao mesmo tempo. VARELA e JARDIM, 2009

23 PATOLOGIAS QUE CAUSAM INTERNAÇÕES NO PACIENTE COM AIDS
-Afecções respiratórias; -Doença pelo HIV resultando em infecções micobacterianas; -Infecções bacterianas; -Doença citomegálica; -Infecções virais; -Candidíase; -Micoses; PATOLOGIAS QUE CAUSAM INTERNAÇÕES NO PACIENTE COM AIDS

24 PATOLOGIAS QUE CAUSAM INTERNAÇÕES NO PACIENTE COM AIDS
-Pneumonia por Pneumocystis carinii; -Infecções múltiplas; -Doenças infecciosas e parasitárias; -Linfoma não-Hodgkin; -Encefalopatia; -Pneumonite intersticial linfática; -Síndrome de emaciação; -Síndrome de infecção aguda pelo HIV; -anomalias hematológicas e imunológicas;

25 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HIV/AIDS
É importante salientar que o paciente com HIV positivo é propenso ao desenvolvimento de infecções oportunistas que podem ocasionar a internação do paciente, diante disso é importante que a enfermagem realize os cuidados do paciente com AIDS integrando os cuidados específicos com a infecção oportunista: • Promover um bom estado nutricional: identificar história alimentar do paciente; identificar fatores que interferem na ingesta oral, como por exemplo, anorexia, vômitos, dores na cavidade oral, dificuldade para deglutição; avaliar a capacidade em comprar alimentos e prepará-los; pesar e medir o paciente regularmente (medidas antropométricas);Sempre que possível, insistir numa alimentação rica em gorduras e proteínas pois ajudarão a diminuir a perda de peso. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HIV/AIDS

26 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HIV/AIDS
• Realizar a inspeção na pele e mucosas: observar a pele e mucosas e instruí-lo para que faça o mesmo em casa diariamente, inspecionando quanto à presença de vermelhidão, ulcerações e infecções; observar e avaliar a região perianal quanto à presença de lesões e ulcerações advindas da diarréia; • Avaliar estado respiratório: observar presença de tosse produtiva, respiração curta, ortopneia, taquipneia e dor torácica; aspirar paciente quando necessário;  • Avaliar estado Neurológico do Paciente: investigar nível de consciência do paciente, orientação no tempo e espaço, ocorrência de perda de memória, questionar familiares e companheiro sobre esta questão; observar déficits sensoriais, como alterações visuais, cefaléia, dormência e formigamento nas extremidades, também marcha alterada, paresia ou paralisia e presença de convulsão;

27 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HIV/AIDS
• Avaliar estado hidroeletrolítico: observar turgor e ressecamento da pele, sede aumentada, débito urinário reduzido, pressão arterial baixa ou redução pressão arterial sistólica entre 10 e 15 mmHg, com aumento da frequência respiratória, pulso rápido e fraco; • Avaliar sinais e sintomas de depleção de eletrólitos, como estado mental reduzido, contração muscular involuntária, câimbras, pulso irregular, náuseas e vômito, respirações superficiais; • Avaliar nível de conhecimento do paciente sobre a doença;

28 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HIV/AIDS
• Manter integridade da pele: os pacientes que não têm possibilidade de movimentação, mudar de decúbito a cada duas horas; usar colchão piramidal; instruir a não usar sabonetes abrasivos, aplicar se possível umectantes sem perfume à pele seca; realizar curativos nas áreas lesionadas conforme prescrição médica ou do enfermeiro; manter lençóis de cama sempre esticados, sem rugas para evitar atrito com a pele do paciente; pacientes com lesões nos pés devem usar meias brancas de algodão e sapatos que evitem a transpiração; manter sempre a área perianal limpa e seca após cada evacuação; quando necessário estimular o banho de assento ao paciente com lesão perianais. Controle da infecção: manter boa higiene. Lavar as mãos antes e depois de cuidar do paciente. Certificar-se de que a roupa da cama foi lavada com água e sabão. Incinerar o lixo ou utilizar recipientes à prova de vazamentos para descartá-lo. Evitar o contato com sangue e outros líquidos orgânicos e lavar as mãos imediatamente após o manuseio de material contaminado.

29 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HIV/AIDS
Problemas dermatológicos: Lavar as feridas abertas com água e sabão e manter a área seca. Utilizar pomadas conforme a prescrição médica. Boca e garganta sensíveis: Lavar a boca com água morna e uma pitada de sal, pelo menos 3 vezes ao dia. Comer alimentos macios e sem temperos fortes. Febre e dor: Lavar o corpo com água fria e compressas limpas ou esfregar a pele com uma compressa úmida. Beber mais líquidos do que o normal (água, chás, caldos ou sucos). Retirar roupas pesadas ou cobertores. Usar antipiréticos e analgésicos tais como aspirina, paracetamol, etc, de acordo com prescrição médica.

30 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM HIV/AIDS
Tosse: Apoiar a cabeça e a parte superior do corpo com travesseiros para facilitar a respiração ou ajudar a pessoa a sentar-se. Colocar o paciente onde ele/ela possa receber ar fresco. Vaporizadores, humidificadores e oxigênio podem ser úteis. Diarréia: Tratar imediatamente para evitar a desidratação usando hidratação por via oral ou terapia intravenosa, se necessário. Assegurar que o paciente beba bastante líquidos e que continue a ingerir uma alimentação de fácil digestão. Lavar o ânus e a região perineal com água morna e sabão, após cada evacuação e manter a pele seca e limpa. Os antibióticos usados para tratar outras infecções podem piorar a diarréia. Lavar sempre as mãos e se possível utilizar luvas ao manusear fezes e material contaminado.

31 Diagnósticos de enfermagem
Risco de infecção; Disfunção sexual; Déficit no autocuidado para alimentação; Controle ineficaz do regime terapêutico; Nutrição alterada; Mucosa oral prejudicada; Risco de solidão; Baixa autoestima; Déficit de autocuidado; BRASILEIROI e CUNHAII, 2011

32 Diagnósticos de enfermagem
Ansiedade; Desesperança; Isolamento social; Insônia; Padrões de sexualidade ineficazes; Estilo de vida sedentário Religiosidade prejudicada Dor crônica Integridade da pele prejudicada Diarréia Diagnósticos de enfermagem BRASILEIROI e CUNHAII, 2011

33 ATENDER Tratar Assistir Relacionar Prevenir OBSERVAR Determinar Avaliar Identificar Pesquisar INFORMAR Orientar Notificar Ensinar DESEMPENHAR Limpar Posicionar Preparar Inserir Banhar Mobilizar Cortar GERENCIAR Distribuir Organizar Coletar

34 Trabalho de parto e parto
Cerca de 65% dos casos de transmissão vertical do HIV ocorrem durante o parto. Os 65% restantes ocorrem intra-útero, principalmente nas últimas semanas de gestação. O aleitamento materno representa risco adicional que se renova a cada exposição da criança ao leite materno. => Na entrada da parturiente na maternidade deve ser oferecido o teste rápido para o HIV para todas as gestantes que não tenham realizado investigação para HIV no pré-natal. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007

35 DIAGNÓSTICO NA HORA DO PARTO
A maioria das gestantes recebe o teste anti-HIV como parte dos exames de rotina do pré-natal. Ainda assim, muitas gestantes chegam à hora do parto sem terem realizado o exame. Para esses casos, utiliza-se o teste rápido para o diagnóstico do HIV. “Este tipo de procedimento pode implicar questionamentos sobre os aspectos éticos envolvidos nesta testagem e dificultar o aconselhamento, por não ser este o momento mais adequado”, SORATTO E ZACCARON, 2010

36 Parto Vaginal Monitorar o trabalho de parto cuidadosamente, evitando toques repetidos; Conduzir o parto com ocitócitos, respeitando-se, contudo, as contra indicações para seu uso e o correto manuseio, evitando que a parturiente permaneça por mais de quatro horas com bolsa rota ou em trabalho de parto prolongado; Estão contra indicados todos os procedimentos invasivos durante o trabalho de parto e parto como: amniotomia, uso de fórceps, vácuo-extrator e manobras desnecessárias na retirada do concepto; Evitar a episiotomia sempre que possível; Manter as membranas amnióticas íntegras até o período expulsivo, sempre que possível; Proceder a ligadura do cordão umbilical, sem ordenha, imediatamente após a expulsão do recém-nascido. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007

37 Parto Cesariana Realizar a cirurgia com o menor sangramento possível;
Sempre que possível, manter as membranas amnióticas íntegras até a retirada da criança; Proceder à ligadura do cordão umbilical, sem ordenha, imediatamente após a retirada do recém-nascido. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007

38 Puerpério Puerpério imediato
Inibir a lactação através do enfaixamento das mamas com ataduras, evitando, com isso, o início da lactação pela estimulação. (esta conduta deve ser mantida por 10 dias), após utiliza-se supressão farmacológica da lactação a critério do obstetra; Manter a mãe e recém nascido em alojamento conjunto; Encaminhar mãe para realização da consulta puerperal no (8 e 42 dias pós-parto); Orientar para sexo seguro (prevenção reinfecção HIV); BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007

39 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS HIV/AIDS
Epidemia de HIV/Aids até o final de 2012 No ano de 2012, foram notificados casos de aids no Brasil. Este valor vem mantendo-se estável nos últimos 5 anos. A taxa de detecção nacional foi de 20,2 casos para cada habitantes. A maior taxa de detecção foi observada na Região Sul, 30,9/ habitantes, seguida pela Região Norte (21,0), Região Sudeste (20,1), Região Centro-Oeste (19,5), e Região Nordeste (14,8). DADOS EPIDEMIOLÓGICOS HIV/AIDS BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013

40 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS HIV/AIDS
Óbitos por AIDS no Brasil Em 2012, foram declarados óbitos por aids no Brasil, que corresponde a um coeficiente de mortalidade por aids de 5,5 por habitantes (coeficiente padronizado). Os coeficientes por região foram: 7,7 na Sul, 5,6 no Norte e Sudeste, 4,7 no Centro-Oeste e 4,0 no Nordeste. Nos últimos 10 anos, observa-se uma redução de 14% na taxa de mortalidade no Brasil. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013

41 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS HIV/AIDS
HIV em Gestantes Com relação à infecção pelo HIV em gestantes, de 2000 a junho de 2013, foi notificado no Sinan um total de casos de infecção pelo HIV em gestantes, a maioria dos quais na Região Sudeste (41,7%), seguida pelas regiões Sul (31,3%), Nordeste (14,9%), Norte (6,3%) e Centro-Oeste (5,7%). BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013

42 CONDIÇÃO ATUAL DA AIDS Depois da introdução da terapia antirretroviral, a aids passou a ser considerada uma doença crônica, que se manejada e tratada de maneira adequada, diminui, consideravelmente, a probabilidade de adoecimento e morte das pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA). Além disso, estudos recentes evidenciaram que o tratamento não só é eficaz para o controle da doença e melhoria da qualidade de vida, mas também para a diminuição da transmissão do vírus Atualmente, os esforços para o controle da epidemia de HIV/aids, no Brasil, estão concentrados no diagnóstico precoce da infecção e no tratamento das PVHA, bem como a implementação de intervenções de prevenção combinada. Estima-se que aproximadamente 718 mil indivíduos vivam com o HIV/aids no Brasil, o que representa uma taxa de prevalência de 0,4% na população em geral, dos quais em torno de 80% (574 mil) tenham sido diagnosticados BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013

43 A ética profissional e a AIDS
Quando os primeiros casos de aids surgiram no Brasil, na década de 80, o medo e o preconceito tomaram conta da sociedade, principalmente dos profissionais de saúde – a princípio, o grupo a ter maior contato com esses pacientes. Isolamentos foram montados rapidamente nos hospitais. Alguns profissionais se recusavam a atender pessoas infectadas pelo HIV. A notícia logo se espalhava pela unidade de saúde, deixando o paciente exposto. Hospitais e clínicas não aceitavam internar pessoas com aids, fato comum no início da epidemia. GOMEZ e CHALUB, 2007

44 A ética profissional e a AIDS
A ética do profissional de saúde no contato com os portadores do HIV começou a ser constantemente debatida nas unidades de saúde, nas Organizações Não-Governamentais e nos programas de aids do país; leis foram aprovadas e normas e recomendações foram escritas para definir as regras e os limites do relacionamento entre o profissional de saúde e o paciente soropositivo. “Mas ainda percebe-se o receio de alguns profissionais de saúde em acatar essas regras”. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013

45 Revelar a um paciente um resultado positivo para HIV/aids é uma questão que deve ser tratada com o maior cuidado. Antes da realização do teste, recomenda-se que o paciente passe por um aconselhamento pré-teste realizado por profissionais de saúde capacitados para isso. O paciente deve ser informado das implicações que envolvem o teste anti-HIV, da natureza do exame, da necessidade da realização e do significado do resultado. O aconselhamento pré-teste, que pode ser individual ou coletivo, não deve ser exigido como condição para realização do exame anti-HIV. A ética e os dilemas GOMEZ e CHALUB, 2007

46 TESTAGEM COMPULSÓRIA O teste HIV só pode ser solicitado em casos de:
Interesse pessoal em conhecer a condição sorológica; - Seleção de doadores de sangue, órgão para transplante, esperma para inseminação artificial, tecidos; - Para estudos epidemiológicos; - Em caso de necessidade de elucidação da condição sorológica dos comunicantes sexuais de parceiros de pessoas HIV positivas ou com Aids. GOMEZ e CHALUB, 2007

47 DIAGNÓSTICO POSITIVO Em caso de diagnóstico positivo, o paciente deve receber um aconselhamento pós-teste por parte dos profissionais de saúde previamente treinados para esta função e ser encaminhado para tratamento. Quanto melhor for a acolhida, melhor será adesão do paciente à terapia antiretroviral. Somente o paciente testado poderá receber o resultado, e isso deverá ocorrer, primeiramente, em entrevista individual, mesmo se o paciente for adolescente. Somente após a entrevista e, se o paciente consentir, é que o profissional de saúde poderá revelar o resultado dos exames a outras pessoas, como familiares, parceiros, amigos, etc. SORATTO E ZACCARON, 2010

48 A quebra do sigilo profissional só é permitida no caso de proteção da vida de terceiros (caso o paciente se recuse a revelar o diagnóstico para parceiros sexuais ou membros de grupo de uso de drogas injetáveis). No entanto, a busca ativa de parceiros é uma medida polêmica, proibida por lei, que só deve ser adotada em último caso. Vale lembrar que a revelação do diagnóstico de um paciente não pode ser feito nem para outros profissionais da unidade de saúde. Caso o sigilo seja quebrado, mediante as condições permitidas pela lei, é importante que o profissional descreva a situação no prontuário do paciente, para embasar possíveis ações judiciais futuras. DIAGNÓSTICO POSITIVO SORATTO E ZACCARON, 2010

49 NORMAS UNIVERSAIS DE BIOSEGURANÇA
Mesmo infectado pelo vírus da HIV/Aids, o paciente deve proteger-se contra outras doenças e contra a possibilidade de adquirir mais vírus da Aids. Os profissionais de saúde devem seguir regras para proteger a si mesmo e ao paciente. Exija sempre mãos lavadas, seringas descartáveis, luvas, instrumentos esterilizados e desinfetados, máscaras e aventais em alguns casos. A necessidade de material e conduta específica vai depender do procedimento que será realizado. São determinações da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde e devem ser obedecidas independentemente se o paciente estiver doente ou não. GOMEZ e CHALUB, 2007

50 NOTIFICAÇÃO DA DOENÇA – QUEBRA DE SIGILO PROFISSIONAL
Quando o médico fica sabendo que o paciente está com Aids, ele é obrigado  informar às Autoridades Públicas sobre isso através de notificação. Essa informação é importante para que o paciente tenha seus medicamentos e para que a Autoridade da Saúde saiba quantas pessoas vivendo com HIV/Aids existem. A omissão da notificação da doença é crime, previsto no Código Penal, artigo 269. Tal notificação serve apenas para a autoridade pública e para preenchimento de atestado de óbito. GOMEZ e CHALUB, 2007

51 CONTAMINAÇÃO Se o paciente foi contaminado, por acidente de trabalho, transfusão de sangue, utilização de sêmem ou transplante de órgãos, tem direito  à indenização compensatória prevista no artigo 186 do código civil. GOMEZ e CHALUB, 2007

52 Acidentes no local de trabalho - como agir nesta situação
Os acidentes ocupacionais podem ser facilmente evitados. Para isso recomenda-se o uso de protetores, como luvas e máscaras, e atenção máxima na manipulação de agulhas e outros materiais cortantes. Logo após a ocorrência do acidente, o profissional deve lavar bem a área atingida para reduzir o risco de infecção não apenas do HIV, mas de outras doenças, como as hepatites B e C. Caso o acidente ocorra com material biológico sabidamente contaminado, o profissional de saúde deve iniciar imediatamente o tratamento profilático com anti-retrovirais. “O tratamento tem duração de um mês, deve ser iniciado o mais rápido possível e é composto basicamente de Biovir (AZT+3TC) com Kaletra, ou com Indinavir/Ritonavir. Também é importante tomar a vacina da hepatite B e fazer o acompanhamento para hepatite C. Acidentes no local de trabalho - como agir nesta situação GOMEZ e CHALUB, 2007

53 Fatores para a Ocorrência de Infecção
A patogenicidade do agente infeccioso 2. O material biológico envolvido 3. O volume de material envolvido 4. A carga viral do paciente fonte (paciente envolvido no acidente) 5. A forma de exposição 6. A suscetibilidade do profissional de saúde 7. A existência de profilaxia pós-exposição

54 Procedimentos e conduta pós-exposição a material biológico
Procedimentos e conduta pós-exposição a material biológico. Procedimentos Recomendados Pós-exposição a Material Biológico Após exposição em pele íntegra, lavar o local com água e sabão ou solução antisséptica com detergente (PVPI, clorexidina) abundantemente. O contato com pele íntegra não constitui situação de risco. 2. Após exposição em mucosa lavar com soro fisiológico 0,9% ou água corrente em abundância, repetindo a operação por várias vezes. 3. Se o acidente for percutâneo, lavar imediatamente o local com água e sabão ou solução antisséptica com detergente (PVPI, clorexidina). 4. Não realizar espremedura do local ferido, pois há um aumento da área lesada e, consequentemente, aumento da exposição ao material infectante. 5. Não utilizar soluções irritantes como éter, hipoclorito de sódio ou glutaraldeído. 6. Se o paciente fonte for conhecido com situação sorológica desconhecida, colher, após aconselhamento e consentimento, sorologias para HBsAg, Anti HBc IgG, Anti Hbs, Anti HIV (teste rápido), Anti HCV, VDRL. Sempre que possível realizar teste rápido para HIV e exame de Hepatite B no paciente fonte. (Teste rápido: teste de triagem que produz resultado em minutos, indicado para situações de emergência, devendo ser obrigatoriamente confirmado através de testes confirmatórios).

55 Em caso de exposição a material biológico a notificação deverá seguir os seguintes passos:
Notificação do acidente. NOTIFICAÇÃO DO ACIDENTE Notificar à chefia imediata (professor supervisor de estágio). 2. Notificar ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e ou SESMT, na ausência destes, notificar a Gerente de Enfermagem da instituição, através de “Ficha de Notificação de Acidentes Biológicos”. 3. Notificar o professor supervisor do aluno, que deverá preencher a comunicação de Acidente de Trabalho (CAT ou similar). 4. Preenchimento da Comunicação de Acidente de trabalho (CAT) e notificação de acidente com material biológico em duas vias, sendo uma via para arquivar no Departamento de Enfermagem.

56 CONDUTA APÓS ACIDENTE: COM O DISCENTE
Colher, após aconselhamento e consentimento do acadêmico acidentado, sorologias para HBSAg, Anti HBC IgG, VRL: 2. Esse procedimento é utilizado para exclusão de infecção prévia. a) Em situações nas quais o paciente estiver internado nas unidades de internação e ou, em observação no setor de emergência e urgência os exames do paciente deverão ser coletados no Laboratório Brasil (5º andar da instituição hospitalar). b) Em situações em que o paciente estiver nas UBS e Policlínicas os exames deverão ser coletados no Hospital Dia (anexo CIS Norte) . c) Paciente HIV negativo, encaminhar o acadêmico para o hospital dia para notificação e coleta de exames. Fora do horário de atendimento deste, encaminhar no dia seguinte. d) Paciente HIV positivo, encaminhar o acadêmico para o hospital dia para notificação, coleta de exames e conduta. Quando fora do horário de atendimento deste, ligar para Enfª Denise do SESMT para avaliar a gravidade do acidente e caso necessário, liberar quimioprofilaxia antirretroviral e encaminhar para o hospital dia assim que possível.

57 3. Não é indicado o teste rápido para HIV.
4. Avaliar imunização para Hepatite B. 5. Avaliar indicação de profilaxia para HIV e Hepatite B. a) Acompanhamento sorológico do acadêmico acidentado por 12 meses (data zero = data do acidente, 6 semanas, 3 meses,6 meses e 12 meses), será através do Hospital Dia. O acadêmico deverá levar o resultado dos exames coletados na instituição hospitalar e a carteira de vacinação ao Hospital Dia. 6. A recusa do acadêmico acidentado em realizar as sorologias ou profilaxias específicas quando indicadas ou o acompanhamento sorológico, deve ser registrada em prontuário funcional. 7. Arquivar no Departamento de Enfermagem a respectiva documentação. 8.Após os 365 dias, registrar o encerramento do caso na pasta do acadêmico.

58 CONDUTA COM O PACIENTE Realizar, após aconselhamento e consentimento do paciente o teste rápido para HIV. 2. Colher, após aconselhamento e consentimento do paciente, sorologias para HIV, HBs Ag, anti-HbcIgG, Anti HCV e VDRL. Em situações em que o paciente estiver internado nas unidades de internação hospitalar (SUS ou demais convênios), solicitar coleta dos referidos exames via Laboratório Brasil (5º andar da instituição hospitalar). a) O paciente de convênio particular ou em observação no setor de urgência e emergência, o seguro de vida do acadêmico irá cobrir os custos com os exames laboratoriais. 5. Avaliar situação sorológica do paciente fonte. BRASIL, 2006

59 IMPORTANTE: A exposição ocupacional ao vírus HIV deve ser tratada como emergência médica, uma vez que a quimioprofilaxia deve ser iniciada o mais precocemente possível. Quando indicada, idealmente deve ser realizada até duas horas após o acidente e, no máximo, até 72 horas.

60 ORIENTAÇÃO PÓS-EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO
1. Usar preservativos nas relações sexuais 2. Se o funcionário acidentado for do sexo feminino: • descartar e evitar gravidez; • não amamentar durante o acompanhamento. • não fazer tatuagem; • não colocar piercing; • utilizar material individual (lamina de barbear, manicure e depilação). 4. Não doar sangue, órgãos ou sêmen durante o acompanhamento. 5. Não há necessidade de restringir as atividades do profissional exposto. O conhecimento sobre a eficácia da profilaxia pós-exposição é limitado para o HIV. BRASIL, 2006

61 QUANDO INICIAR A PROFILAXIA
A profilaxia deve ser iniciada no máximo até as primeiras 72 horas após o acidente e sua eficácia não é total. Embora apenas o AZT tenha demonstrado benefício em estudos, a utilização de outros antiretrovirais, nesses casos, pode melhorar a cobertura contra possíveis vírus resistentes. O profissional que se recusar a realizar a quimioprofilaxia ou outros procedimentos necessários pós exposição (como por exemplo, coleta de exames sorológicos e laboratoriais), deverá assinar um documento onde esteja claramente explicitado que todas as informações foram fornecidas no seu atendimento sobre os riscos da exposição e os riscos e benefícios da conduta indicada. GOMEZ e CHALUB, 2007

62 A IMPORTÂNCIA DOS TESTES RÁPIDOS
Para aqueles profissionais que sofreram exposições de menor risco, deve-se utilizar o teste rápido anti-HIV no paciente-fonte para confirmar ou não a infecção pelo HIV antes de iniciar a profilaxia. Caso isso não seja possível, o melhor é entrar com o esquema utilizado para os casos de material biológico contaminado. O profissional de saúde deve, no entanto, ser atendido por médicos, de preferência especialistas na área de HIV/aids. A falta de um especialista no momento imediato do atendimento pós-exposição, entretanto, não deve ser razão para retardar o início da quimioprofilaxia. Vale lembrar que, como a profilaxia com anti-retrovirais não impede 100% a infecção, as medidas de prevenção são ainda a melhor forma de evitar a exposição ao HIV. GOMEZ e CHALUB, 2007

63 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e Sífilis, manual de bolso. Brasília, 2007 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Exposição a materiais biológicos. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. VARELLA, Drauzio, JARDIM, Carlos. Guia prático de saúde e bem estar Aids. São Paulo, 2009. PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado  BRASILEIROI ,Marislei Espíndula ; CUNHAII, Luiz Carlos da Diagnósticos de enfermagem e AIDS. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2011 jul/set; 19(3):392-6. Soratto, Maria Tereza; Zaccaron, Renata Córneo. Dilemas éticos enfrentados pela equipe de enfermagem no programa DST/HIV/AIDS. Revista - Centro Universitário São Camilo ;4(3):

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