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TÉCNICAS PROJETIVAS COM CRIANÇAS Profª Elizangela Felipi

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Apresentação em tema: "TÉCNICAS PROJETIVAS COM CRIANÇAS Profª Elizangela Felipi"— Transcrição da apresentação:

1 TÉCNICAS PROJETIVAS COM CRIANÇAS Profª Elizangela Felipi
Cap. VII A hora do jogo diagnóstica. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetiva. Ocampo, Maria Luiza Siqueira de A hora de jogo diagnostica Ana Maria Efron, Esther Fainberg, Yolanda Kleiner, Ana Maria Sigal e Pola Woscoboinik.

2 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA INFANTIL
A avaliação psicológica é um procedimento clínico que envolve um corpo organizado de princípios teóricos, métodos e técnicas de investigação tanto da personalidade como de outras funções cognitivas, tais como: Entrevista e observações clínicas; Testes psicológicos; Técnicas projetivas; e Outros procedimentos de investigação clínica, como jogos, desenhos, o contar estórias, o brincar etc. A escolha das estratégias e dos instrumentos empregados é feita sempre de acordo com o referencial teórico, o objetivo (clínico, profissional, educacional, forense etc.) e a finalidade (diagnóstico, indicação de tratamento e/ou prevenção), conforme Ocampo et al. (2005), Arzeno (2003) e Trinca (1984a).

3 PROCEDIMENTOS CLÍNICOS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA COM CRIANÇAS
A hora do jogo diagnóstica; O desenho estória D-E O desenho estória de família DF-E

4 A HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA

5 A HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA
A hora de jogo diagnóstica constitui um recurso ou instrumento técnico que o psicólogo utiliza dentro do processo psicodiagnóstico com a finalidade de conhecer a realidade da crian­ça que foi trazida à consulta. A atividade lúdica é sua forma de expressão própria, assim como a linguagem verbal o é no adulto. Trata-se, então, de instrumentalizar suas possibilidades comunicacionais para depois conceituar a realidade que nos apresenta. Ao oferecer à criança a possibilidade de brincar em um contexto particular, com um enquadramento dado que inclui espaço, tempo, explicitação de papéis e finalidade, cria-se um campo que será estruturado, basicamente, em função das variá­veis internas de sua personalidade. A HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA

6 HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA E HORA DO JOGO TERAPÊUTICA
Tem início, meio e fim em sí mesma. Opera como unidade. E deve ser interpretada como tal. Cada hora de jogo diagnóstica significa uma experiência nova, tanto para o entrevistador como para o entrevistado. Implica o estabelecimento de um vínculo transferencial breve, cujo objetivo é o conhecimento e a compreensão da criança. HORA DO JOGO TERAPÊUTICA Elo no amplo continum onde novos aspectos e modificações estruturais vão surgindo, pela intervenção do terapeuta.

7 OBJETIVOS DA HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA
- Viabilizar a compreensão da psicodinâmica e da estrutura psíquica da criança; - Fazer uso de diferentes técnicas( dentre elas entrevista lúdica) que permite entendimento de conflitos e sintomas; - Formular hipóteses diagnósticas, prognósticas e indicações terapêuticas.

8 A hora de jogo diagnóstica é precedida das entrevistas realizadas com os pais.
Nelas o psicólogo elabora com os pais instruções que serão dadas à criança por eles. Como pode haver interferência de diferentes fatores para que esta informação chegue de mo­do adequado ou não, cremos ser necessário reformular para a criança, num primeiro contato, tais instruções de forma clara e precisa.

9 ENTREVISTA INICIAL - Realizada inicialmente apenas com a presença dos pais (casal ou mãe/ pai/ cuidador); Para depois ser com a criança; É necessário que a entrevista seja dirigida e limitada de acordo com um plano estabelecido, seguindo alguns critérios: - Motivo da consulta; - Situação de como o filho foi planejado/ ou não - História do desenvolvimento da criança (nascimento, lactação, controle esfíncteres, adaptação da - Amamentação/ alimentação etc...); - Atividade diárias (lazer, escola, rotina em casa etc..); - Aspectos da conjugalidade (aspectos da relação....); - Aspectos da parentalidade ( forma como lidam c/ filho) bem como relações familiares;

10 SALA DE JOGO E MATERIAIS
A sala de jogo: não muito pequena, como pouco mobiliário, paredes e pisos laváveis. Materiais: estejam distribuídos sem corresponder a nenhum agrupamento de classe. Erikson postula a necessidade de selecionar os brinquedos em função das respostas específicas: tipo sensório- motor, de integração cognitiva, do funcionamento egóico, etc. Outros autores indicam a utilização de materiais não estruturados. Nós aderimos a um critério intermediário, oferecendo à criança materiais de tipos diferentes, tanto estruturados quanto não estruturados, possibilitando a expressão, sem que a experiência se torne invasora. Os elementos devem estar expostos sobre a mesa, ao lado da caixa aberta.

11 MATERIAL DA CAIXA DE BRINQUEDO
- papel tamanho carta, lápis pretos e de cor, lápis de cera; - tesoura sem ponta, massas de modelar de diversas cores, borracha, cola, apontador, papel glacê, barbante, dois ou três bonequinhos (com articulações e de tamanhos diferentes), famílias de animais selvagens, famílias de animais domésticos, dois ou três carrinhos de tamanhos diferentes que possam funcionar como continentes, dois ou três aviõezinhos com as mesmas propriedades, duas ou três xícaras com seus respectivos pires, colherinhas, alguns cubos (aproximadamente seis) de tamanho médio, trapinhos, giz e bola. É importante que o material seja de boa qualidade. Deve-se evitar a inclusão de material perigoso para a integridade física do psicólogo ou da criança (objetos de vidro, tesouras com ponta, fósforos, etc.). O material deve estar em bom estado, já que, caso contrário, a criança pode ter a sensação de estar em contato com objetos já usados e gastos.

12 INSTRUÇÃO E PAPEL DO PSICÓLOGO
INSTRUÇÃO: Definição de papéis; Limitação do tempo e espaço; Material a ser utilizado. PAPEL DO PSICÓLOGO: Passivo (como observador) e ativo (atenção na formulação de hipóteses).

13 INSTRUÇÃO E PAPEL DO PSICÓLOGO
O papel que o psicólogo cumpre durante o processo psicodiagnóstico é um papel passivo, já que funciona como observador, e ativo na medida em que sua atitude atenta e aberta (atenção flutuante) permite-lhe a compreensão e a formulação de hipóteses sobre a problemática do entrevistado. Pode acontecer que a criança requeira nossa participação, fazendo-nos desempenhar um papel complementar. Pode surgir, inclusive, a necessidade de uma sinalização (por exemplo, quando a criança se bloqueia ou manifesta sua rejeição através da inibição da atividade lúdica). Entendemos por sinalização a explicitação de aspectos dissociados manifestos da conduta. Outro tipo de participação é o estabelecimento de limites, caso o paciente tenda a romper o enquadramento.

14 Toda a participação do entrevistador tem como objetivo criar as condições ótimas para que a criança possa brincar com a maior espontaneidade possível, uma vez que esta, como qualquer outra situação nova, provoca ansiedade. A função específica consiste em observar, compreender e cooperar com a criança.

15 TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊCIA
É preciso estar atendo para o estabelecimento de vínculo real e concreto com a criança. O brinquedo torna-se um objeto intermediário que prolonga e diversifica o vínculo. Uma hora de jogo diagnostica significa uma experiência nova tanto para o entrevistado quanto para o entrevistador. Neste sentido, além de refletir o interjogo das séries complementares de cada um, implica, a nosso critério, o estabelecimento de um vínculo transferencial. Antes do primeiro contato já existe uma imagem mútua, resultante da informação que os pais transmitem. Isto condiciona determinadas expectativas que devem ser reajustadas na primeira entrevista, através do vínculo real e concreto com a criança.

16 INDICADORES DA HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA
Não há uma padronização para a análise da hora do jogo diagnóstica, Ocampo (1999), sugere alguns critérios: Não se pretende com ele esgotar toda a riqueza e a com­plexidade das possibilidades a serem consideradas na hora do jogo, mas sim considerar os itens mais importantes para fins diagnóstico e prognóstico, apontando tanto para o dinâmico quanto para o estrutural e econômico.

17 Análise dos seguintes indicadores:
1) escolha de brinquedos e de brincadeiras, 2) modalidades de brincadeiras, 3) personificação, 4) motricidade, 5) criatividade, 6) capacidade simbólica, 7) tolerância à frustração e 8) adequação à realidade.

18 ESCOLHA DE BRINQUEDOS E DE BRINCADEIRA
De acordo com as características individuais, a modalidade de abordagem dos brinquedos pode assumir estas formas: de observação à distância (sem participação ativa), dependente (à espera de indicações do entrevistador), evitativa (de aproximação lenta ou à distância), dubitativa (pegar e largar os brinquedos), de irrupção brusca sobre os materiais, de irrupção caótica e impulsiva e de aproximação, tempo de reação inicial para estrutu­rar o campo e, em seguida, desenvolver uma atividade.

19 ESCOLHA DE BRINQUEDOS E DE BRINCADEIRA
Deve-se levar em conta também o tipo de brinquedo esco­lhido para estabelecer o primeiro contato, de acordo com o momento evolutivo e com o conflito a ser veiculado (observar se a criança se dirige a brinquedos de tipo escolar, brinquedos representativos de diferentes modalidades de vínculos - oral, anal, fálico e genital -, brinquedos não estruturados ou de sig­nificado agressivo manifesto). Quanto ao tipo de jogo, é necessário ver se tem princípio, desenvolvimento e fim, se é uma unidade coerente em si mes­ma e se os jogos organizados correspondem ao estágio de desenvolvimento intelectual correspondente a sua idade cro­nológica

20 MODALIDADES DE BRINCADEIRAS
E a forma em que o ego manifesta a função simbólica. Cada sujeito estrutura o seu brincar de acordo com uma moda­lidade que lhe é própria e que implica um traço caracterológico. Entre tais modalidades podemos detectar: a) plasticidade, b) rigidez e c) estereotipia e perseverança. Quando a criança pode apelar para uma certa riqueza de recursos egóicos para expressar situações diferentes com um critério econômico, através da via do menor esforço, mostra-nos plasticamente seu mundo interno.

21 PERSONIFICAÇÃO Quando falamos de personificação, referimo-nos à capa­ cidade de assumir e atribuir papéis de forma dramática. Em cada período evolutivo a capacidade de personificação adquire diferentes características. Em crianças muito peque­ nas a realização de desejos se expressa de maneira mais ime­diata e a identificação introjetiva é utilizada como mecanismo fundamental. Assume o papel do outro, fazendo seu o perso­nagem temido ou desejado.

22 MOTRICIDADE Este indicador permite-nos ver a adequação da motricida­de da criança à etapa evolutiva que atravessa. Em cada período há pautas previsíveis que respondem, por um lado, ao desenvolvimento neurológico e, por outro, a fatores psicológicos e ambientais. Os problemas motores podem corresponder a qualquer desses fatores com predominância de alguns deles e/ou a uma inter-relação entre os mesmos. Através da hora de jogo o psicólogo pode observar a falta de funcionalidade motora, apesar de que, para poder especifi­car a qualidade, a intensidade e a origem do problema, será necessária a aplicação de instrumentos mais sensíveis.

23 CRIATIVIDADE Criar é unir ou relacionar elementos dispersos num ele­ mento novo e diferente. Isso exige um ego plástico capaz de abertura para experiências novas, tolerante à não-estruturação do campo. Este processo tem uma finalidade deliberada: descobrir uma organização bem-sucedida, gratificante e enriquecedora, produto de um equilíbrio adequado entre o princípio do prazer e o princípio de realidade. A criança age sobre os elementos à sua volta (brinquedos) para conseguir os fins propostos. A nova configuração tem uma conotação de surpresa ou de descobrimento para a criança e é acompanhada de um sentimento de satisfação.

24 TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÃO
A tolerância à frustração é detectada, na hora de jogo, pela possibilidade de aceitar as instruções com as limitações que elas impõem (o estabelecimento de limites e a finalização da tare­fa) e pelo desenvolvimento da atividade lúdica (pela maneira de enfrentar as dificuldades inerentes à atividade que se pro­ põe a realizar). A avaliação correta de tal função é importante em nível diagnóstico, mas, principalmente, quanto ao prognóstico.

25 CAPACIDADE SIMBÓLICA O brincar é uma forma de expressão da capacidade sim­bólica e a via de acesso às fantasias inconscientes. Uma quantidade adequada de angústia é a base necessária para a formação de símbolos. A expressão direta das situações conflitivas pode inibir, total ou parcialmente, a conduta lúdica, pois provoca um quantum de ansiedade intolerável para o ego. Portanto, a criança consegue, pelo brincar, a emergência destas fantasias através de objetos suficientemente afastados do conflito primitivo e que cumprem o papel de mediadores: apela para as suas possibilidades de elaboração secundária para expressar a fantasia.

26 M. Klein, ao se referir à capacidade simbólica, diz que “o simbolismo constitui não só o fundamento de toda fantasia e sublimação, mas é sobre ele que se constrói a relação do sujei­to com o mundo exterior e a realidade em geral”.

27 ATRAVÉS DESTES INDICADORES PODEMOS AVALIAR
A) A riqueza expressiva A busca que a criança faz, à sua volta, de suportes ma­teriais (significantes) que veiculem, de forma adequada, suas fantasias e conflitos (significados). Uma nova busca, quando através das formas anteriores de simbolização não consegue os fins comunicacionais. A coerência da concatenação dos símbolos, isto é, a pos­sibilidade de transmiti-los através de um nexo lógico. B) A capacidade intelectual Durante a hora de jogo e através dos símbolos que utiliza, a criança evidencia uma discriminação e uma manipulação da realidade que estão de acordo ou não com sua idade evolutiva. A maneira como o faz nos dá a indicação do estado em que se acha o processo de simbolização; se se desenvolve sem inibi­ções na área da aprendizagem.

28 ATRAVÉS DESTES INDICADORES PODEMOS AVALIAR
C) A qualidade do conflito Este ponto alude aos aspectos do conteúdo da capacidade simbólica. Os símbolos que a criança utiliza remetem-nos à compreensão do estágio psicossexual que atravessa e sua modalidade de expressão. Adequação à realidade Um dos primeiros elementos a serem levados em conta ao se analisar uma hora de jogo é a capacidade da criança de se adequar à realidade. Manifesta-se, neste primeiro momento, pela possibilidade de se desprender da mãe e atuar de acordo com sua idade cronológica, demonstrando a compreensão e a acei­tação das instruções.

29 O BRINCAR DA CRIANÇAS PSICÓTICA
A dificuldade para brincar é o índice mais evidente das características psicóticas presentes numa criança seriamente perturbada. É importante destacar que, em termos estritos, não se tra­taria de uma brincadeira no sentido de atividade lúdica, já que brincar implica a possibilidade de simbolizar. No psicótico, significante e significado são a mesma coisa (equação simbólica). Não obstante, devemos levar em conta que a criança pode ter partes de sua personalidade mais preservadas ou que conseguiram uma organização não psicótica, e a possibilidade de expressar seu conflito dependerá da quantidade, da qualidade e da inter-relação destas partes. Esta dificuldade vai desde a inibição total ou parcial do brincar até a desorganização da conduta.

30 O BRINCAR DA CRIANÇAS NEURÓTICA
Encontramos, diferentemente do que acontece com a crian­ça psicótica, a capacidade simbólica desenvolvida, o que lhe possibilita a expressão de seus conflitos no “como se” da situa­ção lúdica, sendo capaz de discriminar e de evidenciar um melhor interjogo entre fantasia e realidade, assim como as alterações significativas em áreas específicas. É importante, portanto, levar em conta o grau e a qualidade da comunicação com o psicólogo e com os brinquedos, manifestados através do des­locamento de seu mundo interno. A dinâmica do conflito neurótico se dá entre os impulsos e sua relação com a realidade. Utiliza, então, uma série de condutas defensivas que resultam num empobrecimento egóico, cujas características dependerão das áreas afetadas. O quadro nosográfico é determinado, por seu lado, pela predominância de certos tipos de defesas.

31 O BRINCAR DA CRIANÇA NORMAL
O equilíbrio estrutural permite à criança normal a superação destes conflitos e permite que ela saia enriquecida, isto é, a situação conflitiva opera como motor e não como inibidor do desenvolvimento. A confiança em suas possibilidades egóicas e um supere­ go benévolo tornam possível atravessar estas situações de crise que supõem a elaboração das perdas e novas aquisições próprias do crescimento. A liberdade interna oferecida pelo equilíbrio ótimo entre fantasia e realidade, suas possibilidades criativas e, portanto, reparatórias, enriquecem-na permanentemente, permitindo- lhe aprender da experiência.

32 Devemos levar em conta que a hora de jogo diagnóstico está incluída dentro do processo psicodiagnóstico total, e é muito importante detectar as diferentes respostas da criança diante de situações que vão desde a grande desestruturação dada pelas instruções da hora de jogo, até situações mais dirigidas do resto do processo. A comparação dos diferentes momentos nos permitirá es­tabelecer diferenças diagnosticas e prognosticas. Procuramos, nos diferentes indicadores, fundamentar pa­râmetros aproximados de uma conduta adaptativa. É fundamental ter em mente que o conflito não é sinôni­mo de doença; em cada período evolutivo, a criança atravessa situações conflitivas inerentes a seu desenvolvimento.


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