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O NEOPOSITIVISMO Na década de 30, em Viena, na Áustria, um grupo de professores e cientistas fundaram uma sociedade cuja finalidade era o estudo e o conhecimento.

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1 O NEOPOSITIVISMO Na década de 30, em Viena, na Áustria, um grupo de professores e cientistas fundaram uma sociedade cuja finalidade era o estudo e o conhecimento científico e seus métodos. Estava surgindo uma nova doutrina, semelhante, em sua essência, à de Augusto Comte: o neopositivismo. Esses professores e cientistas reuniam-se periodicamente na Universidade de Viena debatendo e aprofundando questões científicas, metodológicas, filosóficas, matemáticas etc., e assim seu grupo foi chamado de “Círculo de Viena”.

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3 PRINCÍPAIS REPRESENTANTES
Os principais componentes do grupo são: Moritz Schlik ( ), fundador e coordenador do grupo; Philip Franck ( ); Otto Neurath ( ); Rudolf Carnap ( ); Kurt Godel ( ); Hans Reichenbach ( ); Ludwig Wittgenstein ( ); Bertrand Russel ( ) e Karl Raimund Popper ( ) que acompanhou todas as reuniões do grupo, embora discordando de quase todas elas. O grupo fundou a revista Erkenntnis (conhecimento), que circulou de 1930 a 1938, quando foi fechada pelos nazistas que começaram a perseguir os neopositivistas, por serem quase todos judeus. A maioria deles fugiu para os Estados Unidos, onde ensinaram nas melhores universidades e fundaram o Journal of Unified Science.

4 A doutrina neopositivista pode ser resumida nos seguintes pontos:
É verdadeiro somente aquilo que pode ser verificado pela experiência, pelos sentidos, pela pesquisa. Tudo o mais é um enunciado filosófico. Os princípios lógicos e matemáticos, embora alcançados imediatamente por intuição, sem necessidade de verificação científica, são aceitos pelos neopositivistas. Alguns desses princípios lógicos são: “O todo é maior do que a parte”; “Duas quantidades iguais a uma terceira são iguais entre si”.

5 A ciência começa pela avaliação dos fenômenos e só poderá ser chamado de científico aquilo que for deles deduzido. Logo, a lógica da pesquisa científica é a indutiva, ou seja, aquela que parte do particular para o universal. A filosofia tradicional não tem sentido, pois suas conclusões são abstratas, e portanto desligadas dos fenômenos particulares da realidade. A nova filosofia, isto é, a filosofia neopositivista, deverá somente examinar e esclarecer a linguagem científica para eliminar os falsos problemas e dizer o que é exprimível ou não na ciência.

6 OBSERVAÇÃO: Assim, a nova filosofia será Epistemologia[Conjunto de conhecimentos que têm por objeto o conhecimento científico, visando a explicar os seus condicionamentos (sejam eles técnicos, históricos, ou sociais, sejam lógicos, matemáticos, ou lingüísticos), sistematizar as suas relações, esclarecer os seus vínculos, e avaliar os seus resultados e aplicações.] e Filosofia da Linguagem.

7 Como se vê, os neopositivistas pouco ou quase nada se diferenciaram do positivismo de Comte[Caráter das doutrinas inspiradas em A. Comte que fundamentam o conhecimento em dados empíricos cujo teor subjetivo geralmente acaba por ser privilegiado (sensacionismo, intuicionismo, simbolismo, etc.), muitas vezes, levando ao agnosticismo, ao relativismo ou ao misticismo.], para o qual a ciência é quase uma manifestação romântica da humanidade, de forma que ela é tudo: conhecimento, moralidade, beleza, religião. Para o neopositivismo, a linguagem científica resume em si e resolve todos os problemas filosóficos.

8 Essa linguagem científica evita considerações metafísicas, pois entende que só assim poderá dizer algo de certo sobre o conjunto da observação. Por isso, para alcançar o conhecimento científico total, os neopositivistas afirmam e se propõem: Uma declarada atitude antifilosófica e antimetafísica; Uma investigação empírica absoluta; A expressão das verdades científicas pela linguagem da lógica e da logística; A matematização de todas as ciências.

9 Esses princípios nos deixam entrever uma divinização da ciência.
No entanto, esses novos epistemólogos alcançaram um dado de grande valor, que é a exigência de uma grande seriedade e concisão científica. Para entender essa seriedade, veja-se este exemplo: Quando afirmamos – dentro do religioso – que Jesus Cristo é filho de Deus, o que é que entendemos? A resposta se situa justamente no nível da linguagem. Se o nível da linguagem é biológico, evidentemente a afirmação acima não tem sentido. Se o contexto da linguagem é poético, também não tem sentido. Jesus não é filho de Deus nem em linguagem poética, nem biológica. Mas se o nível da linguagem é religioso, então a afirmação tem sentido. Trata-se agora de ver quais são as regras da linguagem religiosa para entender o sentido da afirmação enunciada.

10 Assim os neopositivistas ajudaram a alcançar uma grande precisão na linguagem científica, embora tenham-se alienado num jogo algébrico de palavras tornando-se, às vezes, mais abstratos que os filósofos tradicionais por eles condenados.

11 CÍRCULO DE VIENA

12 O NEOPOSITIVISMO – CÍRCULO DE VIENA
“A concepção científica do mundo”: (linhas essenciais do programa neopositivista): A formação de uma ‘einheitswissenschaft’ – isto é, de uma ciência unificada, abrangendo todos os conhecimentos fornecidos pela física, as ciências naturais, a psicologia etc.; O meio para esse fim devia consistir no uso do método lógico de análise elaborado por Peano, Frege, Whitehead e Russell; Os resultados da aplicação desse método ao material das ciências empíricas seriam: A eliminação da metafísica; Uma contribuição para a clarificação dos conceitos e das teorias da ciência empírica e para a clarificação dos fundamentos da matemática.

13 As teorias fundamentais do neopositivismo:
Que o princípio de verificação constitui o critério de distinção entre proposições sensatas e proposições insensatas, de modo que tal princípio se configura como critério de significância que delimita a esfera da linguagem sensata da linguagem sem sentido que leva à expressão o mundo das nossas emoções e dos nossos medos; Que, com base nesse principio, só têm sentido as proposições possíveis de verificação empírica ou factual, vale dizer, as afirmações das ciências empíricas; Que a matemática e a lógica constituem somente conjuntos de tautologias, convencionalmente estipuladas e incapazes de dizer algo sobre o mundo;

14 Que a metafísica, juntamente com a ética e a religião, não sendo constituídas por conceitos e proposições factualmente verificáveis, são um conjunto de questões aparentes que se baseiam em pseudoconceitos; Que o trabalho que resta ao filósofo sério é o da análise da semântica (relação entre linguagem e realidade à qual a linguagem se refere) e da sintática (relações dos sinais de uma linguagem entre si) do único discurso significante, isto é, do discurso científico; Por isso, a filosofia não é doutrina, mas sim atividade: “atividade clarificadora da linguagem”.

15 A ANTIMETAFÍSICA DO NEOPOSITIVISMO
No Tractatus Lógico-philosophicus, Wittgenstein sustenta: Que a maioria das proposições e das questões escritas em matéria de filosofia não são falsas, mas desprovidas de sentido.

16 Nas pegadas de Wittgenstein, Schlick compara os metafísicos a atores:
Que continuam a representar seu insosso papel até depois que a platéia se esvaziou; Escreve ele em 1932: “afirmações como ‘realidade absoluta’ ou ‘ser transcendente’ ou outras do mesmo gênero nada mais significam do que determinados estados do espírito”. Schlick e o princípio de verificação: Afirma que o significado de uma proposição é o método de sua verificação;

17 Escreve ele: “A função específica da filosofia é a de procurar e clarificar o sentido das afirmações e das questões. (...) o sentido de uma proposição consiste unicamente no fato de que a proposição expressa determinado estado de coisas, que é necessário mostrar, portanto, se quisermos indicar o sentido de uma proposição”.

18 Portanto, continua Schlick:
“Quando quisermos encontrar o sentido de uma proposição, devemos transformá-la através da introdução de definições sucessivas, até que, por fim, nos encontremos diante de palavras que não possam ser ulteriormente definidas com palavras, isto é, cujo significado só poderá ser demonstrado diretamente. O critério para a veracidade ou falsidade de uma proposição, portanto, consiste no fato de que, sob determinadas condições, alguns acontecimentos se dão ou não. Quando se estabeleceu isso, estabeleceu-se tudo aquilo de que se fala na proposição – e, com isso, se conhece o seu sentido”.

19 Rudolf Carnap afirmava em ‘A superação da metafísica através da análise lógica da linguagem’:
Nem Deus nem diabo algum poderão jamais nos dar uma metafísica; As proposições da metafísica servem somente para expressar sentimentos vitais; O metafísico talvez possa se expressar otimamente na musica de Mozart: os metafísicos são músicos sem talento musical; A metafísica surge quando se “aceita como significantes termos que não têm referência na experiência e, como tais termos (como absoluto, coisa em si, incondicionada), se constroem frases que pretendem, sem podê-lo, nos falar da realidade”.

20 Escreve Carnap: “Fora das expressões de lógica e matemática, que são somente transformações tautológicas, não há fonte de conhecimento além da experiência: não existe nenhum juízo sintético a priori, nenhuma intuição, nenhuma visão eidética. As palavras só têm significado quando indicam algo de factual e as afirmações só tem sentido quando expressam possível estado de coisas; caso contrário, no primeiro caso temos um pseudoconceito e no segundo um pseudoproposicão. E somente se estivermos em condições de decidir com base nos dados da experiência é que será possível escapar daquele inextricável novelo de problemas conhecido sob o nome de filosofia”.

21 Afirma Neurath: O conhecimento científico não pode ser outra coisa senão o sistema das proposições aceitas na época pelos cientistas; O abandono da metafísica constitui uma batalha, exatamente como se se tratasse de lutar contra inimigo político.

22 NEURATH E O FISICALISMO
A linguagem deve ser tomada como fato físico, como conjunto de sons e de sinais: Núcleos do fisicalismo de Neurath: A concepção da linguagem como fato físico (concepção que prescindia da questão da linguagem como projeção do mundo); (não aceita a função simbólica da linguagem); A exigência da ciência unificada em base fisicalistas.

23 A ciência é a totalidade das afirmações empíricas pronunciadas e escritas – e estas, traços de tinta ou sistemas de ondas aéreas, são ao mesmo tempo aquilo de que a ciência fala e o com que ela se expressa; Escreve Neurath em Fisicalismo de 1931: “A teoria da linguagem pode ser inteiramente integrada à teoria dos processos físicos: estamos sempre no mesmo âmbito”.

24 Em suma: Nós não podemos sair da linguagem e ser ao mesmo tempo acusadores, acusados e juizes; Nós aumentamos a ciência aumentando a quantidade de suas proposições, confrontando as novas proposições com as já em uso e criando um sistema privado de contradições, capaz de fazer previsões com êxito; Nós podemos afirmar apenas que operamos hoje com o sistema espaço-tempo que corresponde à física.

25 A adoção da linguagem como fato físico e a eliminação de sua função de representação projetiva dos fatos levam a mudança radical no critério de aceitabilidade: A teoria da verdade como correspondência entre uma proposição e um fato é substituída pela teoria da verdade como coerência entre proposições;

26 Afirma Neurath: “As proposições devem ser confrontadas com proposições e não com experiência, nem com um mundo, nem com outra coisa qualquer. Todas essas duplicações sem sentido pertencem a uma metafísica mais ou menos refinada e, por isso, devem ser eliminadas. Toda nova proposição deve ser confrontada com a totalidade das proposições presentes, já harmonizadas umas com as outras. Por conseguinte, deve-se dizer que uma proposição é correta somente se ela puder ser inserida em tal sistema. O que não pode ser inserido nele deve ser rejeitado como incorreto. Ao invés de rejeitar as novas proposições, pode-se alterar todo o sistema – coisa a que muito dificilmente nos decidimos - , até que as nossas proposições possam ser inseridas nele (...). a definição de correto e não-correto dada aqui está muito distante das habitualmente dadas no Círculo de Viena, que recorrem ao significado e à verificação. Na presente teoria, nós permanecemos sempre no âmbito do pensamento falado”.

27 Uma proposição, pois, é não-correta se não se harmoniza com as outras proposições reconhecidas e aceitas no corpus das ciências, caso contrário é correta. Esse é o único critério com o qual se pode projetar uma enciclopédia da ciência unificada utilizando a única linguagem sensata, a das ciências físicas.

28 Carnap: Carnap E A Linguagem Fisicalista Como Linguagem Universal Da Ciência: Os dois núcleos do fisicalismo em Neurath: A concepção da linguagem como fato físico (concepção que prescindia da questão da linguagem como projeção do mundo); A exigência da ciência unificada em bases fisicalistas;

29 Carnap: Aceitou a tese da universalidade da língua fisicalista;
Porém, sem insistir na redução da linguagem a fato físico e sem rejeitar a função simbólica dos sinais. Escreve Carnap: “Nós, nas discussões do Circulo de Viena, chagamos à concepção de que a linguagem física é a linguagem-básica de toda a ciência, uma linguagem universal que abrange os conteúdos de qualquer outra linguagem científica.

30 Para Carnap, o Fisicalismo é tese lógica, que não fala de coisas, mas de palavras.
Mas de que coisas falam essas palavras? Como podemos determinar a relação linguagem-realidade? Schlick lembrava que não se podia conformar com a proposta dos convencionalistas de considerar válida toda linguagem não-contraditória: Dizia ele: “uma linguagem não-contraditória não é suficiente para explicar a ciência: até uma fábula bem elaborada pode ser não-contraditória sem que por isso possa ser considerada científica”.

31 Crítica elaborada por Hussell:
“Os convencionalistas pareciam se esquecer de que o objetivo das palavras é o de se ocupar de coisas diferentes das palavras. Para eles, é como se a ciência fosse mais ou menos como uma fábula bem estruturada: tratar-se-ia sempre de jogos de palavras. Schlick, porém, insiste no fato de que a ciência é um jogo de sinais, sim, mas um jogo que é jogado no tabuleiro da natureza. Os convencionalistas, parecem dizer no princípio era o verbo, enquanto Schlick queria afirmar que no princípio era aquilo que o verbo significa”.


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