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Relação família-escola FEVEREIRO/2016

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Apresentação em tema: "Relação família-escola FEVEREIRO/2016"— Transcrição da apresentação:

1 Relação família-escola FEVEREIRO/2016

2 Relação família-escola
Participação e diálogo: superando o mito da omissão dos pais das classes populares e o fracasso escolar de nossas crianças

3 SUGESTÃO: Depois da leitura do trecho do livro Arroz de Palma, depois das impressões do grupo, destacar esses dois trechos. Refletir sobr o modo de ser e viver de cada familia e as expectativas sociais. Existe família perfeita?

4 PENSANDO SEU CONTEXTO Parceria entre escola e família é um fenômeno natural ou requer planejamento? Como você, a equipe de gestores da escola e professoras planejaram cumprir o que apontam os documentos oficiais sobre a participação e o diálogo com a família no contexto da escola? Há algum projeto com este foco? Que ações sistemáticas são desenvolvidas com esta intencionalidade? Em caso afirmativo, é uma iniciativa individual ou isolada, ou é uma política da escola e da rede? SUGESTÃO: Depois da reflexão sobre o mito da família ideal a partir do slide anterior, propor que seu agrupem em pequenos grupos de 3 ou 4 pessoas e discutam as questões dos slides 4 e 5. o foco é que reflitam sobre que ações pedagógicas, intencionais, planejadas, a escola reliza para fortalecimento do vínculo entre escola-familia. Desnaturalizar a ideia de que é suficiente matricular sua criança na rede e ao entrar na instituição, o relacionamento está definido como de parceria - essa parceria não se constrói no vazio.

5 Como as famílias entram na instituição? Como elas não entram?
Como são atendidas? Como não são atendidas? Como é feito um levantamento de expectativas da família em relação à instituição? Como as expectativas da instituição em relação à família são comunicadas? Quais são as etapas de aproximação entre escola-família? Há algum acolhimento especial para famílias de crianças com deficiências? SUGESTÃO: Abrir uma roda de conversa sobre os slides 4 e 5. Essa será a oportunidade de reconhecer, que práticas positivas já são desenvolvidas e quais as concepçoes do grupo sobre o papel da escola nessa “relação”.

6 QUAL O CONVITE À REFLEXÃO NESTA FORMAÇÃO?
Como o fenômeno participação no contexto escolar é compreendido por uma família de baixa renda? Como professoras compreendem a participação e o diálogo com a família no contexto da escola, conforme apontam os documentos oficiais? A partir desse slide, iniciamos uma exposição dialogada mais conceitual, usando como fundamento, especialmente a pesquisa de LAUDENI ALVES DE ANDRADE DUARTE.

7 PRINCIPAIS CONCEITOS TEÓRICOS ORIENTADORES DESSA EXPOSIÇÃO DIALOGADA:
Conceito de família Relação família-escola Diálogo família-escola Conceito de participação

8 FAMÍLIA COMO OBJETO DE ESTUDO: Psicologia, Sociologia, História;
encarou-a como um grupo social inconfundível face a outros grupos sociais. A sociologia da família estuda fatos tão diferentes como o casamento, sua duração e estabilidade, a escolha do cônjuge, a dimensão da família, a procriação voluntária, os papéis feminino e masculino, as relações de casal, o papel central da criança, o novo estatuto de adolescente, ou as relações de parentesco alargado.

9 Diferentes abordagens sociológicas: a institucional, a estrutural-funcionalista, a marxista e a interacionista. Abordagem institucional: a família como a instituição base de toda a sociedade e estuda-a nas funções que desempenha face às outras instituições sociais, políticas, econômicas e educativas dessa sociedade.  Perspectiva dominante na sociologia clássica do século XIX e início do século XX. Hoje ultrapassada após as críticas sobre enfatizar os aspetos estáticos e assumir arbitrariamente um modelo familiar nuclear como universal.

10 Abordagem estrutural-funcionalista: ao contrário da anterior, aqui a família não deve ser encarada como uma "microsociedade" que incorpora em si as principais funções sociais. A família corresponde a um subsistema social com funções especializadas que são a resposta a um conjunto de expectativas socialmente condicionadas. Essas funções especializadas seriam basicamente a socialização primária dos filhos e a estabilização psicológica do adulto, indispensáveis para a perpetuação da sociedade. Esta abordagem define ainda os papéis dentro da família. Este modelo também foi objeto de muitas críticas.

11 Abordagem marxista: a família é sempre produto histórico de cada formação socioeconômica pois as suas formas de solidariedade interna derivam dos tipos de divisão social do trabalho. Assim, a família da sociedade capitalista seria um retrato em miniatura da sociedade de classes, com uma classe (os homens) oprimindo a outra classe (as mulheres) e o casamento seria uma forma de antagonismo de classes em que o bem-estar de uma deriva da repressão de outra.

12 Abordagem interacionista:
interpreta a vida familiar a um nível microsociológico, chamando a atenção para as complexas inter-relações que ligam os seus elementos. Teóricos desta abordagem, como o sociólogo americano Ernest Burgess, propôs se estudar a família como uma unidade de pessoas em interação construindo continuamente as suas relações.

13 Ariès: sentimento de família desenvolveu-se no século XVII na Europa, especialmente nas classes médias e superiores. Séc.XIX: incorporação do modelo de família nuclear burguesa pelas classes trabalhadoras, pela população do novo mundo. O modelo social da família foi imposto ao mundo ocidental.

14 Szymanski (2007), no seu estudo sobre o significado de família, afirma que as famílias que estudou mostraram-se como pessoas que assumem uma ligação duradoura entre si, marcada de cuidado entre os adultos, os idosos e as crianças que aparecerem nessa relação. Sarti (2007), com o objetivo de mostrar as diferentes concepções acerca do conceito de família, descreve sobre o que esse sentimento representa para os pobres e para os ricos.

15 o sentimento de família para os pobres
Segundo a autora, está vinculado àquela pessoa a quem se pode confiar, com quem se convive ou conviveu, sem que, necessariamente, essa pessoa pertença a um grupo genealógico, ou seja, são da família, aquelas pessoas com quem se pode contar em algum momento de dificuldade. A noção de família entre os pobres é definida em torno de um eixo moral, e suas fronteiras sociológicas são traçadas a partir de um princípio da obrigação moral que fundamenta a família e estruturam as suas relações.

16 para as famílias ricas Já, denominadas pela autora como grupos dominantes, o sentimento de família está ligado ao uso do sobrenome, o qual é visto como status e poder conferido à família, o que nas famílias pobres, configura-se como um elemento pouco significativo. Em síntese, nas famílias pobres o que define a pertinência do grupo familiar são as obrigações morais, já nas famílias ricas, ao contrário, o sobrenome é que as definem enquanto grupo familiar.

17 https://youtu.be/HYn2I9O7E9g
MORTE E VIDA SEVERINA O meu nome é Severino, como não tenho outro da pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria. Como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. SUGESTÃO: Depois dos slides 16 e 17, em que se faz uma comparação entre as reperesentações de familias para pessoas de classes socioeconômicas diferentes, a sugestão é mostrar o video (é bem curtinho), do trecho do especial Morte e Vida Severina, de jão cabral de melo neto, em que o personagem central do poema se apresenta. Assistir e questionar: De que forma esse poema se relaciona com a questão posta pela pesquisadora acerca das concpeções de familia para ricos e pobres? Deixar que o grupo expresse sua opinião, depois reler o poema e chamar a atenção para o fato de o poema chamar iniciar com o personagem se apresentando com seu nome próprio, um substantivo (“o nome próprio que nomeia o ser”) para indicar sua identidade, mas que não parece suficiente para que sua identidade seja reconhecida por outros (como ~´a muitos Severinos - que é santo de romaria -, deverão entaõ me chamar, Severino de Maria...). Ele ainda recorre a outros substantivos, nome da mãe e do pai para definir uma posição social: estar localizado em uma família específica, mas ainda não é suficiente se definir pelos 3: pai, mãe e filho. Usa o Coronel como referência e isto é uma faz alusão ao poder homogeinizador que dificulta se distiguirem, então usa a referência geográfica de onde é originário. E assim, segue buscando diferenças, mas encontra igualdade, toda busca de diferenciação é em vão. Homogeinização absoluta. São iguais em tudo. Não há diferença no tempo: presente, passado e futuro é tudo igual; o cotidiano o produz e reproduz “severino”(vida severina, vida de miséria, estar morto na vida, sem perspectiva de futuro). Finalizar questionando o espaço escolar como espaço de acolhimento, fortalecimento de identidade e empoderamento....como ser coletivo (igual a muitos na mesma condição) e ser único?

18 Mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem falo ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da Serra da Costela, limites da Paraíba. Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos já finados, Zacarias, vivendo na mesma serra magra e ossuda em que eu vivia.

19 De JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida). De JOÃO CABRAL DE MELO NETO SUGESTÃO: Ao final, situar a obra e o autor. Para continuar ampliando a visão de mundo acerca da questão e porque é importante investir na formação cultural de professores, uma vez que as relações entre educação, condição humana, arte e poesia favorece o sentir-pensar como uma estratégia para acessar o existencial, o subjetivo, o afetivo do ser humano. Aprender numa perspectiva fenomenológica e interdisciplinar.

20 os diferentes arranjos familiares encontrados na sociedade contemporânea:
Há famílias nucleares – constituída pelo pai, mãe e filhos. Famílias monoparentais, em que o pai, ou, mais frequentemente, a mãe, duplica suas responsabilidades – é provedora e cuidadora. Famílias recompostas, em que o marido ou a mulher viveram anteriormente outras experiências matrimoniais – nesse caso, a família pode ser constituída de um homem e de uma mulher, os filhos dos casamentos anteriores os nascidos da nova união. Há famílias em que são incorporados outros parentes: irmãs, irmãos, sobrinhos, avós. Existem ainda lares constituídos por pessoas do mesmo sexo (Paixão,2006). SUGESTÃO: Voltamos neste slide para uma perspectiva mais concetual.

21 família pensada e família vivida ou sobre o conceito de “família desestruturada”
É importante observar que diferentes modelos e organização de família coexistem, o que Szymanski (2007) chama de “família vivida”. Embora seja continuamente comparada com um modelo chamado de “família pensada”, é representada por um homem provedor e uma mulher que cuide dos filhos e da casa. A família vivida é aquela que se mostra no cotidiano. Nas camadas populares marcadas por dificuldades econômicas, desemprego e miséria, Szymanski (2007) observou, em seus estudos, a expressão de um sentimento de incompetência por não conseguirem viver dentro do contexto esperado, ou seja, a família pensada, atribuindo essa dificuldade às dificuldades materiais. SUGESTÃO: Ressaltar os conceitos de família pensada e família, mostrando a contradição entre as exigências sociais e a vivência cotidiana. Relacionar com o trecho do texto de Arroz de Palma lido no início do encontro. Ressaltar que a expressão ‘FAMILIA DESESTRUTURADA”, tão utilizado para se referir às famílias das crianças, se relaciona com o conceito introjetado de “Familia pensada”, conforme apresenta a pesquisa. O que é estrutura e desestrutura? As familias estão desestruturadas ou há mudanças sociais e dos padrões familiares?

22 As famílias pobres brasileiras e as políticas públicas:
Segundo Carvalho (1995), a política social no Brasil tem se apresentado de duas formas: a primeira é elitista e privilegia uma minoria rica; a segunda é assistencialista e tutelar, direcionada para o segmento empobrecido da população. Dessa forma, a política social brasileira é marcada por autoritarismo, tutela e subalternidade, características que, segundo a autora, dificultam o combate e a aplicação de políticas que possam beneficiar as camadas empobrecidas e excluídas.

23 De acordo com o censo de 1991, as famílias chefiadas por mulheres representavam na região Nordeste 19,5% e na região sudeste 18,6%. Nos indicadores sociais do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2005) consta que no Brasil, no ano de 2004, das 56,1 milhões de famílias, 29,4 dos domicílios eram chefiados por mulheres. Sendo que 29,3 destas estavam na região Nordeste, enquanto que na região Sudeste a representação de mulheres como chefe de família era de25,6%. SUGESTÃO: refletir sobre como esses dados afetam o cotidiano escolar. Como é ser mulher, chefe de família, acompanhar a escolaridade dos filhos. Chamar atenção para o afto de que em um modelo de sociedade machista, os homens, em geral, pouco ou nunca se responsabilizar pelo acompanhamento dos filhos, que além disso mulheres, em geral possuem salários inferiores aos dos homens, ascendem com mais dificuldades ao cargos de chefia, etc....Passamos de um mundo onde quase tudo era proibído para as mulheres, para um mundo em que as conquistas femininas não foram acompanhadas de mudanças economicas e financeiras e cultuais. Assim, as mulheres são cobradas com padrões do século XIX, mas devem ser produtivas como os homens. Quem são as mães de suas crianças, como vivem, como se sustentam, como produzem seu cotidiano e de seus filhos?

24 Carvalho (1995) destaca que nas residências das famílias pobres, além dos filhos, é comum a presença de agregados, como por exemplo, tios, parentes distantes, ou não parentes consanguíneos (compadres e amigos), os quais, juntos formam um aglomerado chamado por Mello (1992) de “aglomerado familiar” (p.124). No entanto, Carvalho (1995) aponta que esse modo de organização ocorre não só pela necessidade afetiva das pessoas, mas como parte das situações de pobreza e de discriminação vivida por elas. Dessa forma, as famílias pobres “vivem em comunidades cuja identidade é marcada pela carência, pela consanguinidade e pela terra natal”. (p.15).

25 Relação família-escola
Para compreender essa complexa relação família-escola, Paixão (2006)propõe analisar os dois grupos distintamente. De um lado, o grupo dos professores, do outro o grupo das famílias populares. Os primeiros são percebidos como pertencentes à classe média assalariada ou, em sua maioria, à pequena burguesia, muitas vezes moradora do próprio bairro onde se localiza a escola. 2. O segundo é representado pelas famílias populares desassistidas e dominadas no espaço social chamado escola.

26 A forma escolar é uma forma de relação social específica, no sentido de que ela é, primordialmente, uma relação pedagógica. O único sentido da relação é a educação, de modo que os adultos que rodeiam as crianças têm como únicas tarefas educá-las por intermédio de atividades que não têm outro fim senão a formação das mentes e dos corpos. A forma escolar inclui também os aprendizados separados da prática (p. 23). A assimetria de poderes entre pais e professores torna esse diálogo difícil (frágil) em determinada situação, em uma relação de força, pois tanto os pais quanto os professores são simultaneamente atores individuais e atores coletivos.

27 Segundo Montadon e Perrenoud (2001), para muitos professores a ideia dos pais ganharem espaço na escola é visto como algo ameaçador. Os autores concluem que por mais desigual que seja o diálogo entre a escola e a família ele existe e deverá ser sempre alimentado, construído e reconstruído. Como regra, ressaltam que o consenso, ainda que relativo, resulta da comunicação e da negociação. Dizendo, em outras palavras, o conflito também faz parte do diálogo.

28 há diferenças no modo de socialização das famílias populares em relação à escola, ou seja, a instituição escolar não considera o modelo de socialização e os saberes das camadas populares. SUGESTÃO: Quando chegar nesse slide, apresentar a animação Vida Maria ( 8:25). Discutir como o vídeo se relaciona com a frase do slide e com as questões postas anteriormente nos comentários dos slides 23 e 26. A foto do slide, de faixa com as palavras relacionadas com a família, são de um evento comum em muitas escolas, chamado “dia da familia”. Questionar se é possível a construção de um relacionamento de parceria com eventos pontuais. (Sistematização e intencionalidade). Os familiares realmente se sentem acolhidos, porque todos os dias não pode ser dia da família na escola?

29 PESQUISA RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA
Realizada no Brasil e patrocinada pela organização das nações unidas para a educação, a ciência e a cultura (UNESCO, 2007) em parceria com o governo brasileiro e por intermédio do Ministério da Educação/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (MEC/INEP). Ressaltar que, apesar da pesquisa ter sido realizada com familias e crianças de ensino fundamental, contribui para pensarmos algumas questões relevantes para a educação da criança pequena, na primeira infância. A referida pesquisa abordou o tema “Sucesso e o Fracasso Escolar” no Ensino Fundamental e buscou, como principal objetivo, investigar a capacidade leitora e escritora dos alunos, ao término da quarta série do Ensino Fundamental I. Participaram dessa pesquisa mais de 600 mil alunos e 1330 professores, outros milhares de gestores (diretores e técnicos), pais e mães de alunos de duzentos e vinte e cinco escolas públicas, sorteadas em 10 Unidades Federativas (UF), duas em cada região metropolitana. São elas: Amazonas, Brasília, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, São Paulo e Sergipe. Como fonte de informações, utilizou-se, entre outros mecanismos, os indicadores gerados no ano de 2003 pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), que tem a finalidade de avaliar o desempenho dos alunos das redes de ensino público e particular em todo país, em termo de aprendizagem. Segundo os órgãos que organizaram a pesquisa (MEC/INEP e UNESCO), as informações obtidas subsidiavam o governo na busca pela formulação de políticas públicas para a educação nacional.

30 entrevistas com os professores da pesquisa:
foi solicitado que descrevessem alguns aspectos, positivos e negativos, em suas respectivas escolas. Das professoras ouvidas, duas apontaram que: É justamente essa falta de participação dos pais (...) A gente tem uma necessidade enorme disso. Os pais não participam muito. As crianças não têm acompanhamento da família. Alguns têm, mas a maioria não. E esse é um ponto que influencia muito (p.192 – entrevista com professora do Mato Grosso).

31 entrevistas com os professores da pesquisa:
Uma outra professora do Rio Grande do Norte descreveu que: (...) os pais não estão preparados, assim, para os filhos terem aquela educação, aí colocam na escola como se nós, professores, fossemos responsáveis por tudo. Então quando eles chegam aqui na escola, os alunos, é esse o ponto negativo, é essa questão da aprendizagem, são as dificuldades que eles têm em aprender, de se comprometer, é tanta coisa! É como uma bola de que vai se levando até o sistema em si, né? O sistema em si vai fazendo tudo isso e chega a educação do jeito que está hoje (p.192). SUGESTÃO DE COMENTÁRIO PARA OS SLIDES 30 E 31: Dessa forma, nos relatos acima, é possível constatar na fala da primeira professora a acusação de “omissão dos pais” com relação à “participação” e o acompanhamento dos filhos na escola; a segunda professora entrevistada vai além, ao descrever que os “pais não estão preparados”, ou seja, uma das principais funções da professora, não das famílias, é de ensinar a criança a ler e a escrever, o que nesse caso está sendo atribuída aos pais e ao sistema. Com relação à cobrança feita pela escola, quanto à participação da família (pais e mães) nas atividades e no acompanhamento escolar dos filhos, a pesquisa da (UNESCO, 2007), confirma os estudos realizados por Lahire (2004) na comunidade francesa, no qual os educadores acusam as famílias de não participarem da vida escolar dos educandos.

32 Entrevistas com grupos focais (UNESCO, 2007), os pais e as mães quando foram perguntados sobre como “participavam” na escola, revelaram que.. Em entrevista têm dificuldade de ajudar [os filhos]; com freqüência nem tempo dispõem quando voltam cansados do trabalho. Tampouco os domicílios oferecem tranqüilidade para tanto: muita gente convivendo, ruídos, TV ligada em alto volume, outras crianças brincando ruidosamente pela casa (p. 232). SUGESTÃO: comparar o que dizem os pais e os professores. Com relação à cobrança feita pela escola, quanto à participação da família (pais e mães) nas atividades e no acompanhamento escolar dos filhos, a pesquisa da (UNESCO, 2007), confirma os estudos realizados por Lahire (2004) na comunidade francesa, no qual os educadores acusam as famílias de não participarem da vida escolar dos educandos.

33 uma questão abordada pela pesquisa (UNESCO, 2007, p
uma questão abordada pela pesquisa (UNESCO, 2007, p. 171) e feita aos alunos participantes, quando os pesquisadores “de maneira bastante genérica”, lhes perguntaram onde eles encontravam ajuda quando tinham problemas escolares? 82,3% disseram positivamente que a professora os ajudava, contra 5,9% dos alunos que responderam negativamente e 10,9% desses relataram não pedir ajuda à professora. “Entretanto, ao serem perguntados onde mais encontravam ajuda quando tinham problemas na escola”: menos de um terço 27,6% disseram que encontravam apoio na escola. Os outros 47,8% responderam que era em casa que encontravam mais ajuda, e 18,5 % responderam que costumavam encontrar mais apoio com os amigos. SUGESTÃO: também comparar com o que dizem os professores. Esperava-se que a escola se constituísse como uma grande fonte de apoio ao aluno no seu êxito ou na superação do seu insucesso. No entanto, os dados apresentados acima confirmam que o “mito da omissão parental”, como assim o denominou Lahire (2004), não passa de um mito criado pelos professores e pelos gestores. Pois, como destacado anteriormente, as famílias populares apóiam e ajudam os filhos nos problemas enfrentados no ambiente escolar. Com relação à cobrança feita pela escola, quanto à participação da família (pais e mães) nas atividades e no acompanhamento escolar dos filhos, a pesquisa da (UNESCO, 2007), confirma os estudos realizados por Lahire (2004) na comunidade francesa, no qual os educadores acusam as famílias de não participarem da vida escolar dos educandos.

34 diante do exposto, entende-se que as dificuldades e os limites apresentados pelos pais e mães para participarem da vida escolar dos seus filhos não significa “omissão”, mas que a dinâmica da escola nem sempre corresponde ao modo de vida vivenciado por eles. Porém, apesar de suas dificuldades e limitações, as famílias acompanham e apoiam os seus filhos nos problemas (intelectuais e emocionais) vividos no ambiente escolar.

35 Lahire (2004) afirma que a omissão parental é um mito
Lahire (2004) afirma que a omissão parental é um mito. Assim definido pelo autor: ) Esse mito é produzido pelos professores, que, ignorando as lógicas das configurações familiares, deduzem, a partir dos comportamentos e dos desempenhos escolares dos alunos, que os pais não se incomodam com os filhos, deixando-os fazerem as coisas sem intervir. Nosso estudo revela claramente a profunda injustiça interpretativa que se comete quando evoca uma “omissão” ou uma “negligência” dos pais (p. 334). O autor reafirma a sua fala relatando que “quase todos [os pais] que investigamos, qualquer que seja a situação escolar da criança, têm um sentimento de que a escola é algo importante e manifestam a esperança de ver os filhos ‘sair-se’ melhor do que eles” (p. 334).

36 Essas relações escola-família são marcadas por contradições no processo de socialização dos educandos. As escolas estão organizadas em lógicas educativas que foram chamadas por Vincent; Lahire e Thin (2001) de forma escolar. Já a família popular tem como modelo de socialização a oralidade e os atos da vida cotidiana, as quais são estranhas ao espaço escolar. As diferenças são percebidas pelos próprios professores, mediante observação do comportamento, da atenção e desatenção, da adesão às regras da escola, o tipo de vestuário e os assuntos conversados na sala de aula pelos alunos.

37 o capital escolar das famílias das classes populares é medido pelos anos de escolaridade ou pelo diploma dos seus pais. Esses, muitas vezes, não frequentaram a escola, ou lá permaneceram por pouco tempo. A falta de capital escolar é um dos fatores que distancia as relações efetivas dos pais com a escola e a apropriação da escolaridade dos seus filhos. SUGESTÃO: Depois da exposição dialogada, leitura compartilhada do projeto desenvolvido na escola da pesquisa da dissertação que deu base a essa exposição dialogada. Ler nos pequenos grupos e discutir, depois elaborar uma proposta e apresentar no grupo.

38 Nossos votos de um 2016 de fortes vínculos familia-escola
Obrigada! Nossos votos de um 2016 de fortes vínculos familia-escola Equipe Eixo Educação Infantil

39 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Electronic Document Format(ISO) BOARINI, Maria Lúcia. Refletindo sobre a nova e velha família. Psicol. estud. [online]. 2003, vol.8, n.spe [cited  ], pp Available from: < ISSN   Duarte, Laudeni Alves de Andrade. Participação da família na escola: como os protagonistas a compreendem . São Paulo MELO NETO, João Cabral. Morte e Vida Severina e outros poemas para vozes. 4ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.


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