PROCESSO DE LODO ATIVADO

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Transcrição da apresentação:

PROCESSO DE LODO ATIVADO

PROCESSO DE LODO ATIVADO Processo aeróbio Crescimento em suspensão (Flocos biológicos) Retenção de biomassa (Retorno de lodo a partir dos decantadores secundários) Ar difuso Sistema de aeração Aeração superficial

PROCESSO DE LODO ATIVADO Esgoto tratado Tanque de Aeração Separação sólido líquido Lodo em excesso Lodo em excesso Esgoto tratado Tanque de Aeração Separação sólido líquido

PROCESSO DE LODO ATIVADO CONDIÇÕES AMBIENTAIS Disponibilidade de oxigênio Disponibilidade de nutrientes (N e P) pH adequado (Neutro) Ausência de substâncias tóxicas Temperatura

PROCESSO DE LODO ATIVADO LODO BIOLÓGICO

TANQUE DE AERAÇÃO ETE PARQUE NOVO MUNDO

TANQUE DE AERAÇÃO ETE PARQUE NOVO MUNDO

SOPRADOR DE AR ETE PARQUE NOVO MUNDO

TANQUE DE AERAÇÃO ETE SUZANO

SISTEMAS DE AERAÇÃO POR AERADORES SUPERFICIAIS

SISTEMAS DE AERAÇÃO POR AERADORES SUPERFICIAIS

DECANTADOR SECUNDÁRIO ETE ABC

PROCESSO DE LODO ATIVADO MODELAÇÃO MATEMÁTICA O reator biológico comporta-se como um reator de mistura completa Substrato: Matéria orgânica biodegradável Subtrato (Quantificação): DBO5,20 Microrganismos (Quantificação): SSV Cultura microbiana heterogênea Macro e micro-nutrientes em excesso Presença de oxigênio

PROCESSO DE LODOS ATIVADOS V,X (Q - QD),Se,Xe Q,S0,X0 Tanque de Aeração Decantador Secundário Esgoto tratado Qr,Xr QD,Xr Lodo em excesso Volume de controle

Balanço de massa de substrato em torno do tanque de aeração: Q . So + Qr . Se - (Q + Qr) . Se - V . S/t = 0 Definindo-se a taxa específica de utilização do substrato, U: massa de substrato (KgDBO) consumido por dia U =   massa de células (KgSSV) no reator S/t U =   S/t = U . X X  Q . So + Qr . Se - Q . Se + Qr . Se - V . U . X = 0  Q . (So - Se) U =  V . X Q . So (A/M) =  V . X

CONTROLE DO PROCESSO DE LODO ATIVADO Baixa concentração de DBO5,20 solúvel no efluente final Controle da idade do lodo Operação adequada dos decantadores secundários Controle da sedimentabilidade do lodo Baixa concentração de SST no efluente final Índice Volumétrico de Lodo (IVL) Significado físico: Volume ocupado (em ml) por 1 grama de lodo biológico IVL

RELAÇÃO A/M E SEDIMENTABILIDADE DO LODO Alimento/Microrganismos (A/M)

Tempo Médio de Residência Celular (Idade do Lodo) massa de células (KgSSV) no tanque de aeração c =  massa de células (KgSSV) descarregadas por dia V . X c =  Qd . Xr + (Q - Qd) . Xe Desprezando-se as perdas com o efluente final: c =  Qd . Xr Considerando-se a retirada de lodo diretamente do tanque de aeração: V . X V c =   c =  Qd . X Qd

Q . Xo – [ Qd . Xr + (Q - Qd) . Xe ] + V . X/t = 0 Balanço de massa de microrganismos (SSV) no sistema: Q . Xo – [ Qd . Xr + (Q - Qd) . Xe ] + V . X/t = 0 Onde X/t representa o crescimento global de microrganismos Crescimento biológico: massa de células (KgSSV) produzidas por dia  =  massa de células (KgSSV) no reator Decaimento por metabolismo endógeno: massa de células (KgSSV) destruídas por dia kd =  

Crescimento Líquido:  =  - kd X / t = (  - kd ) . X – [ Qd . Xr + (Q - Qd) . Xe ] + V . X . (  - kd ) = 0 [ Qd . Xr + (Q - Qd) . Xe ]  - kd =   1 / c =  - kd V . X Coeficiente de síntese celular, Y: = Y . U  1 / c = Y . U - kd So - Se U =   td . X 1 / c = Y .  - kd

Sistemas Convencionais Aeração Prolongada Fluxo de pistão Parâmetro / Variante Sistemas Convencionais Aeração Prolongada Fluxo de pistão Mistura completa Faixa típica NBR - 570 Tempo de detenção hidráulico (horas) 4 a 8 > 1 18 a 36 Idade do lodo (dias) 3 a 10 20 a 30 Concentração SSVTA (mg/L) 1.500 a 3.000 3.000 a 6.000 Relação (A/M) (kgDBO5/kgSSV.dia) 0,2 a 0,5 0,05 a 0,15 Fator de carga (f) (kgDBO5/kgSS.dia) 0,16 a 0,4 0,05 – 0,10 Fator de recirculação de lodo (Qr / Q) 0,5 a 0,75 0,75 a 1,5 Necessidade de oxigênio (kgO2/kgDBOaplicada) > 1,5 Densidade de potência no Tanque de Aeração (w / m3) >10

PROCESSO DE LODO ATIVADO CONVENCIONAL Grade Caixa de areia Decantador Primário Tanque de Aeração Secundário Adensamento Digestão Secagem Lodo “Seco” Rio Água retirada do lodo

PROCESSO DE LODO ATIVADO COM AERAÇÃO PROLONGADA Grade Caixa de areia Tanque de Aeração Decantador Secundário Adensamento Secagem Lodo “Seco” Rio Água retirada do lodo

PROCESSO DE LODOS ATIVADOS COM AERAÇÃO PROLONGADA EM BATELADA Grade Caixa de areia Tanque deAeração Decantador Secundário Adensamento Secagem Lodo “Seco” Rio Água retirada do lodo

LODOS ATIVADOS EM BATELADAS Reator Esgoto bruto Ar + agitação Efluente tratado N.A. mín. Líquido Sólidos Espera Enchimento Reação Sedimentação Retirada de efluente tratado Retirada de lodo de excesso Altura de segurança

LODOS ATIVADOS EM BATELADAS Retirada de Efluente tratado Enchimento + reação Reação Sedimentação Espera REATOR 1 REATOR 2 Sedimentação Espera Reação Retirada de Efluente tratado Enchimento + reação

Lodo ativado em bateladas

A situação mais desfavorável corresponde à alimentação de um tanque durante uma hora e trinta minutos com a vazão máxima horária e , portanto: VEsg = 1,5 x (1,8 x 126,6) x 3,6 = 1.230 m3 Conclui-se que cada tanque de aeração deverá possuir volume útil de 1.442 + 1.230 = 2.672 m3. Além disso, costuma-se reservar uma altura adicional de 0,60 m para que a retirada do esgoto decantado não ocorra até a superfície do lodo sedimentado. Profundidade útil dos tanques de aeração/decantação : 4,0 m Área dos tanques: (1.442 + 1.230) / 3,4 = 786 m2 Relação comprimento/ largura 4/1  (14 m x 56 m) = 784 m2 Volume útil: 784 x 4 = 3.136 m3 Concentração SSTA (X): X = V.X / V = 46.138 / (3.136 /4) = 3,7 kg / m3

Considerando-se o emprego de aeradores superficiais de baixa rotação, com capacidade de transferência de oxigênio de 0,9 kg O2 / CV x hora, já nas condições de campo, tem-se a seguinte potência total a ser instalada nos tanques: PNEC = 577 / 0,9 = 641 CV ou 641 / 4 = 160 CV por tanque (foram considerados quatro tanques de aeração)

Dimensionamento do Sistema de Aeração Sistema de Aeração Escolhido O sistema de aeração a ser utilizado será por ar difuso, com soprador de ar tipo Roots e difusores de bolha fina, de membrana de EPDM. Necessidades de Oxigênio Sendo o sistema de tratamento biológico por aeração prolongada, ocorrerá a nitrificação, o que implica na necessidade de oxigênio para a demanda de nitrificação, além da carbonácea.

Demandas de oxigênio consideradas O2 carbonácea = 1,6 kgO2 / kg DBO O2 carbonácea = 1,6 x 385 = 616 kg O2 / d O2 nitrificação = 4,57 (N - NKTdisponível) N - NKTdisponível = N-NKTafluente - 0,10 Xv Xv = 0,55 kg SSV / kg DBO removida Eficiência na remoção de DBO: 95 % N - NKTdisponível = 0,9 x 58 - 0,10 x 0,55 x 0,95 x 385 N - NKTdisponível = 32,1 kg N / d O2 nitrificação = 4,57 x 32,1 = 147 kg O2 / d O2 necessário = 616 + 147 = 763 kg O2 / dia 763 / 385 = 1,98 kg O2 / kg DBO aplicada Será adotada a necessidade de oxigênio de 2,0 kg O2 / kg DBO apl. O2 nec = 2 x 385 = 770 kg O2 / dia = 770 / 24 = 32,1 kg O2 / hora

Capacidade de Transferência de Oxigênio No = capacidade de transferência de oxigênio do sistema de aeração, nas condições de teste (água limpa) N = capacidade de transferência de oxigênio do sistema de aeração, nas condições de campo N = N0.  = coeficiente de correção para as condições de campo = x  Csw = concentração de saturação de O2 a 28oC = 7,9 mg/L CL = concentração de O2 no tanque reator = 1,5 mg/L T = temperatura no tanque reator = 28oC  = fator de correção salinidade / tensão superficial = 0,95  = relação KLa (esgoto) / KLa (água) = 0,85  = x 0,85  0,64

Eficiência na transferência de oxigênio dissolvido pelos difusores: 39% Eficiência global na transferência de oxigênio, em campo: Tem-se: η = ηo x λ = 0,39 x 0,64 = 0,25 Portanto tem-se: O2 necessário = = 129 kg O2 / hora Considerando-se 23,2 % de Oxigênio no ar, tem-se: Massa de ar necessária = = 556 kg ar / hora Considerando-se a massa específica do ar, ρ = 1,2 kg / m3, tem-se: Volume de ar necessário = = 463 m3 ar / hora Volume de ar necessário = = 7,7 Nm3 Ar / minuto Deverão ser utilizados 02 (dois) sopradores de ar (um de reserva), cada um com capacidade para a vazão de 10 Nm3 Ar / minuto e pressão de 7 m.c.a. (6 m de profundidade útil dos tanques + 1 m de perda de carga estimada na linha de ar).

Determinação da potência dos sopradores de ar Pw = [(wRT)/8,41x e]x[(P/Po)0,283-1] Pw : potência requerida em cada soprador em kW w : fluxo da massa de ar em kg/s R = constante do gas, 8,314 kJ / mol ºK 8,41: constante do ar, kg / oK mol To = temperatura de entrada, ºK Po = pressão absoluta de entrada em atmosfera e a 15 m de altitude e 303 º K Perda de carga estimada = 1,0 m Lâmina de água sobre o difusor = 6,0m

Pressão total = 6,0 m + 1,0 m= 7,0 m P = ( 7,0+10,33) / 10,33 = 1,678 atm. Po = 1,0 atm a 15 m de altitude kW = 19,4 cv Portanto são necessários 02 (dois) sopradores (01 + 01 de reserva) de ar de 20 cv de potência do motor. Deverão ser adquiridos 02 (01 + 01 de reserva) sopradores de ar tipo Roots Trilóbulo marca OMEL modelo SRTEV/II - 1927, ou similar.

Principais características: - Rotação: 2900 RPM / Potência Consumida: 27,5 BHP / Temperatura de descarga: 100 ºC. - Nível de ruído (a 1 metro da fonte, em campo aberto com os silenciadores instalados): Sem cabine: 91 (+/-2) dB (A), Com Cabine: 72 (+/-2) dB (A). Gás aspirado: AR - Temperatura: 30 ºC Capacidade de aspiração: 13,5 m3/min Pressão na sucção: Atmosférica Pressão diferencial: 7 mca. Pressão barométrica Local: 760 mmHg abs. - Motor elétrico: 40 HP, 2 pólos, 60 Hz, trifásico, forma construtiva B3D, TFVE, proteção IP-55, isolação classe F, 220/380/440 volts, STD Weg.