Guerra do Paraguai.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
OUTROS MOVIMENTOS EM DESTAQUE
Advertisements

Questão marroquina 1880 tratado de Madri (exploração de Marrocos pela Alemanha, França e Inglaterra) 1904 acordo Inglaterra – França Alemanha revida com.
1914 – 1918.
Independência da América Latina
História do Paraguai Nomes: Lucas Perim Cazaroto n°:21
2º Reinado O governo de D. Pedro II Unidade 8 (temas 3 a 6)
Ideais Iluministas invadem a América
EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx – DEPA – CMF DISCIPLINA: HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ASSUNTO: PRIMEIRO REINADO – POLÍTICA EXTERNA.
EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx – DEPA – CMF DISCIPLINA: HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ASSUNTO: POLÍTICA EXTERNA DO SEGUNDO IMPÉRIO.
Primeira Guerra Mundial
Segundo Reinado: Política Externa.
Segundo Reinado: Política Externa.
O Segundo Reinado ( ) D. Pedro II.
CRISE NO BRASIL IMPÉRIO II
A Política do Segundo Reinado 1 - Introdução
DOM PEDRO II Prof. Estevan Rodrigues Vilhena de Alcântara.
Antecedentes D. Pedro II havia garantido a unidade do Império e lutava para exercer influência no sul da América Latina. Por quê? Para controlar a navegação.
SEGUNDO REINADO NO BRASIL
Independência – Características Gerais No contexto da Crise do Sistema Colonial Pela elite colonial Conflitos armados.
RELAÇÃO BRASIL/ARGENTINA
REVOLTAS REGENCIAIS.
2ª Guerra Mundial.
D.PEDRO I ( ) D. PEDRO II ( ) BRASIL IMPÉRIO D.PEDRO I ( ) D. PEDRO II ( )
A GUERRA DO PARAGUAI.
A Política do Segundo Reinado 1 - Introdução
Segundo Reinado Política Externa.
Segundo Reinado no Brasil ( )
Política no Segundo Reinado
Segundo Reinado: Situação externa e crise do império
Política Externa no Segundo Reinado
A Guerra do Paraguai.
Causas e consequências
Paraguai Fernanda Costa – 7 Isabella Lupinari – 14 8°A.
Napoleão Bonaparte.
A consolidação do Império no Brasil
TRABALHO DE HISTORIA TEMA:A ERA NAPOLEÔNICA
U RUGUAI História E GEOGRAFIA Guilherme Abrahabibs 11° Gabriel Alencar Diáz 8° Caio vinícius pesseti 29°
América Platina.
Independência da América Espanhola
GUERRA FRIA.
GUATEMALA.
O que de fato aconteceu? A GUERRA DO PARAGUAI
Coluna Prestes.
UNIFICAÇÃO ITALIANA E ALEMÃ
A Era Napoleônica ( ).
Segundo Reinado (1840 – 1889).
Segundo Reinado (política interna e modernização)
EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx – DEPA – CMF DISCIPLINA: HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ASSUNTO: A GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA OBJETIVOS.
Aula 3 - História Geral A 1ª Guerra Mundial a 1918
Revisão P3 História pontos importantes!
Guerra do Paraguai Guerra do Paraguai
O país Basco (Espanha) 1959 Surge o grupo armado ETA (Euskadi ta Askatasuna) Luta por meio pacíficos por maior autonomia da região Luta contra o regime.
Segundo Reinado (política interna e modernização)
Segundo Reinado (1840 – 1889) Profª Cristina Misutani
GUERRA DO PARAGUAI 22/04/2017
Colégio Nossa Senhora das Neves Componente curricular: História Professora: Kátia Suely 5º ano do Ensino Fundamental.
MS PARTE 03
O SEGUNDO REINADO.
Cap Crise do 2º Reinado.
P RIMEIRA G UERRA M UNDIAL ) INTRODUÇÃO: Na transição do século XIX para o XX, a Europa vivia um período de euforia e de grandes avanços tecnológicos.
Período Joanino Dom João VI 1808 a 1821 Fuga de Portugal por causa da invasão napoleônica Volta a Portugal por ocasião da Revolta Liberal do Porto.
Brasil Império: O Primeiro Reinado ( )
MODERNIZAÇÃO E IMIGRAÇÃO
Independência da América Espanhola Prof. Alan
 Golpe da maioridade (184)  Bipartidarismo  Parlamentarismo ( 1847)  Movimentos sociais – Revolta dos Liberais e Praieira. POLÍTICA.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA POLÍTICA EXTERNA Manutenção de uma política de acomodação com os interesses da Inglaterra; Dependência econômica e fonte de.
O 2º REINADO B) POLÍTICA EXTERNA: Conflitos platinos:
Independência do Paraguai. Crise em relação à Argentina após o Paraguai ter deixado de ser uma intendência e se tornado parte do Vice-Reinado do Rio da.
 Até 1620 o balanço do governo filipino é positivo pois registou-se uma melhoria na situação económica e na defesa do império.  A partir de 1620 o governo.
A guerra do Paraguai Prof: Djmes. Antecedentes do Conflito Fim da guerra do Prata; Guerra civil Argentina Províncias da Argentinas com grandes autonomias;
Transcrição da apresentação:

Guerra do Paraguai

Historiografia Júlio José Chiavennato “Genocídio Americano: a Guerra do Paraguai” (1979) Leitura da década de 60 e 70 Contexto da Guerra Fria Golpes Militares na América Latina Isolamento de Cuba A causa da pobreza da AL se explicava pelo imperialismo americano

Revisão Historiográfica Revisão Historiográfica: Francisco Doratioto “ Guerra Maldita” (2002) Falta de evidências históricas A Inglaterra se benificiara do processo de modernização do Paraguai O Paraguai era uma grande Latifundio da família Lópes

Novos documentos históricos Carta do diplomata Edward Thornton representante britânico na Argentina e Paraguai ao chanceler paraguaio José: "V.E. sabe que a Inglaterra também está em atritos com o Brasil, de modo que tanto por esse motivo, como pela falta de instruções de meu governo, não poderia fazer nada de oficial com seu governo; mas particularmente sim, se puder servir, no mínimo que seja, para contribuir para a reconciliação dos dois países, espero que V.E. não hesite em me utilizar“.

A questão do Prata Bacia do Prata – sistema hídrico formado pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai forças envolvidas na questão da região do Prata : a dialética gerada pela disputa entre os dois Estados hegemônicos (Brasil e Argentina) e pelos dois Estados menores (Uruguai e Paraguai) O principal interesse na questão do Prata estava atrelado a sua importância como rota de comércio marítima, e de certa forma dará origem a Guerra do Paraguai ou Guerra da Tríplice Aliança. Para a política externa brasileira a livre navegação do Prata era fundamental, pois era a única forma de acesso a província do Mato Grosso (isolada por terra)

Argentina Buenos Aires, centro do Vice-reino do Prata inicia seu processo de independência em 1810. Outras regiões do Rio da Prata estavam interessadas em se tornar independentes, não só de Espanha, mas também de Buenos Aires Em 1829 assume o ditador Juan Manuel de Rosas, mantendo-se no poder por um longo período Rosas vai procurar manter o domínio do Prata proibindo a navegação de embarcações estrangeiras. Rosas organizou a Confederação Argentina, recebendo delegação das demais províncias para representá-las externamente (na prática uma ditadura)

Paraguai Conquistou sua independência em 1811 Com a ditadura de Francia (1814-1840) termina, em um primeiro momento, as ambições de Buenos Aires de reintegrar o Paraguai Carlos Antonio López (pecuarista) assume o governo em 1841 e promove uma modernização da estrutura econômica através de um governo estatista. Os ervais do rei se convertem em ervais do Estado, as grandes fazendas del rey se convertem em estancias de la patria. Modernização: contratação de técnicos europeus, fundição de ferro, ferrovias e estaleiros. Com a morte de C.A López em 1862, seu filho Francisco Solano López herdou uma nação unificada e sem dívidas

Política externa brasileira impedir a formação de um Estado Nacional forte que unificasse o antigo Vice-Reinado do Rio da Prata assegurar a livre navegação do Prata garantir limites de fronteira na região estar presente na política interna uruguaia evitar presença européia na região

Política externa da Argentina Federalismo ou política nacional centralizada? Confederação Argentina (Unificação do antigo reinado do Rio da Prata) Provincias Rebeldes Corrientes e Entre-Ríos (Urquiza) Garantir o controle da navegação na bacia do Prata

Política externa do Paraguai ditador Francisco Solano López Evitar a incorporação do Paraguai a Confederação Argentina Aproximação com as províncias rebeldes da Argentina aproximação com o Uruguai para garantir o escoamento de sua produção

Política externa do Uruguai Blancos (latifundiários) x Colorados (comerciantes) Em 1862 Blancos no poder (Berro) autonomia perante brasileiros e argentinos aliança com o Paraguai  áliança com as províncias rebeldes da Argentina

Política externa do prata O presidente uruguaio Berro (blanco) desde que chegou ao poder em 1862 procurou um caminho de autonomia em relação aos brasileiros e argentinos Com a oposição de Flores, a diplomacia uruguaia buscou aliar-se com o Paraguai e as províncias rebeldes da Argentina Na Argentina, o projeto de centralização de uma burguesia mercantil choca-se com o interesse das oligarquias regionais que desejam um Estado Federalista

Política externa do prata O Paraguai se aproxima das províncias rebeldes de Corrientes e Entre Rios O Paraguai se aproxima do Uruguai, pois o comércio destas províncias era facilitado pelos portos do Uruguai governado pelo presidente Bernardo Berro do partido Blanco Berro enfrentava oposição do partido colorado liderado por Venâncio Flores, que recebia apoio do presidente da Argentina Mitre e por fazendeiros gaúchos Os colorados defendiam o livre comércio e a livre navegação dos rios platinos Os colorados eram apoiados pelo Império brasileiro, pois a província do Mato Grosso estava isolada por terra do resto do Império

Política externa do prata Blancos: representavam grandes proprietários de terras O império Brasileiro ameaçava intervir na política interna do Uruguai para defender os interesses dos gaúchos, que estavam sendo prejudicados pela política de Berro Solano Lópes fora convencido pela diplomacia Uruguaia de que havia um plano secreto entre Brasil e Argentina para por fim a independência do Uruguai e depois se voltariam contra o Paraguai Lópes confiava no apoio de Urquiza (líder das províncias rebeldes da Argentina) e do governo Blanco do Uruguai, contava também com um exército mais numeroso

Início do conflito Convergência de interesses entre brasileiros e argentinos: os brasileiros procuravam atender aos interesses da elite gaúcha e os argentinos na figura de Mitre desejavam anular eventuais apoios externos aos federalistas A diplomacia brasileira e argentina avaliaram que o Paraguai não iria além do apoio retórico ao governo uruguaio Quando o governo brasileiro invadiu o Paraguai enviando tropas de apoio ao partido de oposição (colorado de Flores) o Paraguai respondeu aprisionando o navio Marquês de Olinda, que fazia linha comercial a Cuiabá, mais tarde invadiu o Mato Grosso

Isolamento do Paraguai Em fevereiro de 1865 o novo presidente uruguaio, pressionado pelos comerciantes da cidade (em guerra com os brasileiros e com sua cidade bloqueada pela marinha brasileira) assinou um acordo de paz com o Brasil. Pelo acordo Flores ascendeu à presidência Estratégia paraguaia: Guerra relâmpago em duas frentes (Uruguai + Buenos Aires) Lópes não recebeu apoio da população de Corrientes e Entre Rios e depois Urquiza recuou seu apoio a Lopes, pois sofria com o bloqueio a Montevidéu As campanhas do Uruguai fracassaram por incompetência dos coronéis

Guerra contra o Paraguai Como enfrentar o Paraguai? Apoio logístico de Montevidéu e de Buenos Aires Em 1º de maio de 1865 os representantes da Argentina, do Brasil e do Uruguai assinaram o tratado da Tríplice Aliança A partir de 1866 muda o sentido da guerra com os aliados na ofensiva Batalha de Tuiuti pela disputa de Humaitá, depois Curupaiti

Balanço Quem venceu a guerra? 139 mil brasileiros estiveram na guerra dos quais 50 mil morreram (2/3 por doenças) Estima-se que o Paraguai perdeu metade de sua população Os grandes ganhadores foram os comerciantes argentinos fornecedores de mantimentos e víveres para as tropas aliadas e os fabricantes de armas da Europa