O Evangelho dominical animado em slides. A Meditação da Palavra de Deus ajuda-nos a viver o Mistério de Deus na EUCARISTIA. Meditado por: Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa CS Adaptação para Portugal por: Pe. Manuel José Torres Lima O MEU DOMINGO Com a Palavra de Deus
A Liturgia deste domingo convida-nos a reflectir sobre o espírito com que devemos viver a nossa Religião. Essa vivência não pode reduzir-se ao cumprimento externo de alguns Mandamentos e alguns actos de culto. A Religião deve ser baseada na MISERICÓRDIA de Deus e vivida com espírito de AUTENTICIDADE e ACOLHIMENTO. As leituras ilustram com alguns exemplos:
Na 1.ª Leitura Oseias exorta o Povo à conversão diante do perigo iminente de uma invasão Síria." (Os 6,3-6) O povo começou a oferecer muitos sacrifícios, mas a conversão não era sincera, nem perseverante. Por isso o Profeta denuncia: "Que farei de ti, Judá? O vosso amor é como o orvalho, que se desfaz aos primeiros raios do sol..." "Eu desejo amor, bondade e MISERICÓRDIA, mais que sacrifícios e holocaustos". Não defende uma Religião sem culto, mas reprova um culto vazio de espírito, de verdade e de vida.
Deus quer um coração em comunhão com Ele e capaz de gestos concretos de amor, ternura, bondade, misericórdia em favor dos irmãos. * Deus não pode tornar-se um Pronto Socorro para as emergências. Se essas práticas não tiverem uma profunda motivação interior tornam-se vazias e até desprezadas pelo próprio Deus... - Ele continua a dizer-nos: "Desejo amor, bondade e misericórdia, bem mais que os vossos sacrifícios, e muitas práticas de piedade..."
Na 2.ª leitura, São Paulo apresenta o exemplo de ABRAÃO: O que o tornou um modelo, não foram as suas obras, mas a sua adesão total e incondicional a Deus e aos seus projectos. Rm 4,18-25) O Evangelho narra o chamamento de MATEUS e a Refeição de Jesus com "os pecadores". Mt 9,9-13) Mateus era um cobrador de impostos. Por isso, era um excluído da vida social e religiosa.
- Jesus passou diante dele e convidou-o para "segui-lo..." No Reino, há lugar para todos, mesmo os "desclassificados". - Mateus aceitou imediatamente... E para agradecer a atenção recebida, ofereceu um jantar ao Mestre, convidando amigos e conhecidos... - Os fariseus criticaram severamente o mestre: "Porque come o vosso Mestre com os cobradores de impostos e pecadores?" "Sentar-se à mesa" com alguém significava estabelecer laços familiares com essa pessoa...
"As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes." Citando palavras de Oseias, lembra que para Deus não basta o cumprimento das leis e dos actos de culto. Ele prefere uma religião baseada no amor e na misericórdia divina. "Eu quero misericórdia... e não sacrifícios. Não vim chamar os justos, mas os pecadores." CRISTO explica
No Evangelho, notamos: - A PREFERÊNCIA de Cristo pelos pecadores, - O DESPREZO de Cristo pelos fariseus "fiéis praticantes". + Porque será? - Porque nos pecadores, uma vez esclarecidos, encontrava humildade, sinceridade e generosidade. - E nos fariseus encontrava muito orgulho, falsidade, formalismo: "Este povo louva-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim..."
+ Duas tentações, que também nós podemos ter: - Ficarmos satisfeitos por "praticar" uns ritos e mandamentos. - Sermos orgulhosos, achando-nos melhores do que os outros e excluindo do grupo quem não pensa ou não faz como nós... Jesus propõe que a comunidade deve ser espaço de acolhimento para os que o mundo exclui e marginaliza. * Quais são as nossas motivações religiosas? - As de Cristo, ou as dos fariseus? - Procuramos ser AUTÊNTICOS naquilo que professamos e ACOLHEDORES para os afastados? - O nosso modo de ser e de agir ATRAI ou REPELE os afastados da nossa comunidade? Original: Pe. Antônio G. Dalla Costa CS Adaptação: Pe. Manuel José Torres Lima