Homenagem aos meus amigos poetas MESTRES DA POESIA Clique para continuar

Euclides Cavaco Nelson Fontes Clarisse B. Sanches São Tomé Pinhal Dias João Coelho. CDS Nanci Laurino Carla Ribeiro Pedro Valdoy Renã Leite Pontes Rosa Silva Luis Fernandes Jorge Humberto Efigênia Coutinho Malu Mourão Lino Vitti CLIQUE NO POETA Ou clique na página para seguir a sequência SAIR Maria Helena Torrado Adelaide Vilela HOMENAGEM AOS MEUS AMIGOS POETAS Jorge Vicente Jornal Fri-luso « O poeta não quer envelhecer, não acredita em reencarnação e tem esperança na vida eterna. »

VOLTAR AOS POETAS Contrição Vejo o mundo renegar o infinito, Vejo seres mergulharem no abismo, Vejo o bem que existia, ora é maldito, Vejo almas moribundas sucumbindo !... Vejo a luz a cada instante mais escura... E que os humanos já não são como eram antes. Vejo que cada um cava a sua sepultura... E que de Deus estão cada vez mais distantes!... Vejo a humanidade em constante frenesim, Vejo o mundo todo inteiro em confusão Como nunca em toda vida fora assim!... Vejo sinais dos tempos, já sem terem solução E que o mundo se prepara para o fim... Convidando o ser humano à contrição !... Euclides Cavaco

VOLTAR AOS POETAS AQUELE VELHINHO… Vem sempre ouvir e ver as nossas brincadeiras, Senta-se alem a pensar no banco do jardim, O velhinho, vê-se aflito com tantas asneiras, De rapazolas que por nada armam um motim! De vez em quando sorri co’as maluqueiras, Talvez a recordar, quando também era assim. Atrevido! Tolo, sem pensar; sem maneiras, As saudades palpitam n’ele com frenesim! Quando lhe pedimos que conte aventuras Do seu tempo de rapaz, co’as mesmas loucuras, Conta-nos histórias sem parar aos molhos! --“Quando era como vós…” A vida é tão triste… E, não chegava ao fim… O velhinho não resiste, As lágrimas, a saudade vêm-se nos seus olhos! Nelson Fontes

VOLTAR AOS POETAS RETRATO DE MULHER Ela olhava uma foto com surpresa, A qual tinha tirado uns dias antes, Já com sinais do tempo bem marcantes E que estava deposto sobre a mesa. Absorta, pensativa e com tristeza Lembrava os anos áureos mais distantes, Quando tinha olhos verdes, cintilantes, E tão feliz corria na devesa. Pegou depois num velho retratinho A óleo e diz: - Que é desse cabelinho Louro, feito de anéis que eu vi crescer?... Ah! Como a nossa alegre mocidade Que ilude, nos encanta e é Saudade, Faz um triste retrato de mulher! Clarisse Barata Sanches

VOLTAR AOS POETAS Um Dia Voltarei Um dia, voltarei ao meu sertão, Quando o Sol iluminar mais uma vez O manto verde que envolve sua tez E avivar os matizes do rubro chão. Para sorver o orvalho de cada flor Como néctar saciando a minha sede, Sentir o frescor do cajueiro verde Quando mais se intensificar o calor. Então espalharei o meu cansaço, Pela solidão do tempo e do espaço E no meio dessa magia envolvida Pelo revoar duma ave de rapina, Quando por mim passar em surdina E sentir que de novo voltei à vida. São Tomé

VOLTAR AOS POETAS Falta de Respeito. Aprendeu a escutar o Fado em silêncio Anunciado poema essa voz vem do peito, Quem ensaiou? O professor Prudêncio Com turbulentos!? … Falta de respeito. Hediondos que desapontam quem escreve Que fomentam as regras da vaidade Essa falta de respeito, no hades prescreve Com lágrimas fingidas, em habilidade. Ele que partilha justamente a amizade No elo firme que premeia a fidelidade Dá o seu silêncio p’la falta de respeito. Apura-se a inteligência dos golfinhos Que enfrentam tubarões martelinhos No mar… Há disciplina! Há respeito! Pinhal Dias

VOLTAR AOS POETAS O TEMPO E A IDADE Conto espantado o tempo passado. No futuro que contarei? Não sei. Sei que tempo já passou; Não sei quanto passará. Se soubesse quanto de vida terei Saberia, com verdade A minha idade. Assim, não sei. Mas que importa trovador? Vive e canta, prova a dor. Sonha sonhos floridos, Sente todos os sentidos, Solta canções ao vento, Melodias às estrelas, Versos do pensamento. Trova, trova, trovador, Entoa hinos com alegria e verdade Ao Amor, à Paz, à fraternidade, E o Mundo será melhor. Para quê, para quê, saber a idade? João Coelho. cds

VOLTAR AOS POETAS FILHOS AMADOS (para Juliana e Rodrigo) Nasceram crianças lindas Fortes, saudáveis Alegria do Lar despontava em pura vida! Vida coberta de amor e dedicação, E quis o destino me fazer Pai e Mãe. Nessa luta da vida, com a vida aprendi Criando com amor e creio... venci. Hoje adultos tão amados, Mais que filhos, amigos queridos Companheiros de jornada evolutiva. Sem eles a vida não teria sentido. Ter o amor dos meus dois filhos É mais do que preciso. Para poder morrer em paz E ter a certeza de missão cumprida. Filhos amados, guerreiros Vençam o Mundo, asas vos dou! Nanci Laurino

VOLTAR AOS POETAS Constelação Sonhar de espelhos de noite estrelada Atravessados nos confins do ser, Ergui nas trevas a minha morada E a estrada do meu negro adormecer. Embalo de um sinistro florescer, Vago esplendor de inocência quebrada, Nas trevas me deixei desfalecer Presa entre ondas de um oceano de nada. Soberba alvura de ilusão fugaz, Ergui castelos de silêncio e paz No negro cintilar do céu nocturno, Para me enredar na teia dos sentidos Que prende os meus momentos destruídos À vaga vida de um sonhar soturno. Carla Ribeiro

VOLTAR AOS POETAS A Borboleta A borboleta esvoaçou alegremente e em liberdade por entre os campos com toda a sua vaidade Era linda como o meu amor transportava fragrância saltitava de flor em flor e ela ficou maravilhada Eu fiquei solitário por entre as flores eram mantos de crisântemos que dançavam com o vento As abelhas andavam excitadas com beijos de cetim e eu solitário sentia o perfume de um amor que não vinha Adormeci com pesadelos esquecidos pelo vento na melodia dos tempos sem a tua presença Quando acordei senti teu corpo com um manto de beleza e a borboleta sorria. Pedro Valdoy

VOLTAR AOS POETAS NA MÃO DE DEUS Se me permites, Pai, que eu manifeste, meu parecer de filho agradecido, às tuas Leis de amor que tenho lido, com casta devoção, meu Pai Celeste: - Desde o direito humano a lei campestre, teu julgo é justo, nada corrompido, em dez bons mandamentos, resumido, guião da flor a bem que o amor desperte. Às tuas Leis, remendos não proponho, porque parecem músicas campanas harmonizadas por um Deus risonho. Resta-me agora o meu último adeus, e além do corpo e das formas profanas, meu coração pousar na mão de Deus. Renã Leite Pontes

VOLTAR AOS POETAS Berço do Mar O Velho Cabral foi passear na sua barca portuguesa e confirmou com certeza, ver ilhas de Portugal. Na época, bem natural, Diogo de Silves foi confirmar. Diogo de Silves, o descobridor, desencantou as princesas: eram filhas dos Açores, cercadas de azul e amores, mar e céu nas redondezas, Paraíso, grande esplendor! Gonçalo Velho Cabral seu nome está na história e ainda na memória do ilustre povo lusitano; que nunca haja engano em livros de Portugal. Foi só o Homem pensar... Que bendito céu aberto! Permitiu caminho certo aos nossos navegadores que descobriram os Açores e nove esperanças no mar! Adelaide Vilela

VOLTAR AOS POETAS Mulher, mãe... Com sua graça e cor Neste jardim em flor Vai trilhando sonhos e vida; Mulher meiga e festiva Sedutora e emotiva Na sua ilha querida. Terceira e São Miguel Se juntam neste painel Colorindo as manhãs: Flores de doce encanto Alegres em cada canto Chamando suas irmãs. São Jorge e Graciosa, Mulheres de tez mimosa; Faial, Pico e as Flores Brilhantes em alto-mar Corais finos de espantar Conquistando seus amores. Corvo e Santa Maria São estrelas de harmonia A ocidente e oriente; Juntam-se ao grupo central Mostrando seu ideal: Mulher, mãe de amor ardente. Rosa Silva ("Azoriana")

VOLTAR AOS POETAS A Um Bom Amigo Deus alumia no dia-a-dia. Tudo o que se faz por amizade Isso eu sei que é verdade; Que trago no rosto a poesia Que muitos rostos gostariam! De ver o Sol como acarinha... O rosto do Pinhal que adivinha; Sorrir aos anjos que quiseram Falar comigo sobre a vida, Que identifica o que não foi visto E também o que não foi dito... É alcance de mão dada. O milagre do seu carinho É um privilégio Divino, Sentir a dádiva do Senhor Nos versos de amizade e amor Que passam como oiro fino Ao som de um violino. Luís Fernandes

VOLTAR AOS POETAS SER EM NÓS E NOS OUTROS Não podes fugir de quem tu és nem ser contrário, ao teu carácter! pois só assim cabes nos outros, que te cercam e te respeitam. Amares-te é princípio básico, para uma conduta duradoira! Faze um jardim, só com as flores mais bonitas, para que te conheçam só assim, onde ninguém te vê, deixa as ervas daninhas crescerem. Neste mundo, tão supérfluo, exige-se de ti comportamentos, que dignifiquem teu ser e fomentem tua índole, respeitosa. A farsa, como a mentira têm perna curta, e, crê-me, cedo ou tarde, se revelará, na sua mais hedionda flagrante. Contudo saberás destrinçar a falsa modéstia, sendo humilde para com os teus amigos e para contigo. E, para todos eles, um sorriso terás, mostrando-te, dessa forma, receptivo, a quem te queira procurar, em plena consciência e frutífera confiança. E não busques o facilitismo, pai de todos os vícios, deturpando tua alma íntegra, com ofertas tentadoras e efémeras. És muito mais que isso, és um Homem, meu amigo! Jorge Humberto

VOLTAR AOS POETAS CANÇÃO DO AMOR Quando em teus braços estou sou o teu sonho todo esplendor vestida nas cores dum arco-íris Palpitando o coração amoroso! Com teu Amor deixo-me a sonhar dentro, teu olhar, ouvindo teu cantar outra vez, em teus olhos banho-me Com este imenso Amor a Sonhar... Vou levando essa melodia sem par Se é sonho ou soneto, veio para ficar... Com teu olhar tua voz, eu Amo sonhar! De Amar e de ser Amada..., Todo meu esplendor te dou Na canção que nasceu essa paixão! Efigênia Coutinho

VOLTAR AOS POETAS UMA LIÇÃO DE AMOR. O amor é um sentir que loucamente, Te levará a caminhos que provavelmente, Te farão viver sonhos que francamente Te marcarão com sofreres inutilmente. Mas, se viveres este amor corretamente, Andarás por trilhas que, felizmente Te deixarão viver momentos que obviamente, Te conduzirão a prazeres amadurecidamente. Só não deixes que o destino cruelmente, Te traga um alguém que, futilmente Te faça chorar amargamente. Mas, na medida do que for possivelmente, Tentes encarar a vida subtilmente Para que possas se feliz eternamente. Malu Mourão

VOLTAR AOS POETAS MIRAGEM Caminho é a vida, longo, íngreme, escuro e torto, abarrancado e poento, esquecido e medonho! É caminho sem fim, dorido e ingrato sonho, não saberás jamais se dará nalgum porto. Vais por ele ao país do grande desconforto, onde a semente pões, onde a semente ponho da descrença e ilusão (oh! que país tristonho!) Tudo ali finda em dor, tudo é árido e morto! Se esperavas o Amor, nada encontraste; nada! Felicidade foi-se em grande debandada, nem sequer ver pudeste um tico de paisagem! De tudo o que ficou ao rumor de teus passos, uma certeza só trouxeste em teus cansaços: é ver que atrás ficou nada além de miragem! Lino Vitti

VOLTAR AOS POETAS SAUDADE FICOU NA SALA O TEU RETRATO FICOU NO TEMPO A TUA AUSÊNCIA FICOU EM MIM POEIRA DE UM ROSTO PÓ EM QUE TE TORNASTE PERFIL DE TEMPO… GUARDO-TE VIVO NO CANTO DA SAUDADE, DE TI ME SEPARA, APENAS O VENTO. VAZIO PROCUREI-TE NA SAUDADE QUE TENHO DE TI ENCHI OS OLHOS DE NADA SÓ SOMBRAS E TRAÇOS CONSEGUI… TENTEI-TE NA RUA TENTEI-TE NA LUA TENTEI-TE NO MAR SÓ BRANCO ENCONTREI O QUE DE TI FICOU EM TEU LUGAR. PALPO O VAZIO QUE DEIXASTE E ENCONTRO-TE EM TUDO O QUE TOCASTE. Maria Helena Torrado

Quiseram meus olhos ver, O teu corpo já sem vida. Viam-te sem poder ler, A mensagem da partida! Partiste para bem alto, Para onde sempre olhavas, Vivias em sobressalto, Nem sempre desabafavas. Haveria um só caminho, Aquele que tu traçaste, Conseguindo pró teu ninho, Tudo que esmiuçaste! Tens na tua Vida Eterna, Um prémio bem merecido. Guia-me a tua lanterna, Se caminho sem sentido. Ao meu pai VOLTAR AOS POETAS Jorge Vicente

Formatação: Jorge Vicente Jornal: Fri-luso VOLTAR AOS POETAS CLIC NO SLID PARA SAIR