CAVALO VELHO Dornélio B. Meira Inês Vieira Automático
Muitas mil vezes eu te vi... Suponho, Tão alegre a puxar uma carroça. Dono orgulhoso, de chicote em punho, Nem escutava da criançada, a troça.
À tardinha eu te via na palhoça, Ainda fogoso a relinchar risonho, Pra égua preta que pastava a roça, Com teu rebento, a realizar teu sonho.
Hoje estás velho, não puxas mais nada. Fugiu-te até aquela namorada. Já não te zela como antes, teu dono.
Melhor morreres logo de um infarto, Sem ter ninguém pra presenciar o fato, Pois não mereces tamanho abandono.
Este é o meu grito de revolta contra os maus tratos e o abandono dos animais domésticos. João Pessoa, PB. 31/07/2010.
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