LITERATURA BRASILEIRA I Profa. Dnda. Kênia Mendonça Diniz
BARROCO É também conhecido como seiscentismo. Reforma Protestante (Usura e lucro indevido, sua relação com o capitalismo). Weber: A ética protestante e o espírito do capitalismo. Martin Lutero. Anglicanismo (chefe de estado e chefe da Igreja é o Rei – quebra da hegemonia do discurso católico). Redução do poder do Papa e livre leitura da bíblia.
Contra – Reforma (conjunto de medidas tomadas pela Igreja Católica para tentar diminuir o crescimento do reformismo protestante europeu). A Santa Inquisição passou a ser utilizada como instrumento de perseguição dos reformistas, tratados como hereges.
A Companhia de Jesus recebeu a missão de conquista novas almas para o cristianismo (participa ativamente das tarefas de colonização). No Brasil, o panorama histórico do período foi marcado pela política da colonização.
TRAÇOS CARACTERÍSTICOS O Barroco é arte das contradições. Isso porque ele é o resultado do choque entre o antropocentrismo e o teocentrismo. Luta da Igreja Católica na busca de manutenção e conquista de novos fiéis. O Barroco trabalha com temas relacionados à oposição entre materialidade e espiritualidade (O mundo em transformação).
A linguagem barroca é rebuscada, estruturação difícil, correpondendo a ideia de um mundo instável e contraditório. As figuras de linguagem são usadas com fartura, destacando-se: metáfora, antítese, paradoxo e hipérbole.
DICOTOMIA BARROCA Pode-se falar em duas correntes barrocas: CULTISMO (também chamado de gongorismo por ser inspirado no espanhol Gôngora, partidário de uma arte mais técnica e expressiva).
b) CONCEPTISMO (também chamada de quevedismo por causa da influência do espanhol Quevedo cuja concepção da obra poética era mais direcionada ao raciocínio).
CULTISMO Caracteriza-se pela utilização de uma linguagem metafórica e rebuscada, repleta de figuras de linguagem. Apresenta tendência à descrição e preferência pelo jogo com as palavras e imagens. Enfoca os aspectos interiores (concepções, definições, essência).
Exemplo: O todo sem a parte não é o todo A parte sem o todo não é a parte, Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga que é parte, sendo todo (Gregório de Matos)
CONCEPTISMO Carateriza-se pela exposição sutil de raciocínios. Privilegia-se o conteúdo. Manifesta-se preferência pelos jogos argumentativos. Preocupa-se com aspectos exteriores (descrições, imagens, aparências) dos objetos artísticos.
Exemplo: Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra [História Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada Cobrai-a e não queirais, Pastor [Divino Perder na vossa ovelha a vossa gloria (Gregório de Matos)