A aurora, o amor me acordará e me conduzirá os prados distantes. Adotarei o amor e o escutarei cantando, e beberei como vinho, e o usarei como vestimenta. A aurora, o amor me acordará e me conduzirá os prados distantes. Ao meio dia, conduzir-me-á á sombra das árvores onde me protegerei do sol como os pássaros.
Ao entardecer conduzir-me-á ao poente, onde ouvirei a melodia da natureza, despedindo-se da luz, e contemplarei as sombras da quietude adejando no espaço.
A noite, o amor abraçar-me-á, e sonharei com os mundos superiores, onde moram as almas dos namorados e dos poetas...
Na primavera, andarei com o amor, lado a lado, e cantaremos juntos entre as colinas; e seguiremos as pegadas da vida, e beberemos a água de chuva, acumulada nos poços em taças feitas de narciso e lírios..
No verão, deitar-me-ei ao lado do amor sobre camas feitas de espigas, tendo o firmamento por cobertor e a lua e as estrelas por companheira.
No outono, irei com o amor aos vinhedos e nos sentaremos no lagar e contemplaremos as árvores se despedindo das suas vestimentas douradas e os bandos de aves migratórias voando para as costas do mar.
No inverno, sentar-me-ei com o amor diante da lareira e conversaremos sobre os acontecimentos .
O amor será meu tutor na juventude, meu apoio na maturidade, e meu consolo na velhice. O amor permanecerá comigo até o fim da vida, até que a morte chegue, e a mão de Deus nos reúna de novo.
Adotarei o Amor! Khalil Gibran Zir@. Ost zirita.lu@gmail.com