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LIVRO: A Arte de Contar Histórias (50 melhores Contos & Crônicas) AUTORA: Socorro Capiberibe EDITORA: All Print Editora (São Paulo) LANÇAMENTO: Bienal de São Paulo Período: De 12 a 22 de agosto de 2010 À VENDA NAS LIVRARIAS E NA AMPARE!

Partes do livro para apreciação Agradecimentos: A Deus (pelo dom que me foi dado de escrever histórias) Às minhas filhas: Mariana e Maria Cândida Capiberibe Ao meu irmão: Luis Filipe Capiberibe (pela sua participação especial neste livro)

Dedicatória: Para o meu neto: Marcos Roberto “Ser criança é ser alegre... É ter amor no coração... É sonhar sonhos bonitos... É ter o futuro nas mãos. Que bom se todos tivessem, No coração a esperança... Se cada adulto pudesse, Ser um pouquinho criança” Para o meu neto: Marcos Roberto Que me permite um olhar novo para a vida a cada dia. Com carinho, Socorro Capiberibe

(Por Socorro Capiberibe) LAMPEJOS DE LUCIDEZ... FRAGMENTOS DE UMA VIDA... MOMENTOS BREVES DE SAUDADE. (Por Socorro Capiberibe)   A vida lhe havia tirado um bem imenso: A MEMÓRIA.  Olhava-se no espelho e já não se reconhecia. Não sabia mais quem era ela, a idade que tinha...  O dia do seu aniversário, onde morava ou os nomes das pessoas que a rodeavam. Esquecera sua própria vida. Havia perdido para sempre sua identidade.  Seus olhos distantes buscavam nos rostos que lhe sorriam traços familiares, mas será que realmente os reconhecia?  Por vezes chamava os nomes dos filhos, sorria para eles, beijava-os com imensa ternura, emocionava-se...

 Cada vez mais raramente as lembranças lhe vinham como lampejos de lucidez, dar brilho aos seus olhos e sorriso aos seus lábios... Para depois mergulhar outra vez no vazio da sua memória desbotada, cruelmente destruída pelo “Alzhaimer”.  Na vida conhecera muito pouco da felicidade.  Talvez tenha tido mais razões para chorar do que para sorrir, mas mesmo assim escolheu o sorriso para lhe acompanhar e tentou ser feliz com o pouco que a vida lhe reservou...  - Conseguiu realmente ser feliz? Não se sabe... Talvez até tenha mesmo sido (ao seu modo).

Sorria sempre. Sorria muito. Um sorriso franco. Um sorriso ingênuo Sorria sempre... Sorria muito... Um sorriso franco... Um sorriso ingênuo... Um sorriso aberto e verdadeiro.  Conseguia achar graça nas brincadeiras mais bobas e encantava-se facilmente com os pequenos gestos de carinho que lhes eram dedicados.  Para muitos a vida reserva uma velhice saudável, cheia de boas lembranças, com o amparo da família e o afeto dos entes amados.  Para outros, entretanto, restam apenas lampejos de lucidez, fragmentos de uma existência e momentos muito breves de saudade.  (Inspirado numa pessoa muito querida e dedicado a todos os pacientes que sofrem com o mal de Alzhaimer, desbotando suas mentes e apagando suas memórias)

MÚSICA: Odeon (Instrumental) IMAGEM: Internet PRODUÇÃO DO PPS: CREDITOS MÚSICA: Odeon (Instrumental) IMAGEM: Internet PRODUÇÃO DO PPS: Maria Gabriela Capiberibe Moreira gabicapiberibe@hotmail.com