Hoje, vou vestir-me de fada. Vou cobrir minha nudez com meu cendal esvoejante e bordado de estrelas etéreas, brilhantes, que piscam como pirilampos noturnos.
Vaga-lumes pequeninos que clareiam o meu caminho num bosque de árvores de um verde tão escuro que mais parecem sombras negras à assustar-me a alma...
Vou sem medo, saltitante entre os galhos e as flores. Desço o caminho e as trilhas dos viajores. Atravesso rios e lagos, cachoeiras e cascatas. Encontro meus amigos, os gênios encantados, brincando nos bosques a minha espera e voamos pelo espaço infinito; sem pressa de chegar.
E, entre os astros e as estrelas, fazemos serenata para a lua acordar. É um vendaval de alegria, de risos e coros, de guizos e sinos, de virgens felizes que vêem cantar.
Manhãzinha, ar da aurora. Acalenta a lua e acende o sol, convidando ao repouso, os gentios da floresta, dos bosques e matas. Todos se recolhem; gnomos e elfos, duendes e fadas, feiticeiros e magos. Viventes dos reinos dos verdes e das águas dos rios e lagos...
Quando despertares do teu sono preguiçoso e, lembrares que sonhastes com fadinhas, acredite, não foi sonho; fizeste, com certeza, devaneios a um mundo encantado de magia...
Texto e Formatação Maria Rosa RJ/11/2007 Música; Depende de nós Ivan lins