Ano lectivo de 2013-2014 11-06-2014 1 Século VIII / IX – as Astúrias e a zona de fronteira.

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Transcrição da apresentação:

Ano lectivo de Século VIII / IX – as Astúrias e a zona de fronteira

…urbano … cultural e tecnicamente evoluído … economicamente próspero … socialmente heterogéneo … ameaçado O al-Andalus muçulmano … … um mundo …

A Hispânia Cristã - o Reino das Astúrias 3 Como se constituiu? Tese tradicional, baseada nas crónicas cristãs do século X:  formado pelas elites godas, algumas de estirpe real, e população também visigoda, fugidas à ocupação muçulmana. Tese actual  formado pelas populações hispânicas pré-existentes na região, com hábitos de regulares expedições de pilhagem e de resistência a ocupantes, que eventualmente terão absorvido minorias hispano-godas fugitivas. Andalus Muçulmano Região Intermédia Astúrias

O Reino das Astúrias no século VIII 4 Proposta de caracterização Economia pobre e fechada Escassa urbanização Organização essencialmente guerreira

A Hispânia Cristã – a região intermédia 5 Condições de existência R. das Astúrias Região intermédia Fossados Zona sujeita a Algaras Região Intermédia Astúrias Andalus Muçulmano

A polémica em torno da tese do ermamento 6 Argumentos pró tese do ermamento “Afonso I [739 / 756] passou todos os mouros a fio de espada e levou consigo os cristãos para as Astúrias.” Crónica de Afonso III das Astúrias As dioceses da Galécia foram abandonadas pelos seus bispos que se refugiaram no norte. Documentação relativa à arquidiocese de Braga e a outras

A polémica em torno da tese do ermamento 7 Argumentos contra a tese Ao longo dos séculos VIII e IX os livros de registo dos censos devidos à diocese continuam a registar entradas. Censuais de Braga A sobrevivência duma rede paroquial vinda da época sueva – embora com alterações. Informação em terreno

A polémica em torno da tese do ermamento  A informação dada pela Crónica de Afonso III não pode ser tomada à letra;  Parece provada a existência permanente, na região, de população, embora escassa e dispersa, que tende a manter formas de organização tradicional;  Não se encontram vestígios de uma autoridade política exterior, exercendo-se sobre a região – quer muçulmana, quer asturiana;  A diminuição dos censos entrados e outras informações parecem indicar: Uma população bastante rarefeita; Uma região frequentemente assolada por FOSSADOS e por ALGARAS O estado actual dos conhecimentos

 Inexistência de continuidade da autoridade goda;  Guerra de pilhagem típica das populações nortenhas  Exercício de força contra cristãos; Expressão inadequada ao processo verificado por … A Reconquista Cristã – sentido da expressão As duas teses Expressão perfeitamente justificada para designar o processo de alargamento do poder cristão de norte para sul. Tem subjacente as ideias de:  Continuidade da autoridade goda;  Legitimidade da acção militar cristã;  Utilização de distintas estratégias conforme as conjunturas

O mundo cristão peninsular  A região entre o Andalus muçulmano e as Astúrias torna-se uma zona não ermada, mas insegura, de população rarefeita e não sujeita a qualquer organização estatal;  Ataque cristãos (fossados) e muçulmanos (algaras) Segunda metade do século VIII Região Intermédia Astúrias Andalus Muçulmano

A Reconquista Cristã - avanços  “Ocupação / povoamento de algumas cidades da antiga Galécia  “Capital” – Oviedo.  Necessário aumento demográfico Primeira metade do século IX Território muçulmano R. das Astúrias – finais do século VIII Região ainda devastada Zona ocupada na primeira metade do século IX

A Reconquista Cristã - avanços  “Ocupação / povoamento de algumas cidades que virão a constituir território português  “Capital” – Leão.  Ocupação realizada no reinado de Afonso III das Astúrias Segunda metade do século IX Território muçulmano Zona ocupada na segunda metade do século IX Reino das Astúrias / Leão no final da primeira metade do século IX