Trabalho Realizado por: Solange Afonso nº 26 Tânia Carvalho nº27

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Transcrição da apresentação:

Trabalho Realizado por: Solange Afonso nº 26 Tânia Carvalho nº27 Poesia Trabalho Realizado por: Solange Afonso nº 26 Tânia Carvalho nº27

Índice Introdução Fernando Pessoa Florbela Espanca Mar português E há poetas que são artistas Todas as cartas de amor são Florbela Espanca Fanatismo Tarde demais Os versos que eu te fiz

Introdução Este trabalho fala sobre dois poetas portugueses, e inclui alguns dos seus poemas e a sua biografia.

Fernando Pessoa Fernando Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa em 1888. Partiu para África do Sul após a morte do seu pai e o segundo casamento de sua mãe. Regressou a Portugal no ano de 1905, permanecendo em Lisboa, onde inicia a sua vida como escritor. Juntou-se a Mário de Sá Carneiro, Almada Negreiros e outros, e criou a revista “Orpheu”, numa tentativa de renovar a literatura portuguesa. Criou vários heterónimos, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Bernardo Soares, etc, assinando as suas obras de acordo com a personalidade de cada heterónimo. Faleceu em 1935, deixando grande parte da sua obra inacabada.

Mar Português Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. Fernando Pessoa

E há poetas que são artistas Não sei se elas me compreendem E trabalham os seus versos Nem sei eu as compreendo a elas, Como um carpinteiro nas tábuas!... Mas sei que a verdade está nelas e em mim Que triste não saber florir! E na nossa comum divindade Ter que pôr verso sobre verso, como quem constrói um muro De nos deixarmos ir viver pela Terra E ver se está bem, e tirar se não está!... E levar ao solo pelas estações contentes Quando a única casa artística é a Terra toda E deixar que o vento cante para adormecermos Que varia e está sempre bem e é sempre a mesma. E não termos sonhos no sono. Alberto Caeiro Penso nisto, não como quem pensa, mas como quem não pensa, E olho para as flores e sorrio…

Todas as cartas de amor são Quem me dera no tempo em que escrevia Ridículas. Sem dar por isso Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas Também escrevi em meu tempo cartas de amor , A verdade é que hoje As minhas memórias dessas cartas de amor Como as outras, As cartas de amor, se há amor, Têm de ser (Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos, Mas, afinal, São naturalmente Só as criaturas que nunca escreveram Ridículas.) Cartas de amor É que são Álvaro Campos

Florbela Espanca Florbela de Alma Conceição Espanca nasceu em Vila Viçosa em 1894. Teve dois casamentos infelizes. Nos seus versos notam-se sinais de exaustão, de desilusão e de um processo de depressão. Morreu na noite de 7 de Dezembro de 1930. É considerada a figura feminina mais importante da Literatura Portuguesa.

Fanatismo Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida. Meus olhos andam cegos de te ver! Não és sequer razão do meu viver Pois que tu és já toda a minha vida! ... E, olhos postos em ti, digo de rastros: «Ah! Podem voar mundos, morrer astros, Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...»

Tarde de mais Quando chegaste enfim, para te ver Abriu-se a noite em mágico luar; E para o som de teus passos conhecer Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar... Chegaste, enfim! Milagre de endoidar! Viu-se nessa hora o que não pode ser: Em plena noite, a noite iluminar E as pedras do caminho florescer! Beijando a areia de oiro dos desertos Procurara-te em vão! Braços abertos, Pés nus, olhos a rir, a boca em flor! E há cem anos que eu era nova e linda!... E a minha boca morta grita ainda: Porque chegaste tarde, ó meu Amor?!...

Os versos que te fiz Deixa dizer-te os lindos versos raros Que a minha boca tem pra te dizer! São talhados em mármore de Paros Cinzelados por mim pra te oferecer. Têm dolência de veludos caros, São como sedas pálidas a arder... Que foram feitos pra te endoidecer! Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda... Que a boca da mulher é sempre linda Se dentro guarda um verso que não diz! Amo-te tanto! E nunca te beijei... E nesse beijo, Amor, que eu te não dei Guardo os versos mais lindos que te fiz!

Conclusão Gostamos de fazer este trabalho pois o tema era interessante e ficamos a saber mais sobre dois dos poetas mais importantes portugueses