Oficina de Humanidades

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Transcrição da apresentação:

Oficina de Humanidades Aula 1 (23/02/2015): “Um olhar diferente”: sobre a (in)utilidade da Filosofia e da Arte.

Um olhar diferente Tema: O nascimento do olhar filosófico. Filósofos: Pitágoras, Gilles Deleuze e Nietzsche. Artistas: René Magritte, Caspar David Friedrich , Quino, Salvador Dalí, Rembrandt, Rodin,, Titãs e Bob Dylan. Cinema: Curta metragem “Meu amigo Nietzsche”, de Fauston da Silva (2012).

“A Ponte de Heráclito”, René Magritte.

Pensar envolve perigos!!!! 1º ponto de encontro entre Arte e Filosofia: O Filósofo e o Artista levantam questões para as quais não há respostas prontas. Filosofia e Arte são territórios arriscados porque criam mais problemas do que soluções. O que é uma questão/problema?

Questões ou Interrogações O Filósofo francês Gilles Deleuze (1925 -1995), inventor do termo “pop Filosofia”, criticava o excesso de interrogações em detrimento às questões. Vejamos: Na mídia, na maior parte do tempo e nas conversas correntes, não há questões, não há problemas. Há interrogações.

Questões ou Interrogações “Se eu digo “Como vai você?”, isso não é um problema, mesmo se você estiver mal. Se eu digo “Que horas são?”, isso não é um problema. Tudo isso são interrogações. No nível da televisão habitual, mesmo em programas muito sérios, temos interrogações. “O que você acha disso?”. Isso não é um problema. É uma interrogação, queremos a sua opinião.”

Questões ou Interrogações Se dizemos “Você acredita em Deus?”, isso é uma interrogação. Onde estão o problema e a questão? Não existem. Deus. Qual é o problema ou a questão sobre Deus? Não é saber se você acredita ou não em Deus, isso não interessa muita gente. O que queremos dizer com a palavra “Deus”? O que isso quer dizer?

Questões ou Interrogações “Você será julgado após a morte?”. Por que isso é um problema? Porque estabelece uma relação problemática entre Deus e o momento do julgamento. Deus é um juiz? Isso é uma questão.

Por falar em Deus e Juiz...

O que é Filosofia?

Quem pode formular Questões? O que é Filosofia? A expressão filosofia vem de uma associação dos termos gregos: philia (amor, amizade) e sophia (sabedoria) e significa literalmente" amor pelo saber". O termo exige portanto um certo cuidado: o filósofo não é um sábio - aquele que se sente cheio de certezas -, mas sim alguém que está constantemente à procura do conhecimento.

Origens... Pitágoras (a.C 580-496 a.C) teria sido o primeiro a usar a palavra "filosofia". Na era mais arcaica (V-IV a.c.), o termo sophia designava um tipo de saber que incluía conotações mais práticas ligado tanto ao artesanato como ao comportamento ético. Somente mais tarde (a partir dos éculo IIId.C), é que o termo ganhou um aspecto mais teórico ligado à atividade intelectual e abstrata.

Origens... Seus principais interesses eram a matemática, a astronomia e a música. Diógenes Laertius (lU d.C), autor da mais antiga história da filosofia ainda preservada (escrita em 220 d.C), fez o seguinte comentário sobre o pensador: “Pitágoras comparava a vida com uma festa, em que alguns vão para competir pelos prêmios, outros comparecem para fazer negócios, mas os melhores vão como observadores. Os primeiros revelam-se como almas escravas, ávidas de fama ou lucro, enquanto os últimos se apresentam como amantes da sabedoria [filósofos]" (Vida e Opiniões deFilósofos, p. 114).

A Vida até parece uma Festa https://www.youtube.com/watch?v=eRxdVSLUIPQ

A vida até parece uma festa, Diversão Titãs Compositor: Nando Reis / Sérgio Britto A vida até parece uma festa, Às vezes qualquer um enche a cabeça de álcool Em certas horas isso é o que nos resta. Atrás de distração. Não se esquece o preço que ela cobra, Nada disso às vezes diminui Em certas horas isso é o que nos sobra. A dor e a solidão. Tudo isso, às vezes tudo é fútil, Ficar frágil feito uma criança, Ficar ébrio atrás de diversão. Só por medo ou por insegurança. Nada disso, às vezes nada importa, Ficar bem ou mal acompanhado, Ficar sóbrio não é solução. Não importa se der tudo errado. Diversão é solução sim, Às vezes qualquer um faz qualquer coisa Diversão é solução pra mim. Por sexo, drogas e diversão. Tudo isso às vezes só aumenta A angústia e a insatisfação.

Disposição para a VERTIGEM! a Filosofia não é um conjunto de conhecimentos ou de doutrinas, mas uma atitude ou posicionamento perante a vida. Nesse sentido qualquer um pode filosofar, não sendo necessários talentos intelectuais extraordinários, tampouco possuir muitos conhecimentos, nem mesmo ter uma formação escolar, embora isso facilite.

Atitude ou Passividade?

2º ponto de encontro entre Arte e Filosofia Basta ter disposição para ver de outro jeito o que se passa à sua volta. Embora qualquer um possa pensar filosoficamente, a grande maioria das pessoas desconhece ou evita a filosofia. Existem por aí muito mais misósofos(do grego miséo= odiar, detestar), ou seja, aqueles que tem aversão à sabedoria, do que filósofos. Por quê?

Deixar-se afetar... Por ser uma forma de amor, a filosofia não é uma atividade puramente intelectual como se imagina costumeiramente, mas envolve nossa capacidade de sentir, de nos emocionar, de sermos Tomados por afetos. Como é possível aprender um sentimento?

Saber Amar... Os afetos, tais como o amor, o ódio, a alegria ou a tristeza, são algo que nos tomam de assalto e nos determinam, a despeito ou até contra o nosso querer. Assim como é inconcebível agendar o amor – embora com algum esforço seja possível recusá-lo , também não basta apenas quer o Pensamento, é preciso também deixar-se levar por ele.

3º ponto de encontro entre Arte e Filosofia: A “inutilidade”. Quando lembramos do filósofo logo nos vêm à mente algumas imagens. Em primeiro lugar a figura de um homem velho, pois a velhice estaria em geral associada à maturidade e à sabedoria. Depois, um homem solitário, quase como um eremita, já que supostamente pensar seria uma atividade que pressupõe um certo isolamento.

“Filósofo em Meditação” Rembrandt(1606-1669) (1632)

“O Pensador”, Rodin(1840-1917).

Partida de Futebol dos Filósofos - Monty Python - https://www.youtube.com/watch?v=wrtKc1ZtrGQ

(in)Útil Entre as vantagens de se estudar Filosofia pode-se mencionar a habilidade de pensar logicamente; de analisar e resolver problemas; de falar e escrever claramente; de expressar melhor as questões ; de persuadir e de pesquisar; de conhecer a si próprio. Mas isso é mesmo útil? Tudo depende do modo como a noção de "utilidade" é entendida.

Utilitarismo A Filosofia não produz nenhum benefício imediato, não serve para construir casas, barcos ou remédios, não torna a vida mais fácil. Parece, portanto, ser inútil. Entretanto, nem tudo que parece ser inútil é desnecessário. Exemplo: Você viveria sem a Arte?

A criação de Mundos A importância da Filosofia e da Arte é indireta, quase imperceptível .Trata-se de modificar nosso olhar sobre o real, aprendendo a reconhecer que as coisas não foram antes do mesmo jeito que são agora e não precisam continuar as ser tal como têm sido até então. A filosofia e a arte desconfiam do mundo tal como o conhecemos, preparando o terreno para a construção de outros mundos.

O olhar infantil O olhar de admiração do Filósofo é parecido como olhar infantil: não se trata de uma visão de raios X, capaz de penetrar os mais sólidos obstáculos, mas de um olhar espontâneo e irreverente. O modo infantil de olhar está apto a enxergar o que todos podem ver, mas não conseguem por causa do hábito, do medo ou da preguiça.

Você está viajando!!!??? Para o já citado Gilles Deleuze fazer Filosofia é como viajar sem sair do lugar. Não se trata de uma "viagem interior", mas de uma nomadização das relações com o mundo, no sentido de viver como um nômade, sem território, Like a Rolling Stone!

Like a Rolling Stone! https://www.youtube.com/watch?v=win5rSwD8lQ

“Pedras que rolam não criam limo” How does it feel? To be without a home? With no direction home Like a complete unknown? Just Like a rolling stone!

Viajantes Para o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844 – 1900) há cinco tipos de viajantes: (1) os que querem mais ser vistos do que ver nas viagens; (2) os que realmente vêem algo no mundo; (3) os que vivenciam alguma coisa em função do que é visto; (4) os que incorporam e carregam consigo as vivências da viagem; e (5) finalmente os de maior força, aqueles que colocam as experiências incorporadas de novo para fora, através de ações e de obras, tão logo retornam à casa.

“Meu amigo Nietzsche”, de Fauston da Silva (2012). https://vimeo.com/95611378

Caminhemos... “Viajante Sobre o Mar de Névoa”: Autor: Caspar David Friedrich (1774 – 1840).