Construção de personagem

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sexta-feira, 31 de março de 2017
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Transcrição da apresentação:

Construção de personagem Profa. Marilene Garcia Unicentro Belas Artes de São Paulo Curso de Rádio e Televisão

Estrutura Narrativa Ao imaginar uma história, é fundamental delimitá-la tanto no espaço como no tempo, bem como definir durante quanto tempo decorre; um século, uma década, uma ano ou um dia, tanto faz. É importante conhecer a época escolhida, para poder enriquecer a história com pormenores que a situem ou para aproveitar eventos históricos que podem ser referenciados e dar mais veracidade à narrativa.

Escolha do Tema Quando não se escolhe um tema, corre-se o risco de se andar a divagar sobre várias realidades e perde-se o fio lógico. Uma conceito ou uma idéia-base são fundamentais, mesmo que depois se desvie do principal. O importante é saber do que é que se vai falar, antes de decidir o que vai dizer.

Qualquer tema é bom Qualquer tema é bom, desde que seja tratado com imaginação e realidade. Depois de escolher o tema, imagine tudo o que pode ser dito sobre o tema, diferentes perspectivas, conceitos e idéias. Pode incluir o que já foi dito por outras pessoas e citar outros autores.

Personagens As histórias que mais nos prendem são aquelas em que o herói vence as adversidades, é essa vitória que faz dele um herói. Não deixe que a ação comande a história. Os seus heróis têm de ser mais fortes. Os personagens devem ser como os humanos: complexos, imperfeitos, ambivalentes, nem bons nem maus, incoerentes, para que parecem reais. Nada de personalidades só com qualidades, não há nada mais chato do que pessoas ou personagens perfeitas. Tem de lhes dar um passado, pais e irmãos, infância, com aventuras e traumas, momentos-chave do seu crescimento. Dica: utilize as fichas que devem ter: local e data de nascimento, nome dos parentes a amigos mais próximos, datas importantes, escola que freqüentou, bairro onde vivia, primeiro namorado, etc. É ao passado de uma personagem que podemos ir buscar a explicação para o seu comportamento.

Personagens e história Helena era uma mulher alta, de longos cabelos pretos, com uma voz encantadora e uma beleza triste e doce, a beleza das mulheres que aprenderam a esperar pelo amor sem esperar nada. Álvaro nunca tinha pensado se amava ou não. Vivia feliz e isso bastava-lhe. Talvez amasse Helena verdadeiramente, porque nunca precisara de pensar nisso. Ou então, talvez apenas estivesse habituado a assistir à sua própria vida, que é o que fazem aqueles que nunca conheceram o amor.

Seqüência de cenas Divida a história em três partes: 1 - Antes do desenrolar da ação, apresentar personagens; 2 – Concentre o que de mais relevante acontece na história: o conflito principal; 3 - Imagine o desenlace da história e o final;

Conto: Uma história de cada vez Mesmo que tenha várias personagens, um conto obedece a uma grande economia e conta apenas uma história. A contribuição de cada personagem deve ser para a mesma história e não para que cada um se disperse com as suas próprias histórias.

A Crônica CARACTERÍSTICAS A crônica é o único gênero literário produzido essencialmente para ser vinculado na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas de um jornal. A crônica é um comentário leve e breve sobre algum fato do cotidiano. Algo para ser lido enquanto se toma o café da manhã, na feliz expressão de Fernando Sabino. O comentário pode ser poético ou irônico mas o seu motivo, na maioria dos casos, é o fato miúdo: a notícia em quem ninguém prestou atenção, o acontecimento insignificante, a cena corriqueira. Nessas trivialidades, o cronista surpreende a beleza, a comicidade, os aspectos singulares. O tom, como acentua Antonio Candido é o de "uma conversa aparentemente banal".

Fragmento de uma crônica de Rubem Braga: Foi em sonho que revi longamente a amada; sentada numa velha canoa, na praia, ela me sorria com afeto. Com sincero afeto – pois foi assim que ela me dedicou aquela fotografia com sua letra suave de ginasiana. (...) Foi em sonho que revi a longamente amada. Havia praia, uma lembrança de chuva na praia, outras lembranças: água em gotas redondas, pingos d´água na sua pele de um moreno suave, o gosto de sua pele beijada devagar... Ou não será gosto, talvez a sensação diferente que dá em nossa boca uma pele de outra, esta mais seca e mais quente, aquele úmida e mansa. Mas de repente é apenas essa ginasiana de pernas ágeis que vem nos trazer o retrato com sua dedicatória de sincero afeto; essa que ficou para sempre impossível sem, entretanto, nos magoar, sombra suave entre morros.

“Procura-se” de Rubem Braga: Procura-se aflitivamente pelas igrejas e botequins, e no recesso dos lares e nas gavetas dos escritórios, procura-se insistente e melancolicamente, procura-se comovida e desesperadamente, e de todos os modos e com muitos outros advérbios de modo, procura-se junto a amigos judeus e árabes, e senhoras suspeitas e insuspeitas, sem distinção de credo nem de plástica, procura-se junto às estátuas e na areia da praia e na noite de chuva e na manhã encharcada de luz, procura-se com as mãos, os olhos e o coração um pobre caderninho azul que tem escrito na capa a palavra endereços e dentro está todo sujo, rabiscado e velho. Pondera-se que tal caderninho não tem valor para nenhuma outra pessoa, a não ser seu desgraçado autor. Tem este autor publicado vários livros e enchido ou bem ou mal centenas de quilômetros de colunas de jornal e revista, porém sua única obra sincera e sentida é esse caderninho azul, escrito através de longos anos de aflições e esperanças, de negócios urgentes e amores contrariadíssimos, embora seja forçoso confessar que há números de telefone que foram escritos em momentos em que um pé do cidadão pisava uma nuvem e outro uma estrela e os outros dois... – sim, meus concidadãos, trata-se de um quadrúpede. Eu sou um velho quadrúpede. E de quatro joelhos no chão peço que me ajudeis a encontrar esse objeto perdido.