Jovens tardes de domingo Claudia Vieira Garrido Ligue o Som.

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Procura-se o autor Hoje “me dei um tempo” para pensar na vida. Na minha vida!!! Decidi então que a partir do próximo amanhecer, vou mudar alguns detalhes.
Transcrição da apresentação:

Jovens tardes de domingo Claudia Vieira Garrido Ligue o Som

As trancinhas nos cabelos e nossas coloridas batas psicodélicas falavam por nós. Nós. Sempre nós. Malu e eu. Crescendo e descobrindo o mundo juntas. “Parece que nasceram coladas!” Era isso o que mais ouvíamos – e ríamos. Ríamos muito, o tempo todo. Aqueles risos e cumplicidade adolescentes que nos faziam quase dependentes. Muitas vezes as palavras eram desnecessárias, de tanto que a gente se entendia.

Auge dos anos 70, “sem lenço e sem documento” eram as noitadas ao som de Caetano, Gil, Gal, e, não diferente de hoje, todos nós já sabíamos de tudo sobre tudo, afinal tínhamos nossos 15, 16 anos. A palavra de ordem era liberdade. Não se falava em crack, ecstase ou Aids e camisinha fazia parte do vocabulário grego.

Mesmo que sair à noite não representasse nem de longe os riscos de hoje, logicamente, “gurias de família” não deveriam chegar em casa depois das onze, principalmente se acompanhadas por aqueles cabeludos. “Mais expostas do que laranja de amostra”, era isso o que o tio Paulo – o pai da Malu – dizia quando a gente saía!

E foi numa dessas saídas (hoje “baladas”), ao som de “tudo era apenas uma brincadeira e foi crescendo, crescendo...” que nós conhecemos o Zé Pedro. Ou melhor, que Maria Luíza e Zé Pedro se conheceram.

Lembro bem, como se fosse hoje, da primeira vez que eles “ficaram”, como dizem os adolescentes de hoje. A explosão foi tal que todos notaram que, claro, aquilo era para sempre. Em seguida senti que meu posto de melhor amiga, inseparável, confidente, com pacto de amizade e tudo, estava com os dias contados.

Zé Pedro, “aquele hippie”, como dizia tio Paulo, de início não caiu nas graças da família. Usava gírias, andava sempre de calça coringa, colete de couro, e o pior: cabeludo e de jeep. Era tudo o que o tio Paulo não queria para a Malu. Mas, para ela, olhos, ouvidos, coração e tempo, agora tinham um só nome: Zé Pedro.

Passaram os anos e reencontrei os dois numa discoteca. Os “embalos de sábado à noite” estavam no auge e John Travolta envenenava as pistas. Malu estava um arraso, de legs e meias de lurex. Confesso que foi com um nó na garganta que lembrei o tempo que não precisávamos de palavras para nos entender. Zé Pedro continuava com aquele sorriso largo e um bom humor quase irritante.

Engraçado, mas os ritmos pareciam feitos para eles. Deslizavam pela pista como se estivessem só os dois ali. Se entendiam tanto que pareciam ter nascido “colados”... Não sei o porquê desta nostalgia agora, emaranhada num misto de angústia e frustração. Talvez porque tenha sido eu quem gostou e viu primeiro aquele hippie cabeludo e aquele sorriso, que nunca foi para mim...

Me vêm, então, os abraços e os beijos que nunca dei, penso nas músicas que não dancei e nas noites de amor que não vivi. E penso também na amizade que se perdeu e no vazio que deixaram aquelas “jovens tardes de domingo”.

Um Abraço Imagem: Google Música: Jovens Tardes (Gal Costa)