CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
A maior flor do mundo José Saramago Ilustração: João Caetano
Advertisements

Figuras de Linguagem - Sintaxe -
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
POESIA MODERNA A poesia de 30.
Luiz Fernando Verissímo.
Fernando Pessoa.
Carlos Drummond de Andrade
Textos narrativos ficcionais e textos poéticos. Michele Picolo
Eu só reclamava da vida... Reclamava da noite porque eu não dormia, reclamava do dia porque eu sofria, reclamava do frio que me gelava a alma, reclamava.
CARTA PARA JOSEFA, MINHA AVÓ José Saramago Imagens: Internet
Eu acho que a gente vive tão mal, que às vezes a gente precisa perder as pessoas pra descobrir o valor que elas têm. Às vezes as pessoas precisam morrer.
"Quero instruir-te..." ( Sl 31,8).
IDADE_ OUTONO.
ROSAS VERMELHAS Por:
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Poesia de Carlos Drummond de Andrade
Mudança de Vida.
AH! SE EU PUDESSE... Ah! Se eu pudesse... JANE
Mulheres , apaixonem -se
Amor sem Limite!.
Cecília Meireles.
Intertextualidade Discursiva
Maria a Bem-Aventurada
“Para os homens, que eram cegos, Tu querias, Profeta, dizer a Verdade.
A FELICIDADE PODE DEMORAR
ESPERO QUE ESTA MENSAGEM
VOCÊ DIZ EU TE AMO?.
Cida Valadares Irismar Andrade Santiago Quando, o peso dos anos se fazia sentir.. Por quê isso? Se és tão jovial?
Eu acho que a gente vive tão mal, que às vezes a gente precisa perder as pessoas pra descobrir o valor que elas têm. Às vezes as pessoas precisam morrer.
CAMINHAR NA FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE
A poesia da geração de 1930 Carlos Drummond de Andrade ( )
Carlos Drummond de Andrade
Trabalho feito por: Ana Santos nº2 5ºA
AS CONCEPÇÕES E ESTRATÉGIAS DE LEITURA: Fábula de La Fontaine
Na cidade de São Paulo, numa noite fria e escura de inverno, próximo a uma esquina por onde passavam várias pessoas, um garotinho vendia balas a fim de.
Alunos: Bárbara Cristina
Sou uma poetisa.
Manuel Bandeira.
Tema: Sou uma poetisa.
Dois irmãozinhos brincavam em frente de casa,
Coração Deserto De repente no imenso deserto avistado
Pequenos olhos que se abrem para o mundo. Tanta coisa para ser descoberta.
Despedida.
Quadrinhas Populares Professora Janete.
Assunto: Estudo do poema (versos e estrofes) Professora: Rosana Santos
Frases e Pensamentos Saudade....
COMO COMBINAMOS AS PALAVRAS DA LÍNGUA??
"AMOR UM SENTIMENTO OU SOMENTE AÇÃO"?
Sou feito de sentimentos, de emoções, de luz e de amor...
Eu sou poeta.
A Idade Madura Letícia Thompson.
IMACULADA, MARIA DE DEUS,
Sou um poeta.
A brusca poesia da mulher amada Vinicius de Morais.
By Búzios Slides Apresenta
Falar de Amor... O que é o Amor?
Fragmentos de Drummond
Sentimento do mundo Andressa nº04 3°A Janaina nº 15 Carlos Drummond de Andrade.
Venha conhecer a felicidade
AME ENQUANTO TIVER OPORTUNIDADE....
POR QUE TE AMO ?? Amo porque te amo !! Teu olhar de ternura A poesia magistral Tua pele, teu cheiro Meu desejo carnal Amo porque te amo !! Teu jeito calmo.
Uma mulher, Uma flor.
Carlos Drummond de Andrade ( )
Profa. Ms. Gabriela Azeredo
MODERNISMO NO BRASIL.
Não sei precisar quando, mas um dia acordei muito triste. Apesar do dia estar claro e ensolarado, eu estava muito cinza. Como um robô me levantei...
By Búzios Slides Avanço automático A Flor e a Náusea Carlos Drummond de Andrade.
By Búzios Slides Avanço automático Amar Carlos Drummond de Andrade.
Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº André Araújo.
Transcrição da apresentação:

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (1902-87)

O POETA ITABIRANO VIVEU OS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS DO SÉCULO XX: I E II GUERRAS MUNDIAIS, ESTADO NOVO, QUEBRA DA BOLSA DE NOVA IORQUE, CRISE DO ANOS 30, BI-POLARIZAÇÃO MUNDIAL.

Características / temas: Itabira – terra natal / família / passado Engajamento social Questões existenciais Metapoesia Amor (ironia / sensualidade / pureza) Cotidiano Linguagem > do coloquial ao culto Multiplicidade de temas Ironia

Contos de aprendiz (1951 – contos) Obras: Alguma poesia (1930) José (1942) A rosa do povo (1945) Claro enigma (1951) O amor natural (1992) Contos de aprendiz (1951 – contos) Cadeira de balanço (1963 – crônicas)

Gauche (francês: torto, esquerdo): imagem do desajuste entre o eu e o mundo / o anti-herói, o torto,o desajeitado Poema de sete faces Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

João amava Teresa que amava Raimundo QUADRILHA João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.

No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Nunca me esquecerei deste acontecimento Na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho Tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra.

Não faça versos sobre acontecimentos. PROCURA DA POESIA Não faça versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, Não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam Não faça poesias com o corpo Esse excelente, completo e confortável corpo tão infenso à efusão lírica. (…) Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, Há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. (...) Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma Tem mil faces secretas sob a face neutra E te pergunta, sem interesse pela resposta Pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave?

A FLOR E A NÁUSEA Preso à minha classe e a algumas roupas, Vou de branco pela rua cinzenta. Melancolias, mercadorias espreitam-me. Devo seguir até o enjôo? Posso, sem armas revoltar-me? Olhos sujos no relógio da torre: Não, o tempo não chegou de completa justiça. O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera. O tempo pobre, o poeta pobre Fundem-se no mesmo impasse. (…) Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego. Uma flor ainda desbotada Ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, Garanto que uma flor nasceu. Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem. Seu nome não está nos livros. É feia. Mas é realmente uma flor. (...) É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

Amar Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? sempre, e até de olhos vidrados, amar? Que pode, pergunto, o ser amoroso, sozinho, em rotação universal, senão rodar também, e amar? amar o que o mar traz à praia, e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia? Amar solenemente as palmas do deserto, o que é entrega ou adoração expectante, e amar o inóspito, o áspero, um vaso sem flor, um chão de ferro, e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina. Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor. Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

a) Aborda problemas de seu tempo e de seus contemporâneos. (UFT) Com base na leitura de Sentimento do mundo, de Carlos Drummond de Andrade, é INCORRETO afirmar que, nessa obra, o poeta a) Aborda problemas de seu tempo e de seus contemporâneos. b) Convida o leitor a participar da criação poética. c) Prega a esperança de emancipação político-social do País. d) Se dedica ao elogio da mulher amada e perdida.

CECÍLIA MEIRELES (1901-64)

Influência simbolista (musicalidade, sugestão) Melancolia Características Influência simbolista (musicalidade, sugestão) Melancolia Solidão / perda amorosa Passagem do tempo Fugacidade da vida

Romanceiro da Inconfidência – 1953: romances (forma medieval) Obras Viagem – 1939 – estreia Romanceiro da Inconfidência – 1953: romances (forma medieval) trajetória de Tiradentes / Joaquim Silvério / poetas árcades: Cláudio Maneul da Costa – Tomás Antônio Gonzaga x Marília Ou Isto ou Aquilo – 1964 – poesia infantil

Eu não tinha este rosto de hoje, RETRATO Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: Em que espelho ficou perdida a minha face?

Neste jardins – há vinte anos – andaram os nossos muitos passos, O TEMPO NO JARDIM Neste jardins – há vinte anos – andaram os nossos muitos passos, E aqueles que então éramos se contemplaram nestes lagos. Se algum de nós avistasse o que seríamos com o tempos, Todos nós choraríamos, de mútua pena e susto imenso. E assim nos separamos, suspirando dias futuros, E nenhum se atrevia a desvelar seus próprios mundos. E agora que separados vivemos o que foi vivido, Com doce amor choramos quem fomos nesse tempo antigo.

(UFRGS) – Em relação às alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO corresponde a uma caracterização da poesia de Cecília Meireles. a) Culto da beleza imaterial e valorização da transcendência. b) Poesia universalista e de teor filosófico, em busca de um sentido da vida. c) Musicalidade bem construída, aliada a uma plasticidade das imagens. d) Ênfase do non-sense modernista e do poema-piada. e) Ressonâncias da tradição clássica na construção métrica. X