A DIFÍCIL CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NO BRASIL

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Transcrição da apresentação:

A DIFÍCIL CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NO BRASIL

A DIFÍCIL CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NO BRASIL BRASIL COLONIAL: AUSÊNCIA DE DIREITOS E DE PODER PÚBLICO Uma das razões fundamentais das dificuldades da construção da cidadania está ligada, como diz Carvalho, ao “peso do passado”, mais especificamente ao período colonial (1500-1822), quanto os portugueses tinham construído um enorme país dotado de unidade territorial, lingüística, cultural e religiosa. Mas tinham deixado uma população analfabeta, uma sociedade escravocrata, uma economia de monocultura e latifundiária, um “Estado Absolutista”. Foram 322 anos sem Poder Público, sem Estado, sem Nação e Cidadania.

A ESCRAVIDÃO A cidadania foi negada a quase totalidade da população. Em todas as classes sociais do período de 1550 a 1850 havia escravos. A abolição veio mais por pressão externa do que por um amadurecimento da consciência social da população. O Brasil foi o último país de tradição cristã ocidental a abolir a escravidão. Com a pressão da Inglaterra foi assinada a primeira lei abolicionista, a Lei Euzébio de Queiroz, em 1850. O maior líder negro foi Zumbi.

O Quilombo mais importante foi o de Palmares (Alagoas), com mais de 20 O Quilombo mais importante foi o de Palmares (Alagoas), com mais de 20.000 habitantes, o que representava 15% da população do Brasil. A Revolução Industrial na Inglaterra, devido a importação de negros africanos, que eram mestres ferreiros, marceneiros e carpinteiros, o que propiciou um acúmulo de riqueza, gerador do Capitalismo. O escravo africano, além de sofrer a dominação econômica e religiosa, foi excluído, igualmente do pensamento filosófico europeu.

O ANALFABETISMO Outra marca registrada do Período Colonial. Quase toda a elite possuía estudos superior, o que acontecia com pouca gente fora dela: a elite era uma ilha de letrados, num mar de analfabetos. Entre os letrados era comum a formação jurídica feita em Portugal, já que este país havia proibido o Brasil de fundar Universidades. No inicio da história do Brasil é notável a formação de Bacharéis em Direito. Advogados e Médicos recebiam o título de doutores.

UM ESTADO SEM NAÇÃO No Brasil, o Estado procedeu a formação da nação. A formação do Estado deu-se exclusivamente pela vontade da elite portuguesa, que aceitou e negociou com a Inglaterra e com a Elite brasileira, a “Independência” do país “Graças à intermediação da Inglaterra, Portugal aceitou a independência do Brasil, mediante o pagamento de uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas”. A primeira manifestação da nossa nacionalidade ocorreu, segundo Carvalho, apenas em 1865, na Guerra do Paraguai.

O culto a bandeira nacional e a união de todos os voluntários de todo o Brasil, possibilitaram um sentimento de orgulho e a criação de uma identidade nacional. É importante afirmar que a notícia da emancipação política do Brasil, só chegou a lugares mais distantes após três meses do fato ocorrido.

UMA REPÚBLICA SEM POVO O povo por sua vez, não só não participou, como foi tomado de surpresa com a proclamação do novo regime. O processo eleitoral da população durante os períodos imperial e republicano, foi insignificante. No fim da primeira república eram apenas 5,6% da população que votava. Foram cinqüenta anos de governo imperial e republicano sem povo.

OS DIREITOS SOCIAIS EMERGEM QUANDO OS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS FENECEM A partir de anos 20 inicia uma nova era na história política nacional. Urbanização. Industrialização. Aumento do operariado. Criação do Partido comunista e a Semana de Arte Moderna. Influências externas e a partir da crise da Bolsa de Valores de Nova York. Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.

Consolidação das Leis do Trabalho. No Brasil os direitos sociais não foram conquistados, mas sim conseqüências de concessões de governos centralizados e autoritários. O País teve a primeira experiência democrática (1945 até 1964), tendo como principal característica política o populismo e o nacionalismo. Logo após passou por um período de ditadura. Os Atos Institucionais deram a tônica ao Governo.

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FIM _________________Obrigado pela atenção!! Acimarney C. S. Freitas – Advogado – OAB-BA Nº 30.553 Professor de Direito do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Vitória da Conquista Diretor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Brumado. Bacharel em Teologia Especialista em Direito Educacional - FTC Especialista em Educação Profissional e de Jovens e Adultos - IFBA Mestrando em Filosofia - UFSC Email: acimarney@gmail.com Facebook: Ney Maximus