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Quando acordamos pela manhã e respiramos as primeiras baforadas das verdejantes florestas, sentimos em nossos pulmões uma sensação sublime. Todas as células do nosso corpo se integrando neste contínuo movimento, fazem-nos sentir a vida em sua plenitude. Sim, estamos vivos, respiramos. Abrimos os olhos e vemos a majestosa obra da natureza, ofertando-nos um fantástico espetáculo de formas, cores e sons, parecendo tentar nos dizer que tudo isto pode estar envolvido por uma singela e grandiosa palavra chamada... Felicidade

Em toda a natureza, e por todos os tempos, os seres vivos procuram, mesmo inconscientemente, viver um momento que, fazendo vibrar as células de seus corpos lhes transmitam uma sensação de alegria, prazer ou algum sentimento de felicidade. A busca da felicidade impulsiona a vida sobre a Terra, levando os seres a tentarem superar as maiores dificuldades, desde que no final consigam abraçar alguma coisa que os façam sentir bem fundo a satisfação de uma realização.

A felicidade é alguma coisa impalpável que concretiza as nossas emoções e nos invade a alma com o calor da vitória, com o aroma cálido do anoitecer nas florestas, com aquele friozinho que nos envolve nos braços do ser amado, ou com o doce aroma do estalido de uma baga de uva extraída do parreiral da vida. Quando pensamos nas tardes de outono perdidas nos passeios juvenis dos anos de então, recordando a felicidade entornada por entre os dedos entrelaçados, ou aprisionada nas linhas das nossas mãos, quase que conseguimos apalpar novamente os sentimentos que deixamos escapar.

Em que sonhos fantásticos nossa vida foi envolvida, quando seus frutos começando a ganhar os coloridos dos sóis avermelhados, adoçavam os rubros lábios das alegres e perfumadas donzelas de cabelos dourados e olhos de mel. Os frutos colhidos no final das décadas foram gradativamente dando lugar ao balanço das folhas de outono, que uma a uma se desprendendo das grandes árvores, foram forrando os caminhos das nossas existências.

Os galhos, dantes cobertos de folhas, flores e frutos e agora desnudos, abriram-nos, entretanto, a visão para um esplendoroso horizonte. O que era novo caído do alto em folhas e frutos, renasceu das cinzas tal qual Fênix. Era a realização de um ciclo, em que a juventude somou ao amadurecimento pelo tempo, envolvendo-nos com a razão de uma felicidade imensurável. A cada circunvolução da Terra em torno do sol, fomos com o passar dos anos, gradativamente acumulando o potencial de sua energia radiante e transmitindo seu reflexo ao nosso redor em cada um dos 365 dias de sua infinita trajetória, como uma verdadeira fonte de alegria, saber e felicidade.

Ao calor do nosso tempo, as almas se fundindo, reuniram em grupos toda a energia que por milhares de anos vem sendo acumulada e de mãos dadas fechando os elos de uma corrente, cada um dos seres deste mundo aquecidos pelo amor se expandiu numa felicidade global. Somente passamos a nos afirmar, quando percebemos que para sermos felizes, devemos conseguir receber e saber transmitir a vibração do amor e fazer com que as nossas emoções possam ser dividas entre todos com a mesma intensidade.

A felicidade pertence a cada um de nós, está em nós, existe para nós. Quando nos perdemos dela, é porque na realidade não nos encontramos. Quando estamos felizes, este encontro nasce, cresce e floresce, nos afortunados do amor, e explode em pétalas perfumadas em todos os corações. O que é preciso para a felicidade, é que sempre façamos a nossa idade feliz. Que vivamos a nossa meninice, a nossa juventude, a nossa maturidade e velhice com a mesma feliz idade. Que sempre procuremos a felicidade onde ela deva estar. Com toda a certeza sempre a iremos encontrar, pois ela realmente está dentro de nós.

Texto: Sady Ricardo dos Santos Formatação: Vera Lúcia de Siqueira Receba belos slides clicando: