Há no Novo Testamento três ocasiões em que Deus fala audivelmente dos Céus. O batismo de Jesus (Mateus 3:17), a transfiguração (Mateus 17:5), e o discurso de Jesus após a entrada triunfal (João 12:28). Nas duas primeiras Deus declara que se compraz em Seu Filho.

Cremos ser esse o verdadeiro teste, se somos realmente filhos de Deus ou não. Os filhos de Deus vivem de tal maneira que suas vidas agradam a Deus. Deus tem prazer em Seus filhos. Os filhos de Deus só têm um único objetivo na vida: Agradar a Deus.

Não importa se para isso tenham que desagradar aos homens, não importa se para isso tenham que sofrer prejuízo, não importa se para isso tenham que passar por perseguições, mesmo que para isso tenham que renunciar os seus próprios interesses. O seu único prazer é honrá-Lo. Sua maior alegria é satisfazer-Lhe os Seus desejos.

Mas como fazer para agradar ao Senhor? A primeira coisa que Jesus fez para agradar ao Seu Pai foi viver uma vida justa. Em Mateus 3:15, Jesus disse: “Porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça”. Se há uma coisa que agrada a Deus é ver que somos pessoas justas.

Deus quer mais do que “devoções diárias”, palavras santificadas em nossos lábios. Deus quer uma vida de obediência. Sem justiça na vida do cristão tudo mais torna-se uma mera espiritualidade sem conteúdo. Mas o que é justiça? Justiça é fazer o que é certo aos olhos de Deus.

Vejam: fazer o que é certo não aos nossos próprios olhos, não a vista das pessoas, não aos olhos da sociedade, mas aos OLHOS DE DEUS. Se quisermos viver agradando a Deus precisamos de uma vida de justiça, que significa uma vida correta aos olhos de Deus, significa tratar as pessoas de modo correto segundo o padrão de Deus e não segundo a conveniência pessoal; significa “não se vender” em função de um arranjo lucrativo.

E por fim, significa ser pessoas autênticas. Só agradam a Deus aqueles que são capazes de Viver cumprindo “toda a justiça”. A segunda coisa que Jesus fez para agradar ao Seu Pai foi viver uma vida dirigida pela vontade de Deus e não pelos fatores externos.

Em Mateus 4:1, a Palavra de Deus diz: “A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo”. Jesus ia onde o Espírito lhe dizia para ir, mesmo que fosse um deserto. Sem subterfúgios, sem serpentear, diz a Palavra: Ele deixou ser levado.

Totalmente rendido, totalmente entregue, totalmente submisso à vontade de Deus, mesmo que este fosse um terrível e solitário deserto. Não importava a circunstância - o coração de Jesus sempre era o mesmo. Sua disposição era sempre a mesma, os rumos do Seu coração sempre davam no mesmo lugar: A VONTADE DO PAI...

Todos os fatores externos foram subjugados à Sua determinação de realizar a vontade do Pai. E só podemos agradar a Deus quando temos o nosso coração dirigido pela Sua maravilhosa vontade, e não pelos “Pães”, os reinos deste mundo, a fama, pelo dinheiro, pela voz do tentador.

Para agradarmos a Deus é necessária essa disposição indômita de realizar a vontade de Deus sem relativizá-la com nada. Em João 4:34, Ele disse: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que Me enviou e realizar a Sua obra”. E isso Ele demonstrou diante do tentador.

Que possamos viver agradando a Deus, embora que para isso tenhamos que desagradar a todo mundo. Cumpre-nos, como filhos do Altíssimo, fazer uma opção entre agradar a nós mesmos ou agradar a Deus; ou, agradar aos homens, ou agradar a Deus; ou ainda, agradar a satanás ou agradar a Deus. De que lado nós estamos? Que Deus nos abençoe!

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