A vida com emoções terça-feira, 6 de Janeiro de 2015

A passagem da vida sem emoções para a vida com emoções é realmente um novo nascimento.

Quando a lembrança se estabiliza nas emoções o mundo muda, o olhar para o mundo muda, a percepção do mundo muda E o mundo realmente muda…

A vida das emoções é... uma vida nova, uma vida onde a distância e a separação são abolidas, uma vida onde o que parece concreto já não pode enganar a gente.

Chegado a esse nível, a maior parte dos véus da ilusão e da separação dissolvem-se.

É a descoberta de um estado que faz com que cada qual se descubra de maneira verdadeira. Além da alegria há a serenidade, a pureza e a ausência de conflitos interiores.

A vida desenrola-se com novas normas, O mundo externo muda porque o olhar muda, porque se percebem nos outros os jogos da ilusão. E então desaparece tudo o que é julgar.

Uma nova vida começa então. Uma nova vida onde não há lugar para dúvidas nem para interrogações.

Dá-se conta da vaidade, da inutilidade das construções mentais, dos jogos de poder ou de domínio e até dos próprios jogos de sedução.

Nenhum dos jogos do ego ou da personalidade interessam jamais.

Calam-se as perguntas e aparece o sentido da vida na sua majestosa simplicidade.

Não há mais nada a defender, não há mais nada a provar, não há mais nada a demonstrar, e então simplesmante se é.

Sai-se da ilusão de se pertencer àquilo que parece a realidade para se entrar na espiritualidade das coisas e de cada qual. A visão torna-se penetrante.

O tempo que flui parece então a ilusão que ele é. Cada qual se torna capaz de viver múltiplas realidades de uma só vez

São retirados os véus da separatividade. Percebe-se a multiplicidade e o jogo das dimensões, pois tudo participa da mesma unidade.

Estar nas emoções já não é uma expressão em vão. Estar nas emoções já não é defini-las como mentais. É definir as emoções como emoções.

Esse estado de espírito necessita que as crenças sejam abandonadas. Necessita de uma neutralidade bondosa e produz uma serenidade permanente.

Vive-se um sentimento de profunda unificação espiritual. Vive-se humildemente, agradecendo-se a fonte do espírito, que foi reencontrada.

Assim, instala-se a paz e a verdade que é bela, que é luminosa, que é AMOR.

Sente-se a vibração no peito, assinala-se a abertura do templo interior e o contacto do que está dentro com o que se observa.

Todo o espírito se encaminha para esse objectivo, não por que seja essa a vontade que se tem, mas por uma tensão do espírito em direcção ao conhecimento.

Agora, nesta época, as circunstâncias de vida no planeta facilitam o acesso a esse estatuto, à realidade do espírito e das emoções.

Não basta acreditar nas emoções para se estar a viver nelas. É necessário como que um impulso, uma tensão total do espírito para com elas… … essa tensão aparece quando a gente se solta!

Não se trata de uma resistência a ser vencida, mas muito mais de um estado de aceitação, de submissão e fidelidade à verdade!

A esse nível a vida é gratuita. A abundância da vida, a abundância do conhecimento, da espontaneidade, cria o tal amor e a tal paz não ditados…

Viver com as emoções não é uma idéia nem um conceito, nem um comportamento, mas uma vibração do espírito que vive dentro de cada um.

A vida nas emoções manifesta-se por uma vibração. Sòmente cada qual pode penetrar nesse «santuário»!!!