Módulo I Formação Bíblica

GÊNESIS Cap. 21 OS Patriarcas ISAAC

ISAAC  Anjos anunciaram o nascimento de Isaac. Os anjos, a caminho de Sodoma. foram visitar Abrão para informar-lhe que "por este tempo da vida Sara terá um filho" (Gn 18.10). Sara riu-se ao ouvir isto. Disse o Senhor a Abraão: “Por que se riu Sara?” (Gn 18.13). E Sara negou dizendo: “Nãome ri", porquanto temia (Gn 18.15). Deus cumpre a Sua promessa a Sara. Ao cumprir-se o tempo determinado Deus visitou Sara e ela deu à luz um filho. Ele recebeu o nome de Isaac e foi circuncidado ao oitavo dia (Gn 21.1-4). Foi grande a alegria no lar de Abraão. Havia-se confirmado o fato de que Deus ouve as orações e cumpre as suas promessas. Sara disse: "Deus me tem feito riso. Todo aquele que ouvir se rirá comigo" (Gn 21.6). Sara estava então com a idade de noventa anos. Abrão despede Agar e Ismael. Quando Isaac foi desmamado, Abrão deu um grande banquete e viu que Ismael zombava. Prevendo que teria problemas decorrentes da permanência de Ismael em sua casa. Sara disse a Abrão para deitar fora Agar juntamente com seu filho Ismael, porque o filho da escrava não herdaria com Isaac (Gn 21,10). Deus disse a Abraão que ouvisse a voz de Sara, e Abrão despediu Agar e seu filho Ismael. Agar deixou de ser escrava de Sara, e habitou com seu filho Ismael no deserto de Para. (Gn 21,20-21).

Origem e Significado do Nome “Sara engravidou e deu um filho a Abraão em sua velhice, na época fixada por Deus em sua promessa.” (Gn 21:2) Abraão estava com 100 anos e Sara com 90 quando Isaac nasceu. Eram passados 24 anos desde que Abraão havia respondido positivamente ao chamado de Deus. Foi o próprio Deus quem escolheu o nome de Isaac (que significa ele riu) em alusão aos risos de incredulidade de Abraão (Gn 17:17), de Sara (Gn 18:12-15), e de alegria pelo nascimento do filho (Gn 21:5-7). O nome "Isaac" significa "ele ri" ou "ele riu". Estudiosos já debateram sobre quem esta rindo. A linhagem de Isaac é interessante. Sara não só era a esposa de Abraão, como também sua meia irmã (Gênesis 20:12). Este fato isolado pode ter interferido na concepção de um filho anos antes. Por causa de seu parentesco, Isaac pertencia aos dois lados da família de Terah (pai de Abraão).

Sua vida e história A Aliança Embora Abraão tenha tido um filho com a serva Agar (Ismael), encontramos em Gn 22:15-16 uma alusão a um único filho, assim como, também, o autor do livro de Hebreus se refere a Isaac como o filho unigênito, que significa único filho gerado por seus pais (Hb 11:17). É interessante notar, ainda, que a vida de Isaac se situa no meio da história de dois patriarcas mais famosos: Abraão tem 287 referências na Bíblia, Jacó tem 365 e Isaac tem 131. Embora não tenha sido tão proeminente quanto seu pai e seu filho na narrativa de Gênesis, Isaac foi fundamental no desenvolvimento da nação de Israel e no cumprimento da aliança de Deus com Abraão e seus descendentes. A Aliança Abraão saiu da sua terra e rumou para um lugar desconhecido em obediência ao chamado de Deus e confiando em suas promessas. No capítulo 17 de Gênesis vemos Deus expandindo o tema da aliança, quando afirma o papel de Isaac: “a minha aliança, eu a estabelecerei com Isaac, filho que Sara lhe dará no ano que vem, por esta época” (17:21). O supremo ato de fé e obediência de Abraão está no possível sacrifício de Isaac, relatado no capítulo 22.

As Promessas Em Isaac, os quatro elementos da promessa feita a Abraão, registradas em Gn 12:1-3, começam a se cumprir: Terra – ele permanece em Canaã após a morte de seu pai aprofundando ali as raízes familiares em obediência a Deus; Descendentes – continua a linhagem através de Jacó, após o qual a multiplicação de descendentes acelerou; Relacionamento especial com Deus – foi temente a Deus e por ele grandemente abençoado; Bênção às nações – durante o tempo que Isaac morou em Gerar, já aparecem pequenos sinais de bênção para as nações.

O Servo Isaac Piedade e Paciência – “Certa tarde, saiu ao campo para meditar” (Gn 24,63). Ele estava meditando quando a caravana que trazia Rebeca se aproximou. Sua paciência é indicada pela disposição de esperar 40 longos anos até o tempo de Deus para o seu casamento com Rebeca. Vida de Oração – uma característica que se repete na história dos patriarcas é a dificuldade das esposas engravidarem. Sara, Rebeca e Raquel tiveram que esperar muitos anos para ter filhos. Isaac orou a Deus por sua esposa, e Deus respondeu a sua oração. Esaú e Jacó nasceram depois de uma espera de 20 anos (Gn 25, 19-28). Obediência e Fé – houve fome na terra (Gn 26) e Isaac deve ter tido a tentação de ir para o Egito a fim de fugir da escassez de alimento como o fez seu pai Abraão (Gn 12:10). Mas Deus lhe apareceu e disse: “Permaneça nesta terra mais um pouco, e eu estarei com você e o abençoarei” (Gn 26:3). Isaac obedeceu e Deus o abençoou de tal maneira que seus vizinhos filisteus tiveram inveja dele. Depois de passar algum tempo em Gerara, Isaac mudou-se para Bersabéia e novamente Deus lhe apareceu confirmando as promessas feitas (Gn 26:24): “Eu sou o Deus de seu pai Abraão. Não tema, porque estou com você; eu o abençoarei e multiplicarei os seus descendentes por amor ao meu servo Abraão”.

O Servo Isaac Fraqueza e Egoísmo – ele fingiu que Rebeca era sua irmã quando foi morar em Gerara, porque sendo ela muito bonita, ele temeu por sua vida (Gn 26:7). Agindo assim, ele deixou Rebeca completamente desprotegida em relação ao assédio de outros homens. É marcante a semelhança de sua conduta com seu pai Abraão, que agiu duas vezes assim em relação a Sara: no Egito (Gn 12:10-20), e em Gerar (Gn 20:1-18). Novamente, Deus usou o rei filisteu Abimelec (“pagão de moral elevada”) para repreender Isaac por mentir movido pelo medo (Gn 10:8-11).

O Deus de Isaac É o Deus dos que aprendem a confiar nEle e em suas promessas, porque Ele é bom, porque é o Senhor da história e não mente. É o Deus daqueles que aprendem a esperar pacientemente pelo Senhor, e se  recusam a trilhar o caminho enganoso e vão das soluções manipuladas e dos  resultados instantâneos. É o Deus dos que começam a usufruir das promessas de Deus nesta terra, mas que esperam usufruir infinitamente mais na pátria celestial.