J.G.de Araüjo Jorge J.G.de Araüjo Jorge
Estou escrevendo para não para não gritar... gritar... Estou escrevendo para não gritar...
Para não acordar os que dormem felizes lado a lado, os que repousam, aconchegados, os que se encontram e continuam repousam, aconchegados, os que se encontram e continuam juntos e não precisam juntos e não precisam sonhar porque não dizem não dizem adeus... adeus... Para não acordar os que dormem felizes lado a lado, os que repousam, aconchegados, os que se encontram e continuam juntos e não precisam sonhar porque não dizem adeus...
Estou escrevendo para não gritar. Estou escrevendo para não gritar. Estou escrevendo para não gritar. Para enfunar o coração ao largo. Para enfunar o coração ao largo. como um córrego de águas mortas num silencioso pranto. como um córrego de águas mortas num silencioso pranto. E as palavras escorremsalgadas E as palavras escorrem salgadas
Tão perto, e nem percebes minha insônia. e nem percebes minha insônia. Tão perto, e nem percebes minha insônia. Nem ouves a confidência que põe nódoas no papel para não ter que acordar-te e se transmuda em palavras, que são estátuas de sal. Nem ouves a confidência que põe nódoas no papel para não ter que acordar-te e se transmuda em palavras, que são estátuas de sal.
Estou escrevendo para não gritar... Estou escrevendo para não gritar... Para não ter tempo de acompanhar a noite, para não perceber que estou só, Para não ter tempo de acompanhar a noite, para não perceber que estou só, Irremediavelmente só, Irremediavelmente só,
e que te trago comigo sem outra alternativa que o pensamento - cela em que me debato a olhar a lua entre grades. e que te trago comigo sem outra alternativa que o pensamento - cela em que me debato a olhar a lua entre grades.
Para não perturbar os que se amam se juntam, e se estreitam, e sussurram na sombra e passeiam ao luar, P PP Para não perturbar os que se amam se juntam, e se estreitam, e sussurram na sombra e passeiam ao luar, Estou escrevendo para não gritar... Estou escrevendo para não gritar...
para que as palavras chovam num dilúvio, dilúvio, para que as palavras chovam num dilúvio, silenciosamente, silenciosamente, e me alaguem, e me afoguem, e me alaguem, e me afoguem,
e me deixem pela noite a dentro como um corpo sem vida e sem alma, e me deixem pela noite a dentro como um corpo sem vida e sem alma,
aflutuar...aflutuar... sair Formatação: