Na brisa que passa Teresa Caruso No sussurro da brisa a vida passa a perder-se ao longe qual fumaça branca e leve como um véu, se esgarça, se esfuma, caprichosa, a tecer arabescos no céu. No sussurro a vida passa, suave fugaz, quase sem graça perfumando o agreste à solidão, folhas secas dispersam pelo outono rolam esquecidas no chão.
No sussurro a vida passa, enquanto o vento murmura uma canção, ao reflorir de cada primavera, ao reflorir nos sonhos que se vão. Num sussurro a vida passa, um momento, um instante, uma emoção, como o brilho de uma estrela, obter um coração, fragmentos dispersos de aurora, frases soltas de uma oração. Num sussurro a brisa passa, rolam horas esquecidas na farândola da vida, perdida a sonhar, gira sempre entontecida, num eterno rodopiar.
No sussurro da vida a vida passa, página comovida escrita ao léu, a perder-se ao longe qual fumaça branca e leve como um véu, se esgarça, se esfuma, a tecer arabescos no céu. Música: itzhak perlman - As Time Goes By Montagem; Visite o site http//