O Sacramento do Matrimônio

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Transcrição da apresentação:

O Sacramento do Matrimônio Anotações a partir do livro O Mistério Nupcial SCOLA, Angelo

O Mistério Nupcial Ponto de Partida: Compreender a razão e as conseqüências da decisão do Criador de fazer existir o ser humano sempre e somente como mulher e como homem.

Em “Mulieris dignitatem”, João Paulo II trata de duas teses muito interessantes: A primeira traça uma analogia entre a unidade dual de homem e mulher e as relações das três pessoas em Deus. A diferença sexual guarda analogia com a diversidade das três pessoas divinas. Com a mesma dignidade, o mesmo significado de humanidade, há entre homem e mulher uma diferença e ao mesmo tempo uma identidade substancial. A diferença sexual entre homem e mulher abre caminho para a comunhão, que pode, no amor, constituir uma família, gerar filhos. Eis a grande analogia com o amor trinitário. A segunda tese afirma que a sexualidade humana é parte integrante da imago dei, a imagem de Deus sob a qual o homem e a mulher foram criados. Ao estudar as narrações da criação do livro do Gênesis, o Papa diz: “Aqui se deve encontrar a base de toda antropologia cristã” e, em Mulieris dignitatem, afirma que “o homem não pode existir só”. O homem só pode existir como unidade de dois e, portanto, em relação a uma outra pessoa humana. Ser pessoa à imagem e semelhança de Deus comporta existir em relação, em referência ao outro eu.

Matrimônio como Complementaridade ? Na tradição da teologia católica desde Santo Tomás de Aquino, a semelhança de Deus sempre foi entendida em relação à natureza racional e à capacidade de amar do homem. Pela primeira, a diferença sexual é referida a esse momento originário. Sob essa luz, como pensar a diferença dos sexos? Ela não pode ser reduzida a um simples problema de funções, mas exige ser compreendida ontologicamente. Quando se fala da unidade dual da diferença sexual, entende-se uma reciprocidade que não é simétrica ou que não será sempre necessariamente simétrica. Não podemos compreender homem e mulher como duas metades destinadas a fundir-se para reconstituir uma unidade perdida. O homem não é uma metade, a mulher não é uma metade, ambos são seres humanos por inteiro, apesar de carregar essa deficiência que os impele inevitavelmente a buscar no outro a sua complementação. Assim o matrimônio é o encontro definitivo de duas vidas por inteiro visando o crescimento no amor, na fecundidade e na responsabilidade recíproca em profundo compromisso com a geração e cuidado com a vida!

O Princípio da ESPONSALIDADE Centro do Mistério Nupcial: A esponsalidade está no centro do Mistério Nupcial. Esse mistério define-se, por um lado, pela unidade orgânica de diferenças sexuais, amor pela sua objetiva unidade com o outro e fecundidade. Por outro, em virtude do princípio da analogia, refere-se objetivamente às diversas formas de amor que caracterizam quer a relação homem-mulher e seus derivados paternidade e maternidade, quer a relação de Deus com o homem no sacramento, na Igreja, em Jesus Cristo, para chegar até a própria trindade. O Mistério Nupcial é este entrelaçamento indissolúvel de amor, diferença sexual e fecundidade.

Mistério Nupcial Um Projeto de Vida (Aberto à Vida!) O Mistério Nupcial imediatamente indica um projeto de vida partilhado entre um homem e uma mulher, indica uma responsabilidade recíproca de um para com o outro e o empenho de toda a vida, porque compromete o homem e a mulher que vivem o Mistério Nupcial a eventualmente procriarem filhos e educá-los.

Ocasionalidade e Interesse Parcial A “Contra-Mão” da Nupcialidade No pólo oposto da nupcialidade, o que há? A ocasionalidade e o interesse parcial, contra, do lado da nupcialidade, um interesse pela totalidade da pessoa do outro. Quanto mais a relação entre um homem e uma mulher se distancia do pólo da nupcialidade, mais está sujeita a parcialidades e, portanto, à violência. Por analogia, a nupcialidade também pode indicar uma maneira de expressar a relação do homem com toda a realidade, inclusive com a natureza. Porque, se a nupcialidade se caracteriza por esse dom de si para o bem do outro e por essa relação de reciprocidade e responsabilidade, assim, a própria relação do homem com a natureza pode ganhar.

Ver o Mistério Nupcial também na relação de Jesus Cristo com a Igreja Ver o Mistério Nupcial também na relação de Jesus Cristo com a Igreja. Comentando o capítulo 5 da Carta aos Efésios, quando São Paulo diz: “Maridos, amai vossas mulheres como Cristo amou a igreja e se entregou por ela...”, podemos perceber que a característica da nupcialidade é o dom de si para o bem do outro. Nesse sentido, evidentemente, o ponto de referência é o amor de Cristo pela Igreja. O dom de si para o bem do outro até o máximo sacrifício, como o de Jesus na cruz. NÃO HÁ AMOR HUMANO NO HORIZONTE DA NUPCIALIDADE, DO MISTÉRIO NUPCIAL, QUE NÃO TENHA DE IMITAR EM ALGUMA MEDIDA O AMOR DE CRISTO PELA IGREJA. Portanto, não é possível pensar o amor humano senão como o dom de si para o outro, também na disponibilidade ao sacrifício.