PROF. DR. ADRIANO DE SOUZA

 CONCEITO - Durante a gravidez ocorrem mudanças biológicas, psicológicas e sociais que influenciam intensamente na constituição da maternidade.  TEMA – Originou-se a partir de um projeto de uma igreja evangélica onde a aluna fazia parte.  QUESTÃO PROBLEMA Quais as experiências vivenciadas por gestantes presidiárias durante seu período gestacional? Que sentimentos apresentam após a separação do filho? Que fatores psicossociais se instalam após essa separação?

Compreender as vivências e sentimentos de mães encarceradas em um presídio feminino no nordeste brasileiro.

TIPO DE ESTUDO: Estudo narrativo. ABORDAGEM: Qualitativa. LOCAL: Instituto Penal Feminino de Fortaleza- CE. SUJEITO: Quatro (4) mulheres gestantes. PERÍODO: Março e abril de ANÁLISE - O material empírico foi organizado através do cruzamento entre as diferentes informações levantadas, por meio da técnica de triangulação de material. As narrativas foram analisadas após a exaustiva leitura das entrevistas, onde buscamos os significados contidos nas mesmas. PARECER ÉTICO: Parecer nº

Angustia, separação e ansiedade...a angústia é maior, o desespero vai aumentando... Meu medo maior é ser condenada e ter que separar novamente... Já separei uma vez na hora da prisão e foi muito difícil, e ter que separar novamente, passar tudo de novo, quem vai ficar com ele? Posso ser condenada e não ser liberada e não ver meus filhos... (DÁLIA) SEPARAÇÃO MÃE -FILHO Ser mãe presa não é bom nem um pingo, nem um pouquinho. O que mais eu tenho medo é de perder...o meu filho, ir para a audiência e não ser liberada. Eu espero que Deus tenha misericórdia e me dê uma chance... eu quero voltar para casa para ficar com meus filhos... (DÁLIA).

ESTADO EMOCIONAL DEPRIMIDO,SENTIMENTOS AMBIGÍGUOS DE CHORO E RISOS Quando tinha 13 anos fiz coisas erradas e essa vida não leva ninguém a nada não.... fui presa de graça.... (HORTÊNCIA). ESTADO EMOCIONAL DEPRIMIDO,SENTIMENTOS AMBIGÍGUOS DE CHORO E RISOS [...] penso só besteira, cada dia que passa a gente vive mais angustiada, aqui a cadeia tá pesando.... sem saber notícias... me sinto distante, desprezada. (VIOLETA).

O estudo confirmou que as gestantes presas apresentam um cotidiano de dificuldades, sofrimentos, tristezas, arrependimentos e desamores. Nos relatos, as pesquisadas, referiram angústia, preocupação, arrependimento, tristeza, e, principalmente, falta de estrutura nas prisões femininas para o acompanhamento das detentas gestantes.