Autor: Paulinho
Percebi que eu estava precisando fazer uma faxina em mim... Perder os medos e ter coragem de mudar. Jogar alguns pensamentos indesejados fora, polir alguns tesouros que andavam meio que enferrujados... Comecei tirando de dentro do sótão lembranças que não uso e não quero mais!
Joguei fora alguns sonhos que não se concretizaram, um mundo de ilusões, minhas fantasias! Fiz questão de abrir novos espaços. para caber novos sonhos e delírios! Joguei fora alguns sonhos que não se concretizaram, um mundo de ilusões, minhas fantasias! Fiz questão de abrir novos espaços. para caber novos sonhos e delírios!
Rasguei um a um, aqueles papéis de presente que nunca usei, descartei-me dos sorrisos, que nunca dei; joguei fora a minha raiva e o rancor das flores murchas que estavam guardadas dentro de um livro que nunca li.
e os arrumei com carinho, num cantinho aconchegante da sala! Olhei para os meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas..
Fiquei sem paciência!... Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter proferido, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste...
Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. Nem tudo era descartável, haviam outras coisas... e belas!!! Como as flores e os passarinhos em minha janela! Nem tudo era descartável, haviam outras coisas... e belas!!! Como as flores e os passarinhos em minha janela!
Fui deslumbrando-me com a imagem daquela lua cor de Prata, com o pôr do sol verdadeira jazida de ouro! Sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas.
Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima, pois quase não as uso, e também joguei fora no mesmo instante! Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou. Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, se as esqueço lá mesmo ou se as envio para o lixão.
Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante : o amor, a alegria, os sorrisos, um dedinho de fé para os momentos que mais precisamos... Como foi bom relembrar tudo aquilo!!!
Nas prateleiras de baixo, deixei ficar algumas lembranças da infância, na gaveta de cima, as da minha juventude e, pendurado bem à minha frente, coloquei a minha capacidade infinita de amar, e principalmente a garra e o desejo para sempre...
EDIÇÃO, CRIAÇÃO, TEXTOS E MONTAGENS Autor: Paulinho