Josefa, a bombeira Progressão manual Josefa a bombeira "Josefa, 21 anos, a viver com a mãe. Estudante de Engenharia Biomédica, trabalhadora de supermercado.

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Transcrição da apresentação:

Josefa, a bombeira Progressão manual

Josefa a bombeira "Josefa, 21 anos, a viver com a mãe. Estudante de Engenharia Biomédica, trabalhadora de supermercado em part-time e bombeira voluntária. Acumulava trabalhos e não cargos - e essa pode ser uma primeira explicação para a não conhecermos.

Afinal, um jovem daqueles que freqüentamos nas revistas de consultório, arranja forma de chamar os holofotes. Se é futebolista, pinta o cabelo de cores impossíveis; se é cantora, mostra o futebolista com quem namora; e se quer ser mesmo importante, é mandatário de juventude. Não entra é na cabeça de uma jovem dispersar-se em ninharias acumuladas: um curso no Porto, caixeirinha em Santa Maria da Feira e bombeira de Verão. Daí não a conhecermos, à Josefa.

Chegava-lhe, talvez, que um colega mais experiente dissesse dela: "Ela era das poucas pessoas com que um gajo sabia que podia contar nas piores alturas." Enfim, 15 minutos de fama só se ocorresse um azar...

Aconteceu: Josefa morreu em Monte Mêda, Gondomar, cercada das chamas dos outros que foi apagar de graça. A morte de uma jovem é sempre uma coisa tão enorme para os seus que, evidentemente, nem trato aqui.

Silêncio e emoção na homenagem a Josefa Foi com muita emoção que moradores de Monte Meda, na Lomba, Gondomar, e os Voluntários de Lourosa, Feira, prestaram homenagem à bombeira (Josefa Santos) que morreu no combate às chamas que fustigaram aquela zona. A mesma hora em que a bombeira terá sido vítima das chamas, residentes e bombeiros deslocaram-se até ao local onde Josefa Santos, 21 anos, foi vitimada pelo fogo.

Percorreram uma centena de metros em silêncio, por entre um caminho ainda coberto de cinzas e um cenário de devastação total, conseqüência do incêndio que consumiu a mata até junto das habitações.

"Não havia forma de chegar à Josefa“ Chefe dos bombeiros diz que ouviu os gritos da jovem, mas nada pôde fazer. "A Josefa dizia que a mãe lhe estava sempre a lembrar que qualquer dia era ela que ficava num incêndio. Mas dizia-nos que a última coisa que queria na vida era morrer queimada num incêndio", lembrou Ana Rocha, colega de Josefa, a bombeira que, ontem, morreu carbonizada.

E enquanto segurava a foto em que surge ao lado de Josefa, tirada há cerca de 15 dias no mesmo lugar onde a amiga acabou por ter um fim trágico, Ana Rocha, que com ela tirou o curso de bombeira, recorda que, em Junho, num outro incêndio, ficaram as duas cercadas pelas chamas. Já nessa altura a tragédia podia ter acontecido. "Quando nos vimos rodeadas pelas chamas e tentámos fugir, ela disse que já não aguentava mais, mas com ajuda de outro colega conseguimos sair dali com vida", recordou.

Ontem, não teve a mesma sorte. O chefe dos bombeiros, Carlos Alberto Castanheira, estava no local, foi um dos feridos e assistiu a tudo. "Começámos por combater as chamas que chegaram a ameaçar uma habitação. O chefe dos bombeiros lembra que, de imediato, todos fugiram do local. "Eu fui para um espaço de mato já ardido, mas os outros acabaram por ficar retidos num local ainda por arder."

A zona tinha muitas rameiras de eucalipto que foram ali deixadas. De repente, as chamas atingiram uma altura muito grande. Parecia um tsunami e começou tudo a arder ao nosso redor", diz, com a voz embargada. Momentos depois, a tragédia aconteceu. Os restantes elementos conseguiram passar a linha das chamas, com exceção da bombeira. "Ouvi os gritos da Josefa, mas já não pudemos fazer nada. Ainda fui acudir ao Teixeira (ferido grave) que estava com a roupa toda a arder. Mas já não havia forma de chegar à Josefa", afirmou, sem conseguir conter as lágrimas.

E os receios da mãe de Josefa acabaram por se concretizar. A notícia chegou-lhe quando estava no jardim da sua casa. Parou imóvel por segundos SALOMÃO RODRIGUES Seguiram-se gritos de desespero que entoavam estrada abaixo e deixaram os vizinhos colados aos portões, com as mãos na cara e de lágrimas no rosto.

Com a sabedoria dos eleitos perseguiste com coragem a missão que te estava confiada e da qual tantas vezes recolheste apenas e só, gratidão íntima”, leu um dos moradores, promotores da homenagem. Ao JN, pediu anonimato. Mas manifestou a indignação perante o sucedido.

Entre a população revivia-se o dia trágico. “Ainda me lembro quando os bombeiros entraram pelo meu pátio aos gritos. Foi terrível”, lembrou uma moradora. Também os bombeiros não esquecerão facilmente a tragédia. O sofrimento é contido. Muitos estão a ter dificuldades em ultrapassar o drama. “A minha filha nunca mais dormiu desde a morte da colega. Diz que está a sempre a lembrar-se dos gritos da Josefa e da aflição por que passaram”, contaram, ao JN, os pais de uma bombeira que esteve no mesmo incêndio.

Já em 2006 alertei as autoridades [SEPNA, Protecção Civil e Câmara de Gondomar] para a necessidade de se levar a efeito uma faixa de protecção, precisamente no local onde morreu a bombeira. Mas nada fizeram”, lamentou. “Este incêndio era um cenário previsível.

“Os bombeiros estão a responder às solicitações e a tentar ultrapassar este momento”, garantiu o segundo comandante da corporação, José Carlos. - Fonte: JN - Ads by Google

No local onde Josefa morreu ficou um ramo de flores. “Morreste a defender uma terra onde nunca tinhas pisado, pessoas que não conhecias, propriedades e bens que nunca usufruístes.

Interessa-me, na Josefa, relevar o que ela nos disse: que há miúdos de 21 anos que são estudantes e trabalhadores e bombeiros, sem nós sabermos. Como é possível, nos dias comuns e não de tragédia, não ouvirmos falar das "Josefas que são o sal da nossa terra?“ Por FERREIRA FERNANDES, Diário de Notícias Formatação: José Carlos Suman