MINHA FELICIDADE
Minha felicidade é um dia ver O povo do mundo alegre, desse Confiante um no outro e de coração Nos governantes e nas instituições Andem todos de mãos dadas, em paz Cantando e por inteiro a entregarem-se Sem sofrimento, dor ou maldade Coesos, como irmãos que se sentem Salvos do mal da fome, por terem o pão Pela farta distribuição de alimentos Os pobres não mais serão indigentes Afugentados da exclusão social Vitoriosos na satisfação das necessidades Básicas que se lhes permitam viver
Minha felicidade é um dia ver As armas recolhidas nos quartéis A recuperação dos marginais cruéis Mas nas ruas, tenras crianças inocentes Em gritos de alegria, correndo sempre E os pais tranqüilos aí presentes Diante dos Estados em cooperação mútua Se interagindo, mostrando-se unidos No resplendor de todas as nações festivas Pela comungação de um pensamento único Regido por uma tão-só lei internacional Derrogante do preconceito e da diferença Que no curso da historia ficaram para traz Por conta do triunfo da igualdade
Minha felicidade é um dia ver Os seres humanos com proteção Longe das grandes perseguições Demonstração da sua superação Eliminação do egoísmo e ambição Como alcance d’uma vida equilibrada Distante das guerras geradas Em circunstâncias inexplicáveis Ao contrário, uma vida cheia de graça Na busca da paz perpétua que bem Refuta as intempéries e doenças Albergadas no avanço das ciências Garantia da longevidade plena
Minha felicidade é um dia ver As florestas densas em preservação Com suas matas verdes e floridas De ramos coloridos e primaveris Molhadas na noite pela neblina caída Das árvores frondosas com pingos Dissolvidos pelas águas dos rios Que descem rápidas, montanhas a baixo Correntes, serenas no majestoso leito Com rumo certo, na direção do mar Tão puro no vai-e-vem de ondas altas Contínuas que encobrem barcos e peixes Ávidos, saltantes em fuga das redes Fortes prisões de fios de nailon.
Manoel Hermes de Lima