Planejamento Familiar

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS EM COMPARAÇÃO
Advertisements

Sistema Reprodutor A capacidade do ser vivo de gerar outro ser da mesma espécie, ou seja, com as mesma características, dá-se o nome de reprodução, pois.
A Gravidez Precoce Joana Alves Nº15 9ºE Nádia Martins Nº19 9ºE.
Métodos Anticoncepcionais
Métodos contraceptivos
Métodos contraceptivos
PLANEJAMENTO FAMILIAR
Métodos contraceptivos
PÂNCREAS E GÔNADAS.
Planejamento familiar
Adolescência e Sexualidade
Métodos contraceptivos
Métodos Anticoncepcionais
Trabalho realizador por :
Reprodução.
Planejamento Familiar
Métodos contraceptivos
Métodos Anticoncepcionais
MATERIAL INSTRUCIONAL DE CAPACITAÇÃO PARA A ASSISTÊNCIA EM PLANEJAMENTO FAMILIAR MÓDULO I MINISTÉRIO DA SAÚDE FEBRASGO.
Contracepção David Lopes 12ºA nº2 Tiago Ferreira 12ºA nº18
Núcleo Perinatal HUPE – UERJ
CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
Métodos anticoncepcionais
Sistema Reprodutor Humano Masculino e Feminino 8º Ano A e B
Aulas sistema reprodutor
Aparelho Reprodutor Masculino, Feminino e Métodos Contraceptivos
Educação Se ual Métodos contracetivos Trabalho realizado por : André Azevedo Nº5 8ºG Diogo Oliveira Nº14 8ºG.
Planejamento Familiar
Métodos contracetivos artificiais hormonais
Aulas sistema reprodutor
Gravidez e Aborto. Gravidez Entende-se por gravidez o período de crescimento e desenvolvimento de um ou mais embriões dentro do organismo feminino que.
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Universidade de São Paulo
USP - Universidade de São Paulo
O que é e como fazer uma contracepção de emergência?
REPRODUÇÃO HUMANA.
PLANEJAMENTO FAMILIAR
Pílula do dia seguinte e interrupção voluntária da gravidez.
Para que servem? -Prevenir a gravidez /planear a família -Proteger contra as IST- Infeções Sexualmente Transmissíveis (alguns)
*Sistema Reprodutor* Função: garantir a perpetuação da espécie, ou seja, não deixar a espécie entrar em extinção. Temos 2 tipos: Sistema reprodutor feminino.
DIU Espermicidas “Pílula do dia seguinte” Aparelho pequeno e flexível em forma de T ou arco que se insere ao nível do útero tendo como função alterar.
METODOS CONTRACEPTIVOS
PÍLULA DO DIA SEGUINTE!!!!!. QUANDO? Nas horas seguintes à relação sexual que se julga de "risco", ou seja, que se efectuou durante o período fértil (entre.
O sistema reprodutor Puberdade Adolescência Hormônios Ejaculação
Métodos Contracetivos Não Naturais Químicos
Transcrição da apresentação:

Planejamento Familiar

Gravidez não-programada: tendência a se tornar um “problema” Em adultos Abalo na estrutura familiar. Implicações emocionais, econômicas e jurídicas. Em adolescentes Maior propensão para complicações da gravidez e problemas de parto. Além das implicações emocionais, econômicas, jurídicas, também comportamentais, educacionais, de aprendizado (evasão escolar). Comprometimento do crescimento e desenvolvimento. Referências: Yazlle MEHD, 2006. / Ballone GJ

Dados Estatísticos Pesquisa Datafolha “O jovem brasileiro no século XXI” Um em cada 5 jovens já tem filhos. 71% dos jovens tornaram-se pais sem que a gravidez fosse planejada. Média de idade entre as mulheres: 18 anos Média de idade entre os homens: 19,3 anos Referências: Folha de São Paulo 2008

+ Prevenção Método contraceptivo de alta eficácia Camisinha para proteger contra DSTs / AIDS

Ciclo Menstrual

Fisiologia da Reprodução Concepção

Métodos Anticoncepcionais Irreversíveis* Cirurgia - laqueadura tubária, vasectomia. Reversíveis Naturais - muco cervical; temperatura basal; tabelinha ou calendário; coito interrompido; lactação com amenorreia. Barreira - camisinha ou preservativo ou condom; diafragma. Químicos - espermicida (cremes, gel, óvulos). Mecânico - DIU (dispositivo intra-uterino). Hormonais – injetáveis; anéis; implantes; adesivo; pílulas. *na maioria dos casos Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Métodos Anticoncepcionais Cirúrgicos laqueadura tubária vasectomia Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006. 9

Laqueadura tubária Vasectomia Centro cirúrgico Ambulatório (Esterilização Cirúrgica Voluntária) Centro cirúrgico Tabu (aumento de peso) 1% de falha. Vasectomia (Esterilização Cirúrgica Voluntária) Ambulatório Tabu (virilidade) 1% de falha. Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006. 10

Anticoncepção com Métodos de Barreira Camisinha Masculina (ou preservativo ou condom) A camisinha masculina e é fundamental para proteger das DSTs/AIDS. Risco de ruptura (uso inadequado). 8% a 20% de falha. Baixo custo. Masculina Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Anticoncepção com Métodos de Barreira Camisinha Feminina (ou preservativo ou condom) fundamental para proteger das DSTs/AIDS. 10 vezes menos probabilidade de romper durante o ato sexual, devido a ser feito de poliuretano. Risco de ruptura (uso inadequado). 8% a 20% de falha. Baixo custo. Feminina Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006. 12

Anticoncepção com Métodos de Barreira Camisinha (ou preservativo ou condom) Não devem ser usados lubrificantes como vaselina, óleo mineral ou outros derivados de petróleo, pois danificam qualquer preservativo à base de látex natural. Caso seja necessário lubrificação adicional, recomenda-se o uso de gel lubrificante de base aquosa. Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Outros cuidados importantes: Não expor a camisinha ao sol e ao calor. Não carregar a camisinha permanentemente na carteira, no bolso da calça, na agenda, onde o calor e os movimentos podem rasgar o envelope ou ressecá-lo. Não abrir a embalagem com os dentes, unha ou tesoura, pois a embalagem já é picotada nas laterais para facilitar sua abertura. Nunca se deve usar duas camisinhas ao mesmo tempo, nem masculina com feminina, nem duas masculinas, nem duas femininas, pois o risco de atrito entre elas e conseqüente rompimento é maior. Verificar o prazo de validade e se tem o carimbo do Inmetro, que determina a qualidade da camisinha. Antes de usar, verificar se a camisinha não está furada. Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Anticoncepção com Métodos de Barreira Diafragma Coloca-se no interior da vagina antes da relação e retira-se 6-8 horas após. Geralmente requer um espermicida junto. Risco de desenvolver infecção local com o uso contínuo. Dificuldade de colocação. Não previne contra DSTs/AIDS. 8% a 20% de falha. Baixo a médio custo. Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Anticoncepção com Métodos Químicos Espermicidas Recomenda-se o uso com camisinha ou diafragma. Aplica-se no interior da vagina. Não previne contra DSTs/AIDS. 20% de falha. Médio custo. gel creme óvulo Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Anticoncepção com Métodos Mecânicos DIU Seguro e eficaz. Poucos ou nenhum efeito colateral. 0,1% de falha. Baixo custo quando se considera que muitas vezes são fornecidos pelo Ministério da Saúde. Não previne contra DSTs/AIDS. Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Anticoncepção com Métodos Hormonais Injetáveis (mensais) Injetável Mensal Ideal para mulheres que se esquecem da tomada diária dos contraceptivos orais, ou aquelas que queiram discrição do método contraceptivo. Indicado também a mulheres com intolerância gástrica aos orais. Oferecem proteção anticoncepcional já no primeiro ciclo de uso. Efetividade é mantida durante todo o período de utilização. Pode ser utilizado desde a adolescência até a menopausa sem necessidade de “pausas para descanso”. Única aplicação mensal. ATENÇÃO: Os intervalos de tomada devem ser rigidamente respeitados, pois está associado a queda nos índices de efetividade do método. Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Anticoncepção com Métodos Hormonais Injetáveis (mensais) Injetável Mensal Baixos índices de ganho de peso. Rápida retomada da fertilidade (entre 60 a 90 dias após a interrupção). Padrões de sangramento cíclicos e previsíveis, muito próximos aos dos ciclos menstruais fisiológicos. Não previne contra DSTs/AIDS. 0,1% de falha. Baixo custo. Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Anticoncepção com Métodos Hormonais Anel Endovaginal Indicado para mulheres que esquecem ou não querem tomar a pílula. Impede a ovulação através da liberação constante de baixas doses de estrogênio e progesterona. Age modificando o muco vaginal, dificultando a progressão dos espermatozoides. Não incomoda e não atrapalha o ato sexual. Não previne contra DSTs/AIDS. 0,1% de falha. Alto custo. Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Anticoncepção com Métodos Hormonais Implante Sub-dérmico Bastonete introduzido sob a pele com anestesia local (no braço ou nádega). Longa duração (6 meses a 1 ano). Não previne contra DSTs/AIDS. 0,2% a 0,05% de falha. Alto custo. Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Anticoncepção com Métodos Hormonais Adesivo É um adesivo autocolante. Aplicado na pele evitando esquecimentos. Aplica-se durante 3 semanas consecutivas, descansando na 4ª semana, quando ocorrerá a menstruação. Libera hormônios através da pele, que penetra na corrente sanguínea impedindo a ovulação. Não previne contra DSTs/AIDS. 0,1% de falha. Alto custo. Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Anticoncepção com Métodos Hormonais Contracepção de Emergência Para quais situações é indicada? Quando nenhum contraceptivo foi usado. Quando ocorre falha de um método anticoncepcional (acidente contraceptivo): ruptura, deslizamento ou emprego incorreto da camisinha; desalojamento, rompimento ou remoção antecipada do diafragma ou do tampão; falha na interrupção do coito; expulsão do DIU; cálculo incorreto do método periódico de abstinência; em casos de estupro (violência sexual). Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006. 23

Anticoncepção com Métodos Hormonais Contracepção de Emergência Como tomar? 1º comprimido - não ultrapassando 72 horas após a relação sexual desprotegida. 2º comprimido - 12 horas após o 1º. ou Tomada única dos dois comprimidos ao mesmo tempo. (facilita a adesão ao tratamento e evita o esquecimento do 2º comprimido). Em caso de vômitos dentro das duas primeiras horas após a administração, a dose deverá ser repetida. Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006. 24

Anticoncepção com Métodos Hormonais Pílulas Histórico Comercializadas desde a década de 60 (no Brasil, desde 1962). Grande aceitação. A mulher assumiu o controle da sua própria vida sexual. “Liberdade feminina”. Referência: FEBRASGO 2010.

Anticoncepção com Métodos Hormonais Pílulas Não aumenta o risco de desenvolver câncer de mama ao longo da vida. A taxa de doença inflamatória pélvica, principal causa da infertilidade, é bastante reduzida nas mulheres que usam pílula. Regula o ciclo menstrual, minimizando ocorrência de menstruações irregulares. É um método reversível, ou seja, quando o casal desejar uma gravidez, basta à mulher interromper o uso e a fertilidade tende a retornar em um a dois meses, em média. Não previne contra DSTs/AIDS. 0,1% de falha. Baixo custo. Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Anticoncepção com Métodos Hormonais Pílulas Como tomar? Iniciar do 1° ao 5° dia da menstruação no primeiro ciclo. 1 drágea por dia, sempre no mesmo horário, durante 21 dias. Realizar a pausa de 7 dias e voltar a tomar outra cartela no 8º dia. Local de fácil lembrança (próximo ao rádio-relógio, junto à escova de dentes, por exemplo). Referências: FEBRASGO 2010 / Ministério da Saúde 2006.

Anticoncepção com Métodos Hormonais Pílulas 28

Anticoncepção com Métodos Hormonais Pílulas – Uso Sem Parar (suspensão da menstruação) Indicadas para as mulheres que não querem menstruar. Auxiliam na melhora dos sintomas relacionados à menstruação como cólicas menstruais, enxaqueca, dor mamária e síndrome pré-menstrual. São adequadas para jovens que estão iniciando a vida sexual. Para mulheres que desejam suspender temporariamente a menstruação, seja por motivos pessoais ou de ordem médica. Índice de 53,7% das mulheres não apresentam spotting ou sangramento irregular. Referências: Bula Tâmisa Sem Parar / Coffe Al, 2007

Anticoncepção com Métodos Hormonais Pílulas – Uso Sem Parar (suspensão da menstruação) Como tomar? Iniciar no 1º dia da menstruação. 1 drágea por dia, sempre no mesmo horário. O tratamento deve ser mantido de forma Sem Parar (forma ininterrupta). Local de fácil lembrança (próximo ao rádio-relógio, junto à escova de dentes, por exemplo). Referências: Bula Tâmisa Sem Parar

Conclusões Não há um método melhor para todos. É muito importante receber informação e orientação para escolher adequadamente. Seguir as instruções de uso é fundamental. Usar também camisinha para proteger-se das infecções de transmissão sexual. Recorrer à orientação médica sempre.

Agradecemos a todos pela presença! Apoio:

Referências bibliográficas 1) Manual de orientação/anticoncepção. FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 2010. 2) Brasil. Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS); 2006. 3) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 4) O Jovem Brasileiro - Século XXI. Folha de São Paulo 2008 Jul 29. 5) Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2010 – Uma Análise das condições de vida da população brasileira. IBGE. 6) Yazlle MEHD. Gravidez na adolescência. Rev Bras Ginecol Obstet. 2006 Aug;28(8). 7) Ballone GJ. Gravidez e adolescência [Internet] 8) Bula do produto Tâmisa Sem Parar. 9) Coffe AL Sulak PJ, Kuehl TJ. Long-term assessment of symptomatology and satisfaction of an extended oral contraceptive regimen. Contraception 2007 Jun;75(6):444-9. Epub 2007 Mar 23. 33