Luzia

Às vezes, muitas vezes, é-se injusto com aqueles com que são gratos ao coração. Por uma tolice, cria-se uma questão, por nada, levanta-se um problema.

Entre bilhões de pessoas que vivem no mundo, um pequeno grupo, muito pequeno mesmo, faz parte do todo dia de cada um, está ligado por laços afetivos. São queridos, muito queridos.

Por coisas corriqueiras, má interpretação de um fato, e, é uma palavra ríspida que se diz, uma indelicadeza que se faz, uma grosseria mesmo.

Hostiliza-se, ofende-se, insulta-se! Um descontrole, um gesto impensado, e cria-se um estado de tensão, uma animosidade!

No entanto, afeta-se o que tem de mais precioso, que são esses eleitos e preferidos, entre os bilhões da humanidade.

Foi-lhes dado, no pouco espaço de tempo que é a vida, usufruir juntos, de tudo.

Dos fatos mais simples de cada dia, que de tão simples, nem é percebido o seu valor, e no entanto a seqüência deles, exatamente, é que constitui a vida. Os eventos extraordinários são mero acidente.

O milagre de despertar para mais um dia, apenas pequeno grupo usufrui, junto. O prazer de tomar lugar à mesma mesa.

De não ter, diante do outro a preocupação de ser o que não é, e aparentar algo diferente. De dividir cada hora, a parcela de vida contida em cada minuto.

Viver junto. Grande é a graça. A vida, experiência única, ser partilhada. Junto, assistir o amanhecer, o anoitecer, os dias de sol, as estações do ano.

A chuva, as noites de lua, as cores do mundo. Dividir as emoções, as apreensões, as dificuldades.

Os trabalhos e canseiras. E, fica-se tão habituado a essa presença constante de um junto ao outro, que nem um nem outro, constata-a. Ela existe como o ar que se respira.

Com tanta coisa soma e dividida, elos muito fortes se criam, uma afeição muito intensa se fortalece.

E ai, a injustiça de, por um momento de irreflexão, dar entrada a mágoas, e a desentendimentos.

Castiga-se o filho. É ele tão querido, que desejamos vê-lo afastado de erros. Queremos corrigi-lo, mas, são as palavras duras, a agressão física, as humilhações, as ofensas.

Onde o amor? Onde o respeito pelo seu direito? Numa tentativa de corrigir o erro, erra-se também. Tentou-se lapidar um diamante com um martelo!

A esposa, entre todas as mulheres, foi a escolhida como companheira, para caminhar junto. O percurso, poderiam os dois fazer, de mãos dadas.

Seria melhor e um firmaria o outro. No entanto seguem paralelamente, mas não de mãos entrelaçadas e se querem muito bem...

Pena que não tenham olhos para ver... Entre esses a quem foi dado usufruir, juntos, o dom da vida, só deveria haver a manifestação de sentimentos bons.

O maior bem que é a vida, lhes foi dada para compartilhar.

Se acordassem para o que ganharam e para o tempo que dispõem para amar e viver intensamente, toda uma linguagem, só de entendimento, existiria.

A experiência é única e sem repetição. Uma vez e nunca mais! O ideal seria que fosse bem vivida e bem compartilhada.

Para que não haja, depois, no futuro, desejos vãos de refazer o que se perdeu e lamentações, que se dê sem medir, risos e afeição, ternura e palavras doces, àqueles que o coração elegeu “os mais queridos do mundo”.

FORMATAÇÃO:LUZIA GABRIELE AUTOR: REGINA STELLA O RETO E O OBLÍQUO IMAGENS: INTERNET MÚSICA: BOLÍVIA TRIO CON TE PARTIRO FLAUTA DE PAN DATA: 17 DE AGOSTO DE 2015 Repasse sem modificar Luzia Gabriele Seja verdadeiro, entregue-se ao que faz sem restrições, cultive amizades, faça a diferença, abrace seus valores, ame sem medidas, e principalmente não esqueça de agradecer a Deus pelo dom da vida.