BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril ENCONTROS COM HISTÓRIAS 24 / 02 / 2010.

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Transcrição da apresentação:

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril ENCONTROS COM HISTÓRIAS 24 / 02 / 2010

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24 / 02 / 2010 O Amor … É então de há tanto tempo que o amor de um pelo outro está implantado nos homens, restaurador da nossa antiga natureza, em sua tentativa de fazer de dois um e de curar a natureza humana. Cada um de nós é, portanto, uma metade complementar de um outro, porque cortado como os linguados, de um só se fez dois, e assim cada um procura o seu próprio complemento. (in O Banquete – Platão)

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24 / 02 / 2010 O Amor … O amor parte desta ausência, mutilação e incompletude. A ânsia de se unir ao amado, origina-se dessa sensação de ser apenas parte, metade de um todo; carência. De que carece o amor? De si, porque se alimenta da própria carência. O que deseja? O abraço que une e reconstrói a unidade inicial. O desejo não é desejo do outro, mas desejo de mim como totalidade. Na ausência apaixonada, sou, tristemente, uma imagem descolada. O amor é carência

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24 / 02 / 2010 O Amor … O erotismo utiliza a poesia do desejo ▪ O erotismo é jogo e manifestação dos desejos através do corpo ▪ O desejo é desejo do outro

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24 / 02 / 2010 O Amor … AMAR! Eu quero amar, amar perdidamente! Amar só por amar: aqui... além... Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente... Amar! Amar! E não amar ninguém! Recordar? Esquecer? Indiferente!... Prender ou desprender? É mal? É bem? Quem disser que se pode amar alguém Durante a vida inteira é porque mente! Há uma primavera em cada vida: É preciso cantá-la assim florida, Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada Que seja a minha noite uma alvorada, Que me saiba perder... para me encontrar... Florbela Espanca Florbela Espanca

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24 / 02 / 2010 O Amor … Amar o amor Sob o volume do próprio amor o sujeito acaba por anular o objecto amado. Por uma perversão especificamente apaixonada é o amor que o sujeito ama, não o objecto. O amor expressa-se sob o signo da luta, do indelével, da incompletude, da quase-morte, da resignação. O que se subjaz a essa expressividade do amor e a reforça é a associação do amor ao destino, à dor, ao sofrimento, à possessibilidade.

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24/ 02 / 2010 O Amor … AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís de Camões Luís de Camões

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24/ 02 / 2010 O Amor … O que é o amor? ▪ É intensidade descontínua, mas o que deseja é o contínuo; é encantamento, mas também manipulação, domínio; antagónico do compromisso anseia o enamoramento para sempre.

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24 / 02 / 2010 O Amor … Poema do eterno retorno Há o teu rosto dentro do teu rosto: único e múltiplo. As tuas mãos de outrora nas tuas mãos de agora há o primeiro amor que é sempre o último antes do tempo ou só depois da hora. E vinhas de tão longe. E era tão fundo. Eu conheço-te. E era por mim. E era por ti. E era por dois. E havia na tua voz o princípio do mundo. E era antes da Terra. E era depois. Manuel Alegre

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24 / 02 / 2010 O Amor … Atopos: o ser amado é reconhecido pelo sujeito como inclassificável, de uma originalidade que o faz único Quando o apaixonado encontra o outro, há a afirmação de deslumbramento, de exaltação. É-se devorado pelo desejo, pela impulsão de ser feliz. Só que o valor do amor está permanentemente ameaçado de depreciação: afirma-se o primeiro encontro na sua diferença e o que se deseja é o seu regresso e não a sua repetição. É o receio de uma perda que já se verificou desde a origem desse amor

Amor é tensão Percebe-se, portanto, um imenso abismo entre um amor desejado e realizado no plano ideal e sua efectiva concretização na pessoa amada. Esta distância e contradição apontam para uma insatisfação amorosa em que o poeta se vê dividido entre um desejo, uma aspiração de realização plen e o que tem. Percebe-se, portanto, um imenso abismo entre um amor desejado e realizado no plano ideal e sua efectiva concretização na pessoa amada. Esta distância e contradição apontam para uma insatisfação amorosa em que o poeta se vê dividido entre um desejo, uma aspiração de realização plen e o que tem. BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24 / 02 / 2010 O Amor …

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24/ 02 /2010 O Amor … O amor não deve ser apenas uma chama: deve ser também uma luz. (Henry David Thoreau)

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24/ 02 / 2010 O Amor … Amar é sentir na felicidade do outro a própria felicidade. Gottfried Wilhelm von Leibnitz Amar é estender o seu corpo em direcção a um outro corpo ; mas é também, mais fundamental, exigir que esse corpo, que ele deseja, também se estenda, é desejar o desejo do outro. (Hegel )

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24/ 02 / 2010 O Amor … Passamos pelas coisas sem as ver, gastos, como animais envelhecidos: se alguém chama por nós não respondemos, se alguém nos pede amor não estremecemos, como frutos de sombra sem sabor, vamos caindo ao chão, apodrecidos. Eugénio de Andrade

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24 / 02 / 2010 O Amor … "Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor. Como as outras, ridículas..." Fernando Pessoa

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24 / 02 / 2010 O Amor … À muito cara, à minha bela Que enche o meu corpo de luz, Ao anjo, ao ídolo imortal. (…)” Baudelaire

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24/ 02 / 10 O Amor … "Só se vê com o coração. O Essencial é invisível aos olhos".Exupéry

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24/ 02 / 10 O Amor …

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24/ 02 /10 O Amor …

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24 / 02 / 10 O Amor … Túmulo de Inês de Castro

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24/ 02 / 2010 O Amor … Súplica de Inês de Castro

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BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24/ 02 / 2010 O Amor … "A maior felicidade é a certeza de sermos amados apesar de ser como somos." Vitor Hugo

O amor é vivência Que é que penso do amor? - Em suma, não penso nada. Bem que eu gostaria de saber o que é, mas estando do lado de dentro, eu o vejo em existência, não em essência. O que quero conhecer (o amor) é exactamente a matéria que uso para falar (o discurso amoroso).(…)estou no lugar do amor, que é seu lugar iluminado: 'o lugar mais sombrio, diz um provérbio chinês, é sempre em baixo da lâmpada'''. (cf. BARTHES; 1981: p. 15). Que é que penso do amor? - Em suma, não penso nada. Bem que eu gostaria de saber o que é, mas estando do lado de dentro, eu o vejo em existência, não em essência. O que quero conhecer (o amor) é exactamente a matéria que uso para falar (o discurso amoroso).(…)estou no lugar do amor, que é seu lugar iluminado: 'o lugar mais sombrio, diz um provérbio chinês, é sempre em baixo da lâmpada'''. (cf. BARTHES; 1981: p. 15). BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24/ 02 / 2010 O Amor …

O que o discurso amoroso diz…. Ora, se não podemos despir o amor e encontrar no que ele esconde a sua essência, visto que ele é vivência, isto é, algo inabordável por conceitos, então falamos de um espaço “irracional”, próprio da religião, domínio de uma profundidade opaca que se esquiva, não do nosso sentimento, mas dos nossos conceitos. Ora, se não podemos despir o amor e encontrar no que ele esconde a sua essência, visto que ele é vivência, isto é, algo inabordável por conceitos, então falamos de um espaço “irracional”, próprio da religião, domínio de uma profundidade opaca que se esquiva, não do nosso sentimento, mas dos nossos conceitos., BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24/ 02 / 2010 O Amor …

BECRE - Biblioteca/Centro de Recursos Educativos – Esc. Sec. S. João Estoril 24 / 02 / 2010 O Amor … Ó que famintos beijos na floresta, E que mimoso choro que soava! Que afagos tão suaves, que ira honesta, Que em risinhos alegres se tornava! O que mais passam na manhã, e na sesta, Que Vénus com prazeres inflamava, Melhor é experimentá-lo que julgá-lo, Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo. A Ilha dos Amores, estrofe 83 do Canto IX – Luís de Camões