Esquemas-síntese do poema «Alma minha gentil, que te partiste»
≠ Soneto: duas quadras e dois tercetos; decassílabo. Situação apresentada no poema: lamento do eu por causa da morte da amada. Jovem mulher «partiste» (v. 1) «tão cedo» (v. 2) Morte precoce da amada do sujeito poético é origem do seu sofrimento constante Deseja que descanse em paz no Céu «eternamente» (v. 3) ≠ Ele ficará «sempre triste» (v. 4) Na terra
«Alma minha gentil» (v. 1) Diálogo do sujeito poético com a amada: Apóstrofe Modo imperativo «Alma minha gentil» (v. 1) «repousa» (v. 3) Forma de suavizar a dor
memória desta vida se consente» (vv. 5 e 6) «não te esqueças» (v. 7) Modo imperativo Orações condicionais «Se […] memória desta vida se consente» (vv. 5 e 6) «não te esqueças» (v. 7) Não se esqueça dele Pedido do sujeito poético Se é possível recordar a sua vida na Terra
«E se vires que pode merecer-te algũa cousa a dor que me ficou Modo imperativo Orações condicionais «E se vires que pode merecer-te algũa cousa a dor que me ficou […] de perder-te» (vv. 9-11) «roga a Deus» (v. 12) Peça a Deus que encurte a sua vida para que possam reunir-se no Céu Pedido do sujeito poético Se a amada se compadecer da dor que ele sente pela morte dela
Terceto final: a importância do olhar como forma de presentificar a amada. «tão cedo de cá me leve a ver-te «quão cedo de meus olhos te levou» (vv. 13 e14) A presença da amada acontecerá quando ela estiver de novo ao alcance dos olhos do sujeito poético: a união acontece através do olhar do eu do poema.
e a sua distância faz sofrer Soneto argumentativo? Tese Argumentos Se ela consegue lembrar-se da vida terrena, tem de se recordar do seu amor ardente e puro A amada morreu prematuramente, e a sua distância faz sofrer o sujeito poético Se ela se compadece da dor e mágoa do eu do poema, tem de pedir a Deus que o leve para junto dela