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PublicouAlessandra Esteves Gentil Alterado mais de 8 anos atrás
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Feridas na alma são aquelas que doem mesmo quando não vemos mais o machucado; quando o que causou a ferida não está mais presente e, portanto, no silêncio da noite elas voltam e incomodam.
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Às vezes impedem o sono. E doem... dói o peito, doem os olhos, dói o coração... São aquelas causadas na infância por abusos, desamor, indiferença, incompreensão.
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Ou causadas pela perda irreparável de alguém que era essencial na vida da gente. Ou pela mágoa causada por traições de pessoas nas quais depositávamos toda a nossa confiança.
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Todos os anos possíveis gastos em terapia podem até amenizar o sentimento doloroso, mas não apagar. O tempo também não apaga.
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Infelizmente as mensagens de auto ajuda também não conseguem curar essa doença que consome a alma. Os remédios nem sempre são eficazes na cura dessa dor...
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E então? Estamos condenados a viver o resto das nossas vidas carregando essa "bola" acorrentada nos pés, como prisioneiros condenados? Não necessariamente...
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O primeiro grande passo é a vontade de se curar. Sem isso, nada feito. Ninguém pode fazer por nós o que não desejamos nós mesmos.
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Sabe-se que mesmo fisicamente uma pessoa não pode curar-se sem que haja uma íntima vontade e desejo de se estar curado.
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Depois... só há um meio de apagar essas cicatrizes que se abrem com freqüência: entregar, inteiramente, nossos males nas Mãos d’Aquele que "verdadeiramente tomou sobre si todas as nossas dores."
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Ainda assim não é fácil, pois para entregarmos é necessário tirar uma parte da gente e se desligar dela. E o ser humano não está preparado para isso.
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Não que ele não queira, mas porque não é mesmo fácil. É necessário uma enorme força de vontade e um amor profundo por si mesmo e por aqueles que nos amam e querem que estejamos bem.
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É necessário uma dose muito grande de perdão. É necessário tentar esquecer uma página do livro da própria vida, rasgá-la, queimá-la. E depois, é preciso a aprender a viver sem essa parte, viver uma vida nova e diferente.
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É realmente difícil... mas possível! E possível somente se a própria pessoa se dispõe a isso. É algo pessoal, muito pessoal... Pessoal, entre Deus e nós... ***
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