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ARQUITETURA VI | MIA | ISCTE-IUL| DISCENTE: TERESA MATEUS| DOCENTE: ALEXANDRA PAIO 1.DINÂMICAS SOCIAIS DA HABITAÇÃO HOUSING DYNAMICS IN TODAY SOCIETY 2.CILO.

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1 ARQUITETURA VI | MIA | ISCTE-IUL| DISCENTE: TERESA MATEUS| DOCENTE: ALEXANDRA PAIO 1.DINÂMICAS SOCIAIS DA HABITAÇÃO HOUSING DYNAMICS IN TODAY SOCIETY 2.CILO DE VIDA DAS FAMÍLIAS FAMILIES LIFE CYCLE 3.POTENCIAIS UTILIZADORES POTENCIAL USERS

2 HABITAR ? INHABIT ? Interior Exterior Privado Público Casa Rua ABRIGO SHELTER 1. DINÂMICAS SOCIAIS DA HABITAÇÃO Interior Private House Exterior Public Street

3 PÓS – GUERRA AFTER WAR CONCEITO TRADICIONAL TRADICIONAL CONCEPT LEGADO DE HÁBITOS HABITS’ LEGACY EVOLUÇÃO DA HABITAÇÃO HOUSING EVOLUTION 1. DINÂMICAS SOCIAIS DA HABITAÇÃO NOVAS TIPOLOGIAS NEW TYPOLOGIES

4 2. CICLOS DE VIDA DAS FAMÍLIAS 2016 ?1916 ? ARRANJOS FAMILIARES CONTEMORÂNEOS E CICLO DE VIDA CONTEMPORARY FAMILY ARRANGEMENTS AND LIFE CYCLE PROPOSTA DE ARRANJOS FAMILIARES E CICLO DE VIDA HÁ 100 ANOS PROPOSAL OF FAMILY ARRANGEMENTS AND LIFE CYCLE 100 YEARS AGO

5 AUMENTO DOS DIVÓRCIOS DIVORCES’ INCREASE AUMENTO DA ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA INCREASE OF AVERAGE LIFE EXPECTANCY 2. CICLOS DE VIDA DAS FAMÍLIAS TARDIA AUTONOMIZAÇÃO DOS FILHOS LATE EMPOWERMENT OF CHILDREN CRISE ECONÓMICA ECONOMIC CRISIS COHABITAÇÃO COHABITATION EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA TECHNOLOGICAL EVOLUTION REVOLUÇÃO NA FORMA DE COMUNICAR REVOLUTION IN THE WAY OF COMMUNICATING ? QUARTO BEDROOM SALA DE REFEIÇÕES DINING ROOM

6 A. B. C.

7 3. POTENCIAIS UTILIZADORES A. CASAL COM FILHOS | COUPLE WITH CHILDREN FAIXA ETÁRIA : 30 anos ROTINAS DIÁRIAS | DAILY LIFE ROUTINES FASE DA VIDA : Consolidação da família constituída. 1.1. 3.3.4.4. 2.2. 5.5. 6.6. TIPO DE HABITAÇÃO PROCURADA | NECESSIDADES DE ESPAÇO: Boas áreas. Privilégio das áreas comuns ( sala e cozinha) sobre as áreas mais privadas. Proximidade com jardins e espaços de lazer. Proximidade relativa ao local de trabalho. 7.7. 8.8. 9.9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. HOBBIES 1.Ir ao parque com os filhos Going to the playground with the children 3. Passeios de bicicleta Riding a bike 2. Pequenas carpintarias Handcrafting ORIGENS : Antigos habitantes do Bairro da Liberdade Serafina, realojados noutros locais, ou habitantes da área metropolitana de Lisboa. AGE GROUP : 30 years. STAGE OF LIFE : Consolidation of the constituted family. ROOTS : People who already lived in the Liberdade Serafina neighborhood, and have been rehoused in another one, or residents of the Lisbon metropolitan area. TYPE OF HOUSE| SPACE NECESSITIES: Good areas. Privilege of the common áreas ( living room and kitchen). Close to gardens, playgrounds and recreation spaces. Close enough to their work place.

8 3. POTENCIAIS UTILIZADORES CASAL DE IDOSOS | COUPLE OF OLD PEOPLE B. FAIXA ETÁRIA: 70 – 90 anos FASE DA VIDA: Reforma TIPO DE HABITAÇÃO PROCURADA| NECESSIDADES DE ESPAÇO: Fáceis acessos; Áreas pequenas; Preferência pela tipologia de vilas; Pequeno jardim; Proximidade com os filhos e netos; ROTINAS DIÁRIAS | DAILY LIFE ROUTINES 1.1. 3.3.4.4. 2.2. 5.5. 6.6. 7.7. 8.8. 9.9. 10. 11. 12 HOBBIES PERSONALIDADE: Pessoas simples, acolhedoras e sábias. A quem a vida não deu muito, mas que podem dar muito aos outros. 1.Jogar xadrez Play chess 2. Pequenos trabalhos manuais Handcrafting 3. Cuidar do jardim Gardening 4. Costura Sewing ORIGENS: Fluxos migratórios de êxodo rural. Provenientes do Alentejo e Trás-os- Montes. Habitantes do Bairro da Liberdade Serafina há cerca de 40 anos. AGE GROUP : 70-90 years. STAGE OF LIFE : Retirement. ROOTS : Migration of rural exodus. People from Alentejo and Trás-os- Montes. Residents of Liberdade Serafina neighborhood for 40 years. TYPE OF HOUSE| SPACE NECESSITIES: Easy accesses; Small areas; Preference for villas typology; Small garden; Close to their children’ and grandchildren’ house. PERSONALITY: Humble, warm and wise people, to whom life didn´t give much but who have a lot to give.

9 3. POTENCIAIS UTILIZADORES ESTUDANTES| STUDENTS C. FAIXA ETÁRIA: 18 – 25 anos FASE DA VIDA: Procura de ascensão literária e social através dos estudos. Aproveitar a vida citadina. TIPO DE HABITAÇÃO PROCURADA| NECESSIDADES DE ESPAÇO: Privilégio dos espaços privados (Ex: quarto); Proximidade com transportes; Caráter de transitoriedade. ROTINAS DIÁRIAS| DAILY LIFE ROUTINES 1.1. 3.3.4.4. 2.2. 5.5. 6.6. 7.7. 8.8. 9.9.10. 12. 13. HOBBIES PERSONALIDADE: Joviais; criativos; inovadores; empreendedores. 1.Passear com o namorado (a) Go for a walk with the boyfrind/ girlfriend 2. Viajar Travelling 3. Ir ao ginásio Going to the gym 4. Jogging 5. Ir à discoteca Going to the disco 6. Sair com amigos Going out with friends 7. Concertos Music concerts ORIGENS: Migração de vários pontos do país 14. AGE GROUP : 18 - 25 years. STAGE OF LIFE : Search of literary and social rise, trough studies; Enjoying the urban life. ROOTS : Migration from different points of the country. TYPE OF HOUSE| SPACE NECESSITIES: Privilege of the private spaces: Easy access to transports; Character of transience. PERSONALITY: creative; innovative; entrepreneurs.

10 Arquitetura VI | MIA | ISCTE – IUL Discente: Teresa Mateus Docente: Alexandra Paio ANÁLISE DE POTENCIAIS UTILIZADORES 1. Dinâmicas sociais da habitação e ciclo de vida das famílias. O ato de habitar é a razão pela qual a arquitetura existe, pelo que compreender a evolução das dinâmicas que lhe estão subjacentes e o ciclo de vida de quem o pratica, se revela crucial para projetar. Este ato está diretamente relacionado com a procura de delimitação de um espaço onde nos sintamos seguros. Foi na dualidade entre exterior e interior, público e privado, rua e casa que as comunidades se foram formando, sendo que a evolução da habitação esteve sempre associada a um conceito tradicional e de legado de hábitos, somente interrompido com o Movimento Moderno. Foi precisamente neste movimento que a questão da evolução tipológica se colocou verdadeiramente pela primeira vez, muito devido à necessidade de reconstrução do pós-guerra. Surgiram então, com a experimentação de novas tipologias por parte dos arquitetos, estudos que tentavam encontrar o modo de melhorar o espaço doméstico e, consequentemente, a vida dos habitantes. Contudo, atualmente as dinâmicas habitacionais são muito diversificadas, alteram-se muito rapidamente e exigem funções variadas e simultâneas. Isto deve-se ao surgimento de inúmeros panoramas familiares multigeracionais e incomuns, resultantes de fatores como a tardia autonomização dos filhos, o aumento do divórcio e o aumento da esperança média de vida. Por outro lado, a crise económica tem obrigado à coabitação de colegas de trabalho, amigos e desconhecidos, conduzido à subversão da ideia de privacidade. A evolução tecnológica tem também tido influência nestas dinâmicas, na medida em que veio revolucionar a forma de comunicar das pessoas. Com a troca do convívio físico pelo convívio virtual, começam a existir espaços questionáveis na habitação, sendo que uns perdem importância, como é o caso da sala, e outros sofrem uma valorização como é o caso do quarto, que anteriormente servia somente para dormir, mas que hoje é o local onde os jovens passam a maioria do seu tempo. Já a separação entre espaços de lazer e espaços de serviço deixou de ter que ser tão demarcada como foi outrora, pois a distribuição das tarefas doméstica é hoje mais igualitária. No que aos modos de trabalho diz respeito, estes começaram a invadir o espaço doméstico, fazendo com que este tenha agora de acolher programas que no passado estavam desconetados do mesmo. Ora, isto obviamente cria novas dinâmicas familiares, mas o oposto também: o local de trabalho poder ser, atualmente, muito longe de casa, devido á facilidade de deslocação. Para responder a estas novas necessidades surgem então novos materiais, novas técnicas de construção e distintos ideais estéticos. A criatividade e a vida citadina crescem, tornando-se o consumidor num “objeto da cultura de abstração”. Os problemas, os valores e as referências passam então a ser globais, e a própria arquitetura necessita de ser feita para uma sociedade global e mutável. É preciso compreender o espaço da habitação da forma multifacetada em que eles se tornaram. É preciso conseguir conjugar o individualismo das áreas privadas com a interação que ocorre nos espaços comuns, a vontade que ainda se mantém de cada indivíduo ter o seu espaço de habitar fixo, com o mundo da mobilidade e da viagem. Por sua vez, a célula da família, numerosa no passado, foi-se tornando cada vez menor, nalguns casos reduzindo-se mesmo a uma pessoa. É pois necessário começar a pensar os espaços numa lógica de flexibilidade e adaptabilidade, para que as habitações não se tornem obsoletas, passando o programa a ter de ser encarado não como requisito único, mas como um utensílio de apoio. A previsibilidade, inflexibilidade e ideia de permanência da cidade clássica foram na cidade contemporânea substituídos pela mutabilidade e indeterminação. Vive-se atualmente em “estado líquido”. A linearidade familiar e habitacional é um conceito que já não existe. O nosso habitar deixou de ser algo estático para passar a ser algo dinâmico.

11 Arquitetura VI | MIA | ISCTE – IUL Discente: Teresa Mateus Docente: Alexandra Paio ANALYSIS OF POTENCIAL USERS 1. HOUSING DYNAMICS AND FAMILIES LIFE CYCLE The act of inhabiting is the reason why architecture exists, and that´s why it is really important do understand the dynamics evolution behind it as well as the life cycle of those we are projecting for. Inhabiting is directly related with the search for a delimiting space, where we can feel safe. It was based on the duality between exterior and interior, public and private, street and house that communities started to take form. Until the Modern Movement Housing evolution was always related to a traditional concept of habits’ legacy. It was when this movement took place that typological evolution was truly questioned for the first time, much due to the need for post-war reconstruction. With the experimentation of new typologies by architects, studies that were trying to find a way to improve the domestic space and users’ quality of life came to light. However, nowadays housing dynamics are very diverse, they change really quickly and they require different but simultaneous functions. This is due to the emergence of numerous multigenerational and non-common families’ panoramas, which are a result of late empowerment of children and the increase of divorces and average life expectancy. On the other hand, the economic crisis has been forcing the cohabitation of work colleagues, friends and even people who don´t know each other, subverting this way the idea of privacy. The technological evolution has also been influencing these dynamics, due to the fact that it revolutionized the way people communicate. With the exchange of physical interaction for virtual interaction, there are spaces in the house that start to be questioned. Some lose importance like the living room, while others, like the bedroom, are valorised (in the past the bedroom was only used to sleep but nowadays it is the space where children and teenagers spend most of their time). The separation between leisure and service spaces has also no longer to be as marked as it was once because today the distribution of housework is more egalitarian. Working modes started to invade the domestic space leading to a necessity of hosting programmes which in the past were disconnected from it. This obviously creates new families’ dynamics. But the opposite to: the fact that nowadays the workplace can be really far from home, due to the facility of dislocation. New materials, new construction systems and different aesthetic ideals arise to respond to these new needs. Urban life and creativity grew, becoming the consumer an "abstraction culture´s object." Problems, values and references become global and architecture itself starts to need to be done according to this global and changeable society. Understand the house spaces in the multifaceted way they have turned to is needed. We need to be able to combine the individualism of private areas with the interaction that takes place in public spaces; the still remaining will of each individual to have his fixed living space, with a world of mobility and travel. Finally, families’ cell - numerous in the past – has become smaller and smaller, reducing itself to one person in some cases. Therefore we need to start projecting spaces in a flexibility and adaptability logic, so that houses don´t turn out obsolete. House programmes have to be seen not as the only requirement but as support tools. Classic cities’ idea of predictability, inflexibility and permanence was replaced by the contemporary cities’ idea of mutability and indeterminacy. Families’ and housing linearity is a concept that no longer exists. Our inhabitant is no longer something static, but something dynamic. We now live in “liquid state”.


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