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PublicouEliana Rijo de Sintra Alterado mais de 8 anos atrás
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30 de maio de 2016 01:46:28
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Naquela casa reinava a paz e o amor, todos eram bem- vindos e era um entra e sai diário, era gente chegando, era gente saindo, nem o horário das refeições era respeitado, parecia até que a preferência das pessoas era devida a boca livre reinante ali; no fogão sempre tinha comida pronta, era só chegar, pegar um prato e se servir a vontade.
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O nome certo da dona da casa era Marilia das Graças Tavares, mas os sobrinhos e filhos de amigos só a chamavam de Bada e ninguém sabia o porque do apelido, mas foi se espalhando e de repente toda a cidade de Campina do Alegrete passou a chama-la assim; era difícil entender a caridade daquela mulher pequenina por fora e grande por dentro.
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A família de Bada era composta por quatro filhos e doze netos, como todos eram adultos cada membro de família tinha uma grande quantidade de amigos e amigas e todos entravam e saiam da casa da bondosa e tolerante Bada o dia inteiro e um bom pedaço da noite, as vezes ao se levantar a dona da casa encontrava jovens dormindo pela casa.
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Eram amigos dos netos que ficavam até mais tarde ouvindo música e resolviam dormir lá mesmo, se acomodavam nos sofás e até em cima das mesas, ela dizia: bom dia meninos, venham pra cozinha tomar café comigo, eles iam e ela preparava ótimos cafés da manhã para todos com muita alegria e bolinhos de chuva, na saída ela ganhava beijos e abraços.
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Com toda essa movimentação aconteciam fatos muito divertidos na casa de Bada, como o dia que um senhor entrou, se assentou e pediu almoço, ela serviu um bom prato de comida e entregou ao cidadão que pediu que ela fritasse dois ovos moles para ele e ela prontamente atendeu ao pedido, quando terminou de comer, ele pediu sobremesa.
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Foi prontamente atendido com um bom pedaço de marmelada com queijo e para encerrar recebeu um gostoso cafezinho, satisfeito o homem disse: por favor dona, veja minha conta e Bada respondeu: ora essa, eu não cobro nada dos amigos de meus filhos e netos, mas o senhor não era amigo de ninguém, pelo movimento ele pensou que ali era um hotel ou restaurante e foi entrando.
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Desfeito o mal entendido, ele se desmanchou em desculpas e queria pagar pelo almoço, mas a bondosa Bada o acalmou, dizendo: liga não moço, aqui entra e sai gente o dia inteiro, todos comem e eu nem sei direito se são meus netos, filhos ou amigos deles, se gostou do meu tempero pode voltar, panela que come um, come dois ou mais.
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O tal homem era gerente de uma grande firma de maquinas em geral na capital e lá chegando enviou uma maquina de costura Singer de presente para Bada; ela viveu até aos noventa anos, sempre com a casa cheia de parentes, amigos e estranhos, nunca negou comida e carinho a ninguém e nunca lhe faltou nada, ela sempre dizia: atire seu pão as águas, que ele sempre voltará.
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CRÉDITOS TEXTO DE VÓ FIA FORMATAÇÃO DE VÓ FIA MÚSICA- PALOMA TEXTO REGISTRADO NO EDA NEPOMUCENO MG 22/1/09
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