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MUTAGÊNESE, CARCINOGÊNESE E AGROTÓXICOS

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Apresentação em tema: "MUTAGÊNESE, CARCINOGÊNESE E AGROTÓXICOS"— Transcrição da apresentação:

1 MUTAGÊNESE, CARCINOGÊNESE E AGROTÓXICOS
Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer Coordenação de Prevenção e Vigilância Un. Téc. De Exposição Ocupacional, Ambiental e Câncer MUTAGÊNESE, CARCINOGÊNESE E AGROTÓXICOS Marcia Sarpa de Campos Mello Seminário: Agrotóxicos, Saúde e Ambiente (UNIOESTE / Cascavel) 25 de junho de 2014

2 Desde 2008 O BRASIL É O MAIOR CONSUMIDOR DE AGROTOXICOS DO MUNDO.
EM 2012 O BRASIL USOU 1,05 BILOES DE LITROS DE AGROTÓXICOS EM SUAS LAVOURAS, O QUE EQUIVALE AO CONSUMO INDIVIDUAL POR BRASILEIRO DE CERCA DE 5 LITROS POR ANO. O USO INTENSIVO DE AGROTÓXICOS NAS LAVOURAS BRASILEIRAS ACARRETA IMPACTOS SOBRE A SAÚDE E O MEIO AMBIENTE.

3 AGROTÓXICOS Produtos químicos ou quaisquer substâncias ou misturas de substâncias, usadas para prevenir, destruir ou controlar qualquer praga, incluindo vetores de doenças humanas ou de animais, que causam prejuízo ou interferem com a produção, transporte ou distribuição de alimentos agrícolas, madeiras e produtos de madeiras. (OMS) Os agrotóxicos são: “Produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento” (Lei Federal n° de 11/07/1989).

4 CLASSIFICAÇÃO De acordo com: Grupo químico dos ingredientes ativos: organofosforados, organoclorados, carbamatos, piretroides, avermectinas, compostos clorofenóxicos, bipiridilos, organoestanhosos e etc; Tipo de praga que controlam: inseticidas, fungicidas, herbicidas, acaricidas, rodenticidas, moluscicidas; Efeitos sobre à saúde humana: extremamente tóxicos, altamente tóxicos, medianamente tóxicos e pouco tóxicos. Os agrotóxicos são classificados de acordo com: Grupo químico dos ingredientes ativos: organofosforados, organoclorados, carbamatos, piretroides, avermectinas, compostos clorofenóxicos, bipiridilos, organoestanhosos e etc; Tipo de praga que controlam: inseticidas, fungicidas, herbicidas, acaricidas, rodenticidas, moluscicidas; Efeitos sobre à saúde humana: extremamente tóxicos, altamente tóxicos, medianamente tóxicos e pouco tóxicos.

5 TOXICIDADE AGUDA CLASSE I Extremamente tóxica DL50 < ou = 1 mg/kg
CLASSE II Altamente tóxica DL50 > 1 a 50 mg/kg CLASSE III Moderadamente tóxico DL50 > 50 a 500 mg/kg CLASSE IV Pouco tóxico DL50 > 0,5 a 5 g/kg COM RELAÇÃO A CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS EFEITOS SOBRE A SAÚDE HUMANA, ELE É CLASSIFICADO COMO CLASSE I, II, III, IV....DE ACORDO COM OS RESULTADOS DO PRIMEIRO TESTE TOXICOLÓGICO REALIZADO QUE É O TESTE DE DOSE LETAL 50%. ESSA CLASSIFICAÇÃO É A QUE ESTÁ NO RÓTULO DAS EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS. PORÉM, A TOXICIDADE AGUDA É AVALIADA APÓS A EXPOSIÇÃO A UMA DOSE ALTA DE AGROTÓXICOS NO PERIODO DE ATÉ 24H, PORTANTO, OS RESULTADOS DESSE TESTE SÃO LIMITADOS.

6 Toxicidade Aguda No entanto, o que é muito importante considerar é que a letalidade (A TOXICIDADE AGUDA), observada após TRATAMENTO (EXPOSIÇÃO) ÚNICA E COM UMA ALTA DOSE, é apenas A PONTINHA DO ICEBERG em um universo de possiveis desfecehos que devem e sÃo levados em consideracao no estudo da toxicidade de uma dada substancia. UM AGROTÓXICO Com baixa toxicidade aguda PODE POR EXEMPLO SER CARCINOGENICO OU TERATOGENICO EM NÍVEIS BEM BAIXOS DE DOSES. 6

7 Efeitos sobre a fertilidade Efeitos sobre o desenvolvimento
Toxicidade Aguda Toxicidade crônica Neurotoxicidade Imunotoxicidade Teratogenicidade Efeitos sobre a fertilidade Efeitos sobre o desenvolvimento Desregulação endócrina Dano ao meio ambiente Mutação Câncer No entanto, o que é muito importante considerar é que a letalidade , observada após tratamento único, é apenas um grao de areia em um universo de possiveis desfecehos que devem e sao levados em consideracao no estudo da toxicidade de uma dada substancia. Uma subst. Com baixa toxicidade aguda pode por exemplo ser carcinogenica ou teratogenica em niveis bem baixos de dose. Avaliação da capacidade de substâncias químicas (agentes carcinogênicos) ou fatores ambientais de induzir o aparecimento de neoplasias 7

8 CLASSIFICAÇÃO DE EFEITOS TÓXICOS
Efeitos agudos - após exposição única a uma substância química; - geralmente em doses elevadas; - ocorre após exposição ocupacional ou envenenamento Irritação pele e olhos, coceira, cólicas, vômitos, diarréias, espasmos, dificuldades respiratórias, convulsões, morte etc.

9 CLASSIFICAÇÃO DE EFEITOS TÓXICOS
Efeitos crônicos - após exposição múltipla a uma substância; - geralmente em doses baixas - exposição através da alimentação e ambiental - em geral os efeitos aparecem muito tempo após a exposição dificultando a correlação com o agente Infertilidade, impotência,abortos, malformações, desregulação hormonal, efeitos sobre sistema imunológico, câncer etc.

10 Problema de Saúde Pública
Câncer O Câncer é a segunda causa de óbito no Mundo, sendo responsável por milhares de mortes anualmente e essa patologia representa um dos principais problemas de Saúde Pública no mundo. No Brasil o CÂNCER já é a segunda principal causa de morte por doenças, acometendo cerca de 100 mil individuos, com ligeira predominancia do sexo masculino. O cancer de mama registrou um aumento de 50% de casos durante as duas ultimas decadas. Problema de Saúde Pública

11 Epidemiologia - O Brasil no Cenário do Câncer no Mundo
A incidência de câncer no mundo vem aumentando rapidamente nos últimos anos, em decorrência do envelhecimento da população mundial e da crescente exposição a fatores de risco ambientais. No BRASIL A INCIDENCIA DE CANCER TB VEM AUMENTANDO. There were 14.1 million new cancer cases, 8.2 million cancer deaths and 32.6 million people living with cancer (within 5 years of diagnosis) in 2012 worldwide. 57% (8 million) of new cancer cases, 65% (5.3 million) of the cancer deaths and 48% (15.6 million) of the 5-year prevalent cancer cases occurred in the less developed regions.

12 Estimativa do número de casos novos de câncer (exceto pele não melanoma) para o ano de 2014, homens e mulheres, Brasil. Casos Novos 48 % 52% De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se para 2014 uma ocorrência de casos novos de câncer no Brasil. O Câncer é a segunda causa de óbito no Mundo e representa um dos principais problemas de Saúde Pública no mundo. Também no Brasil, o câncer já é a segunda principal causa de morte por doenças, sendo responsável por cerca de 140 mil mortes todos os anos no Brasil. Casos novos com pele não melanoma: Fonte: MS/INCA/ Estimativa de Câncer no Brasil, 2013 MS/INCA/CGPV/Divisão de Vigilância e Análise de Situação

13 Situação do Câncer no Brasil
Fatores determinantes: Urbanização (maior exposição a fatores ambientais) e Envelhecimento da população O AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS DE CANCER ESTÁ RELACIONADO A MAIOR EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCOS AMBIENTAIS E AO ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO.

14 Taxas brutas de incidência das localizações primárias
Taxas brutas de incidência das localizações primárias* estimadas para 2014, em homens, Brasil. 80,00 60,00 40,00 20,00 0,00 PRINCIPAIS LOCALIZAÇÕES DE CÂNCER EM HOMENS NO BRASIL. O CÂNCER QUE MAIS ACOMETE OS HOMENS É O DE PRÓSTATA, SEGUIDO, DE TRAQUEIA, BRONQUIO E PULMÃO...ETC.... É BOM LEMBRAR QUE O CÂNCER DE PRÓSTATA É UM TIPO DE CÂNCER RELACIONADO A FATORES HORMONAIS E DETERMINADOS AGROTÓXICOS PODEM SE COMPORTAR COMO HORMONIOS SEXUAIS MASCULINOS E ALTERAR O METABOLISMO HORMONAL DOS SERES HUMANOS. * Exceto pele não melanoma Valores por 100 mil Fonte: MS/INCA/ Estimativa de Câncer no Brasil, 2013 MS/INCA/CGPV/Divisão de Vigilância e Análise de Situação

15 Taxas brutas de incidência das localizações primárias
Taxas brutas de incidência das localizações primárias* estimadas para 2014, em mulheres, Brasil. PRINCIPAIS LOCALIZAÇÕES DE CÂNCER EM MULHERES NO BRASIL EM 2014 O CÂNCER QUE MAIS ACOMETE OS HOMENS É O DE MAMA, SEGUIDO, DE COLON E RETO......ETC.... DA MESMA FORMA É BOM LEMBRAR QUE O CÂNCER DE MAMA É UM TIPO DE CÂNCER RELACIONADO A FATORES HORMONAIS E DETERMINADOS AGROTÓXICOS PODEM SE COMPORTAR COMO HORMONIOS SEXUAIS FEMININOS E ALTERAR O METABOLISMO HORMONAL DOS SERES HUMANOS. * Exceto pele não melanoma Valores por 100 mil Fonte: MS/INCA/ Estimativa de Câncer no Brasil, 2013 MS/INCA/CGPV/Divisão de Vigilância e Análise de Situação

16 O que é o Câncer? Conjunto de manifestações patológicas que caracterizam-se pela perda de controle da proliferação celular. O CÂNCER É A DESIGNAÇÃO DADA AO CONJUNTO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS QUE CARACTERIZAM-SE PELA PERDA DE CONTROLE DA PROLIFERAÇÃO CELULAR E GANHO DE CAPACIDADE DE INVADIR TECIDOS ADJACENTES OU DE SOFRER METÁSTASES PARA TECIDOS DISTANTES. Esta perda de controle da proliferação celular é consequencia direta de danos nos mecanismos de regulação do ciclo celular e, deste modo, podemos afirmar, que o câncer é uma doença que resulta dos danos ocorridos nos genes que controlam o ciclo celular. Razões que levam os genes que regulam o ciclo celular a perderem suas funções: predisposições genéticas hereditárias, e agentes físicos, químicos e biológicos.

17 Predisposições genéticas hereditárias;
Quais são as razões que levam os genes que regulam o ciclo celular a perderem as funções de regulação? Predisposições genéticas hereditárias; Fatores ambientais - agentes biológicos, físicos, químicos (ex: agrotóxicos). AS PREDISPOSIÇÕES GENÉTICAS REPRESENTAM APENAS 20% DAS CAUSAS DE CÂNCER. EM TORNO DE 80% DAS CAUSAS DE CÂNCER ESTÃO RELACIONADAS A EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCOS AMBIENTAIS, INCLUINDO OS AGENTES BIOLÓGICOS, FISICOS E QUIMICOS, ONDE OS AGROTÓXICOS ESTÃO INCLUIDOS. Radiação Ionizantes (cancer de tireoide); Radiação ultra violeta (cancer de pele) Hidrocarbonetos aromaticos HPV (cancer de colo uterino) ; virus da hepatite B e C (cancer hepatico) ; virus Epstein-Barr (linfoma de Burkitt)

18 ETAPAS DA CARCINOGÊNESE
Agente químico Inativação Excreção Expansão Clonal Seletiva Heterogeneidade celular Ativação Nucleo Alterações Genéticas Alterações Genéticas Vírus Inibição Iniciação Promoção Progressão Exposição Radiação Esquematicamente, consideram-se pelo menos 3 etapas desde o momento da agressão química até o aparecimento da neoplasia: Iniciação: fase em que observa-se alteração rápida e irreversível no genoma de células normais, que são então convertidas em células “iniciadas”. As células iniciadas são células geneticamente alteradas, mantidas sob controle por mecanismos homeostáticos. Somente na fase de promoção , que ocorre a longo prazo e é parcialmente reversível, é que as células “iniciadas” sofrem ação de outro agente (i.e. promotor), o que desencadeia o desenvolvimento de células pré-neoplásicas. Progressão é entendida como a fase em que células pré-neoplasias sofrem alterações qualitativas em seu fenótipo, aumentando as suas propriedades malígnas. CÉLULA INICIADA LESÃO PRÉ-NEOPLÁSICA TUMOR MALIGNO CÉLULA NORMAL Ativação de proto-oncogenes Inativação de genes supressores CÂNCER CLÍNICO

19 NÃO EXISTEM LIMITES SEGUROS DE EXPOSIÇÃO
Os Agrotóxicos podem exercer seus efeitos carcinogênicos através de uma variedade de mecanismos, incluindo: -genotoxicidade (mutagenicidade), -promoção de tumor, -ação hormonal e -imunotoxicidade (Chiu and Blair, 2009) NÃO EXISTEM LIMITES SEGUROS DE EXPOSIÇÃO NÃO EXISTEM LIMITES SEGUROS DE EXPOSIÇÃO Carcinógenos genotóxicos – uma molécula pode levar a dano no material genético, levando a formação de uma célula mutada Outros efeitos podem ocorrer em doses muito baixas e através de igação ao material genético: desregulação endócrina e imunotoxicidade

20 Classificação de agentes quanto ao potencial carcinogênico - IARC
Grupo (nº de agentes) Definição/Descrição Exemplos 1 (105) Carcinogênico para humanos (suficiente em humanos ou suficiente em animais e forte evidência em humanos) Arsênio, cádmio, níquel, cromo, aminas aromáticas, asbestos, benzeno 2A (66) Provável carcinógeno para humanos (limitada em humanos e/ou suficiente em animais, porém o mecanismo é relevante para humanos) Ftalimida (fungicida - câncer de fígado); Inseticidas não arsenicais (ca cérebro, pulmão, figado); dibrometo etileno (inseticida – ca pulmão, esofago e fígado) 2B (248) Possível carcinógeno para humanos (limitada em humanos e pouco suficiente em animais, com mecanismo e outras evidências relevantes) Lindano (leucemia, ca figado),DDT (ca pulmão, LNH, leucemia), Heptaclor (ca pulmão, LNH, leucemia), Pentaclorofenol (LNH, mielomas, ca lábio). 3 (515) Não classificável como carcinógeno para humanos (inadequado em humanos e inadequado ou limitado em animais, sem relevância mecanística) Tiram, Triclorfon, Parationa Metílica, Aldrin A IARC, a Agencia internacional para pesquisa em cancer, classifica os agentes cancerigenos em diferentes grupos de acordo com o seu potencial de causar o câncer. Dentre os agrotóxicos, somente os que contem em sua composição Ingredientes Ativos dos grupos quimicos do Arsênio, cádmio, níquel, cromo, aminas aromáticas são classificados no grupo 1, isto é, carcinogenicos para humanos. No grupo 2A temos Fungicidas e Herbicidas : Fonte: International Agency for Research on Cancer – IARC, 2008 20

21 Estudos Epidemiológicos: Aumento do risco de Câncer e exposição ocupacional a Agrotóxicos
ESTUDOS RECENTES REVELARAM ASSOCIAÇÃO ENTRE O USO DE AGROTÓXICOS E PELO MENOS 14 LOCALIZAÇÕES PRIMARIAS DE CÃNCER (CÉREBRO/SNC), CÓLON, MAMA, LINFOMA DE HODGKIN, LEUCEMIA, LNH, PULMÃO, MIELOM MULTIPLO, OVÁRIOS, PANCREAS, TESTICULOS ENTRE OUTROS. Estudos Epidemiológicos indicando aumento do risco de Câncer e exposição ocupacional a Agrotóxicos (IAs)

22 Maior risco de Linfoma não-Hodgkin em trabalhadores
Estudos Epidemiológicos indicando aumento do risco de Câncer e EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL a Agrotóxicos (IAs) INGREDIENTE ATIVO/CLASSE EFEITOS TÓXICOS Referências bibliográficas Herbicida 2,4-D (grupo clorofenoxi) Maior risco de Linfoma não-Hodgkin em trabalhadores Solonescki et al, 2007; Cantor et al, 1992; Miligi et al, 2006. Terbufós (organofosforado) Aumento do risco de leucemia, Linfoma não-hodgkin, câncer de próstata e pulmão. Bonner et al, 2010 2-4-D altamente toxico, autorizado para ervas daninhas em arroz e milho. Foi usado em 2011 para desmatar 3000hectares de floresta nativa do Amazonas. O mesmo que foi feito pelos EUA usando ele como desfolhante na Guerra do Vietna. Esse uso na floresta contamina solo, lençol freático, meio ambiente e seres humanos.

23 Associação significativa com melanoma cutâneo nos EUA
Estudos Epidemiológicos indicando aumento do risco de Câncer e EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL a Agrotóxicos (IAs) INGREDIENTE ATIVO/CLASSE EFEITOS TÓXICOS Referências bibliográficas Mancozebe, carbaril (ditiocarbamato, metilcarbamato - A) e parationa (OP,NA) Associação significativa com melanoma cutâneo nos EUA Dennis et al, 2010

24 Paraquat (bipiridilo – A)
Estudos Epidemiológicos indicando aumento do risco de Câncer e EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL a Agrotóxicos (IAs) INGREDIENTE ATIVO/CLASSE EFEITOS TÓXICOS Referências bibliográficas Metribuzin (herbicida triazinona - A) Associação potencial com cânceres linfohematopoiético em homens nos EUA Oliver et al, 2009 Paraquat (bipiridilo – A) Risco significativamente elevado de linfoma não-hodgkin em agricultores nos EUA Park et al, 2009 Organoclorados (NA) Risco significativamente elevado de linfoma não-hodgkin em agricultores no Canadá Spinelli et al, 2007

25 Estudo Epidemiológico indicando aumento do risco de Câncer e EXPOSIÇÃO AMBIENTAL a Agrotóxicos (IAs)
ESTUDO REALIZADO POR CURVO E COLABORADORES INDICOU UMA ELEVADA MORBIMORTALIDADE POR CÂNCER DE CRIANÇAS EXPOSTAS AMBIENTALMENTE A AGROTÓXICOS Espera-se que os resultados do presente estudo contribuam para o planejamento das políticas de uso de pesticidas no estado, tendo em mente seus potenciais efeitos sobre a saúde humana a curto e longo prazos, e para o palnejamento das ações de prevenção ao câncer. Para o aprofundamento da investigação das associações observadas são necessários com diferentes estratégias, desde estudos ecológicos que agreguem o uso de informações de mortalidade e incidência até estudos de caso-controle e coorte que possibilitem a avaliação individual do nível de exposição dos sujeitos aos diferentes pesticidas. Introdução: Desde a década de 1980 o consumo de pesticidas vem aumentando muito no Brasil e especialmente no estado do Mato Grosso, principal consumidor destas substâncias, sem adequado monitoramento de seu impacto sobre o meio ambiente e a saúde humana. Dentre as consequências da exposição crônica de seres humanos a pesticidas destaca-se a possível associação entre estes agentes e o desenvolvimento de neoplasias malignas. Objetivo: Descrever os padrões de consumo de pesticidas no estado do Mato Grosso e em suas regiões de saúde em 1998 e estudar sua possível associação com a mortalidade por leucemias, linfomas e neoplasias malignas de mama, próstata, esôfago, estômago, pâncreas e encéfalo no período de 2004 a Método: Trata-se de um estudo ecológico utilizando as informações sobre os óbitos por neoplasias disponíveis no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do estado de Mato Grosso no período de 2004 a Foram selecionados os óbitos com causa básica neoplasia maligna de mama, próstata, esôfago, estômago, pâncreas e encéfalo, além de leucemias e linfomas. Os óbitos foram descritos quanto a sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade e região de residência. Dados sobre a estimativa de população foram obtidos junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados sobre o consumo de pesticidas foram obtidos junto ao Instituto de Defesa Agropecuária (INDEA-MT) e IBGE. As regiões de saúde foram classificadas quanto ao volume de pesticidas utilizados em 1998 em 3 grupos (alto, médio e baixo). Foram calculadas as taxas específicas de mortalidade por sexo e idade e as taxas padronizadas de mortalidade das 3 regiões. Calculou-se o Risco Relativo (RR) e seu respectivo intervalo de confiança (IC95%) para comparar as taxas de mortalidade das regiões de saúde com consumo médio e alto de pesticidas às regiões com baixo consumo. Resultados – As neoplasias malignas foram a terceira causa de morte por causas definidas no estado no período de 2004 a Foi observada associação entre níveis alto/médio de uso de pesticidas em 1998 e mortalidade por neoplasias malignas de esôfago, estômago, pâncreas, encéfalo, próstata, leucemias e linfomas apenas nas faixas etárias de 60 a 69 anos e 70 anos ou mais. No caso do câncer de mama, observou-se associação com o uso alto/médio de pesticidas para as faixas etárias de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. Considerações finais: Espera-se que os resultados do presente estudo contribuam para o planejamento das políticas de uso de pesticidas no estado, considerando seus potenciais efeitos também a longo prazo sobre a saúde. A Vigilância em Saúde aponta para uma estratégia de mudança das práticas de saúde, produzindo propostas de intervenção no controle de pesticidas e na prevenção do câncer como fundamental na construção de um plano de controle e vigilância de pesticidas, onde os sistemas de informação estejam próximos das populações potencialmente expostas.

26 Cunha, MLON. Mortalidade por câncer e a utilização de pesticidas no Mato Grosso. (Dissertação de Mestrado), São Paulo: Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, 2010. Neoplasias malignas - terceira causa de morte por causas definidas no estado do MT no período de 2004 a 2006, com maior número de óbitos entre pessoas de sexo masculino, com idade superior a 60 anos e com até três de escolaridade. - Associação entre níveis altos/médios de uso de pesticidas em 1998 e mortalidade por neoplasias malignas de esôfago, estômago, pâncreas, encéfalo, próstata e leucemias e linfomas (faixas etárias: 60/70 anos). -Câncer de Mama – associação com o uso de agrotóxicos nas faixas etárias entre 40 e 59 anos.

27 Unidade Técnica de Exposição Ocupacional, Ambiental e Câncer / CONPREV / INCA
Equipe: Ubirani Otero, Marcia Sarpa, Sheila Castro, Mariane Tabalipa, Vanessa Índio. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DOS ESTUDOS DESENVOLVIDOS PELA UNIDADE TÉCNICA DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL, AMBIENTAL E CÂNCER DO INCA

28 Inquérito populacional no município de Dom Feliciano – RS
Saúde e desenvolvimento sustentável na agricultura familiar em regiões produtoras de fumo Inquérito populacional no município de Dom Feliciano – RS O objetivo geral foi estimar a freqüência de fatores de risco selecionados para câncer na população-alvo, dentre eles: agrotóxicos, tabaco, álcool e exposição solar. Resultados:

29 Resultados: Lista de Agrotóxicos usados em Dom Feliciano
Saúde e desenvolvimento sustentável na agricultura familiar em regiões produtoras de fumo Resultados: Lista de Agrotóxicos usados em Dom Feliciano Os agrotóxicos que foram mais utilizados pela população são os neonicotinóides seguido dos dicarboximidas (Figura 17). Quando analisamos os compostos por grupos químicos e por ingredientes ativos, percebemos o uso de uma grande variedade de produtos (Quadro 2). Quadro 2 - Uso de agrotóxicos em Dom Feliciano por grupo químico e ingredientes ativos

30 Resultados: Sintomas relatados pelos agricultores.
Saúde e desenvolvimento sustentável na agricultura familiar em regiões produtoras de fumo Resultados: Sintomas relatados pelos agricultores. Os sintomas de maior prevalência (40%) autorreferidos pelos agricultores e pecuaristas foram dor de cabeça e formigamento/dormência (Figura 14). Os possíveis sintomas associados com a “doença da folha verde” são: vômito, enjoo, dor de barriga, fraqueza intensa, tonteira e dor de cabeça. Nesse estudo não foi observado diferença da 1° etapa (plantio de fumo) para a 2° etapa (colheita do fumo) quanto a prevalência dos sintomas, o que pode ser explicado pelos sintomas estarem associados com o uso de agrotóxicos. Figura 14: Distribuição dos sintomas relatados pelos agricultores e pecuaristas na 1° Etapa e 2° Etapa do estudo. Dom Feliciano/RS

31 Estudo da prevalência de câncer de pele e lesões precursoras em residentes de municípios agricultores Objetivo geral: Estimar a prevalência de câncer de pele e suas lesões precursoras no município definido Objetivos Específicos · Caracterizar a população de estudo segundo variáveis sócio-demográficas, comportamentais e ocupacionais; · Avaliar a exposição a fatores de risco para o câncer de pele e suas lesões precursoras. RESULTADOS - FOI ENCONTRADA ASSOCIAÇÃO ENTRE A EXPOSIÇÃO A AGROTÓXICOS ARSENICAIS E AO PARAQUAT E APARECIMENTO DE LESÕES PRECURSORAS PARA O CÂNCER DE PELE.

32 Projeto: Riscos ocupacionais e linfomas não Hodgkin em adultos
Objetivo Avaliar a associação entre riscos ocupacionais (ex: exposição a agrotóxicos) e o desenvolvimento de linfomas não-Hodgkin em adultos

33 Resultados Parciais Em resultados ressaltar a magnitude da associação, embora sem significância estatística. Leitura: A chance dos expostos a AGROTOXICOS ter LNH foi 3 vezes maior (OR = 3,08) do que entre os não expostos ou a chance de ter LNH entre os expostos a AGROTOXICOS foi 3 vezes maior do que entre os não expostos. Deve-se ressaltar que essa é uma análise bruta não ajustada ainda por fatores como tabagismo, sexo, idade, p. exemplo. De acordo. 

34 ALGUNS EFEITOS TÓXICOS DE AGROTÓXICOS ENCONTRADOS IRREGULARMENTE EM ALIMENTOS ANALISADOS PELO PARA/ANVISA.

35 Imidazolilcarboxamida (Classe I – Extremamente tóxico - NA)
MORANGO PROCLORAZ Imidazolilcarboxamida (Classe I – Extremamente tóxico - NA) Alteração hormônios corticosteróides e sexuais (diminuição fertilidade masculina) (Kjaerstad et al, 2010; Ohlsson et al, 2010; Higley et al, 2010; Ohlsson et al, 2009; Muller et al, 2009; (Laier et al., 2006; Noriega et al., 2005; Vinggaard et al., 2002) Malformações fetais (ratos) (Noriega et al, 2005) CLOROTANOLIL Isoftalonitrila (Classe III Medianamente tóxico - NA) Carcinogênico não-genotóxico (Rakitsky et al, 2000; Wilkinson; Killeen, 1996) Toxicidade fetal, desenvolvimento pós-natal (Farag et al, 2006; Greenlee et al, 2004) (de Castro et al, 2000) Explicar OS EFEITOS TÓXICOS DOS INGREDIENTES ATIVOS DE AGROTÓXICOS ENCONTRADOS IRREGULARMENTE PELO PROGRAMA PARA DA ANVISA NAS CULTURAS DE MORANGO, PIMENTÃO E PEPINO. OS EFEITOS DOS INGREDIENTES ATIVOS EM CONJUNTO SÃO SINÉRGICOS. Importante: Falar do consumo acumulado de vários agrotoxicos (IAs) na mesma cultura e que isso pode potencializar o efeito. Alimentar Leite materno Leite Carnes Água Frutas, legumes e verduras Alimentos processados Fonte: PARA/ANVISA, 2013.

36 PEPINO CARBENDAZIM PERMETRINA CLORFENAPIR
Benzimidazol (Classe III - medianamente tóxico) - LMR Alterações cromossômicas (Kirsch-Volders et al, 2003; McCarroll et al, 2002) Alterações do sistema reprodutivo masculino (Hess; Nakai, 2000; Gray et al, 1989; Gray et al, 1988) PERMETRINA Piretróide (Classe III - medianamente tóxico) - NA Associação com mieloma múltiplo em seres humanos (Rusiecki et al, 2009) e possível carcinógeno (US EPA) Déficits neurocomportamentais (ratos) (Abdel-Rahman et al, 2004) CLORFENAPIR Análogo de pirazol (Classe II - Altamente tóxico) - NA Diminuição função reprodutiva feminina (Kojima et al, 2005) PEPINO Fonte: PARA/ANVISA, 2013.

37 5 amostras insatisfatórias
CIPERMETRINA Piretróide (Classe II - altamente tóxico) - NA Mutação e dano genético em camundongos e ratos (Bhunya; Pati, 1988; Shukla et al, 2002; Assayed et al, 2010; Chauhan et al,1997; Kocaman; Topaktas 2009) Alterações sistema reprodutivo masculino de ratos (Mani et al, 2002; Elbetieha et al, 2001; Wang et Al, 2010; Ahmad et al, 2009) Distúrbios neurocomportamentais em ratos (McDaniel; Moser, 1993; Soderlund et al, 2002; Wolansky; Harrill, 2008) Malformações fetais (ratos, coelhos) (OMS, 1989; US EPA, 2002; Abdel-khalik et al, 1993; Elbetieha et al, 2001; Assayed et al, 2010) PERMETRINA Piretróide (Classe III - medianamente tóxico) - NA Associação com mieloma múltiplo em seres humanos (Rusiecki et al, 2009) e possível carcinógeno (US EPA) Déficits neurocomportamentais (ratos) (Abdel-Rahman et al, 2004) FEMPROPATRINA Alterações neuromotoras (Wolansky et al, 2006; Weiner et al, 2009) PIMENTÃO 5 amostras insatisfatórias Fonte: PARA/ANVISA, 2013.

38 x INDICAR QUE A INGESTÃO DOS ALIMENTOS TRAZEM DIVERSOS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE DOS SERES HUMANOS, MAS QUE A PRESENÇA DOS AGROTÓXICOS CONTAMINAM ELES E PODEM CAUSAR DIVERSAS DOENÇAS. APESAR DA CONTAMINAÇÃO COM OS AGROTÓXICOS, O INCA CONTINUA INDICANDO O CONSUMO DE 5 PORCOES DIÁRIAS DE LEGUMES VERDURAS E FRUTAS COMO PREVENÇÃO PARA DIVERSOS TIPOS DE CÂNCER. PORÉM, É IMPORTANTE DAR PREFERENCIA AO CONSUMO DE ALIMENTOS LIVRES DE AGROTÓXICOS.

39 INTERAÇÃO ENTRE AGROTÓXICOS
CONSUMO ACUMULADO MOSTRAR QUE ESTAMOS EXPOSTOS AOS AGROTÓXICOS POR DIVERSAS FORMAS E VIAS. FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS CONTAMINADAS. CARNE CONTAMINADA, LEITE E AGUA CONTAMINADOS. ALIMENTOS PROCESSADOS CONTAMINADOS. EXPOSIÇÃÇAO OCUPACIONAL, NO AMBIENTE DE TRABALHO. USO DE EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS POR CRIANÇAS. LEITE MATERNO CONTAMINADO NO MATO GROSSO. IMPORTANTE RESSALTAR QUE DEVE SER FEITO UMA AVALIAÇÃO DO RISCO ACUMULADO/AGREGADO, ISTO É, DO CONSUMO DE DIFERENTES ALIMENTOS CONTAMINADOS E DA EXPOSIÇÃO AMBIENTAL E OCUPACIONAL, O QUE PODE POTENCIALIZAR OS EFEITOS TÓXICOS DOS AGROTÓXICOS. Ocupação Ambiental Alimentar Leite materno Leite Carnes Água Frutas, legumes e verduras Alimentos processados MISTURAS INTERAÇÃO ENTRE AGROTÓXICOS

40 Mesmos ativos ... e atividades Agricultura Pecuária
Campanhas de Saúde Pública Repelentes Medicamentos veterinários Medicamentos INFORMAR QUE OS MESMOS INGREDIENTES ATIVOS DE AGROTÓXICOS SÃO USADOS EM DIVERSAS ATIVIDADES, MAIS UMA VEZ POTENCIALIZANDO OS EFEITOS TÓXICOS. O INDIVIDUO PODE SER EXPOSTO ATRAVÉS DO CONSUMO DE ALIMENTOS E CARNES CONTAMINADOS, ATRAVÉS DOS INGREDIENTES ATIVOS USADOS NAS CAMPANHAS DE COMBATE A DENGUE, POR EXEMPLO, ATRAVÉS DO USO DE REPELENTES, QUE TB TEM INGREDIENTES ATIVOS DE AGROTÓXICOS E ETC.

41 IMPACTOS NO MEIO AMBIENTE

42 Efeitos dos agrotóxicos sobre espécies animais
DESREGULAÇÃO ENDÓCRINA TOXICIDADE REPRODUTIVA Diminuição da fertilidade, desregulação da produção de hormônios sexuais masculinos, femininos, tireóide, abortos, alterações dos órgãos sexuais Minhocas, sapos, Leões marinhos, focas, pássaros, crocodilos, tartarugas, gastrópodes e abelhas Esses efeitos só são notados quando chegam em niveis que causam diminuição nas populações identificáveis pelo homem. OS ANIMAIS DO MEIO AMBIENTE TB SÃO EXPOSTOS A ESSES AGROTÓXICOS E PODEM APRESENTAR VÁRIOS EFEITOS TÓXICOS, COMO PROBLEMAS SOBRE O SISTEMA REPRODUTIVO E O SISTEMA ENDÓCRINO. 42

43 Fontes: Moreira JC et al (2010); Rodrigues et al (2009).
Mortandande de peixes por vazamento de endossulfam no Rio Paraíba do Sul Radiografias e aspectos morfológicos de anfíbios com malformações coletados em lagoas e córregos em Lucas do Rio Verde MT, em 2009. Fontes: Moreira JC et al (2010); Rodrigues et al (2009). Peixes que morreram após vazamento de endossulfam no Rio Paraiba do Sul. Sapos (anfibios) expostos a agrotóxicos no meio ambiente e que apresentaram malformações.

44 Risco ao ecossistema Imposex OTC Normal
Primeiras evidências de efeitos prejudiciais em muitas outras formas de vida marinha além dos organismos incrustantes. Os primeiros apontamentos de problemas ambientais decorrentes do uso de compostos a base de estanho foram registrados após a observação de um drástico declínio na produção de espécies economicamente importantes na Baía de Arcachon, na França. A principal alteração biológica atribuída ao amplo uso de compostos organoestanhosos foi a morte de ostras e larvas de moluscos, além do aparecimento de órgão sexual masculino em gastrópodes fêmeas. Esse último efeito, um fenômeno observado após distúrbio hormonal induzido é denominado imposex, altera a proporção sexual desses organismos no meio ambiente. Compostos organoestanhosos são por isso considerados desreguladores endócrinos em moluscos (sugere-se que o mecanismo de ação pelo qual os OTC causam imposex é a inibição da conversão de testosterona em estradiol mediados pela enzima citocromo P450 aromatase). Diante do acidente ocorrido na Baía de Arcachon, a França foi o primeiro país a regulamentar o uso de compostos organoetanhosos com aplicação antiincrustante, na tentativa de reduzir as concentrações ambientais. Em 1982, a França baniu o uso de tintas a base de estanho em embarcações com dimensões menores que 25 metros de comprimento. Essa proibição foi posteriormente adotada por outros países, tais como Inglaterra, Estados Unidos, Suécia, Nova Zelândia, Austrália, Japão e Dinamarca. Entretanto, é importante que se ressalte, que no Brasil, bem como em outros países em desenvolvimento, não existe legislação impondo restrições ou estabelecendo níveis permissíveis desses compostos no meio ambiente. Fêmea da Hydrobia ulvae: PP – pênis anormal; Vd – canal espermático; OvL - oviduto

45 Imidacloprido diminui o crescimento das colônias de abelhas e a produção de abelhas rainha !!!!!
45

46 ? O QUE PODEMOS FAZER PARA PROTEGER OS SERES VIVOS DESSES EFEITOS?
LEIS? SEGURANÇA? COMO OCORRE ESSE PROCESSO? ?

47 b) para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil;
LEI Nº 7.802, DE 11 DE JULHO DE 1989 Agrotóxicos (Art. 3º)        § 6º Fica proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins: a) para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à saúde pública; b) para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil; c) que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica; d) que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e experiências atualizadas na comunidade científica; e) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório, com animais, tenham podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicos atualizados; f) cujas características causem danos ao meio ambiente. PORTANTO, É IMPORTANTE RESSALTAR A LEI DOS AGROTÓXICOS NÚMERO DE 11DE JULHO DE 1989, NA QUAL FICA PROIBIDO O REGISTRO DE AGROTÓXICOS que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica;

48 AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA
Testes toxicológicos (BPL) diretrizes internacionais ex: OECD 471, OECD 473, OECD 474, OECD 475 Adequabilidade, diversidade de efeitos e moléculas-alvo Estudos agudos, crônicos, in vivo, in vitro Estudos publicados em revistas científicas sem conflitos de interesse Relevância dos achados estudos in vitro (células, tecidos) estudos in vivo (animais de laboratório) estudos epidemiológicos estudos animais silvestres PARA CONSEGUIR O REGISTRO DE AGROTÓXICOS, AS INDUSTRIAS DEVEM REALIZAR UMA BATERIA DE TESTES TOXICOLÓGICOS. NO ENTANTO, ESSES ESTUDOS SÃO FEITOS EM ANIMAIS DE LABORATORIO E COM APENAS UMA ÚNICA SUBSTANCIA, UM ÚNICO INGREDIENTE ATIVO, MAS NO MUNDO REAL NÃO É ISSO QUE OCORRE, POIS AS PESSOAS SÃO EXPOSTAS A DIFERENTES INGREDIENTES ATIVOS QUE INTERAGEM ENTRE SI E QUE PODEM POTENCIALIZAR OS EFEITOS TÓXICOS.

49 Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA)
Registro de agrotóxicos Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) ANVISA Ministério da Saúde Ministério do Meio Ambiente (MMA) Relevância agronômica Saúde humana Impacto ambiental Baseado na Lei (dos Agrotóxicos), os ingredientes ativos de agrotóxicos são avaliados quanto a sua importancia agronomica e qto aos seus efeitos tóxicos sobre o homem e o meio ambiente. A partir dessa avaliação o IA ganha o registro para comercialização e uso no Brasil. REGISTRO PERMANENTE !!

50 Pontos críticos sobre registro de agrotóxicos
Registro ad eternum Limitação metodologias Judicialização Isenção tributária Outros interesses sobrepostos aos da saúde e do ambiente Avaliação dos efeitos com uma única substância

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52 Cenário do Câncer no Mundo: perspectiva de crescimento significativo da mortalidade porém com alto potencial de prevenção

53 OBRIGADA!


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